O Plano Secreto



— CAPÍTULO TREZE —
O Plano Secreto




— Aprender Defesa Contra as Artes das Trevas por nossa conta. — Hermione disse com voz calma, mas sentindo-se ansiosa e temerosa pela reação dos garotos.
— Sem chance! — gemeu Rony. — Estamos entupidos de deveres e você ainda quer que tenhamos trabalho extra?
— Mas isso é muito mais importante do que os deveres! — ela retorquiu.
Rony e Harry trocaram um olhar estupefato.
— Você está falando sério? Pensei que, para você, nada no universo fosse mais importante do que os deveres.
— Não seja ridículo, Rony. Os deveres não podem ser mais importantes do que estarmos preparados para nos defender do que quer que seja que nos espera lá fora, como Harry disse na primeira aula da Umbridge.
— Não há muito o que possamos fazer, de qualquer jeito — Rony retrucou com desânimo. — No máximo podemos ir à biblioteca pesquisar sobre azarações...
— Não, já passamos da fase de aprender pesquisando nos livros. Precisamos de um professor, alguém que possa nos ensinar e nos corrigir.
— Se você estiver se referindo a Lupin... — Harry disse, pronunciando-se pela primeira vez.
— Não, não me refiro a Lupin, ele está ocupado demais com a Ordem.
— Quem, então?
Pela pergunta, Harry ainda não compreendera o que ela estava querendo dizer. Ela suspirou antes de responder:
— Não é óbvio? Você, Harry.
Houve um momento de silêncio. Por sua expressão, Harry parecia não gostar da idéia. Já Rony parecia estar considerando-a seriamente, com a testa franzida. Foi ele quem falou primeiro, e havia um certo ânimo em sua voz.
— É uma boa idéia.
— Como assim uma boa idéia? — Harry perguntou imediatamente, sua expressão agora indicando incredulidade.
— Uma boa idéia, ora.
Harry sorriu como quem subitamente entende uma piada.
— Mas eu não sou professor, eu não...
— Harry, você é o melhor em Defesa Contra as Artes das Trevas. — Hermione argumentou.
— Não mesmo, você tirou notas mais altas — ele retrucou.
— Não no terceiro ano, que foi o único em que tínhamos um professor de verdade. De qualquer maneira, eu não estou falando de notas. Pense no que já fez!
— O que quer dizer? — o garoto perguntou, um tanto exasperado.
— Sinceramente, acho que não quero alguém tão burro como professor — Rony disse, rindo. — Pense bem: no primeiro ano, você salvou a pedra filosofal de Você-Sabe-Quem.
— Mas isso foi sorte, eu não...
— Segundo ano: — Rony prosseguiu, e Hermione sentiu-se muito satisfeita em tê-lo como aliado na discussão. — você matou o basilisco e destruiu Riddle.
— Mas se Fawkes não tivesse aparecido eu nunca...
— Terceiro: você derrotou mais de cem dementadores de uma vez só.
— Você sabe que isso foi sorte, e sem o vira-tempo não...
— Último ano! — Rony levantou a voz, animado — Você enfrentou Você-Sabe-Quem outra vez, cara a cara...
— Me escutem! — Harry quase gritou. — Parece incrível da maneira que vocês falam, mas, na verdade, na maioria das vezes eu nem sabia o que estava fazendo e acabei tendo ajuda de alguma forma. — Hermione e Rony riam da irritação do garoto, o que parecia irritá-lo ainda mais. — Vocês não sabem, não estavam lá; eu me senti em pânico e não soube o que fazer! Por sorte recebi ajuda a tempo ou adivinhei certo, mas eu nunca tive certeza de que daria certo e de que eu sobreviveria. E PAREM DE RIR!
