Caçada



O sol de primavera começava a se por. Caminhando por uma rua estreita, calçada de pedras, seguia um jovem moreno, olhos negros, magro, com aproximadamente um metro e oitenta de altura e pouco mais de vinte anos. Não era muito diferente das outras pessoas que caminhavam por aqueles becos e ruelas centenárias, pois nascera num país próximo. Conhecia a cidade, já estivera em férias naquele lugar quando criança em companhia dos pais. Radhi Basili era um jovem Auror indiano. Além disso, pertencia a um grupo chamado Guardiões de Hogwarts, jovens que estudavam ou se formaram na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, na Inglaterra. Ele estudara lá apenas no seu último ano, mas este valera a experiência de toda uma vida. Lá ele conhecera seu grande ídolo, Harry Potter. Juntara-se a ele na luta contra Lord Voldemort e seus Comensais da Morte. Presenciara a luta final entre eles e partilhava com Rony Weasley a promessa de caçar os comensais da morte restantes, a mais de três anos.


Era por isso que ele estava em Istambul naquela tarde. Recebera informações sobre movimentações de comensais naquela região e pedira autorização a seus superiores para averiguar. Depois de dois dias de investigação, transitando pelo submundo bruxo da cidade centenária, finalmente conseguira informações. Enquanto se dirigia para uma casa de chá, para o encontro que havia marcado, Radhi não conseguia deixar de admirar a cidade e pensar no quanto sua amiga Hermione Granger gostaria de conhecê-la.


Istambul era uma cidade realmente impressionante. Dividida pelo estreito de Bósforo, é a única cidade localizada geograficamente tanto no oriente quanto no ocidente. O Bósforo é um canal natural que liga o Mar de Mármara ao Mar Negro. De acordo com estudiosos trouxas, esta ligação ocorreu a aproximadamente seis mil anos, após uma época de grande incidência de chuvas que provocou o aumento do volume de águas do Mármara, que rompeu o pequeno espaço de terra firme que o separava do Mar Negro, inundando-o com suas águas. Alguns estudiosos acreditam que este fenômeno está relacionado com o dilúvio e a Arca de Noé, citados no Velho Testamento. Acreditam ainda que em algum lugar às margens do Mar Negro, nas proximidades do monte Ararat, ainda encontrarão os restos da Arca, construída para salvá-los da inundação que fez o nível do Mar Negro subir pelo menos cento e trinta metros.


No lado ocidental da cidade, até o ano de 1453, existiu a cidade de Constantinopla, marco de progresso e principal entreposto de comércio da região durante a Idade Média. Deste período, ainda havia na cidade a Basílica se Santa Sofia, uma das maiores igrejas católicas do mundo, além das muralhas da antiga cidade, que resistiu a tantas guerras até ser finalmente dominada pelos turcos. Sem dúvida nenhuma, aquela cidade exalava história, e Mione adoraria caminhar por suas ruas antigas, palco de tantas batalhas sangrentas e ainda assim tão bela.

Radhi chegou ao seu destino e se sentou em uma mesa disposta na calçada. A casa de chá estava instalada numa antiga casa, construída de pedras e barro, oriunda da Constantinopla medieval. Pediu um chá de ervas e aguardou pacientemente por seus amigos. Não precisou esperar muito. Quinze minutos depois, um casal apareceu virando a esquina. Ambos eram extremamente ruivos, e mesmo que se esforçassem, não teria como não chamarem atenção naquele lugar.


O rapaz tinha cabelo comprido, na altura dos ombros, amarrado num rabo-de-cavalo. Uma barba curta preenchia seu rosto. Vestia uma calça jeans e uma camisa azul, além de uma capa marrom. Este conjunto lhe dava a aparência de um antigo cavaleiro das cruzadas. Era jovem, também aparentava pouco mais de vinte anos, mas tinha um olhar decidido. Apesar daquele país ser de maioria Muçulmana, a figura do rapaz chamava a atenção das mulheres, que olhavam-no rapidamente e desviavam o olhar, com medo da tentação e do pecado que aquela visão incutia em suas cabeças. O nome do Rapaz era Ronald Weasley.


