O Segredo da Estrela



O SEGREDO DA ESTRELA


75 dias!
Esse foi o tempo que passou desde que Gina começou a dormir.
A cada dia ela ficava mais pálida e, às vezes, suava frio, agora com mais freqüência.
Harry, Rony e Mione procuraram com muita vontade a taça, voltaram a todos os lugares em que Voldemort já tinha pisado, mas nada!
O orfanato, que agora só era uma velha pensão, a Mansão Riddle, que estava totalmente abandonada, a Borgin e Burkes, devidamente disfarçados com a poção polissuco.
Nenhum desses lugares possuía rastros da taça que pertenceu à fundadora da casa Lufa-Lufa.
Harry tentou entrar na mente de Voldemort novamente, queria achar uma pista, mas só via cenas confusas que não o ajudavam e que só o faziam se sentir irritado e pessimista.
Ele estava perdendo a sua ruivinha!
Faltavam 15 dias para Gina estar perdida para sempre!
Hermione resolveu há alguns dias buscar uma pista sobre a época em que Voldemort ficou desaparecido depois de trabalhar na loja da Travessa do Tranco.
Rony acatou essa idéia e eles agora estavam nos registros do ministério lendo jornais antigos que poderiam levá-los a alguma coisa.
Harry estava em Hogwarts procurando algum livro na biblioteca que poderia ser útil em alguma coisa, mas a capacidade dele de pesquisa nunca foi muita e ele estava começando a querer queimar a biblioteca da escola de magia e bruxaria.
Estava lendo algumas palavras do...bom ele não fazia idéia de quantos livros já tinha aberto. Enquanto ele lia essas passagens dispersas tentando achar um sentido, seus amigos entraram correndo no local e sua amiga estava agitando um papel enquanto Rony gritava:
-Nós achamos alguma coisa!
Harry se levantou e atirou o livro para longe, sem se importar com a fúria da senhora Pince.
Os três se reuniram e Mione pos o pedaço de papel na mesa.
-Nesse lugar, norte da Inglaterra, exatamente na época em que Voldemort desapareceu uma vila teve todo o seu povo com sintomas de depressão aguda, como se um bando de dementadores tivesse estado lá, aurores do ministério foram enviados e só disseram que havia magia negra no local, não puderam dizer mais nada, pois também estavam em estado depressivo, a maioria das pessoas se mataram e os que sobreviveram se foram da vila jurando ter visto homens de máscaras assustadoras e uma caveira verde com língua de cobra no céu!
-Foi o primeiro ataque dos comensais!-Completou Rony!
-Vamos para lá!-Disse Harry olhando os dois que acenaram afirmativamente com a cabeça!


Talvez de todos os tormentos que Harry passou naqueles dias, o maior foi sair de Hogwarts com os amigos depois de se despedir de todos que amava e ver Canino na frente da cabana de seu amigo Hagrid tão magro, triste e desolado como jamais antes.
Ele estava ganindo em sintonia com seus passos, mostrando um sofrimento infinito e tormentos como um mau augúrio.
E tudo que Harry podia pensar era que faltava 14 dias!


