Silêncio



Sinto muito pela demora, mas eu estava sem tempo e sem inspiração.
Vocês podem ficar tranqüilos porque a fic está se encaminhando para o final e n vou mais demorar tanto, pelo menos é o que eu espero.
Esse capítulo é particularmente difícil pra escrever, espero q gostem!
Obrigada a:
Diogo Diniz Lima:acredite quando digo que Harry já está mais forte,só que é bem sutil até agora.
Daniela Paiva: obrigada pelos parabéns e que bom que achou emocionante. Eu passei mal escrevendo aquele capítulo, matar o Hagrid não foi legal pra mim.
Pedro Ivo: desculpe pelo atraso em dizer, mas...Parabéns!
Cristiane Erlacher: pesado com certeza, assim como os que estão por vir. Fico feliz de saber que gosta!
Mátheus Lovegood: espero que continue gostando, muito obrigada por comentar.

Muito obrigada mesmo a todos, comentários são extremamente importantes pra mim, eu não sou do que se pode chamar de uma pessoa segura.
Quem não leu os outros capítulos...ta fazendo o que nesse?
Quem leu os anteriores se preparem para as emoções de:

Silêncio


As conseqüências da batalha em Hogwarts foram notáveis: salas destruídas, o campo de quadribol arruinado, as plantas aos pedaços e corpos dos dois lados em várias partes.
Cada vez se unia mais gente ao lado da luz, mas também ao lado das trevas.
A própria floresta teve várias partes destruídas.
Hagrid foi a perda mais próxima, mas não a única, aliados e até dois estudantes estavam mortos.
Uma semana depois ainda surgiam perguntas sobre aquele dia,os aurors invadiram Hogwarts e Scrimgeour falou no enterro de todos os mortos. O clima pesado podia ser sentido em cada canto do castelo, mas ninguém estava mais confuso que Harry.
Ele não conseguia entender o motivo de Voldemort ter ido, ele não fazia idéia de que luz era aquela saindo dele e ele ficou apavorado de notar que em menos de um ano dois de seus sonhos se realizaram. Mas o que mais fazia Harry irradiar o nervosismo que afastava a tantos era a raiva por Voldemort e Snape.
Snape ensinou a seu mestre o Sectusempra, claro, não podia ser diferente.
E o desgraçado do Voldemort fez algo que o tornou bem potente, ou talvez tenha sido simplesmente essa louca vontade que ele possui de matar e não se importar com nada além de si mesmo.
Harry estava pensando com tristeza em tudo isso quando Gina se aproximou e o beijou, trazendo-o de volta a realidade.
Ele sorriu para ela e perguntou:
-Algum problema?
Ela o abraçou e respondeu:
-Malfoy acordou e o pai dele já voltou para Azkaban.
Ela parou de falar,mas ele sentiu que tinha mais coisa nisso:
-Ele quer te ver!-Continuou ela. -Disse que é urgente!-Se afastou dele e ficou o olhando. -Sabe o que ele quer?
-Não tenho idéia,mas tenho que verificar, onde estão...
-Na entrada te esperando para ir!-Respondeu sorrindo antes de ele terminar a pergunta.
Ele sorriu também, a beijou e foi saindo quando de repente sentiu algo em seu coração, uma angústia e dor, sua cabeça também doeu, pesando, uma terrível sensação o atingiu e ele se voltou para Gina e a abraçou bem forte. Ela ficou preocupada e perguntou o que acontecia:
-Gina, eu não sei o que é, mas preciso que me escute. –Ela assentiu ainda sendo abraçada. –Preciso que fique junto a alguém, não importa quem, mas que essa pessoa seja de inteira confiança. Você entendeu?-Ela assentiu de novo. –Ótimo! Vá agora e só saia de perto dessa pessoa quando eu for te buscar, tudo bem?
-Mas o que...
-Só diz que sim, Gina, por favor!
Eles ficaram em silêncio por uns segundos, ainda abraçados, até que Gina disse:
-Sim!


