A visita inesperada



Enquanto os Weasley faziam um verdadeiro pandemônio n'A Toca, Harry e Gina permaneciam tranqüilos nas proximidades do lugar, o horizonte era maravilhoso, a brisa leve batia em ambos os rostos, as folhas voavam suavemente, não poderia haver momento melhor, lugar mais apropriado ou outras circunstancias. Um abraçava o outro e os dois olhavam quietos para o horizonte, sentados no chão terroso, parecia que estavam esperando alguém.
-No que estava pensando? – perguntou ela olhando-o.
-Por que essa pergunta agora?
-Por nada, me diz, no que estava pensando.
-Em nada.
-É impossível não pensar em nada.
-Estava pensando neste novo ano em Hogwarts.
-Então você realmente vai?- Questionou animada, seu rosto quase albino ficara púrpura.
-Acho que sim.
Gina abriu um sorriso ainda maior, virou-se para Harry e abraçou-o com tanta força que os dois caíram no chão.
-Eu realmente pensava que você não desistiria dessa bobagem de Horcruxes.
-E não desisti. – Ao dizer isto, Harry percebeu que o sorriso da companheira murchara na hora. – Apenas disse que voltaria a Hogwarts.
-Harry...-Gina foi interrompida, Harry colocara a mão em sua boca, impedindo-a de continuar.
-Eu já te disse o que pretendo fazer, isso não vai mudar Gina.
-A sua idéia de não ir para Hogwarts mudou. – Ralhou ficando agora de pé. – ISSO TAMBÉM PODE MUDAR!
-Não, não pode Gina.- Disse Harry calmamente. – Dumblendore confiou essa a missão mim.
-Ao inferno com Dumblendore e suas missões! Nada disso valerá mais a pena quando você morrer!
-Não irei discutir com você Gina, acho melhor voltarmos. – Falou ele também ficando de pé e segurando a mão dela.
Por um momento, achou que ela exitaria, mas ela fechou os olhos, balançou negativamente com a cabeça e os dois seguiram rumo A toca. Não deu nem uns quinze minutos de caminhada e eles já estavam vendo o casebre no qual moravam os Weasley, o barulho da bagunça, porém, era ouvido a cinco minutos antes, Rony brigava com Fred e Jorge, A Sra. Weasley cantava alto a musica de Celestina Warbeck, Gui e Fleur se beijavam no sofá e Hermione subirá as escadas irritadíssima. Harry olhou para Gina com um sorriso leve, ela corou, mas também soltou uma risadinha abafada.
-Harry! Gina! – gritara a Sra. Weasley diminuindo o radio. – Por onde vocês andaram?! Procuramos vocês por toda propriedade e nada!
-Nem vem mãe. – respondeu a filha desgostosa – Nós lhe avisamos antes de sair.
-Mas não me disseram que demorariam três horas para voltar! Querem me matar do coração! Demorar tanto tempo fora com tudo o que está acontecendo! E ainda por cima, fora da propriedade.
-Nada disso, estávamos na propriedade sim, vocês é que não procuraram direito.
-É mentira da mamãe Gina, não procuramos vocês coisa alguma. – confessou Rony, os cabelos cor-de-fogo balançando com o vento.
-Ronald!
-Você sempre nos ensinou a não mentir mamãe! – Falou Fred.
-E vocês nunca aprenderam a lição direito!
-Nem a senhora, pelo visto! – ralhou Jorge.
-Olha como você...
-Silencio vocês!- Interrompeu Gui. – Fleur está perturbada com o barulho!
-Então mande-a...
-Mamãe... – alertou Fred.
A Sra. Weasley tirou o avental, fez uma cara amarga de ressentimento e murmurou:
-Não se preocupe Harry, sei que não foi culpa sua... – e subiu as escadas.
-Mamae tem andado muito estressada esses últimos meses. – explicou Fred.
-Mas isso é problema dela. – Afirmou o outro gêmeo. – Nossa loja vai muitíssimo bem e é isso que importa para nós.
-E por falar nisso. – começou Rony. – O que vocês estão fazendo aqui? Por que não estão na loja?
-Já é a terceira vez que você nos pergunta isso Rony, acho que teremos que fazer uma tatuagem na testa dizendo que Scrimgeour fechou o beco diagonal temporariamente.
