Diario do Nosso Amor



Otima leitura…;P


(Novembro) UM MÊS ANTES

Voltou para dentro de casa. Entrou no quarto, escorregou molhada, pela porta e chorou.
Sentiu-se só, precisava que alguém enxaguasse suas lágrimas e a dissesse que não estava sozinha, pegar em suas mãos e esquentar elas. Alguém que fizesse ela sorrir, que a convencesse que o mundo continuava girando se ela relaxar, alguém que a fizesse entender que não era feita de aço.
Pegou no telefone e marcou o número de Gina:

_Aconteceu, Gina, aconteceu aquilo que você tinha falado.

_Vocês…acabaram? – pergunta meia receosa tentando confirma a fraca frase que saíra da morena.

_Acabou, tudo.

_Porquê?

_Ele não me ama Gina, nunca amou.

_Ele te falou isso.

_Não foi preciso.

_Mas ainda ama ele?

A morena silenciou, limpou os olhos e logo continuou:

_Não sei, me sinto tão confusa.

_Você quer que eu passe aí?

_Não se incomode.

_ Ok, mas olhe, não tente me mostrar o que não vê, o que não existe, não venha me provar o que nem você mesma crê. Não tente se enganar. Não quero ser eu a pessoa que te vai dizer para que caminho caminhar, tem de ser você mesma a decidir.

_Eu desperdicei meu tempo com ele. – repreende a si mesma.

_ Então não perca o resto do tempo que ainda te resta. Não perca tempo pensando que a vida não presta, Hermione, algumas coisas boas duram e outras não.

_ Eu fico quieta, quase não peço nada. Eu só pedi uma única coisa para ele, uma coisa simples, e ele mo negou.

_Não quer mesmo que eu vá ai? – pergunta novamente.

_ Não. Lembra quando andávamos em Hogwarts, muitos diziam que eu era sempre tão desligada. Na verdade o que eu queria era sair e saí, quis cair e é o que está acontecendo. Quero ficar sozinha, desta vez, não quero ter alguém querendo ouvir os meus problemas, me perguntando como eu estou. Obrigada, adeus! –despediu e desligou o telefone sem ao menos esperar a resposta da amiga.

Limpou, se trocou e deixou-se cair na cama. Malditos lençóis ainda tinham aquele agradável cheiro.
Tinha saudades dele, a noite estava fria e nem todos os cobertores do mundo conseguiriam aquece-la. Sentou-se no escuro do quarto, lá fora, a tempestade fustigava os vidros da janela, e a chuva, escorria como lágrimas. Os relâmpagos, transformavam a noite em dia, e iluminavam o corpo, inerte.
Não sentia sono, a cabeça ainda se perdia por entre pensamentos nunca dantes pensados ou vividos, perdeu a vontade de dormir ou de fazer qualquer outra coisa.
Tudo não passara de sonhos, de fantasias criadas. Precisava sair daquilo tudo, mas as forças abandonaram-na. Mas sair dali para onde? Só se for para Lua.
Como seria bom se pudesse sair desse espaço, sair e bater a porta, deixando lá dentro tudo intacto e guardado, levando consigo apenas reminiscências boas.
Fechou os olhos e adormeceu entre nostálgicas lembranças, deixando que a noite a levesse para além do que é real e conhecido.


**~**~**~**~**


Acordou na manha seguinte, com a cara desconsolada, os olhos inchados pelo choro da noite anterior e o cérebro a mil.
A chuva reiniciara, e com ela, a permanência do frio. Cerrou os olhos e imaginou o calor das noites passadas, cobrindo os corpos, devagar, fazendo os olhos revirar de luxúria.

_Me ama? Mas nem me conhece.

_Conheço, conheço mais que você imagina.

