O Pedido



Capítulo Quinze – O Pedido


 


Alguns dias depois...


As pessoas estavam aglomeradas no porto se despedindo de seus familiares. O navio partiria em meia hora, mas o capitão já ordenara que todos subissem a bordo para organizar tudo e partir.


- Não chore, querida. Quando menos você esperar, eu já estou de volta. - dona Glória acariciava os cabelos da neta.


- Vou sentir saudades. - Sarah era assim: carinhosa e emotiva. Apegava-se demais às pessoas, mas só quando gostava delas realmente.


- Eu também vou, de todos vocês.


- Sua vó vai voltar logo. Ela merece essa viagem. - Harry tentou tranqüilizar a filha.


- Obrigada, Harry. Não se preocupem. Vai ficar tudo bem.


- Glória, querida! Vamos! - chamou uma das amigas dele perto da entrada do navio.


- Bom, eu vou indo. Até logo. - abraçou Harry, Gina, Katherina e Sarah e foi em direção ao navio, olhando para trás e acenando.


Alguns minutos depois, perderam o navio de vista e foram embora.


- Dona Glória sempre foi como uma mãe para mim. Desde que Carl e Patrícia morreram, eu nunca vi uma pessoa tão forte como ela.


Ela queria fazer esse cruzeiro com Carl.  - Harry suspirou sentindo um bolo na garganta. - Ela merece essa viagem mais que todos.


Gina concordou e abraçou o amado. Realmente, dona Glória precisava de um descanso e depois de muito tempo, ela o conseguira.


As coisas não podiam ficar melhores.


Parece que estava dando tudo certo na vida de Harry. Ele não só tinha uma namorada maravilhosa e competente, mas como um prestígio mundial, graças à venda do Iphone, que por pouco, não desbancara a APPLE no quesito vendas. O aparelho era um sucesso e, quando saia nas ruas, era raro ver algum jovem - ou mais velho - não usando o aparelho, que tinham cores diversificada e preço acessível.


O romance estava no ar. Depois daquele jantar, Rony e Hermione não se desgrudavam mais. Quando podia, buscava a namorada no trabalho e um dia aproveitou para conhecer o chefe dela e o namorado de sua irmã. Houve uma empatia tão grande entre Harry e Rony que o ruivo não pensou duas vezes e aceitar a proposta da Mione de ele e Gina serem os padrinhos de casamento.


Casamento, porém, era um dos assuntos que estava tirando o sono do Harry. Não por parte de Gina, mas pela dele. Ela propusera namorar e não pensar em casório, mas Harry tinha tanta certeza que amava Gina que queria ficar ao lado dela para sempre. Só restava saber se ela aceitaria.


Esses pensamentos inundavam sua mente quando deitava na cama e acariciava o outro lado, vazio e frio. Sentia que aquele lugar tinha que ser preenchido e tinha certeza que agora, encontrara a mulher se sua vida. Com esses pensamentos, Harry sempre adormecia com um sorriso nos lábios.


Nervoso, segurou a mão da amada, que tentou tranqüilizá-lo.


- Falta só mais um pouco.


- Ela vai conseguir. - Gina sorriu para encorajá-lo. - Você vai ver.


- Muito bem, senhorita Sarah Potter, como se soletra a palavra: "pneumotórax".


Um silêncio absoluto invadiu a platéia. Harry achou a palavra tão difícil que quase protestou, mas foi impedido por Gina.


Sarah respirou fundo e, devagar, soletrou:


- P-N-E-U-M-A-T-Ó-R-A-X.


Os juízes conferiram a palavra. O coração de Harry estava quase saltando pra fora quando os juízes confirmaram.


- E a vencedora é Sarah Marie Washington Potter, com 150 pontos.


Todos da platéia aplaudiram de pé. Harry saltou no palco e girou a filha no ar.


- Parabéns, minha princesa, você foi ótima.


- Obrigada, papai. - abraçou o pai de volta e também Gina, que seguira Harry ate o palco.


Depois da cerimônia de premiação, Sarah exibia, toda orgulhosa, a medalha no pescoço. Em matéria de ler e escrever, Sarah adorava e brincava de inventar historias nas horas vagas.


- Sua filha e um prodígio, Harry. - elogiou Hermione, enquanto iam comemorar no parque de diversões.


- Ela e um gênio. - disse Harry todo presunçoso.


- Vai ser escritora quando crescer, Sarah - perguntou Rony.


- Não sei. Quero ser professora.


- Então, vai ter que estudar muito.