A moça ao seu lado, também chamava a atenção pela beleza. Seus cabelos longos, esvoaçantes, chagavam na altura da cintura. Os olhos castanhos, brilhantes mas tristes, um corpo perfeito, delineado por uma calça jeans justa e uma blusa branca básica, com um leve decote. Sobre este conjunto, uma capa preta. Ela não gostava de se vestir de modo a chamar a atenção das pessoas para sua beleza, mas naquele país, onde a maioria das mulheres se cobria quase totalmente, não havia como ela não chamar a atenção dos homens. Sem dúvida nenhuma, Gina Weasley se tornara uma bela mulher.


Ambos se aproximaram de Radhi, que se levantou para recebê-los:


- Rony! Gina! Que bom vê-los.
- Oi Radhi. Como você vai? – Cumprimentou Rony.
- Muito bem. E a Mione, como está? E o casamento de vocês, sai ou não sai?– Perguntou este.
- Ela está ótima. Por mim já tínhamos casado, você tem que perguntar a ela o porque da demora. – Respondeu Rony, mal humorado.
- Qual é Rony. Você sabe qual é o motivo da Mione. – Intercedeu Gina, se adiantando para cumprimentar o amigo também – Oi Radhi, como vai a Parvatti?
- Oi Gina. Ela está ótima, está adorando nossa casa nova.


Radhi e Parvati Patil haviam se casado a menos de um ano e agora moravam em Nova Delhi. A irmã de Parvati, Padma, morava na Inglaterra, pois julgava a Índia um país extremamente machista e suas chances de conseguir um emprego ali mínimas. Então resolvera tentar a sorte na Inglaterra novamente.


- Qual é o motivo então, posso saber? – Insistiu Radhi.
- É que a Mione não quer casar no inverno. E no verão ela acha que é muito próximo do aniversário da luta, entende... – Disse Gina, com certo esforço.
- É isso aí. – Completou Rony – Ela não quer casar com frio, mas também não quer casar numa data próxima da morte do Harry. E a gente fica nesse impasse enquanto ela não decide.
- Bom, eu acho que entendo. Nesta época do ano eu não paro de lembrar. Faltam apenas três meses para completar quatro anos. Como o tempo passa, não é? – Disse Radhi.
- Nem me diga. – Respondeu Gina.
- Bom, mas não foi pra falar disso que viemos até aqui, não é? – Rony procurou desviar a conversa, ao ver o olhar triste da irmã – O que você descobriu Radhi?
- Certo. – Começou ele, indicando duas cadeiras para que os dois se sentassem e solicitando mais chá ao garçom com um gesto – Fui informado há alguns dias que prováveis comensais estariam circulando por esta região. Turquia, Iraque, Irã, Israel... Foram vistos em vários países. Além deles, parece haver um novo grupo de bruxos reunindo seguidores em todo o oriente. Não sabemos ainda quem são e o que querem, nem onde estão sediados. Não fizeram nada até agora, então estamos totalmente no escuro a respeito deles.
- Um novo grupo de bruxos? Seriam bruxos das trevas? – Perguntou Rony.
- Creio que sim. O curioso é que os comensais também não sabem nada deles, parece que suas movimentações atuais são justamente procurando informações sobre quem são estes bruxos.
- Você acha que eles pretendem se unir? – Agora foi a vez de Gina perguntar.
- Não sei. Não consegui informações suficientes. – Respondeu Radhi – A única coisa que eu descobri foi um nome. Chú.Mas não sei quem ele é.
- E quanto aos comensais? - Rony insistiu, enquanto sorvia um gole do seu chá.
- Bom, pelo que eu ouvi temos comensais aqui em Istambul hoje. Não sei quantos nem quem são, mas descobri o hotel onde estão hospedados.
- E o que estamos esperando então? – Perguntou Gina, virando o resto de seu chá e levantando-se – Vamos pegá-los.
- Calma aí maninha. – Rony segurou-a pelo pulso esquerdo – Antes precisamos definir uma estratégia.
- Não há o que definir, “maninho”. – Respondeu ela – Nós contamos com o elemento surpresa.Chegamos, surpreendemos, prendemos e pronto.
- Ótimo, tudo lindo e maravilhoso. Seria ótimo se as coisas fossem tão simples assim Gina. Mas normalmente não são. Você sabe disso. E o fato de serem comensais só piora ainda mais. Não quero que você cometa nenhuma besteira, ok?
- Como matá-los, por exemplo? – Perguntou ela, cruzando os braços e batendo um dos pés na calçada de pedra. Eu já prometi que não vou fazer isto, não prometi? Não quero matar ninguém, morrer é pouco pra eles. Eu quero que apodreçam na cadeia.
- Jura? Promete que vai se controlar e me ajudar a prendê-los? – Insistiu o rapaz, fitando fundo nos olhos da jovem.
- Juro! Já jurei isso no busto do Harry. No começo era o que eu mais queria, você sabe. Mas depois eu pensei bem, acho que ele não gostaria que eu me tornasse uma assassina. Não vou me rebaixar ao nível deles. Vou fazer o possível para que mais ninguém morra, ok? – Disse ela, passando a mão no rosto do irmão, comovida com sua preocupação.
- Boa menina. É isso aí, eles não merecem. Somos melhores que esses comensais. – Rony sorriu e deu um beijo na testa de sua irmã.
- Ótimo. Se já resolvemos isso, podemos ir? Prometi a Parvati que voltava pra casa cedo. – Disse Radhi, também se levantando.
- Vamos então. – Disse Rony.




