Antes da Tempestade



Logo que entrou no castelo Hermione pediu a auror que fossem aos aposentos do professor de DCAT. Remo as recebeu com certa surpresa, apesar de uma visita de Tonks ser sempre bem vinda.

-- Boa noite, professor. – Ele sorriu para ambas as mandando entrar. – Severo enviou para o senhor – Lhe estendeu o frasco de Wolfsbane.

Remo lançou-lhe um olhar interrogativo.

-- Não me pergunte por que ele a está preparando, Severo não quis me explicar.

Tonks não cabia em si de felicidade. A auror tentava não demonstrar, mas sofria muito a cada transformação de Remo. Ele ficava muito mais violento quando estava preso e muito mais machucado, sem falar que não podia ficar junto dele.

-- Prometo que não implico mais com ele, Mione – sorriu e fez o gesto trouxa de cruzar os dedos sobre os lábios os beijando.

-- Vou para a Torre agora. Não precisa me acompanhar, Tonks – lançou um olhar maroto para a amiga que lhe respondeu com um sorriso. Remo desviou os olhos constrangido.


Assim que entrou em sua sala comunal, foi sufocada por uma cascata de cabelos ruivos e um abraço apertado.

-- Mione, como foi tudo? – Vários colegas olhavam-nas curiosos – Sua mãe e seu pai! Ficou tudo bem? – Hermione acalmou-se.

-- Tudo bem, Gina. Venha, vamos subir que eu te conto. – Lançou um olhar a Harry e Rony que estavam em um canto jogando xadrez de bruxo. Rony a olhou rapidamente, mas Harry não conseguiu disfarçar seu olhar irritado. Hermione sorriu ao perceber que ele agia exatamente como Rony alguns meses antes.

-- Então Mione – Gina perguntou ansiosa, assim que Hermione trancou e imperturbou a porta de seu quarto. Hermione tentou ficar séria, mas logo sorriu e abraçou a amiga.

-- Foi tudo maravilhoso! – fez cara de sonhadora – é claro que a segunda vez foi melhor que a primeira.

-- Segunda vez?! – falou surpresa – Como você conseguiu? Duas vezes com um intervalo pequeno. Não ficou sentindo nada depois?

-- Severo me deu uma poção. – Hermione corou – Depois... – olhou significativamente para Gina que sorriu concordando – e no dia seguinte não senti mais nada; dor, incômodo, nada!

-- Vantagens de namorar o professor de poções – sorriu – Mas fala sério, Mione, vocês passaram o fim de semana inteiro no quarto? – Tinha aquele olhar maroto. Hermione corou novamente.

-- Ele me mostrou seu laboratório de poções, o escritório. Gina! Tem até um salão de baile naquela casa! – a garota sorriu ao ver a alegria de sua amiga – Agora, a biblioteca é de perder o fôlego! – Gina gargalhou “só mesmo Hermione para perder o fôlego com uma biblioteca na lua-de-mel”. – E tem um jogo de xadrez de bruxo que ia enlouquecer o Rony.

-- Mione, você acha que algum de nós irá entrar na casa dele? – olhou-a meio surpresa, tentando trazer a amiga para a realidade.

-- Minha casa, Gina. – falou séria – E sim, quando essa guerra acabar eu vou conseguir fazer com que Severo e Harry sejam pelo menos cordiais e consigam conviver.

-- Pode contar comigo, amiga. – abraçou-a – Nós vamos conseguir convencer aqueles cabeças-duras que eles estão do mesmo lado. – As duas riram.

A conversa seguiu noite a dentro.

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No dia seguinte, Harry, Rony e Hermione estavam indo para a sala de aula de poções, quando a monitora-chefe sentiu sua moeda esquentar.

-- Harry, Rony – falou com urgência, seu coração disparado – Tenho que ir ao meu quarto – mostrou a moeda em suas mãos – deve ser algo grave, ele nunca me chamou em um horário desses. – Os amigos a olharam assustados – Dêem uma desculpa ao professor Slughorn.

Seguiu correndo pelos corredores. Os amigos sem entenderem muito do que estava acontecendo, mas também sem muita opção seguiram para sua aula.

Hermione trancou e imperturbou sua porta, só então o chamou pelo espelho. Severo estava com uma cara péssima. Mas não parecia ferido, apenas cansado.

-- O que houve? – perguntou ansiosa.

-- Tive que ir a Azkaban resgatar os seguidores do Lord que ainda estavam presos – deu um suspiro.

-- Você está ferido? – Hermione alarmou-se. Não era a primeira vez que Severo havia saído para cumprir ordens de Voldemort, mas ele nunca veio lhe contar isto, ela sempre ficava sabendo pelo Profeta Diário. – Aconteceu algo grave?