O ar era invadido pelo perfume dos corpos em movimentos lentos, se amando, na calma tranquila das noitadas, murmurando ao ouvido tentadores palavras, os lábios dele percorrendo os seios, roçando suavemente, cada milímetro da pele, provocando um arrepio. As vozes se soltavam em lânguidos gemidos.
O bálsamo entranhando em sua mente, os cabelos dele roçavam a sua face, a respiração banhava os ombros, como uma onda cálida. Tudo isso mostrava a diferença única do homem que durante noites esteve ao seu lado. Sentiu que tinha voltado a solidão, a mesma chatice de vida, pois ao seu ver uma vida sem sentimentos, sem emoções, é tudo menos algo apreciável.

_Porque te adoro ver feliz, adoro estar perto de você, adoro ser a pessoa que te admira, adoro sentir que você agora mais que nunca é um pouquinho meu, adoro estar compartilhando este momento contigo, adoro sentir seu cheiro, sua respiração, adoro ter seu corpo bem coladinho ao meu, adoro você inteira só para mim….e…

A pele perdera um pouco de cor, os lábios secaram e resfriaram. Uma lágrima soltou-se, derramando-se sobre a face, numa torrente suave de dor, que desbravava caminho em direcção aos lábios.
A manhã estava tão confuso como o seu interior, como se tivessem combinado a mesma tristeza. As nuvens da tempestade, cinzentas e escuras, cobriam o céu, o vento rodopia ameaçando levar o manto de folhas outonais que embelezavam o jardim, e seus pensamentos. Coisa que ela implorável que acontecesse, que ele voltasse e levasse aquelas palavras parvas, ditas num momento inoportuno e de fragilidade.


_Nada disso…é que…eu não te posso ter, você é tão linda, tão delicada, tão tentadora, toda você é uma promessa de uma vida diferente, de uma vida de sonhos…sem ti, me sinto tão vazio, como se tivessem cravando uma faca em meu coração.

Concentrou o seu olhar muito para além da tormenta. Sentiu o ar frio e encolheu-se, tentado se proteger.
A vida, era assim, como um vidro molhado... confuso, não se conseguia ver claramente as coisas, até que vem o sol e seca o vidro... começamos a ver as coisas através de um vidro limpo e tudo parece muito mais simples... assim é a vida, um dia molhada e triste, no outro dia quando chega o sol, tudo muda. Ainda chegaria o sol dela? Quando? Vinda de onde? Com que intenções?
Interroga-se, levantando e andando de um lado para o outro.

_Posso tentar… Diz para ele que não quer mais ser noiva dele. Porque ficará comigo.

Ele a fazia esquecer a outra realidade que tinham deixado repousar, a outra parte, a vida como uma possível futura Malfoy. Viviam juntos algo novo, talvez desejado à muito e impossível até então de concretizar, em que eles seriam realmente quem costumavam ser quando se encontravam a sós. Chorar quando vier a vontade, rir estupidamente mesmo sem razão, ter o prazer brutal acima de qualquer convenção.
Onde estava ele, agora que ela precisava de ouvi-lo? Que tinha sido da vida dela, nos últimos meses?
Caramba, só precisava das palavras que ele não disse, aquelas palavras que ele decidiu trancar a sete chaves. Talvez algum dia longínquo, perdido no horizonte, ela ainda o viesse a guardar, meia louca, meia morta, meia viva. Contudo ainda seria dele? Não!
Já estava esgotada, fatigada das palavras de um dicionário inteiro... Falavam, discutiam, se ouviam, se calavam para apreciar o momento de ambos, sorririam juntos. Já tinha confiado demasiado nele. Mas agora chegava, BASTAVA, tinha acabado. Agora necessitava ser forte, para curar as feridas e continuar em frente.


_Não se preocupe, que irá saber. Agora, apenas aprecie o Prazeroso Silencio.

Será que deveria fazer de sua vida, um espectáculo onde os outros sentiam, alegria, carinho e ternura, ou transformaria tudo em tristezas, melancolia?
Começou a lembrar aqueles pequenos momentos em que o presente mistura o passado, tornando-o singular, que ela considerava paraíso, lembranças daqueles pequenos momentos que jamais voltariam. Recordações tolas e amargas invadiram-na. E aquela sensação?

