Poções...



Entrou na sala, se sentou ao lado de Hermione, silêncio, Snape ainda não havia chegado, então, Clair puxou papo com Mione:
__Você é Hermione Granger, não é?
Hermione arregalou os olhos, "Uma Sonserina está falando comigo?''
__Sim, eu estou falando com você! E aí? Você é Hermione Granger ou não?_Sua expressão era de divertimento e tédio ao mesmo tempo.
__Sou... espera um minuto... eu tenho proteção contra Legiliminência. Sou ótima Oclumênte. Como você conseguiu?
__Anos de prática, eu leio muito, e tenho ótimos professores._Maliciosa...
__Gostei de você. Mas você é uma Sonserina, não deveria estar falando com uma Grifinória.Não é racional.
__Que se dane a racionalidade. Não me importo com isso. Quem deve se importar com isso é o idiota do Malfoy, ah eu não agüento mais aquele...argh... aquele nojento me seguindo pra onde quer que eu vá.
Hemione riu.
A porta se escancarou e a figura do Profº mais ''queridinho'' de Hogwarts adentrou a sala, Clair ficou atenta a aula inteira, as únicas pessoas que respondiam as perguntas de Snape eram ela e Hermione. Quando a aula acabou, Snape disse:
__Estão todos dispensados, ah, e eu quero dois rolos de pergaminho na minha mesa na quarta-feira sobre cada ingrediente que foi passado hoje. Vão! E Srtª Black, a Srtª fica._ Ela ficou sentada enquanto esperava que a sala ficasse vazia. Quando finalmente todos os alunos se foram, Snape foi até a porta e a trancou, foi se aproximando cada vez mais da carteira onde a menina estava, parou atrás dela, suas mãos repousaram nos delicados ombros de Clair, que sorria discretamente, ele afastou uma mecha de cabelo e se abaixou, sua boca roçando o pescoço até chegar perto do ouvido dela, que sentia a respiração dele cada vez mais perto, ela tremia, então ele disse:
__Você realmente achou que tinha se livrado de mim, Bella?_ Disse com a voz rouca, mas suave, seus olhos tinham um brilho diferente do que se costumava ver, puro desejo e até algo mais: paixão, arrastou a mão até o rosto da garota, que parecia gostar muito do que estava acontecendo, virou o rosto com expressão irônica para si, e ela respondeu:
__E eu poderia saber quem lhe informou que eu queria me livra de você, Severus?_Ela fez questão de soar provocante, e funcionou, sem mais nem menos ele se moveu para a frente do corpo dela e a puxou para si, para um beijo de reencontro, um beijo visivelmente apaixonado. Quando os rostos se separaram, ele disse com a voz quase inaudível:
__Vá, você tem uma aula agora com Minerva, mas está de detenção hoje às sete...em minha sala... não falte... penso que não vai querer perder pontos para Sonserina, ou vai?
Ela não respondeu, apenas sorriu.
__Não é brincadeira! Precisamos conversar._Ele mudou de expressão, ficou sério.
__Aconteceu alguma coisa?
__Ainda não, mas você sabe que não vai demorar muito para que tudo aconteça.
__Eu sei... Você os viu?
__Sim.
__Como estão?
__Ótimos.
__Severus, eu não posso esperar mais...
__Sabe que não pode...
__... Leve-me no fim de semana...
__Não posso... eu...
__Por favor?
__Bella...eu...eu...conversamos mais tarde._Dizendo isso, ele a soltou, ela por sua vez, segurou a mão dele e procurou seus olhos.
__Pense, não irei faltar, mas por favor, pense. Não há como ele saber.
__Está bem. Vá!
Eles se soltaram e com um gesto da varinha de Snape, a porta se abriu vagarosamente.
__Severus... eu te amo!_Dizendo isso, saiu das masmorras, o deixando somente com sua sombra e suas lembranças, lembrou-se de quando tudo começou:
‘‘Era o inverno mais frio que ele se lembrava de ter passado. Estava na mansão dos Malfoy ensinando a sobrinha de Narcisa. Não havia ninguém em casa, apenas Clair, ele e o elfo doméstico, há uns três anos atrás. Estava muito frio, Clair tinha 14 anos apenas e desde pequena,já despertava um sentimento que ninguém além de Narcisa havia recebido de Severus Snape: carinho. Era incrível, mesmo nas férias, a menina Lestrange estudava com a mesma convicção de quando estava na escola, isso fascinava Severus, de acordo com ela, queria ser como a mãe, mesmo não a vendo desde os seus dois anos e ela estando em Azkaban (ela não sabia, mas Bella, Rodolphus e Rebastan já haviam fugido, só não tinham permissão para ver a menina, não enquanto ela ainda não estivesse pronta para receber o que lhe era direito). Ela também gostava dele, e sabia exatamente o que sentia. Estavam totalmente concentrados no ingrediente de uma poção, quando o frasco que estava na mão de Snape escorregou e caiu no chão, por sorte, não quebrou. Os dois se abaixaram ao mesmo tempo para pegar o delicado vidro que continha dentro, Veritasserum. As mãos se tocaram, os olhos se cruzaram e não houve como escapar, meses tentando fugir, de nada adiantou, o vidro escorregou das mãos de Clair, os dois se aproximaram mais ainda.