Harry levantou-se energicamente e seu movimento provocou a queda da tigela de Hermione. A poção de tentáculos de murtisco ficou esparramada pelo chão junto com os cacos, e naquele décimo de segundo o sorriso da garota sumiu dando lugar a uma expressão de espanto. Bichento, assustado, escondeu-se sob a poltrona. — Vocês não sabem como é! Nunca tiveram de enfrentá-lo, não é? Acham que é só aprender alguns feitiços e atirá-los nele, como se estivessem na sala de aula? Pois não tem nada a ver com ser bom em Defesa Contra as Artes das Trevas; tem a ver com a sua coragem, a sua cabeça, e sei lá mais o quê! Vocês ficam aí sentados falando como se eu fosse esperto por ter sobrevivido enquanto Cedrico morreu por ter sido idiota! Pois poderia ter sido eu, e teria sido se Voldemort não precisasse de mim!
— Nós não... — começou Rony, assustado. — Não queríamos dizer nada disso. Não estávamos falando de Cedrico, você... Você entendeu errado...
Ele olhou para Hermione como que para pedir socorro. Ela sentiu os olhos começarem a lacrimejar, ainda com a expressão de choque no rosto.
— Harry, você não entende? — perguntou, com cautela. — É exatamente por isso que precisamos de você... Precisamos saber como é realmente... Como é realmente enfrentá-lo... Enfrentar... Enfrentar V-Voldemort.
Fora preciso muito esforço para pronunciar aquele nome, mas ela imediatamente reconheceu o efeito que causara; Harry acalmou-se e voltou a sentar, ainda que sem dizer palavra alguma. — Bem... — ela continuou, numa voz fraca — Pense no assunto... Por favor.
Ele concordou com a cabeça, com um olhar perdido. Hermione se levantou. — Vou dormir — disse, com os punhos cerrados em nervosismo. — Boa noite...
Rony levantou-se também.
— Você vem? — ele perguntou ao amigo.
— Vou limpar essa sujeira primeiro — Harry respondeu, indicando os cacos da tigela e a poção espalhada pelo piso.
Hermione e Rony seguiram a passos lentos, como se temessem fazer barulho ou movimentos bruscos, e pararam de andar no momento em que separariam-se para subir as escadas. Trocaram um olhar demorado, e ela julgou a atitude dele como uma expressão de apoio, de aprovação. Comprimindo os lábios, ela afastou-se em direção ao dormitório feminino, sentindo-se aliviada pelo final da discussão.

A decisão mais sensata na opinião de Hermione era dar a Harry algum tempo para refletir. Comentou com Rony que achava melhor deixarem o assunto de lado por alguns dias, esperar que Harry pensasse bem e tomasse a iniciativa de responder à proposta.
Assim os dias se passaram e o dia dezenove, o aniversário de Hermione, chegou. Ela nem bem acordara quando ouviu o barulho de batidas insistentes na janela do dormitório. Sonolenta, levantou-se para abri-la e deixar entrar as quatro corujas que traziam uma grande cesta cheia de lindas flores coloridas e perfumadas. Ela não teve dúvidas de que o presente era de seus pais, mas quando sentou-se na cama para ler o cartão viu que estava enganada.
“Mione”, ela começou a ler, e, reconhecendo no mesmo instante a caligrafia de Krum, sentiu-se invadida por um enorme sentimento de culpa por não ter respondido sua última carta. “Espero que esteja tudo bem com você e que o motivo de não ter mandado notícias ainda seja apenas falta de tempo. Imagino como você deve estar se dedicando aos estudos e aos montes de deveres que deve estar tendo; sei como você se empenha em tudo o que faz.
Espero que goste das flores, as comprei por Reembolso-Coruja de uma loja na Inglaterra; se eu as tivesse enviado da Bulgária é óbvio que já chegariam murchas. Desejo a você muita felicidade, que consiga tudo o que quiser, pois você merece, e que ainda possamos comemorar juntos muitos aniversários seus.
Nunca se esqueça de que você tem um grande amigo aqui na Bulgária que, mesmo longe, sempre lembra de você e lhe deseja o melhor.