Os três aparataram no hospital e foram em busca de Draco Malfoy, parece que ele não iria para outro lugar por um bom tempo, logo depois de saber da morte da mãe entrou em uma triste depressão e não consegue fazer muita coisa sem ajuda já que está sem forças, mas a permanência do pai dele não poderia se estender por mais tempo e ele até que aceitou bem.
Quando os três entraram sentiram algo muito ruim os atingir, aquele garoto na cama tinha a expressão de um adulto de 40 anos ou mais, estava mortalmente pálido e com bolsas em baixo dos olhos, clara expressão de quem não pára de chorar por muito tempo.
Harry se aproximou e foi encarado pelos olhos infinitamente tristes de seu inimigo de escola.
Brigas tão idiotas que ele nem sentia mais que pertenciam a ele as palavras que saíram de sua boca nessas ocasiões.
-Olá Potter. -Disse Draco em um sussurro.
-Olá Malfoy!Para que quer me ver?-Preferiu ser direto e Draco pareceu grato por isso.
Ele pegou alguma coisa em baixo de sua coberta e o entregou ao moreno, era uma caixa retangular.
-Esteve o tempo todo entre minhas coisas. Ninguém consegue abrir, mas acho que vai te interessar. Não sei o que é, mas parece ser importante! Estava na casa dos seus pais, o Lorde das Trevas o levou para minha casa para que minha mãe escondesse, mas eu peguei quando ele não quis dizer onde ela estava. Achei que poderia salvá-la se ameaçasse em te entregar, mas... não funcionou!-Terminou com os olhos cheio d’água.
-Obrigado por isso Draco, não sabe o quão importante é!-Disse tentando evitar que o loiro chorasse. Rony e Mione não haviam se aproximado.
-Não importa mais!Nada importa!-Disse o sonserino.
Harry se sentiu incômodo e sem saber o que dizer virou-se para sair.
Rony e Mione já estavam fora quando ele ouviu aquela voz arrastada dizer:
-Acaba com ele Harry!
Ele se virou e olhou nos olhos do outro antes de dizer com firmeza:
-Pode deixar!
E saiu sentindo-se mal e bem ao mesmo tempo, carregando o que ele acreditava que fosse a relíquia de Ravenclaw.


Assim que chegaram a Hogwarts seguiram para a mesma sala em que destruíram o medalhão e fizeram o mesmo acordo: Harry destruía com a espada e eles entravam para ajudar.
-Mas...será que a caixa é o horcrux?-Perguntou Rony achando estranho.
-Só há um jeito de saber!-Disse Harry. -Se ela não abre, eu uso a espada e vemos o que acontece.
-Nós vamos estar ali fora e tome cuidado Harry!-Disse Mione, ela parecia muito apreensiva, com medo do que aquela relíquia podia significar. Beijou a bochecha de Harry e saiu junto de Rony, mas não sem antes lançar um olhar preocupado ao amigo.
Harry não estava seguro do que fazer.
Colocou a caixa de madeira em cima da mesa, ela era longa e fina, do exato formato do que estava na mesa da cozinha há meses.
Ele ergueu a espada e aproximou-a da caixa. Podia ser uma armadilha, não acreditava que Draco pudesse saber, mas Voldemort poderia ter planejado tudo muito bem.
Quando tocou a caixa com a espada sentiu uma descarga de energia através dela. Deu um passo para trás, ainda pesando as possibilidades e sem querer desejou ter um sonho que lhe dissesse o que aconteceria agora.
Desejo não realizado.
Esticou o braço e voltou a erguer a espada e de uma só vez a levou com força até a caixa, no mesmo instante uma força enorme o empurrou contra a porta, assustando seus amigos que estavam do outro lado dela.