-- Não estou ferido. Apenas cansado. Logo após a fuga surgiram muitos aurores. Dolohov foi morto, e acho que pelo menos dois ou três aurores também. – Hermione prendeu a respiração – Consegui salvar Shacklebolt por pouco, acho que ele percebeu. Depois temos que pensar em como falar com ele.

Hermione estava preocupada, ainda não havia entendido o porquê dele chamá-la.

-- Preciso que você encontre Tonks, não a vi ontem, acredito que deva ter ficado patrulhando Hogwarts – Hermione concordou. Severo respirou fundo –
Ela precisa preparar Andrômeda, peça que por enquanto evite falar de mim – ela não estava entendendo nada, o interrompeu.

-- Preparar Andrômeda para que Severo? O que aconteceu?!

-- O Lord matou Narcisa – Hermione trouxe a mão à boca e arregalou os olhos. Ela o viu passar mão nos cabelos que pareciam muito mais oleosos – eu não pude intervir, ela não quis acatar uma ordem Dele.... – Severo respirou fundo mais uma vez – simplesmente a matou. Só tive tempo de impedir que Draco fizesse uma besteira.

Os olhos de Hermione lacrimejaram, sempre odiou Draco Malfoy, mas ver a mãe ser assassinada a sangue-frio deveria ser algo enlouquecedor. Ela controlou-se, não era hora para lágrimas.

-- E o Sr. Malfoy? E Bellatrix? – Sua voz ainda tremia um pouco.

Severo balançou a cabeça, porém estava muito cansado para tentar ser sarcástico.

-- Os dois são fiéis ao Lord, nunca iriam questionar uma ação dele. – Parecendo recuperar um pouco a praticidade, continuou – O corpo foi abandonado em um local onde o ministério encontrará rapidamente. Lúcio, Bellatrix e Draco são fugitivos, então as autoridades provavelmente entrarão em contato com Andrômeda. Eu sei que elas não se viam há anos, mas ainda assim acho que será difícil para ela.

Nesse momento Hermione ouviu um grito e a voz de Draco Malfoy alta e clara:

-- Snape, me deixe sair! Eu quero matá-lo, eu vou matá-lo com as minhas mãos! – Socos em uma porta – Eu sei que você está aqui! Me deixe sair!!! – Hermione ouviu um soluço.

-- Tive que estuporá-lo, ou ele iria partir para cima do Lord – falou balançando a cabeça – Lancei um feitiço na casa que o impede de aparatar, se for preciso terei que estuporá-lo novamente.

-- Certo Severo. Cuide dele, pode deixar que eu aviso Tonks – Hermione tentava manter a voz firme e controlar as lágrimas, mas isto se tornava cada vez mais difícil.


Hermione saiu da Torre da Grifinória tentando pensar onde poderia encontrar a auror. Oficialmente ela estava hospedada em Hogsmead, porém a monitora-chefe achava que a amiga passava muito mais tempo nos aposentos do Professor de DCAT do que em seu quarto de hotel.

A sala de Lupin estava vazia, os aposentos do professor eram ao lado. Hermione bateu na porta e aguardou. Remo a recebeu curioso, porém logo percebeu que a aluna estava preocupada; a mandou entrar.

-- O que houve Hermione?

-- Preciso encontrar Tonks – Ele elevou a sobrancelha e ela apressou-se a dizer – é urgente!

-- Ela está descansando. Esteve patrulhando o castelo durante a noite.

-- Acho que terá que acordá-la, Remo – ele a olhou preocupado – é mesmo urgente.

-- Mione?! – ouviram a voz da auror e em seguida ela apareceu com seus cabelos rosa chiclete ainda mais bagunçados e descalça. – O que houve? Vocês dois parecem preocupados.

-- Severo me chamou pelo espelho agora pouco – Os dois pares de olhos se fixaram nela, Hermione respirou fundo – Voldemort matou Narcisa Malfoy.

Ambos arregalaram os olhos e disseram ao mesmo tempo “eu não acredito!” “mas porque?”. Hermione balançou a cabeça em confirmação enquanto continuava.

-- Severo não me deu detalhes. Ele pediu que eu a avisasse, para que você preparasse sua mãe. Provavelmente irão procurá-la para reconhecer – baixou muito a voz – o corpo – respirou fundo.

Tonks concordou com um aceno e Remo perguntou:

-- E Bellatrix? Draco?

-- Severo está cuidando de Draco. Ele está desesperado, o ouvi gritando enquanto falava pelo espelho. Está preso na mansão Prince, pois quer ir atrás de Voldemort sozinho. Há mais uma coisa – Os dois novamente se fixaram nela – Os Comensais que estavam em Azkaban foram resgatados ontem.

-- Não é possível! – Tonks deu um soco na mesa ao lado.

-- Dolohov foi morto, mas parece que alguns aurores também ficaram feridos. Severo conseguiu salvar Kingsley Shacklebolt, mas ele percebeu algo então pode ser que a procure.