Quando eles chegaram à vila ainda era meio dia e eles ficaram surpresos com a neblina que havia ali, era densa e apavorante, mas não havia nenhum dementador por perto, na verdade, não havia ninguém por perto, nenhuma criatura viva a vista, isso os deixou ainda mais assustados.
-É melhor entrarmos em uma dessas casas deixar as coisas e pensar no que fazer!-disse Harry, ao que os amigos logo concordaram.
Entraram na casa mais próxima, que, como tudo naquele lugar, estava completamente abandonada.
Tinha teias de aranha por todas as partes e Rony se afastou bastante das paredes. As pontas de suas varinha estavam acesas, já que, apesar da hora, a luz que entrava pelas janelas não eram suficientes para iluminar o caminho.
Chegaram a uma ampla sala com vários sofás e Harry falou:
-Vou seguir e ver se encontro alguma coisa, vocês ficam aqui e limpem um poço para que possamos sentar pelo menos.
Ele seguiu depois do consentimento dos amigos, mas não achou nada demais, toda a casa estava coberta de sujeira e teias, pode ver alguns ratos, mas nenhum ser humano ou alimento na cozinha, ainda bem que eles tinham trago um pouco.
Resolveu voltar à sala e ver o iam fazer, mas quando chegou não se atreveu a entrar, pois ouviu algo antes:
-Eu estou com medo, Mione!-Falou Rony angustiado. -Não sei o vai acontecer com Gina ou com a gente!
-Acalme-se Rony, vai ficar tudo bem, eu tenho certeza, vamos sair dessa, Harry sabe o que está fazendo!
-Eu sei, mas eu preciso dizer uma coisa e peço que não me interrompa...
Hermione olhou-o com curiosidade e disse:
-Tudo bem!
-Eu...eu...é...-Ele engoliu em seco e parecia não saber o que dizer, mas quando Mione ia abrir a boca para falar alguma coisa ele colocou um dedo sobre os lábios dela e, FINALMENTE, disse:
-Eu te amo!
Os olhos dela se encheram d’água, ele retirou o dedo enquanto olhava diretamente os olhos dela, que sem dizer uma palavra se jogou nos braços dele e o beijou.
Harry sorriu feliz pelos amigos, mas com uma sombra de tristeza e preocupação, assim que eles encontrassem a taça, ele teria que destruí-la e eles ficariam como Gina!
Sem querer interromper, mas não resistindo o impulso, ele seguiu pelo corredor que o levou até a porta e disse alto para que não ficassem preocupados:
-Vou dar uma volta e já estou vindo, pombinhos!
Saiu ainda sorrindo e tentando imaginar o tom de vermelho que devia estar cobrindo o rosto dos dois.



Harry esteve caminhando por horas, a neblina não o deixava enxergar muito ao seu redor, mas ele sentia uma força negativa por perto e não conseguia se livrar dessa sensação.
Quando anoiteceu e ele desistiu de procurar alguma coisa naquele breu ele, com a ajuda de feitiços de orientação, tentou voltar para a casa abandonada.
Estivera pensando nessas horas e não podia deixar de lado o pensamento de que mais um dia estava indo e a chance de salvar gina estava ficando mais distante.
Sentiu, por momentos, algumas coisas que Voldemort estava sentindo e se assustou porque em um determinado momento ele sentiu uma grande euforia e satisfação, nada de bom poderia vir da alegria daquele monstro.
Quando estava quase na casa sentiu que a força negativa estava ainda mais forte e dirigiu a luz de sua varinha para seu lado esquerdo para onde caminhou e depois de uns segundos conseguiu visualizar algo que estava completamente fora de lugar.
Havia uma fonte belíssima e bem branca, tanto que parecia que havia uma luz nela que iluminava tudo ao seu redor.
Havia água cristalina na fonte que subia e caía através de uma figura no centro que parecia uma musa grega, Harry não pôde evitar a curiosidade e se aproximou aos poucos, a energia negra palpitava ao seu redor, lembrou que Dumbledore lhe disse algo sobre sentir a magia e pensou que era isso que fazia agora, mas aquela fonte era tão bela, e algo nela o chamava, que ele continuou a andar até ela e quando estava bem próximo abaixou o rosto para ver seu reflexo na água, mas tudo que distinguiu foi uma escuridão sem fim, a água tão cristalina antes, agora parecia tinta negra e ele quis se afastar, mas aquela coisa que era a água se levantou e como se fosse um braço se fechou no seu pulso e o puxou para a fonte.
Ao longe ele ouviu o grito de seus amigos o chamando, mas por mais que ele tentasse se soltar para ir com eles ele não conseguia, aquela coisa era muito forte e o puxou mais até ele cair naquele líquido escuro.
Algo nele pareceu entrar em choque.
Ele não conseguia pensar com claridade, tudo que sabia era que alguma coisa nele estava morrendo.
A palavra alma veio a sua mente, mas ele não conseguia fazer uma conexão disso com alguma coisa...ele nem fazia idéia do que era aquela palavra, ele percebeu então que nem fazia idéia de quem era, só conseguia saber da dor que corroia seu corpo e da escuridão que o estava levando.
Ouvia vozes estranha, distantes, pareciam em desespero.
Ele ergueu os olhos e não viu neblina, não sabia porque, mas achava que devia ter uma neblina ali, olhou para o céu e o viu negro, mas com brilhos de luz, estrelas.
Lembrava das estrelas, quando olhou para uma que não parava de piscar, mas que brilhava mais que qualquer outra, ele lembrou que já havia visto essa estrela antes, ele lembrou da janela do seu quarto na Rua dos Alfeneiros, ele lembrou que se chamava Harry e ele lembrou que essas vozes em desespero eram as vozes de seus amigos que estavam gritando por ele.
Eles estavam preocupados com ele!
Ele precisava sair dali!
Com toda força de vontade que possuía ele lutou contra aquela coisa escura e se levantou, caindo do lado de fora da fonte, tossindo como se tivesse quase se afogando e lembrou que foi exatamente isso que aconteceu, ele quase se afogou, mas não de forma racional, ele quase afogou os seus sentimentos e a sua esperança. Ele quase afogou a palavra que finalmente tinha sentido novamente: ele quase afogou a alma!
Se não fosse aquela estrela, ele teria se perdido para sempre, mas...
Ele se voltou para o céu e a viu de novo, a estrela que piscava, com uma luz extremamente forte e notou algo, quando as estrelas estavam perto de desaparecer sua luz não de veria ser tão forte assim!
Então ele percebeu que aquela estrela não era normal e, fosse o que fosse, não tinha medo dela porque se ela não estivesse ali, ele também não estaria.
-Obrigado estrela!
E após esse sussurro ele fechou os olhos esgotados sem notar a luz que o cobriu, nem os chamados de seus melhores amigos!