_Eu sou seu…você me faz sentir o que nenhuma outra seria capaz de despertar, te quero, te desejo. - diz sem parar de penetrar ela.

Que a afligia, que em vez de fazer ela parar no mesmo lugar, fazia-a sua cabeça rodar sem sentido, em uma luta vã para a solução. Sentia-se angustiada, mergulhada naquela inquietação, no desassossego, em busca de calor, carinho. Mas que solução? Se nem ao menos tinha a certeza do que sentia. Ou será que sabia??? Abanou a cabeça afim de parar de refletir sobre isso.

_Agora entende que o meu mundo não é como os demais, exijo demais, que há em mim uma sede infinita, um desejo constante que nem eu mesmo compreendo, de estar perto de você.

Parecera que tudo não passara de um sonho, o desejo de se descobrir a si mesma, através da luta insana, em busca de felicidade e conforto. Mas como podia ela querer alguém, que instantes depois, mudava, simplesmente se alterava? Nada nem ninguém, podia fazer algo por ela.
A resposta que tanto procurava, encontrava-se dentro dela, dentro de seu coração e Hermione tinha consciência disso.
Ela devia ser lida pelo seu cérebro e só assim finalizava aquela inquietação.
Às vezes, apetecia deixar ele, tirá-lo dela, de sua cabeça, do seu coração, de sua alma, mas não conseguia, não dava. Nem soube como teve coragem de permitir tal coisa. Sufocava-se, quando pensava que não o voltaria a ver, a tocar...

_ É estúpido sentir que nos conhecemos tão plenamente que já não temos por onde fugir de nós.
Mas só é impossível ser diferente quando se deixa de ser a ‘mesma’ pessoa todos os dias, por isso enquanto te vais afogando em mim, vai sempre poder ser diferente.



Algures em Londres

Harry chega cansado ao faustoso apartamento onde vivia. Tirou o sobretudo ensopado e jogou em cima do sofá. Acendeu os dois candeeiros que se encontravam ao lado do sofá. Se despiu e entrou no banheiro para tomar um duche.

‘_Porque você tinha de dizer uma coisa dessas hein Mione? Porquê?’_ pensa enquanto deixava a água quente escorrer pelo corpo. _Estava correndo tudo tão bem e agora isso.’

_Harry, é você?

_Sim.

Passado alguns minutos, o moreno sai do banheiro com o roupão e depara-se com o amigo no seu quarto.

_Hoje ela te escorraçou de lá? -pergunta Rony num tom zombeteiro.

_Não brinca com assunto sério Rony. Como você entrou aqui?

_Peguei as chaves que estavam na entrada.

_Espero que não seja para trazer uma das suas namoradas para aqui.

_Er…Claro que não.- fala pouco embaraçado._ Mas e aí, porque voltou mais cedo?

_Ok, quer a versão curta ou a longa? –pergunta sentando-se na cama.

_Curta, que eu tenho assuntos combinados.

_Imagino, Mione quis que eu me mostrasse para ela, aí eu recusei e a gente acabou.

_Essa era a versão ‘extremamente curto’, certo? Enfim, eu te avisei.

_Eu sei, mas…- faz pausa e respira fundo. _é complicado Rony, não quero desiludi-la. Ela vai ficar decepcionada se descobrir que sou eu quem está com ela todas as noites, fui eu quem a magoou no passado.

_Passado é passado. Cara você vai perder ela se não fizer qualquer coisa. Imagina se ela acaba casando com Malfoy.

_Não, tudo menos isso. O que eu faço? –pergunta meio inquieto, sabia que Rony não era a pessoa certa para dar conselhos daquele tipo de assuntos, mas a agonia começou a tomar conta dele.

_Vai lá e conversa com ela.