- E vou. Muitão! - ao dizer aquilo, todos riram. Fora uma tarde divertida, exceto pela falta que dona Gloria fazia. Ela queria muito está no concurso, mas a viagem não podia ser mais adiada. Hermione propôs filmar tudo para a velha senhora quando chegasse.


XXX


- Está linda, Gina. - Hermione disse enquanto observava a amiga se arrumando em frente ao espelho. Ela sorriu.


-0brigada. - virou-se. - Acha que ele vai gostar?


- Está brincando? Ele vai babar em você! Só um cego seria capaz de não ver o quanto você está deslumbrante.


Gina sorriu com o incentivo. Virou-se para o espelho. Estava sensual, sem parecer indiscreta. O vestido azul desenhava seu corpo como se tivesse sido feito pra ela. Seus cabelos estavam presos num coque e algumas mechas caiam sob seu rosto. Usava uma maquiagem leve. Estava pronta.


- Nervosa?


-Um pouco? - sentou-se na cama. - Ele não disse pra que é esse jantar. Disse que era uma surpresa.


-Não sei por quê. Vocês já jantaram várias vezes. - Gina balançou a cabeça.


- Mas algo me diz que esse jantar é diferente dos outros. - sentiu um temor - Será que ele vai terminar...


Hermione abraçou a amiga.


- Ficou louca?? Ele é louco por você!! Duvido que ele fará isso!


Gina tentou parecer confiante. Hermione revirou os olhos.


- Ele não vai deixar você escapar, Gina. Agora que ele tem a oportunidade de ser feliz! - Segurou a amiga pelos ombros. - Gina, ele não vai fazer isso. Seja o que for, a surpresa vai ser boa, eu garanto. - Levantou-se. - Agora, vamos lá! Espanta a preocupação e bola pra frente! Um jantar e um príncipe encantado a espera!


Gina sorriu. Príncipe encantado. Não que acreditasse nisso, mas ela tinha outra ideia do que seria um príncipe encantado. Sem o cavalo branco. Apenas um homem que amava a mulher do jeito que era.


Harry olhou boquiaberto para Gina. Desde quando ela era bonita daquele jeito? Parecia uma Deusa quando desceu as escadas graciosamente e foi até ele.


- Estou sem palavras... - falou com um sorriso bobo; Gina riu.


- Seu bobo. Você também não está ruim. - E não estava mesmo. Vestia um terno preto, sem gravata. Tinha alguns botões da camisa branca aberta. E possuía um ar de rebeldia e charme. E Gina se derretia toda com aquilo.


Sem pensar duas vezes, tomou a nos braços e a beijou, fazendo com que Gina não sentisse mais o chão aos seus pés. Encostou-a no carro. Precisava senti-la de todas as formas possíveis. Estava perdendo o controle quando o alarme disparou, trazendo-os de volta à realidade.


 


- Temos que ir... senão perdemos a reserva. - arrumou os cabelos, enquanto Gina - corada até os cabelos - passava a mão no terno, tentando alisá-lo.


- Então, vamos.


Harry afastou-se e abriu a porta do carro. Gina, ainda num misto de êxtase e vergonha, entrou. Harry suspirou e entrou no carro. Precisava estar bem para fazer o que pretendia.


Xxx


-... e, embora ela estivesse comprometida com o cigano, seu coração agora pertencia ao jovem que a salvou. Um jovem que guardava um grande e segredo e ela estava disposta arriscar tudo para ficar com ele. - Vendo que todas as meninas prestavam atenção, quase hipnotizadas, - Katherina continuou: - Desafiaria a família e o pai. Se precisasse, fugiria com ele.


- E ela fugiu? - perguntou uma menina loura com fitas no cabelo e bochechas rosadas.


- Calma, Rose. Ela se encontrava com ele às escondidas, todas às noites e então, numa certa noite... - a moça parou sem-graça. Como contaria o que acontecera para as meninas de apenas 6 anos? Tinha certeza que os pais não tocariam no assunto tão cedo.


- O que aconteceu? - Beth, uma moreninha de cabelos afros olhava compenetrada para a babá.


- Eles fizeram o que os pais fazem para ter bebês? - Melanie, uma morena perguntou e as meninas deram risadinhas. Katherina sentiu as faces arderem.


- Bom... o que sabe sobre isso, Melanie?


- Eu sei que os pais ficam juntinhos, dai os bebês nascem. - "A inocência é uma benção", Katherina sorriu e assentiu. - Foi isso?


- Foi. E nem o segredo que o jovem escondia fora capaz de afastar a cigana apaixonada. Ele estava no seu destino e ninguém podia mudar isso.