-Ele fechou o beco diagonal? – perguntou Harry. – Como vamos comprar os materiais?
-Corujas. –respondeu Fred. – Ah Jorge! Vamos subir, precisamos trabalhar!
-Mas vocês acabaram de dizer que...
-Estamos testando novas experiências Ronald...
-Mas a mamae...
O resto da frase de Rony fora abafada for um forte estampido causado pela aparatação dos gêmeos.
-Pensávamos que essa mania de aparataçao iria acabar com o tempo. – comentou Rony. – mas paresse que eles fazem isso cada vez mais! Mamae já perdeu a paciência.
-E com razão! -Ralhou Gui mais uma vez. –Onde já se viu? Aparatar para ir para o andar de cima!
-Eu acho sincerr-ramente que estes gemes som um maximo... – comentou Fleur.
-Mas aonde está a Mione? – perguntou Gina.
-Subiu. – Respondeu Rony.
-Eu também vou vê-la, quando foi que chegou Rony?
-Agora pouco, umas meia hora antes de vocês chegarem.
-Ela parecia bem irritada.
-Queria estudar. – Falou Rony rindo. – acha que não vai passar nos N.I.E.M’s.
-Se ela não passa, imagine nós.
-Foi o que eu falei.
-Vocês vêm ou não? – perguntou Gina.
-Vamos, vamos.
Os três subiram as escadas rapidamente, e logo depois ouviram risadinhas agudas de Fleur, eles se entreolharam confusos, e logo depois caíram na risada.
Mione estava no quarto de Gina, parecia ligeiramente aborrecida, seus olhos pareciam que iam devorar o enorme livro que estava lendo e suava como se tivesse acabado de correr por duas horas seguidas.
-Você vai acabar surtando Mione.
-Harry! Gina!- Levantou-se num salto. – Que bom ver vocês.
O abraço dela deixou-o quase sem ar, e ao julgar pela cara de Gina, ela sentira o mesmo.
-Mal pude esperar para ver vocês! Minhas férias foram ótimas! A Itália é maravilhosa Harry! Aprendi tanto, é incrível como os bruxos de lá escapam das perseguições do Vaticano e...
-Calma Mione, uma coisa de cada vez...
Para Mione contar como suas férias foram necessários umas duas horas, todos estavam calados quando ela perguntou:
-E suas férias Harry?
-Horríveis como sempre, Os Dusley quase morreram de felicidade quando lhes contei que não moraria mais lá.
-E onde você vai morar agora Harry?
-Aqui. – respondeu Rony com um largo sorriso. – Não é o máximo?
- Mas já prometi que iria ajudar com as dispesas.
-E nós já te dissemos que não é necessário Harry, as coisas melhoraram muito depois que papai foi promovido e os gêmeos têm ajudado muito também.
-Mas Gui não pode mais trabalhar, agora que ele é meio lobisomem.
-Meio lobisomem? – perguntou Mione. – Nunca ouvi falar.
-Nem poderia. – explicou Gina. – Nenhuma pessoa fora atacada por um lobisomem destransformado antes, Gui foi o primeiro e é isso que acontece, a pessoa se torna um semi-lobisomem, melhor dizendo.
-Então se o Lupin nos arranhar ao menos, nos tornaremos um também? – questionou Harry.
-Pelo que me parece, não. – recomeçou. – Papai tentou me explicar que a Poção Mata-cao revertia isso, mas não entendi direito...
Quando um barulho parecido com um grito ecoou pelos ares, todos viraram as cabeças, mas este parecia vir de baixo, no instante seguinte, todos corriam rumo à escada e quando chegaram, mal acreditaram no viam, Fleur se encontrava ainda no sofá abobada, com cara de quem não estava entendendo nada, Gui estava em pé segurando o trinco da porta, a sua cara era de que iria matar alguém. Lá fora, encontrava-se um vulto alto, o vulto deu um passo e Harry pode ver quem era, alto, magricela, os cabelos loiros molhados, mas sem o sorriso desdenhoso, a sombra na porta d’A Toca era ninguém mais, ninguém menos que...
-Malfoy...- sussurrara Harry.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.