Feliz Aniversário! Abraços de seu amigo
Vítor Krum”

Emocionada com o presente, ela resolveu escrever naquele instante mesmo uma carta bem longa para Krum. Colocou a cesta de flores na mesa de cabeceira e pegou na gaveta pergaminho, pena e tinta. Após escrever as primeiras linhas, ouviu novamente o barulho de bicadas de coruja na janela. O embrulho que traziam as três corujas, desta vez sim, tinha sido mandado por seus pais. Hermione chorou lendo a carta deles, em que a parabenizavam pelos dezesseis anos, pelo esforço nos estudos e por ser uma ótima filha e uma ótima pessoa. Depois retornou à carta de Krum, mas não a terminou temendo gastar todo o tempo do café da manhã.
— Por que demorou tanto para descer? — Rony perguntou em tom desconfiado, no salão principal.
— Bom dia para você também, Rony — ela disse, sorrindo.
— Ah, bem, eu... Feliz aniversário, Mione. — ele estendeu a ela um pequeno embrulho, sem olhá-la nos olhos.
— Obrigada — ela disse, recebendo o presente.
— Bem, ah... Vamos comer agora? Estou morrendo de fome.
Ela o abraçou subitamente.
— Obrigada pelo presente e pelo abraço, Ronald, e sim, vamos comer.
Os dois sentaram-se lado a lado, Rony um tanto corado e Hermione abrindo o embrulho. Antes que ela pudesse ver que presente ganhara, porém, Harry chegou com o seu e a abraçou carinhosamente.
— Parabéns, Mione.
— Obrigada, Harry.
Os três tomaram café animadamente. O presente de Harry era um novo estojo de tintas coloridas para pergaminho, que ela pensou que seriam muito úteis para terminar de enfeitar a carta de Krum antes de enviá-la. Já Rony lhe dera uma correntinha dourada com um pingente de estrela. Era muito bonita e delicada, então ela desconfiou seriamente que tinha sido escolhida pela sra. Weasley. De qualquer maneira, julgou aquela uma ótima manhã de aniversário.
À noite, após o jantar, ela recebeu os parabéns e um presente de Gina na sala comunal.
— Queria ter falado com você antes, Mione, — desculpou-se a garota — mas ando tão cheia de deveres que não apareci no café da manhã, nem no almoço e nem no jantar. Aliás, nenhum de nós... Só saímos daqui para ir às aulas, mesmo.
— Não tem problema... Precisam de ajuda?
Gina estava sentada com seus colegas do quarto ano, todos rodeados de livros e pergaminhos escritos além daqueles em que escreviam freneticamente.
— Não precisa... Você já tem os seus para se preocupar e, além disso, hoje é seu aniversário.
— Gina, será que você poderia vir aqui comigo só por um instante?
— Claro...
Gina levantou-se alarmada e seguiu-a até um canto mais afastado. Lá, Hermione contou-lhe sobre sua idéia de montar uma espécie de grupo de estudos de Defesa Contra as Artes das Trevas, com Harry como professor.
— Ele ainda não respondeu, mas acho que vai acabar percebendo que precisa nos ajudar. Ainda mais na situação em que estamos, com a volta de Você-Sabe-Quem e tudo o mais.
— É uma ótima idéia! Quem mais sabe disso?
— Por enquanto só nós... Eu, você, ele e Rony.
— Você pretende convidar outras pessoas? Quero dizer, outras pessoas que queiram aprender também?
— Não sei... Para falar a verdade ainda não pensei sobre isso.
— Tenho certeza de que muita gente vai querer fazer parte do grupo. Na minha turma mesmo, as pessoas estão sempre comentando que vamos ter que estudar por conta própria se quisermos aprender alguma coisa, já que a aula daquela bruxa é a mesma coisa que nada.
Hermione franziu o cenho.
— Será que mais pessoas vão querer fazer isso? Pensei que a maioria era partidária de Umbridge, do ministério... Pensei que todo o mundo estava acreditando nessas baboseiras que o jornal têm escrito a respeito de Dumbledore e de Harry.
— Está enganada, Mione. Tenho certeza de que poderíamos formar um grupo grande e forte para defender os ideais de Dumbledore aqui dentro.
— Mas Gina... Isso é um grupo de estudo, e não uma campanha ideológica...