- E que segredo era esse, Kath? - perguntou Sarah.


Katherina fez um suspense antes de dizer:


- Ele se transformava em lobisomens nas noites de lua cheia. Não era mágica, era algo que havia nascido com ele. Era de sua natureza humana. E ele não queria que sua amada cigana não compartilhasse seu segredo.


- Porque ele a amava.


- E muito. E então, numa noite, os dois fugiram.


As meninas se agitaram.


- E o que aconteceu? - perguntou Rose.


- Ele a levou até seu povo, no norte da Áustria, onde foi bem aceita. Sua mãe a acolheu como filha. As mulheres morriam de inveja, pois ele era amado por todas, mas seu coração tinha dona.


- E eles viveram felizes para sempre?


Katherina sorriu triunfante.


- Não só viveram, mas como tiveram muitos filhos e netos. Depois de algum tempo, ela voltou à aldeia, pois sentia saudades da família. Seu pai a renegou, mas sua mãe a recebeu de braços abertos. Ela e sua neta.


- Como chama os filhos deles?


- Eram duas meninas e dois meninos: Ian, Genevieve, Cristina e Dimitri. Crianças boas.


- E como sabe disso?


- Oras... se seus pais eram, porque eles não seriam?


- E os filhos eram lobisomens?


- Eles eram. As mulheres herdaram o sangue cigano da mãe. Um amor proibido que teve final feliz. Os finais felizes são raros nesse tipo de amor, mas quando amamos, fazemos tudo para ficar com a pessoa amada.


- Será que vou encontrar alguém assim? Será que o Nate me pedirá em casamento? - suspirou Melanie.


- Quem sabe, Melanie. Quem quer mais bolo?


Quando as meninas se sentaram para comer o bolo, a mente da cigana foi longe. Se elas soubessem que essa história fazia parte de sua família. Sentiu o coração apertar quando o telefone tocou.


- Casa dos Potter?


- Oi, querida. - Katherina sentiu as lágrimas molharem as faces. - Pensei em você agora nesse instante.


- Oh, mamãe, eu também pensei. E mais ainda meus avós. Como eles estão?


- Ah... - Cristina deu uma risada. - Sua avó está bem, tentando ensinar Ulsa a dança da sedução. A menina tem 15 anos e Ian a quer casá-la logo. Seu avô ainda continua com aquele espírito de liderança, mesmo que Dimitri seja respeitado pela tribo. Coisa de pai e filho.


- Eu sei... eu acabei de contar a história do vovô e da vovó para as amigas da Sarah. Elas amaram.


- Sério? - Cristina ficou feliz.  - E contou a eles que essa história tem a ver com você?


- Não. Acho melhor que pensem que é uma lenda. Uma jovem e um lobisomem se envolveram... - Katherina meneou a cabeça.


- Você quem sabe. Gostaria de saber quando vai vim pra cá. Estamos morrendo de saudades. E não, não se preocupe. - falou antes que Katerina se pronunciasse. - Seu avô não está arrumando um pretendente pra vocês. Pelo menos, não agora. Mas, daqui a 2 anos, quem sabe.


- Sei... - revirou os olhos. "Ah, vovô." - Preciso desligar. Haben Sie eine gute Nacht, Mutter(1). Mande um beijo para todos.


- für Sie auch, Liebling. Pode deixar, eu mando. Ich liebe Sie.(2)


- Ich liebe Sie auch. Tschüs(3) - desligou o telefone mais leve. Nunca acreditara em história de amor impossível com finais felizes, mas seus avós abriram uma exceção quando se apaixonaram. E pensou se viveria um também.


"O coração tem reações que a própria razão desconhece. Descobri isso quando me apaixonei pelo seu avô e seu sabia que era capaz de fazer tudo para ficar com ele. Sua condição nunca me assustara. Eu o amava, o amo. Pra todo sempre." Sua avó, uma pessoa maravilhosa sempre acreditara no amor e queria passar isso para os filhos e netos.


Espantando as lembranças, Katherina foi em direção às meninas, que pediam mais um pedaço de bolo.


XXXXXXXX


O lugar era aconchegante e romântico, Gina admitiu quando chegou. Uma melodia romântica tocava ao fundo e só se via casais na mesa. Ela se perguntou de o lugar era só para casais.


A comida era maravilhosa. Comeram cogumelos recheados com tofu, acompanhado vinho branco. De sobremesa, um doce de pêssego em caldas.


- Gostou do lugar? - perguntou Harry, depois que o garçom limpou a mesa.


- Adorei. Lindo, aconchegante, romântico. Maravilhoso.