_O que ela vai achar? Enganei a cinco anos atrás e a última vez foi a pouco mais de uma hora. No mínimo nunca mais vai querer olhar na minha cara.

_Então deixa ela casar com Malfoy, ter uma vida no mínimo dos mínimos irritantes, ficar o resto da vida com um homem que não ama, nem nunca amará. Ter filhos ‘daquilo’. Se é isso que quer, continue criando raízes aí no sofá.

_Ta bom, eu arranjo um jeito de falar com ela.

_Quanto mais cedo melhor. –adverte ele.

_Sei, mas ela fica tão feliz quando a gente está junto, tão espontânea e linda, parecia que a vida dela estava recomeçando no paraíso, tudo tão perfeito, que me dá pena ter de ‘jogar um balde de água fria’ nela, com aquilo que irá descobrir. E aqueles olhos? E o sorriso? A forma de ela olhar... E quando morde os lábios, procurando como se expressar? Desenhei algo só meu, que desde o começo só eu poderia adorar.

_Tem de ser. –lamenta Rony.

_E afinal que compromissos tem para resolver? –pergunta tentando mudar de conversa.

_Er… combinei uma coisa inadiável, a gente se fala noutro dia.

_Se falar com a futura senhora Granger Malfoy, mande cumprimentos meu.

_Como você sabe ser amigo hein...

_Sei, não me inveje por isso. Mas, agora sério, acaba logo com essa situação. Pensa como ela está sofrendo.

_E acha que eu não.

_Sim, mas você sabe como é Hermione desde os tempos de Hogwarts que ela leva as coisas muito a peito.

_Não será nada fácil.

_Quem disse que o amor e as mulheres são seres fáceis se enganou redondamente. - fala antes de se dirigir a saída e deixar Harry pensando.


Escócia

_Até agora, ainda não sou capaz de acreditar, que a gente está aqui, juntos.

_Eh, eu te adoro. –declara Draco beijando a ruiva.

_Magino…- fala superficialmente sem deixar de pensar na amiga sofrendo em Londres. Enquanto ela estava ali, com Draco Malfoy, o noivo dela. Aquela sensação de estar traindo a amizade de ambas sempre a perseguia e incomodava, mas era tão bom estar com Draco, ele a fazia sentir protegida e amimada.

_Quem te telefonou durante a viagem? –pergunta envolvendo-a pela cintura.

_Minha mãe, queria saber onde eu estava.

_Com essa idade ainda é a menina da mamae? –zomba ele.

_Que gracinha. Eu te mostro o quanto a menina da mamãe cresceu.- diz provocando o inicio de um beijo intenso.

_Quero ver isso.- afirma maliciosamente pegando-a ao colo, enquanto se concentravam na noite que ainda tinham pela frente.


DEZEMBRO

Estava caminhando, parou perto de uma lagoa, próxima de árvores agonizante, a seus pés estendia-se uma cadenciada tapeçaria amarelo-avermelhado. Folhas de vários tons se agitavam, permanecendo no ar como se ainda lhe restasse uma leve esperança de não esmorecer de vez no chão úmido, enquanto simultaneamente, exalavam um aroma adocicado no ar. Admirou as águas cristalinas. A tal noite ainda aviva sua memória, frágeis ilusões criadas, sobre escombros de seu coração sedento de ternura, estavam fazendo ela cair, cair num profundo abismo sem fim, sem nada. Tinha perdido dias, semanas, um mês, esse sentimento a acompanhava, a persegue sem ela querer, sem ela nunca o desejar!