__Nós não podemos, a Srtª sabe disso, e além d..._ Antes que ele pudesse terminar, ela o beijou, de inicio, ele recuou, mas não demorou muito para que ele retribuísse o beijo, primeiro, ele foi suave, depois, tão poderoso que até parecia que o mundo ia acabar no minuto seguinte. Quando finalmente se separaram, ela o segurou pela mão e o conduziu até o andar de cima, para o seu quarto, que mais parecia a Sala Comunal da Sonserina(era verde, prata e preto, exatamente a cara de Bellatrix Lestrange), ele até aquela hora, não disse uma palavra sequer, mas então:
__Srtª Lestrange, isso está errado...nós...nós não podemos.
__Então me recuse...
__Como?
__Se o Sr. acha que está errado, me diga não, se não me quer, me recuse.
__Nós ainda vamos nos arrepender dessa decisão._ Disse com um meio sorriso nos lábios.
Pronto! Estava feito. Nada mais precisava ser dito. Ele a puxou para mais um beijo e deixou que acontecesse o que ele sempre lutou para ignorar, apesar de tudo, ele era humano, e tinha necessidades que todo mortal comum tem. Certo, os dois se entregaram para um sentimento novo, não sabiam se era paixão, desejo ou o pior, o que um comensal da morte mais repudia: amor.
...
Na noite anterior, nem notaram, mas adormeceram, um nos braços do outro, vestidos apenas com o lençol que os cobria. Ao amanhecer, ele acordou primeiro, levantou-se, vestiu-se e desceu, ele estava passando as férias na mansão e os Malfoy haviam viajado. Ele pediu que o elfo preparasse um café para dois , pois a menina pediu que ele tomasse café com ela, de acordo com ele, Bella(como ele a chama) não se sentia bem(pura mentira). O elfo acreditou e fez o que o professor mandou.
Ao acordar, ela se enrolou no lençol preto que a cobria e olhou envolta, pensou que ele havia se arrependido e ido embora, deitou-se novamente, afundo a cabeça nos travesseiros, quando a porta se abriu.
__Você foi quem pediu, não vai se livrar de mim tão cedo, se é isso que estava pensando.
Sentiu um alívio fora do comum ao se sentar na cama e se deparar com a figura de seu queridinho professor na porta, trazendo uma bandeja com tudo o que ela mais gostava, iluminado apenas com tiras de sol que entravam pelas fendas da cortina escura.
__Para o seu próprio bem, foi melhor você não ter ido embora._Enquanto ela dizia com cara de raiva e alívio, ele trancava a porta e se aproximava com a bandeja na mão, parou do lado dela na cama, sentou-se e ajeitando a agora mesinha com o café dos dois, olhou-a com cinismo.
__Por que?Como você iria me castigar?_ O jeito irônico de sempre, mas com um quê de romantismo, se me permitem usar esse termo.
__Nem queira saber._Mais provocante seria impossível, ele terminou de ajeitar a mesinha e deu-lhe um beijo na testa, ela, por sua vez, não se contentou com aquele beijinho, queria mais, o agarrou pelo pescoço e arrancou-lhe um beijo ainda mais longo do que o primeiro.
A partir daquele dia, os dois nunca deixaram de se ver e ficarem juntos, a não ser quando ela estava estudando e ele, trabalhando, e aliás, representava seu papel de
solteiro mal-humorado muito bem. Ela chegou até a fugir da escola algumas vezes para ficar com ele. Quando ela fez 16 anos, os dois fizeram algo escondido de tudo e de todos, temendo que o Lord descobrisse o ocorrido e castigasse Severus, porque por ela, nenhum dos dois sentia medo, Voldemort não a castigaria por nada nesse mundo, o motivo nunca foi bem explicado, mas isso era bom para os dois.
Eles se gostavam... Professor... se preocupavam um com o outro... Professor... e cima de tudo... Professor...eram...”

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.