- Que bom. Eu vi esse restaurante na televisão, mas nunca vim aqui. Nunca tive um motivo... especial. - Gina corou.


- E temos um motivo especial? - O coração da ruiva entrara na quarta marcha. O sorriso misterioso de Harry a enlouquecia.


Ele não vai terminar com você. Não vai. Repetiu as palavras de Hermione e sentiu uma alegria tomar conta de si.


- Mais do que especial. - pausa. - Gina, desde que Patrícia morreu, eu me afoguei no meu trabalho de uma maneira impulsiva. Não tinha espaço para as mulheres. Até que Maureen... - ficou pensativo. - Bom, ela era linda e educada e pensei que poderia me dar uma chance.  Mas depois do que aconteceu, eu tive medo. Medo de escolher novamente mulher errada, medo de me ferir. Pensei em me fechar novamente, me dedicar apenas ao trabalho e a Sarah... Mesmo assim, não consegui ignorar o carinho com você tratava a minha filha, sua eficiência no trabalho. Com isso, você acabou me conquistando, Gina. - A moça abriu a boca para falar, mas Harry pediu para prosseguir. Ela assentiu. - Então, resolvi seguir alguns conselhos - sorriu sem-graça. - E tive a certeza: escolhi a garota certa. Definitivamente.


Gina sorriu, emocionada. Apenas em seus sonhos ela e Harry eram felizes.  Sonhos que guardara a sete chaves desde que Maureen apareceu na vida dele. Sonhos que agora, se tornariam realidade.


A emoção estava no auge, quando, de repente, quatro garçons se aproximaram com um violino nas mãos e cercou a mesa deles, tocando uma melodia romântica. Harry observou Gina num misto de êxtase e surpresa e sorriu, satisfeito.


- Harry, o que... o que significa tudo isso? - Sentiu seu coração, acelerado. Harry sorriu misteriosamente e tirou de dentro do bolso uma caixinha de veludo azul. Abriu e um anel de ouro branco e pedrinhas azuis parecia sorrir para ela. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto.


- Senhorita Virgínia Molly Weasley, aceita se casar com esse ser estúpido que demorou tanto tempo para perceber o que estava debaixo do seu nariz?


O silêncio foi geral. As pessoas pararam de jantar para prestarem atenção.  Olhavam para Gina, esperando a resposta. Ela não tinha palavras, embora a resposta só fosse uma.


- Sim! Eu aceito! - falou exultante e todos aplaudiram. Estendeu o dedo e Harry, emocionado, colocou o anel. Estava feitos. Agora seria realmente feliz.


Levantou-se e estendeu a mão para Gina, que aceitou prontamente. Beijaram-se apaixonadamente. Um beijo que continha planos para um futuro feliz.




Uma hora depois...




 - Você é louco. Completamente louco! - disse Gina risonha, enquanto Harry parava no farol vermelho.


- Louco, por que * - Não gosto * Quer voltar atrás * - Harry perguntou em tom de brincadeira, mas um pouco hesitante. Gina sacudiu a cabeça.


- Nunca! Não vai se livrar de mim tão cedo, senhor Potter! - inclinou-se e beijou-lhe no rosto no momento em que o farol abria. - Pra onde vamos* Pra casa* - Harry deu de ombros.


 - Podemos ir aonde você quiser. - virou-se pra ela. - Quer ir pra casa*


Gina consultou o relógio. Ainda eram 10 horas. Estava empolgada demais para dormir, ainda mais depois do pedido de casamento.


- Eu não sei... você quer* - olhou-o com curiosidade, pegando Harry de surpresa com o convite.


- Quer que eu vá para sua casa também*


Gina ficou encabulada. Namoravam há dois meses e não haviam dado "aquele passo" na relação. Ela achava muito cedo e Harry respeitara sua decisão. Enquanto isso, trocavam beijos no estacionamento da DEVON e Harry roubava alguns quando se encontravam no elevador. Nada mais que isso.


- Se você quiser...  - Pensa rápido, Gina. - Podemos tomar alguma coisa e conversarmos. - Na verdade, tanto Harry quanto Gina não tinham certeza se conversariam naquela noite mágica.


 Gina não recebia um homem na sua casa desde que Dino... ela não queria pensar nisso. Embora ele estivesse debaixo da terra agora, as lembranças eram muito dolorosas. Quase não tivera relacionamentos, quanto mais um para ser levado para casa. Mas com Harry era diferente. Era seu amor e ela nunca se sentira tão seguro para levá-lo para sua casa.