*****


Ancara, capital da Turquia desde 1923 é uma bela cidade. Com arranha-céus, parques, metrô e toda a movimentação digna de uma metrópole moderna. O hotel Ritz de Ancara é um dos mais modernos e caros da cidade. No restaurante do hotel, um homem de traços asiáticos saboreia seu Whisky 12 anos, uma bebida trouxa que ele começara a apreciar recentemente. Ao levantar o olhar para a porta, viu seu convidado entrar e procurá-lo com o olhar. Levantou-se e fez um sinal com a cabeça, chamando o jovem para se juntar a ele.


Draco Malfoy atravessou o salão, apertou a mão que lhe era estendida e sentou-se de frente para o homem, que exibia um largo sorriso:


- Senhor Malfoy! – Começou o oriental, num inglês sem sotaque – É um prazer conhecê-lo.
- Senhor Chú! – Respondeu o rapaz loiro, de olhos frios, extremamente desconfiado – Ouvi falar muito do senhor nos últimos meses.
- Espero que tenha sido coisa boa. – Riu Chú.
- Isto é uma questão de ponto de vista. Do meu posso assegurar que fiquei curioso. Como nunca nos encontramos antes?
- Digamos que eu estive em um tipo de retiro por alguns anos e só recentemente retornei para poder desfrutar os prazeres deste nosso mundo. – Responder o outro, bebendo mais um gole de sua bebida enquanto o garçom servia uma dose para Draco.
- Entendo. – Respondeu Draco, também sorvendo de sua bebida – E onde seria este seu local de retiro Senhor Chú?
- Isto não vem ao caso meu caro. – Chú foi taxativo – Pelo menos não nesta altura de nossa conversa. O que você e seus amigos comensais precisam saber é que eu sou muito poderoso e influente. Estou conseguindo aliados por todo o submundo bruxo e gostaria que vocês se unissem a mim. Garanto que não irão se arrepender.
- Estou ciente de sua influência Senhor Chú. Fiz minha lição de casa. O que me intriga é o fato de nunca termos ouvido falar de você. E porque precisa de nós?
- Meu caro Draco. Tenho grandes planos para nós. Realmente tenho conseguido vários aliados, mas são bruxos medíocres e descartáveis. Preciso de pessoas gananciosas e inteligentes, que tenham fome de poder para me ajudar a chegar no topo do mundo.
- E o que nós ganhamos em ajudá-lo?
- Bom! - Chú parecia estar se divertindo muito com o que ia dizer – Ouvi dizer que vocês têm tido problemas desde a morte de seu líder. São perseguidos pelos Aurors ingleses e pelos amigos de um tal de Potter. Vários de seus colegas comensais já foram presos ou mortos, não é verdade? Então, meu caro. Uma mão lava a outra, não é assim aquele ditado trouxa? Vocês me ajudam a conquistar o que eu quero e eu ajudo vocês contra os Aurors. Terão meus recursos e homens a seu dispor. Se nos aliarmos, ninguém poderá nos deter.
- Não deixa de ser uma proposta interessante, Senhor Chú. Mas preciso discuti-la com outras pessoas primeiro, antes de aceitar ou não. – Ponderou Malfoy com um brilho no olhar.
- Claro! Claro, eu já esperava por isso. Mande lembranças minhas a sua mãe e tia, espero conhecê-las em breve. Já ouvi falar muito bem delas.
- Mandarei, pode deixar. Entrarei em contato assim que tivermos uma resposta. – Draco acabou de beber seu Whisky e se levantou – Até outro dia, sr Chú.