Questionava-se o porquê de ter sido tão fraca, tão iludia, porque se deixou levar por palavras que nunca passaram de meras palavras? De instantes que fugiram no vento, que se perderam.
Ela acreditou nele, ele apenas não a ensinou como desacostumar com a sua ausência, limpá-lo de seu coração, ter forças para apagá-lo de sua vida, o rosto dele de seus pensamentos, a voz no ouvido, o perfume embriagante. No mês anterior sorria, agora só conseguia pensar no tormento que o idiota do admirador instaurou nela. Não sabia mais acreditar, lutar, estava sem forças para viver e o principal, sem forças para arrancar ele do coração. Por mais que tentasse, várias vezes pegava-se pensando nele, de como o desejava novamente por perto, abraçar ele e que este mostrasse que todas as palavras e as noites tolas não passaram de um horrível pesadelo. Caso contrário que ele nunca existiu, melhor, que ela nunca chegou a gostar dela.

_ Não diga adeus. Nunca tive jeito para despedidas. -diz sorrindo.

Perante a serenidade do panorama, as ondas de um oceano bravo de puras emoções, agitavam-se em sua cabeça.
Deixou-se cegar pelo amor. Tudo era incrivelmente perfeito, demais. Enganou-se, mais uma vez. O perigo mora ao lado, sempre morou. Contudo, sabia que havia sempre aquele risco, e sempre haverá em qualquer relação. O risco de tudo correr mal, o risco de se magoar, e até de fazer o outro mundo desabar... É verdade e, tudo isso acontece quando não se consegue mais desligar o lado necessitado, aquele que precisa sempre da tal pessoa por perto. Quando desejamos viver lá os dias indefinidamente, deixando a realidade esquecida e adormecida. Porque também no mundo real as coisas evoluem, os sentimentos e tudo mais progridem.
Feriu-se muito, mais do que imaginara, talvez para sempre, talvez sem volta a dar, talvez sem nunca sarar... Esse, era o risco que aqueles que se atrevem a explorar o mundo amoroso sofreriam, o risco que parece mínimo mas que é enorme. Um perigo letal, da qual antes não estava consciente da sua existência...

Sentou-se e recostou numa árvore. A melhor recordação amor, não era as noites especiais de chuva, não era os momentos de prazer nos lençóis de seda, não era as declarações de amor, as cartas, os presentes….A melhor recordação, aquela que jamais iria esquecer, sabem qual é?
A primeira noite, os sons, o perfume, a compreensão e a ternura no olhar, os beijos, que em situações de loucura se dirigiam à minha boca. Os que pertenciam a sua sinuosidade, eram depositados nos ombros. As mãos que maliciosamente a acariciavam o corpo, ou se afagava nos cabelos.
As ‘cicatrizes’ no seu corpo, ficavam bem, o negro impresso no olhar, era sedutor, a paixão depositada nos lábios, torna-os mais carnudos, o obscuro hipnotizante.

Estava esfriando. Ainda mais esfriado do que dentro dela.
Ajeitou o blusão e voltou para casa. Os dias custavam a passar, principalmente depois do sol se apagar, passava as tardes pálidas, contemplando, perto daquela lagoa pétalas mórbidas, desabrochando.
Sozinha, divertia-se entre os livros, as paisagens, e novas ideias para dar uma reviravolta naquilo tudo surgiam no silêncio e no descanso de vozes.
Entrou no quarto, abriu a gaveta da escrivaninha do lado esquerdo da cama. Tirou um caderno médio, era um diário, coisa que ela sempre odiou, despejar seus sentimentos para um algo abstrato.

Contudo, queria se deliciar da sensação de escrever e ter um diário na sua posse, algo que ela pudesse chamar de, Diário do Nosso Amor. Pegou o pequeno caderno e foi até ao escritório. Sentou-se, respirou fundo e foi invadida por uma calma que a tanto não sentia, abriu na primeira página, em branca, então decidiu começar por onde ela achava que era o início.