Quando ele conseguiu levantar e os amigos puderam entrar, Mione perguntou a ele:
-Sabe quem nós somos?Onde você está?Quem você é?
Harry a olhou achando graça e respondeu:
-Quem é a doida que ta me fazendo tanta pergunta?
-Você não sabe quem eu sou?-Perguntou assustada.
Harry riu e respondeu:
-É claro que sei!Só estava brincando. -Os amigos suspiraram de alívio e ele continuou. –Mas devo dizer que você fez as perguntas erradas, destruindo o horcrux eu perderia a razão, não a memória!
Hermione ficou sem graça:
-Então você sabia?
-Acho que é um risco que vale a pena!
Rony só o olhou preocupado e perguntou:
-E a caixa?
Eles três se olharam e logo desviaram o olhar para ela que estava inteira, mas, definitivamente, aberta.
Eles se aproximaram passo a passo um ao lado do outro, com medo do que poderiam encontrar.
Quando já estavam bem próximos seus queixos caíram notavelmente.
Ali, enfrente a eles e dentro da caixa, estava uma varinha.
-Ela é...-Começou a dizer Harry.
-Azul e...-Continuou Mione.
-São as cores de Corvinal!-Exclamou Rony tentando resumir o pensamento.
Os três se olharam de novo.
-É a varinha de Ravenclaw!-Disse Mione admirada. -É tão bonita!Pena que temos que destruir, mas... –Saiu do estupor e olhou para o moreno. -É muito perigoso Harry!Perder a razão pode fazer você cometer atrocidades.
-Se eu não fizer, ninguém mais fará!
-Eu faço!-Disse Rony decidido.
Harry o olhou com um sorriso triste e disse:
-Sabe que jamais permitiria, além disso...-Disse olhando pra caixa. –Sinto que não é como a gente pensa que vai acontecer. –Volta a olhar para eles e completa. –Saiam!
Relutantes e preocupados os dois obedecem e Harry tira a varinha da caixa que devia estar enfeitiçada, mas com certeza a espada destruiu o que tivesse antes.
Colocou a varinha sobre a mesa e implorando para não perder a razão usou velocidade e força para acertá-la com a espada.
A varinha quebrou e...
Nada aconteceu!
Os amigos entraram e os três em silêncio se olharam expectantes.
Nada aconteceu!
Sabiam que deveriam ficar felizes, mas isso só os fazia ficarem preocupados.
Sem saber o que fazer, eles ficaram ali, parados, em completo silêncio, sem entender.
Até que ouviram:
-ALGUÉM AJUDE!
Era Tonks!
Eles saíram correndo em direção de onde os gritos continuavam vindo e quando chegou ao local o coração de Harry falhou uma batida porque ali, no chão, ao lado da auror de cabelo roxo que gritava e chorava estava a sua razão de lutar, pálida e sem fazer movimentos.
Mione gritou e chorou também se apoiando em Rony que só conseguiu ficar ao lado de Harry encarando a irmã que estava desmaiada, ou morta (não que ele aceitasse isso), no chão.


-Como ela está?-Perguntou o senhor Weasley à Madame Pomfrey duas horas depois quando ela saiu da enfermaria. Ninguém mais conseguia falar.
-Eu não sei o que causou isso, mas ela não acorda e sua respiração está muito irregular, posso mantê-la viva com magia, mas se nada for feito não há como evitar que com o passar dos dias...
Ela emudeceu, mas não precisou dizer mais nada.
Harry sentiu o ar encher seus pulmões e sem dizer nada saiu com passos apressados do local.
Rony e Mione se olharam e logo depois foram atrás dele.
Os outros ficaram calados, não sabiam o que acontecia, mas algo lhes dizia que os três eram os únicos com as respostas e a possível cura para a jovem ruiva.