Draco saiu do hotel, virou numa rua próxima e desaparatou, com destino a seu hotel em Istambul onde estava sua mãe, Narcisa Malfoy.



*****




Após saírem da casa de chá, os três seguiram em direção nordeste, passando por várias ruelas e becos, até chegarem a uma antiga praça, com uma fonte no meio e um antigo pátio onde certamente os cavaleiros se agrupavam antes de partirem para suas batalhas durante a Idade Média. Do lado leste da praça, havia um prédio de três pavimentos, onde outrora fora uma hospedaria e que se tornara um pequeno hotel. Atravessaram a praça com cuidado, as varinhas muito bem seguras por baixo de suas capas. Entraram pelo pequeno Hall e seguiram Radhi pelas escadas, em direção ao terceiro pavimento. Lá chegando, viraram à esquerda e caminharam até o último quarto. Com um “Alorromora” não verbal, Rony abriu a porta do quarto e foi o primeiro a entrar, seguido de Gina e Radhi.


O quarto aparentemente estava vazio. Porém, de uma pequena porta ao fundo, podiam ouvir o som de que alguém tomava banho. Espalharam-se pelo quarto e aguardaram. Menos de cinco minutos depois, o som de água caindo cessou. Os três se entreolharam, se retesaram em suas posições e prepararam-se. Logo a porta do pequeno banheiro se abriu e para espanto de todos que aguardavam, de lá saiu Narcisa Malfoy, ainda enxugando os cabelos com uma toalha, porém já vestida e com a varinha na mão. Parou De frente à janela e quando levantou a cabeça, viu pelo reflexo que tinha visitas. Virou-se, a varinha em riste, mas já tinha três apontadas para ela:


- Ora, eu já devia esperar. – Começou ela, sarcasticamente – Era óbvio que num hotelzinho de quinta como esse não demoraria a aparecerem ratos famintos como vocês, Weasleys.
- Era só o que faltava! – Protestou Gina – Nós é que devíamos esperar por vocês, Malfoys, enfiados nesta pocilga. Cadê aquela doninha Albina do seu filho, srª Malfoy?
- Não sei do que está falando menina. Desde que vocês começaram a perseguir meu filho injustamente que eu não o vejo mais. Estou aqui a passeio apenas. Fazendo um pouco de turismo, sabe? – Disfarçou ela.
- Me engana que eu gosto. – Respondeu Rony, chamando a atenção da mulher para si – Sabemos que a srª continua paparicando seu filhinho por aí. Não temos nenhuma prova de que a senhora é uma comensal ativa, mas todos nós sabemos da verdade, não é mesmo?
- Chegamos ao âmago da questão não é mesmo meu jovem? Provas! Vocês não podem provar nada contra mim, portanto não podem me prender. Exijo que saiam do meu quarto e me deixem em paz. – A mulher exprimia todo seu ódio pelo olhar.
- Não temos nada contra a senhora, mas temos contra seu filho. Eu mesmo já o vi matando, então acho que vamos esperar por ele. Temos algumas contas para ajustar. – Provocou Gina.
- Você está falando sobre a morte daquele seu irmão patético no ministério? Ele fez foi um favor à humanidade e não assassinato. – Riu-se Narcisa Malfoy.
- Ora sua... – Começou Gina, jogando-se para frente em direção à mulher.
- Gina, Não! – Gritou Radhi, correndo e segurando o braço da amiga.



Tudo aconteceu numa fração de segundos. Radhi segurou Gina. Rony desviou o olhar por um instante para se certificar que a irmã não ia fazer nenhuma besteira e este momento de distração foi suficiente para Narcisa lançar uma Maldição Imperdoável contra ele. Rony conseguiu se desviar devido sua agilidade, adquirida no decorrer dos anos como jogador de Quadribol e aprimorada pelos exercícios físicos que praticava todos os dias desde os dezessete anos. O feitiço passou por ele e atingiu um espelho, localizado às suas costas. Com o impacto, o espelho explodiu e os estilhaços voaram sobre Rony, que não teve tempo de se proteger e foi atingido por vários fragmentos, sendo que o maior ficou cravado em suas costas próximo à omoplata direita.


Narcisa virou-se e lançou um feitiço contra Radhi, lançando-o contra a parede. Gina, que se jogara no chão para escapar dos feitiços se levantou e gritou:


- “Expelliarmus”


O feitiço de Gina atingiu Narcisa no peito com grande força. Ela se chocou contra a janela arrebentando-a e continuou, sendo lançada no vazio do espaço de onde lançou um olhar de incompreensão para Gina durante um momento, até que a força da gravidade se fez presente e seu corpo fez uma curva em direção ao chão.


