A fuga de Malfoy



-Saia da minha casa Draco! – ralhou Rony.
-Não! – falou Harry, suas expressões faciais agora, piores do que as de Gui. – Temos contas a acertar.
Ao dizer isso Harry pôs a mão no cós da jeans, os olhos quase saltando das órbitas.
-Calma... Harry. – murmurou Malfoy.
-Potter para você, ou melhor, não fale nada, vai morrer sem dizer mais nada.
-Calma Harry! – gritou Hermione. – Não vale a pena!
-Ele é um comensal da morte! Ajudou a matar o Dumblendore!
-Por favor, me dê apenas um momento Potter... – implorou o garoto, parecendo prestes a cair no choro.
-Desde quando você obedece minhas ordens Malfoy?
-Desde que percebi que estava do lado errado.
-Não acredite nele Harry! – gritara Rony. – Dumblendore morreu por acreditar em gente assim!
-Eu lhe dou minha palavra...
-Como se ela valesse alguma coisa, Rony tem razão, sua historia termina aqui Malfoy.
-Acha que me arriscaria a esse ponto para tentar enganar vocês?
-Seu mestre lhe arriscaria Malfoy, ele não se importa a mínima com você e os outros nojentos comensais da morte! – ralhou Mione.
-Eu sei! E é por isso que estou aqui! Quero sair, ou melhor, já saí dessa vida, quero apenas que vocês me entendam!
-Que balburdia é essa?
Era a voz da Sra. Weasley, ela parou de falar imediatamente, o vidro que limpava com um pano caíra e se espatifara no chão.
-É o filho de Lúcio...
-É mamãe... Exatamente, Draco diz que se arrependeu e veio nos pedir ajuda!
-Não duvido nada que Você-sabe-quem tem decaído e ele resolvera voltar para o nosso lado como da ultima vez!
-Não! Não... Não sou como meu pai, me perdoem pelo amor de Deus!
-Acho melhor esperarmos, vamos ver o que a ordem decide. – Ao terminar a frase, a Sra. Weasley puxou a varinha e conjurou cordas, estas mesmas amarraram Malfoy sem nenhum esforço.
Passaram-se alguns minutos, ninguém havia falado mais nada á não ser em murmúrios, Malfoy ficara do lado de fora, na chuva, todos o olhavam terrivelmente, mas ele desviava sempre o olhar de todos, Jorge, foi o primeiro a falar.
-Você-sabe-quem não decaiu, o relógio ainda aponta para perigo mortal.
-Você tem razão Fred.
-Jorge mãe... Ah! Olhem! Papai esta vindo para cá!
Um dos gêmeos apontava para o relógio sobre o monte de roupas sujas, um ponteiro com a foto do Sr. Weasley agora indicava “Em transito” e uns vinte minutos depois “Casa”. Alguém batia na porta.
-Artur, é você?
-Molly... – falou uma voz masculina que Harry conhecia bem.
-Ah, me desculpe, Qual a sua maior ambição?
-Saber como...
-Isso não adianta de nada. – Falou Draco. – Os comensais da morte procuram saber as senhas antes.
-Mas o que ele está fazendo aqui?! – perguntou incrédulo o pai de Rony. – Mas é o filho de Lucio!
-Quer passar para o nosso lado Artur!
-Mas não posso acreditar!
-Nem nós! – Comentou Gui. – É evidente que está aqui a mando de seu mestre!
-Me dêem uma chance!- Implorou o garoto, sua voz rouca. – Me deixem ao menos explicar!
-Foi por deixar alguém se explicar que Dumblendore não está mais entre nós!
-DUMBLENDORE NÃO MORREU!!!
Todos ficaram paralisados, a Sra. Weasley abrira a boca para falar, mas nenhum som saiu da mesma.
-Você está me dizendo que...
-Dumblendor... – Draco ano terminou a frase, caiu no chão, tinha desmaiado.
-Não se mexam! – Pediu Gui. – Deve ser algum truque dele!
-Não! Ele... acho... está falando a verdade. – falou Gina, se aproximando do corpo de Malfoy.
-Gina, NÃO! – gritou a Sra. Weasley. – Não toque nele!
-Mas mamãe!
-Gina, se tocar em um fio de cabelo deste rapaz, nunca mais me chame de pai!
Ela não deu atenção, ergueu a mão para cariciar Draco, estava quase o tocando quando alguém falou:
-ACCIO GINA! – Fora Harry, a menina voou em sua direção como uma bala.
Eles se colidiram e foram parar na cozinha, Gina bateu com a cabeça no chão e desmaiou. Todos se deslocaram para o local, Harry se levantou imediatamente e levantou a cabeça da garota, que por sinal sangrava razoavelmente.
-Pelas barbas de Merlim Molly, temos que levá-la para o St. Mungus!
-Muito bem. – começou a mãe de Rony. – Eu e o Artur vamos levá-la ao hospital, fiquem de olho no garo... Céus! O menino sumiu!
Todos viraram a cabeça em direção a porta, Malfoy realmente sumira, não havia o mínimo sinal de luta, ainda chovia e não havia pegadas.
-Ele não pode ter sumido sozinho!
-Pode sim, deve ter aparatado!
-Eu não acho! – comentou Harry. – ele devia mesmo estar falando a verdade, os comensais da morte devem ter o levado, tomara que seja verdade!
-Dumblendore vivo?! – questionou o Sr. Weasley. – Você mesmo disse Harry, Snape o matou!
-Ou pelo menos achei que tinha visto! Dumblendore deve ter sobrevivido!
-Ninguém sobrevive a Avada Kedavra Harry!
-Eu sobrevivi!
-Vamos Harry, você sabe que não é bem assim.
-É sempre assim! Vocês nunca acreditam em mim quando estou certo! – Ao dizer isso Harry subia as escadas o mais rápido que pode, desviando o olhar de todos, chegou ao quarto de Rony, deitou na cama, apagou as velas e fechou os olhos. Por mais que tentasse, não conseguiu dormir, Rony chegou ao quarto uma hora depois e caiu na cama, pelo contrario do amigo, adormeceu na hora. Harry começou a pensar nas possibilidades de Malfoy ter fugido, logo as duvidas começaram a encher sua cabeça, seria verdade a historia de Malfoy mesmo? Como ele escapara? Uma vez que ele não queria fugir? Harry tinha quase certeza que alguém o arrastara de lá à força. Mas como? A toca estava vigiada vinte e quatro horas por dia? Outras perguntas ele não chegou a formular, caìra no sono.

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