Claro que ficou preocupada com a reação de Harry perante a casa. Embora ganhasse bem na DEVON, os únicos luxos que desfrutava era poder comer strogonoff de filé mignon com cogumelo, uma TV LCD com DVD de última geração e Home Teacher. Ela ainda estava pagando por todas as coisas.


Mas também fizera uma reforma no apartamento. Pintou-o com um tom leve de creme, trocou a geladeira velha - presente de casamento de sua mãe, que não congelava - por uma nova, comprou um puff e comprou um computador para seu miniescritório - de vez em quando, levava para casa.


Gina observou Harry olhando o apartamento e suspirou aliviada. Ele havia gostado. Pediu para ele se sentar, enquanto ia à cozinha, pegar alguma coisa para eles. Voltou dois minutos depois, com uma travessa de queijo picados e temperados e uma garrafa de vinho, com duas taças.


- Não se incomode com o meu apartamento. Ele é pequeno, mas aconchegante. - falou, enquanto servia vinho para eles.


- Imagine. Eu gostei. Tem um bom gosto.


- Obrigada. Comprei-o há alguns anos. Sabia que eu dividi ele com a Hermione* Moramos juntas durante um ano até ela comprar o dela.


 - E seus pais? Eles vêm sempre aqui? - Harry sabia pouco sobre os pais dela. Apenas que eles moravam em Nottighan e que tinham apenas ela e Rony como filhos. Gina deu de ombros.


- Minha mãe me visita a cada três meses e eu vou sempre passar o natal com ela. Reunimos toda a família nesse dia. Tradição. - Sentiu uma repentina saudades da mãe. - E seus pais:


- Morreram quando eu tinha sete anos. Acidente de avião. - Gina olhou consternada e Harry fez um gesto com as mãos. - Vivi quase toda a minha vida com meus avós até eles morrerem, então vim para Londres estudar. Depois, consegui um estágio na DEVON e estou lá até hoje.


Gina não sabia que ele era órfão. Hermione nunca contara nada a ela. Resolveu não prolongar o assunto e deu certo, pois conversaram sobre amenidades e Harry esquecera o assunto desagradável que envolvia seus pais. Logo, estavam rindo e relembrando fatos engraçados que ocorrera na empresa, como um mini-acidente, envolvendo um GPS, que Luna havia plantado nas coisas de Matildha e ela ficou uma fera.


Depois de algumas taças de vinho, os dois pareciam cansados e contentes por se deram tão bem. Harry descobriu o lado de Gina que ele não conhecia, mas passou a admirar. O lado mulher, o lado de pessoa que você poderia contar. O lado batalhador, que ele já admirava nas dependências da DEVON e ele se perguntou se teria esse lado pro resto da vida. Gina tinha mais potencial do que ele imaginara. Ela merecia coisa melhor. Falaria com ela depois sobre isso.


O rosto de Gina estava vermelho e os olhos brilhantes, como duas jades. Harry não resistiu e chegou perto para beijá-la. Ela largou a taça de vinho na mesa e correspondeu com paixão.


Tudo estava certo, pensou Gina. Tinha o homem dos sonhos em seus braços. Era amada e desejada. E o que mais queria era ser feliz ao lado do amado.


Os dois continuaram a se beijar e logo Gina estava no colo dele, com as pernas envolta dele. As mãos de Harry faziam um caminho de fogo pelas coxas torneadas da moça, que estremeceu com o toque e gemeu no meio do beijo. Harry sorriu malicioso.


E ela sabia que não podia mais aguentar. Já fazia quase dois meses. Ele a respeitara, o que fazia Gina o amá-lo cada vez mais e tornar aquela decisão mais sólida possível. Lentamente, desvencilho-se dele, que ficou confuso. Ela levantou-se e estendeu a mão. Era um convite. E Harry sabia qual.


- Tem certeza? - Claro que ambos não eram dois adolescentes prontos para a primeira vez, mas era a primeira vez deles e Harry não queria fazer nada do que Gina pudesse se arrepender depois. Mas ao vê-la balançar a cabeça, ele sabia que nada poderia dar errado. Por fim, se levantou, mas não lhe deu a mão. Ao contrário, pegou-a no colo e foi para o quarto, conduzido por Gina.


 


N/A: Eu sei que vocês estão me odiando e eu não tiro a razão de vocês. Eis o último capítulo antes do epílogo. Pois é, depois de quase 4 anos, a fic se encerra aqui. Espero que tenham gostado e comentem esse capítulo. Desculpem a demora. Prometo me refazer com o epílogo.


 


 


 


 


 


 


 


 


 

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