— Você não vê, Mione? Qualquer um que concordar em fazer parte desse grupo está se declarando a favor de Dumbledore e contra o ministério, não acha?
Ela realmente não pensara nas coisas daquela forma. Mais tarde, deitada, ela voltou a refletir sobre o ponto de vista de Gina e viu que a amiga tinha razão. As coisas estavam interligadas; um grupo que acreditasse estar tendo um ensino ruim de Defesa Contra as Artes das Trevas declarava-se contra a professora. Nesse caso, declarar-se contra Umbridge era também declarar-se contra o ministério. O ministério, por sua vez, estava a declarar-se contra Dumbledore.
Além de tudo isso, um grupo de estudantes não apenas interessados em aprender defesa para si mesmos mas também interessados em defender Dumbledore ideologicamente seria um grupo mais forte, mais unido. Um grupo que não apenas aceitasse, mas também quisesse Harry como professor, era um grupo que acreditava no retorno de Voldemort e declarava-se contra a política do ministério de fechar os olhos para esse fato. Tudo estava interligado, era óbvio.
Hermione lembrou-se de repente de que, apesar de já ter terminado a carta de Krum, esquecera de enviá-la. Levantou-se, então, vestiu o robe e desceu à sala comunal, vazia exceto pelo grupo de Gina.
— Vai sair, Mione? — Gina perguntou.
— Vou, quer vir comigo?
As duas foram até o corujal conversando em voz baixa. — É para o Vítor.
— Vocês continuam se correspondendo, então? Como ele está?
— Ele diz que está bem. Me mandou uma cesta linda cheia de flores.
— Verdade? Ele ainda gosta de você, não gosta?
— Prefiro não pensar nisso... Me faz mal pensar que ele pode estar sofrendo por minha causa... E quanto ao Miguel Corner? Como andam as coisas entre vocês?
— Ora, tudo normal... Ele é bem legal, mas... Você sabe, sempre tem esse “mas”.
Já no corujal, Hermione escolheu uma corujinha parda e amarrou na perna dela o envelope volumoso.
— Está muito pesado para você? Posso escolher outra...
A coruja sacudiu-se como se estivesse ofendida, e saltou do poleiro para indicar que estava mais do que pronta para o serviço. Depois de observarem a coruja deixar o castelo, Hermione e Gina voltaram ao assunto do grupo de estudos. Ficaram falando sobre isso por alguns minutos antes de decidirem voltar à torre da Grifinória, e quando já iam aproximando-se da porta uma voz surgiu do nada dizendo:
— Quando começam as aulas? Estou dentro.
Luna Lovegood sorria abertamente, amarrando desajeitadamente um pergaminho à perna de uma coruja.

Depois que Luna Lovegood ficou sabendo dos planos de Hermione, ela passou a ser abordada por algumas pessoas que se diziam interessadas em participar do grupo. Cho Chang foi uma das primeiras.
— Luna Lovegood, somos da mesma casa, ela me contou da iniciativa de vocês, sobre Harry dar aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas... Bem, ele certamente aprendeu muita coisa para o torneio Tribruxo, no ano passado... De qualquer maneira, Luna me disse que era com você que eu deveria falar para me inscrever.
— Hum, bem... — Hermione não estava preparada para aquilo. Como Cho continuasse parada diante dela esperando uma resposta, ela disse: — Ainda não está tudo acertado e eu ainda não estou anotando inscrições, sabe... Mas fico feliz que esteja interessada, e fique tranqüila, pois eu a avisarei sobre qualquer avanço, certo?
Cho pareceu satisfeita. Hermione pensou sobre como o interesse dela seria um bom argumento para convencer Harry, mas decidiu não usá-lo.
Ela esperava que com o passar dos dias as pessoas parassem de procurá-la, mas elas continuaram. Resolveu então ir até Luna para tirar satisfações.
— Ei! Não pedimos a você que fosse discreta?
— E eu sou! — respondeu a garota, com aquela sua característica expressão sonhadora. — Estou sendo!