“Bom, er…Eu sou Hermione Granger. Tenho 22 anos…de momento estou comprometida com Draco Malfoy, coisa de que já não tenho a certeza se quero prosseguir. Mas parece ser o único caminho para que tudo acabe bem... Bom, saltando todos esses detalhes, é a primeira vez que estou escrever nisto, quer dizer, é a primeira vez que sinto uma necessidade urgente de escrever, depositar, expressar sentimentos ao fazê-lo. Demorei muito para me resolver, o que não é frequente. Preciso desabafar, tentar compreender tudo o que aconteceu e, como você é o confidente mais próximo…
Eu achava e continuo achando as vezes que não faz muito sentido escrever um diário, pois me dá a sensação de estar escrevendo para mim mesma, na minha opinião é estranho. Talvez seja mais estranho te escrever, mas é única forma de esvaziar meus pensamentos e aquilo que sinto, pelo menos até conseguir compreender que o esqueci.


Hoje faz um mês que eu e o admirador…Apesar de já ter passado um mês não sou capaz de relembrar tudo. Se calhar é por ainda não ter acreditado que tudo já foi, que já era.
Quase todas as noites tenho pesadelo, com ele. Só está manha consegui tocar novamente nos presentes e nas cartas que ele me deu, li e as reli inúmeras vezes, não por saudades dele, mas sim a fim de encontrar a resposta de onde terá surgido a falha. Retirei cada presente, um a um. Coloquei tudo na minha cama e só então comecei a ver o que antigamente ele me ofereceu com tanto ‘carinho’. Voltei a guardar tudo no gavetão da escrivaninha.
Eu mereci sofrer assim? Decepções atrás de decepções, partiram tudo que idealizei, pagaram a visão de felicidade que eu tinha. Não tenho um pingo de esperança de um dia eu e ele voltarmos. Sinto medo, ele pesou muito em meu coração. Senti e continuo sentido medo de um amor frágil, como esse. É duro, muito duro quando de descobre o lado obscuro do amor, ele nos mágoa, nos despedaça vagarosamente. Me apaixonei, fui enganada por que não merece, por quem não consegue amar. Custa oferecer um amor sincero à alguém? Não passou tudo de uma curtição.

Mas quem já lhe deu tanto amor como eu?

Aqui sentada é tudo muito mais difícil, não percebo bem o que aconteceu, nem sei o porquê, mas não me arrependo, vou recuperar, hoje pago por não ter aprendido com o passado. Ainda é só dor, dói tanto ver que tudo em que já acreditei se desmoronou. Fiz de tudo, mas perdi, agora posso chorar e gritar com vontade. Ele ‘estragou’ minha vida, levou tudo que eu tinha.
Foi culpa minha ou dele? Minha intenção não era que tudo tivesse finalizado daquele modo, mas…

Meu segundo amor, minha segunda decepção, se me sinto assim é devido aquele ‘pedacinho dele’ que faltou. Esse pedaçinho que ainda nao consegui desobrir o que é. Gastei demasiado tempo, me ‘afogando’ em lágrimas.
Não sei o que ele fez, muito menos o que eu fiz para o amar assim.
Sabe de uma coisa? Ele dizia que era uma menina-mulher.
Menina se calhar porque me descalço no meio da rua para andar à chuva, ando só de cuecas pela casa e, lambo o resto do doce que fica na panela com o dedo ou porque mordo o lábio de baixo quando quero pedir alguma coisa, deito a língua de fora para provocar, ou porque adoro acorda de noite aos beijos e, sussurrar barbaridades ao ouvido deixando-o encabulado e sem jeito. Esse lado despertava nele aquele desejo meio de culpa por amar com tesão, apenas uma menina, eu beijava-o e deseja ser satisfeita..
Mulher porque vivo de sentimentos e de charme. O olhar lento, envolvente, venenoso. Desperto as atenções dele e me coloco calculistamente na mira das objectivas. A mulher astuciosa, sensualista com as palavras, o acordava de noite e o mordia de mansinho para te despertar. Beija-o e exigia satisfação.
Ele falava que viviam as duas em mim! Acordavam na hora certa e, o atormentavam, adorava as duas, não sabendo bem qual preferia. Tolo, não precisava de escolher, tanto uma como outra era louca por ele. Tanto a Menina como a Mulher, amavam sem limites...
Difícil me amar? Nem por isso, porém é muito difícil amar duas mulheres tão diferentes que vêm à tona em qualquer altura sem aviso nem sinal... Amar duas personalidades que vivem num corpo só, baralha, mas simultaneamente é uma força brutal, um desafio, amar duas é de loucos.