O tempo pareceu congelar para Narcisa Malfoy, enquanto ela continuava a fitar a janela por onde caíra, cada vez mais longe, completamente ciente de que o solo se aproximava vertiginosamente e que nada poderia fazer, pois estava sem sua varinha. Quando um vulto ruivo surgiu na janela, tudo havia acabado.


Gina ao ver a mulher voando de costas e atravessando a janela, deu um grito desesperado e correu em direção à janela para tentar fazer alguma coisa, mas quando chegou já era tarde. A mulher jazia na calçada, morta. Ela fechou os olhos, a visão da morte de alguém pelas suas mãos não era algo a que ela estivesse acostumada. Rony se aproximou dela abraçando-a e disse:


- Não foi culpa sua. Você só se defendeu, ela não te deixou opção.
- Eu sei. Mas prometi que não iria matar e veja só o que eu fiz. Como é que vamos explicar uma coisa dessas Rony?
- Nós vimos tudo Gina. – Radhi se aproximou também, pondo uma mão no ombro da garota – Testemunharemos a seu favor se for preciso, você não pode ser acusada de nada.
- É isso mesmo Gina. Fique tranqüila. Não vou deixar que te acusem de nada. Se você não a acertasse, certamente ela teria matado pelo menos um de nós. – Completou Rony.
- Só espero que as pessoas acreditem nisso. – Disse ela, desanimada e continuou, ao ver a cara de dor do irmão – Rony! Você está ferido! Precisamos tratar isso.
- Droga! A Mione vai me matar, sabia? Ela só fala que eu devo tomar cuidado, e quando ela souber o que aconteceu vai me esganar. – Disse o rapaz, puxando a camisa e tentando ver o estrago em suas costas - Tenho certeza disso.
- Olha, é melhor vocês irem. Eu assumo daqui. Vou chamar alguns amigos meus que trabalham aqui na cidade e avisar a Parvati que vou me atrasar um pouco. – Radhi disse aos amigos, conformado – Leve-o a um hospital, esse ferimento não está nada bonito Gina.
- Obrigada Radhi. Peça desculpas a Parvati por mim, e diga que mandei um beijo. A gente se fala depois, ok? – Respondeu Gina, abraçando o irmão e desaparatando com um estalo.
- Ok! - Respondeu o outro, já para o vazio.




*****


Draco Malfoy aparatou num canto escuro da praça onde ficava o hotel onde se hospedara com a mãe. Puxou o capuz para cobrir seu rosto e quando se preparava para atravessar a praça ouviu o som de vidro se partindo. Instintivamente olhou para o alto, onde ficava o quarto de sua mãe, e viu o corpo dela sendo projetado em direção ao solo, atingindo-o com um baque seco. Os olhos abertos, esbugalhados e a posição do pescoço, quebrado, denunciavam que estava morta, nada mais havia a fazer. Com esforço desviou seus olhos daquela visão em direção à janela de onde ela havia caído. Um vulto com uma cabeleira vermelha que ele conhecia muito bem apareceu na janela. Logo outro vulto, também de cabelos vermelhos se juntou a ela.


- Malditos Weasleys. Vocês vão pagar caro por isso. Juro pela minha mãe que vão pagar muito caro. – Jurou ele, uma lágrima descendo por sua face branca, ainda mais pálida à luz fraca do luar.



Em seguida, Draco Malfoy Desaparatou. Tinha uma vingança para colocar em prática e já sabia quem o ajudaria. Mas primeiro precisava convencer sua tia, o que não seria difícil diante dos recentes acontecimentos.




N.A: Bom pessoal, eis o primeiro cap. da continuação. Espero que tenham gostado. No próximo teremos as consequências do que aconteceu.

As teorias citadas com relaçãos as dilúvio, são verdadeiras. Vários arqueologistas acreditam nesta possibilidade, que o povo de Noé, que vivia na região do mar morto tenha encarado a inundação provocada pelo rompimento do Bósforo como um dilúvio, obrigando-os a fugir de onde moravam. Vou explorar alguns lugares exóticos nesta estória. É uma maneira de viajarmos sem ter que sair da frente do computador.

Claro que aguardo comentários. Um abraço e até o próximo cap.


Claudio

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