Ele estava se sentindo confortável!
Na verdade, não se lembrava de já ter deitado em uma cama tão macia quanto essa antes!
Espera ai!
Cama?
Até onde ele lembrava estava no chão, bem duro e frio, e não numa cama macia, aconchegante e quente como na qual tinha certeza que estava deitado.
Desorientado e cansado, mas altamente curioso ele abriu os olhos aos poucos e tentou enfocar a visão, não sentia seus óculos e ficou claro o motivo de estar vendo borrões, olhou para os lados e pareceu ver seus óculos sobre uma mesinha ao lado da cama, pegou-os e os colocou.
Enxergando devidamente pôde notar que estava em um quarto branco e espaçoso, havia um armário, uma escrivaninha, dois criados-mudos um de cada lado da cama e a própria onde ele estava deitado.
Tudo era branco!
Até a manta que o estava cobrindo!
Lentamente saiu da cama e olhou tudo novamente, como se tentando identificar o local. Não conseguiu!
Suspirou e se dirigiu até uma porta que havia ali e...deu de cara com o banheiro!
Advinha a cor?
Achou melhor ir até a outra porta, havia duas e se uma era o banheiro a outra só podia ser...
A saída!
Assim que abriu a porta ouviu uma risada estranhamente familiar acompanhada de outras, ele estava em um corredor e havia outras portas e uma escada, estava no andar de cima e os risos vinham de baixo.
Pela primeira vez procurou sua varinha e a achou no seu bolso.
Desceu as escadas lentamente, procurando não fazer ruído.
Não sabia onde estava nem com quem, mas tinha certeza que não eram Rony e Mione!
Assim que chegou ao andar de baixou ouviu uma pessoa dizer:
-Lily, Harry vai acordar logo não precisa ir chamá-lo!
O jovem de olhos verdes parou em choque, não só pelo nome que o homem disse, mas também porque tinha certeza de que essa voz era do seu padrinho!
Caminhou lentamente até a sua direita e entrou na cozinha e seu choque foi ainda maior!
Lágrimas escaparam de seus olhos quando viu aquelas pessoas e um soluço saiu fazendo-os notar sua presença, Lily e James/Tiago Potter, Sirius Black e Alvo Dumbledore estavam ali o olhando e sorrindo e tudo que ele pode dizer foi:
-Eu...não acredito!
Sirius riu e disse:
-Pois é...você pode até não acreditar, mas espero que isso não te empeça de abraçar seu padrinho favorito.
Harry riu enquanto as lágrimas ainda rolavam por seu rosto e sem pensar correu até eles e os abraçou, a todos e a cada um, seu coração estava acelerado e as palavras sobravam naquele momento.
Eles estavam ali, seus pais, seu padrinho, seu protetor, todos ali, sua família!
Algo veio à mente dele:
-E Hagrid?
Foi o pai dele, tão parecido e ao mesmo tempo tão deferente do filho, quem respondeu:
-Normalmente, as pessoas passam primeiro por suas famílias, Hagrid está com o pai!Os dois têm muito que se falar!
-Assim como nós dois!-Disse Harry feliz.
O pai sorriu e abraçou o filho bem forte enquanto sua mãe dizia:
-Sim!Muito que dizer, mas não temos muito tempo, você logo terá que voltar, meu amor!
Harry se afastou do abraço, olhou para os olhos verdes iguais aos seus e perguntou:
-Voltar, mas...eu não estou morto?
Lily sorriu e respondeu:
-Não, meu filho!Você só está aqui porque recebeu...um presente especial. Acharam que você merecia uma segunda chance!
-Acharam?Quem?Segunda chance de que?
-Isso Harry, eu vou responder. -Disse Dumbledore. -Primeiro, deve entender que sua primeira pergunta não será respondida, pois você está vivo e o segredo da eternidade não pode lhe ser revelado.
Harry não gostou muito, mas entendeu!
-Agora, você deve saber que você entrou naquela fonte por se guiar pelas aparências e não pelos seus sentidos. Isso foi errado e arriscado!
Ele sabia e se envergonhava disso, mas não precisava falar, sabia que eles entendiam!
-Nós pudemos te trazer aqui para pedir que não o faça de novo!
-É garoto, precisamos de você em alerta permanente!-Disse Sirius.
-Prometo que vou estar!-Disse Harry, ele queria que eles se orgulhassem dele!
-Nós estamos orgulhosos de você Harry!-Disse sua mãe.
-Sempre estivemos!-Falou seu pai.
As lágrimas voltaram aos olhos de Harry, mas ele não as derramou e Dumbledore voltou a falar:
-Peço que analise por sobre as aparências um momento de nosso passado!
-Qual?-Perguntou confuso.
-O da minha morte!-Respondeu o ex-diretor.
Harry começou a pensar naquela noite, mas o próprio Dumbledore o interrompeu.
-Não agora Harry, você agora tem outras coisas a fazer, na hora certa você vai saber avaliar, tenho certeza. Confiamos em você!
Todos concordaram nisso.
Ele mais emocionado perguntou:
-O que eu tenho que fazer agora?
Lily se aproximou e o abraçou dizendo:
-Agora você deve acreditar nos seus sentimentos, pois são eles os únicos capazes de te iluminar sempre.
Ela o soltou e disse:
-Vamos voltar para o seu quarto, você precisa descansar um pouco.
Harry afirmou e ela o levou ao andar de cima e o cobriu quando deitou na cama onde havia acordado há pouco.
-Nunca se esqueça: sempre estaremos com você e se algum dia duvidar é só buscar a estrela no céu.
-Mãe!-Disse saboreando a palavra. -Isso está acontecendo realmente ou é um sonho?
Ela sorriu suavemente e respondeu:
-O que você acredita, seja o que for, essa é a verdade!
Deu um beijo na testa dele, apagou a luz e saiu do quarto fechando a porta.
Harry, que pensou que não conseguiria dormir tão cedo depois disso, fechou os olhos e caiu no sono no mesmo instante!
Ele sabia que nunca esqueceria aquele pequeno momento em que, pela primeira vez, pode abraçar os seus pais e se sentir amado por sua família!
Porque ele acreditava, mesmo que não houvesse sentido, que aquele era um sonho... que se transformou em realidade!