Uma é tímida e sentimental, outra é quente e apaixonada. Uma ri desenfreadamente até com os olhos, a outra sorri 'perigosamente' com o corpo... Uma é menina, a outra é mulher...
Quero viver, mas algo não quer deixar, me mantendo presa a esse sentimento sem sentido, um amor irracional, distante...

Agora não sei definir se devia sintir ódio, raiva, aquele sentimento inútil...ou...ou qualquer outra coisa. Não sei bem o que ele foi, não sei o que tornou da minha vida, se um pesadelo, ou um sonho que nunca se irá tornar realidade. Se foi a minha maior fraqueza, ou a maior força que trago dentro de mim?
Eu vou enlouquecer se não parar de ‘vê-lo’. Não me importo de ficar aqui, escrevendo minha vida, mas me arrependo tanto de ter imaginado coisas que só acontecem em filmes. Quero partir para bem distante de mim mesma, pois minha vida jamais se resumiu em futilidades, sei esperar, sei perder! Mas amar desnecessariamente? Entregar o que sinto ao vento? Não, isso ainda não aprendi, nem nunca irei aprender.


Continua


N/a_ oi gente…peço imensas desculpas pela demora…e aí que acharam do cap e da ideia de me pôr Hermione escrevendo um diário? Devido a isso, os próximos capítulos, vai ser com ela, na maior parte das vezes, relatando os seus pensamentos e o seu dia-a-dia nas páginas do diário. E desculpa por qualquer erro, que tenha surgido…


Respostas aos Coments

Ellen Evans_oii…bom ainda não deu tempo para passar lá na sua fic, mas não se preocupe que vou ler ela e será a primeira T/L que irei ler…bjs


Luana_oii!!eh, ela não sabe do romance entre draco e gina e do jeito que se sente pode acabar por vir a casar com ele…mas nada garantido…e eu gosto de ver os leitores tentando adivinhar o que acham que vai acontecer, me dá algumas ideias…ainda bem que esta gostando…bjs


Diana_oie…já falta pouco para draco e mione revelarem o que cada um deles sentem. E tbm para o admirador dizer a verdade para Mione, já deu para ver nesse capitulo o quanto ele está ansioso para isso, apenas ainda não encontrou a maneira certa de falar isso…bjs


Sy_oii…o nome era para o admirador sim, mas ele acabará por ser de outra pessoa que irá surgir na fic…quantos aos erros, não se preocupe que a fic agora está sendo betada…bjs


Rhaíssa_oie..brigada pelo seu coment, agora não demore é muito para atualizar a sua…bjs


Nety_o nome irá servir para outra pessoa, já não é para o admirador, não…quando atualiza sua nova fic???...bjs


Ana_oi..aff, ainda tou pensando como será a reação dela..bjs


Oficial-ricardo_oii! Que bom q esta gostando..e já agora,curiosidade, que outras fics minhas vc leu??..bjs


Paulinha_atualizeiiiiiiii!!uma semana depois de ter postado o cap..vc pede para eu postar outro..bem que gostaria atualizar a fic semanalmente, mas o tempo não permite…bjs


Clarice_com tantas fics que vc le não me admira que tenha esquecido desta…mas não faz mal..e aí que achou da ideia dela escrevendo um diário?..bjs


Pontas_oii…desde o inicio que era impossível o admirador ser draco, apesar de eu gostar tbm dele…bjs


Viviane_oie…sei que demorei para postar, quando isso acontece é porque fico sem tempo para poder escrever…continue lendo pq muita coisa ainda vai acontecer…bjs


*Bjs a todos q estão acompanhando essa fic*

By: B_Jane_Potter

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.