Chegaram em frente à gárgula do escritório da diretora.
-Fiquem aqui!-Disse Harry firme e sem olhar para os dois que só se mantiveram no mesmo lugar enquanto ele falava a senha e subia a escada.
Quando chegou lá em cima ele entrou no escritório, olhou os quadros dormindo e falou, dirigindo-se ao chapéu seletor:
-Ela vai morrer se eu não fizer alguma coisa e eu a amo!-Ele estava alterado.
-O coração tem razões que a própria razão desconhece!-Disse o chapéu. -Você entendeu isso agora!
-Por que não me disse?-Perguntou nervoso. Alguns quadros começaram a despertar.
-Não podia e...se eu tivesse dito...você não teria sido capaz de cumprir sua missão!
Harry não ficou feliz de ouvir isso e gritou de dor, as lágrimas que ele não podia mais segurar saíam dos belos olhos verdes.
Todos os quadros já tinham acordado.
Harry se abraçava e se balançava para frente para trás chorando e desespero.
-Os meus amigos!-Disse conseguindo respirar um pouco.
Não houve nenhuma outra palavra, até ele se acalmar e continuar:
-Se eu destruir a taça, eles ficarão como Gina?
Olhou para o chapéu que disse:
-Não posso responder, o feitiço não me permite!
-QUE MERDA DE FEITIÇO É ESSE?VOCÊ REALMENTE ACHA QUE ELE SERVE PRA ALGUMA COISA BOA?-Gritou sem controle. Caiu sentado na cadeira em frente à mesa e continuou mais calmo. –Toda essa idiotice de casas já foi longe demais. Todo o preconceito e a competição que há entre elas só faz com que as pessoas aprendam a se afastar e a odiar umas as outras. -Levantou e apontando para o chapéu continuou. –Você disse para nos unirmos, mas como fazermos isso se nos ensinam a estarmos divididos e desconfiados?As casas de Hogwarts podem ter sido uma boa idéia, mas só causou dor e preconceito nos mil anos de existência. MEU PAI E SIRIUS RIAM DE SNAPE PORQUE ERA SONSERINO! E ele tirava pontos de todos os alunos que não o eram. Se você realmente acha que a sua fala que trás tanto preconceito e desentendimentos vale mais do que essa informação é a sua hora de ficar em silêncio, mas eu preferia que essa fosse a última vez que você falasse.
Caiu exausto na cadeira outra vez e ouviu no silêncio sua própria respiração. Um silêncio que durou minutos antes do chapéu o quebrar:


- Há mil anos me fizeram para dividir
Mas me fizeram entender sem chance de errar
Que um dia viria aquele
Que nasceu para todos ajudar.

Ele seria corajoso
Mas eu o julgaria de astuto também
Seria aquele que acabaria com as separações
E enfrentaria tudo pelo bem.

Escolheria seu próprio caminho
E com amor o iria trilhar
Quando esse amor estivesse em risco
Eu deveria a ele testar.

Se no teste demonstrasse motivos
Além dos interesses pessoais
Eu deveria me calar para sempre
E em Hogwarts todos seriam iguais.

Você demonstrou com louvor em poucos minutos
O que muitos não conseguem na vida provar
Passou no teste e por isso
Eu devo a você alertar.

Seus amigos sofrerão do mesmo mal
E sua amada só tem 90 dias
Depois disso a morte é certa
E acabarão suas alegrias.

Agora devo me calar de vez
Para todo o sempre e a eternidade
Mas sei que fiz pela razão certa
E espero ter ajudado de verdade.

Silêncio foi tudo que se ouviu depois e Harry não soube o que dizer, até que achou que só havia uma possibilidade:
-Obrigado!
Foi em direção a porta e a abriu, saiu de escritório e antes de fechar olhou para dois bondosos olhos azuis que sorriam orgulhosos e encorajadores.


Quando chegou lá embaixo encontrou os amigos o esperando, não iria contar tudo a eles, não podia fazer isso. Já estava totalmente calmo, por isso disse:
-Precisamos correr, temos pouco tempo e ainda precisamos achar e destruir a taça, depois eu lanço um Avada Kedavra na espada.
Os amigos se olharam assustados e Mione disse a Harry:
-Mas se fizer isso você vai morrer!
Harry apenas a olhou e depois ao seu amigo, os três em silêncio, até que ele com o olhar mais decidido que jamais possuiu resolveu dizer:
-Então eu tenho que matar Voldemort antes!

Continua...

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