HPHPHP

Oi!
Sei que não tenho perdão pela demora, mas eu não consegui escrever antes.
Espero que voces continuem com a história.
Não vou responder os comentários, acho q se quem escreveu ainda ler, nem deve lembrar o que colocou neles, nem se os escreveu, mas eu quero dedicar esse capítulo a Cristiane Erlacher, você me fez voltar a sentir vontade dessa fic, e a Pedro Ivo por continuar acompanhando apesar do atraso.
Bom, o capítulo está muito...emotivo...eu sei...fiquei tempo pensando na cena de Harry e os quatro e foi o que saiu, acho que ficou muito meloso, ou muito impessoal, na verdade, não faço idéia, voces é que vão me dizer, se é que acham que eu mereço um comentariozinho, né?
Só uma coisinha, algumas coisas eu to mudando nos planos da fic porque eu já li o livro 7 e percebi q em algumas coisas eu acertei e como não quero que ninguém me acuse de spoiler vou ter que mudar muitas coisas, nesse capítulo eu já coloquei uma parte, mas não deu pra modificar muito, é muito parecida com o livro, claro q n vou dizer qual, mas se alguém já leu deve notar. Desculpem por isso!
A fic ta chegando ao fim, acho q só tem mais 3 capítulos!
Por isso, se não desanimaram, não desanimem agora!!!!
Bjs e até o próximo capítulo, que eu vou tentar (TENTAR) postar logo!
Obrigada pela atenção!
Tchauzinho!

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