— O que quer dizer? As pessoas estão me procurando para saber como fazem para se inscrever no grupo de estudos! E estão me dizendo que foi você quem contou!
— Não era para contar? Pensei que era para contar discretamente.
Hermione sentiu vontade de sacar a varinha e azará-la.
— Não conte para mais ninguém, certo? — pediu, respirando fundo.
— Tudo bem, mas não entendo por quê... As pessoas para quem eu contei adoraram a idéia.
O argumento de Luna não a despreocupou. Temendo que as pessoas começassem a abordar Harry sobre o assunto, resolveu perguntar a ele se ele já decidira se daria aulas ou não. Naquela noite, foi com Rony e Harry à biblioteca para fazerem um dever de Poções, já que as detenções de Harry tinham finalmente terminado e também não havia treino de quadribol, nos quais ela ouvira dizer que Rony estava indo bem melhor.
— Estive pensando, Harry... — ela começou com cautela. — Você voltou a pensar sobre Defesa Contra as Artes das Trevas?
— Claro que sim — ele respondeu, azedo. — Como eu poderia me esquecer com aquela mulher nos ensinando?
— Eu falo da idéia que Rony e eu tivemos. — naquele momento Rony dirigiu-lhe um olhar acusador. — Tudo bem, da idéia que eu tive... De você nos ensinar.
Harry demorou em responder, e quando o fez, disse apenas:
— É... Pensei, sim, um pouco...
— E? — ela pressionou, ansiosa.
— Não sei...
Ele olhou para Rony, que argumentou:
— Eu achei uma boa idéia desde o início.
— Vocês ouviram quando eu disse que na maioria das vezes tive sorte?
— Ouvimos, Harry — Hermione disse, mais aliviada agora que ele reagira sem gritos ou atitudes bruscas. — Mas não adianta fingir que você não é bom em Defesa Contra as Artes das Trevas, porque você é. Você é capaz de produzir um Patrono, você resistiu totalmente à maldição Imperius no ano passado... Vítor sempre dizia que...
— É? — disse Rony, ele sim tendo uma reação brusca. Olhava-a com aquele mesmo olhar de repugnância de sempre que Krum era mencionado. — O que foi que o Vitinho disse?
— Ele dizia — respondeu ela, irritada — que se surpreendia com Harry por ele conseguir fazer coisas que ele mesmo não conseguia mesmo estando no último ano de Durmstrang.
— Você continua em contato com ele, não é?
— Qual é o problema? Não posso ter um correspondente?
— Ele não quer ser só seu correspondente — retrucou ele em tom acusador.
Ela esforçou-se para voltar ao assunto com Harry, ignorando o olhar perfurante que Rony continuava a lhe dirigir.
— E então, você vai nos ensinar?
— Está bem — Harry respondeu, receoso. — Mas só você e Rony, está bem?
E Cho, ela pensou, tentada a usar o argumento que decidira guardar.
— Na verdade — disse — pensei que você poderia ensinar todos que estivessem interessados. Afinal, estamos falando sobre ensinar a se defender de Voldemort, e não parece justo que não ofereçamos esta oportunidade a outras pessoas.
— Bem... Eu duvido que outras pessoas além de vocês queiram ter aulas comigo. Eu sou pirado, lembram?
Num impulso, Hermione quase comentou sobre Cho e as outras pessoas que a tinham procurado, mas segurou-se mais uma vez. Ao invés disso, disse:
— Acho que você ficaria surpreso em saber quantas pessoas estão interessadas em ouvir o que você tem a dizer. — ela olhou para Rony e viu que ele ainda a olhava com cara de ódio. — No primeiro fim de semana de outubro — disse, ignorando-o novamente — haverá uma visita a Hogsmeade. O que acha de dizermos a quem estiver interessado para nos encontrar lá para conversarmos sobre o assunto?
— Por que fazer isso fora da escola? — Rony perguntou, ainda sem desamarrar a cara.
— Porque não queremos correr o risco de isso chegar aos ouvidos de Umbridge, não é? — ela respondeu sem paciência.

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