-- Obrigada Mione e agradeça ao Snape por mim – abraçou a amiga – vou logo, prefiro que seja eu a dar a notícia para minha mãe.

-- E Tonks! – a auror virou-se novamente para a amiga – Ele pediu que você não fale para sua mãe que a informação veio dele.

-- Pode deixar, vou pensar em algo – lhe deu um sorriso e entrou de volta no quarto.

Hermione seguiu para a biblioteca, não adiantaria ir para a aula há essa hora. Só encontrou Harry e Rony na hora do almoço. Rapidamente os três foram para o escritório de Dumbledore e a garota contou aos amigos o que havia acontecido. Apesar de nenhum deles gostar de Draco, os rapazes também ficaram mortificados com a notícia.


Nas semanas que se passaram souberam que Andrômeda havia organizado o velório da irmã que para surpresa de muitos não tinha a marca negra. Snape contou a Hermione que manteve Draco preso em sua casa e que apesar do rapaz parecer conformado, só o deixaria sair no dia da batalha final. Não havia mais dúvidas de que agora ele estaria contra Voldemort.


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Fevereiro chegou frio e ventoso, o sol se arriscava timidamente entre as nuvens pesadas. Hermione estava uma pilha, além dos muitos deveres e revisões para os NIEMs, Severo havia entrado em contato poucas vezes. E a cada encontro ele parecia mais cansado, magro e pálido.

Naquela noite ela já havia perdido as esperanças de falar com ele, quando sentiu sua moeda esquentar. No mesmo instante o chamou pelo espelho.

-- Preciso falar com o Potter – disse com urgência. Várias perguntas passaram pela cabeça da monitora-chefe, porém ela se controlou e saiu para encontrar Harry.

O amigo estava a um canto da sala comunal terminando um dever de poções. Hermione falou ao seu ouvido e lhe estendeu o espelho.

Harry pensou que era algo muito estranho olhar esperando ver seu reflexo e dar de cara com Snape. Não teve muito tempo para divagações, o ex-professor falou baixo e com urgência.
-- Vá para algum lugar em que não possam nos ouvir. Não deixe Hermione ir com você. – reforçou.

O rapaz apenas concordou com a cabeça falando rapidamente para a amiga.

-- Vou sair, fique para me dar cobertura. – Apesar de achar a história estranha, a moça concordou.

Harry saiu apressado pelo buraco do retrato. Entrou na primeira sala vazia, trancou e imperturbou a porta, pegou novamente o espelho.

-- Pronto! O que quer? – Tentava manter a voz polida, apesar de toda a antipatia que ainda sentia pelo ex-professor. Mas notou que Snape também fazia certo esforço para ser menos rude.

-- Potter, o dia da batalha final está chegando. O grupo de Liderança da Ordem deve preparar o restante. Acho importante conversar também com o ministro.

Harry concordou com a cabeça, mas não conseguiu controlar o desagrado de ouvir Snape lhe dizendo o que deveria ou não fazer.

-- O que foi Potter? – perguntou sarcástico. Afinal sabia perfeitamente o que estava irritando o rapaz.

-- Você Snape ... é perigoso! – fixou seus olhos verdes no homem a sua frente.

-- Certo, garoto-que-sobreviveu, eu sou perigoso – falou baixo, os olhos negros faiscando – Mas você gostando ou não estamos do mesmo lado.

Os dois se fitaram por segundos, a tensão era quase palpável no ambiente. Harry desviou o olhar primeiro.

-- O que mais quer me dizer – falou com um suspiro cansado.

-- Os lobisomens estarão do nosso lado. – falou como se comentasse o tempo.

-- Mas desde que Remo... – O rapaz se surpreendeu. Desde a noite da morte de Dumbledore que eles consideravam os lobisomens um caso perdido.

-- Eu os convenci! – Severo o interrompeu sem cerimônia. Harry franziu a testa, Snape o ignorou – Greyback os abandonou e isso causou certa revolta no grupo. Eu os ajudei e ainda forneci a Wolfsbane para eles – deu de ombros – Eles vão chegar junto com os comensais, mas todos devem estar avisados para não os atacar. Exceto a Greyback, claro.

-- Também consegui convencer mais alguns gigantes a se juntarem ao irmão de Hagrid. Eles devem estar chegando à floresta Proibida em alguns dias. Um outro grupo decidiu não tomar partido e estará saindo da Grã-Bretanha hoje.

Harry estava muito surpreso, Snape sozinho havia conseguido mais que toda a Ordem junto.

-- Ainda temos problemas com os centauros – continuou – tê-los ao nosso lado seria um grande reforço, mas por razões óbvias não posso me aproximar deles.

-- Quanto a eles fique tranqüilo – sorriu brevemente – após a morte do professor Dumbledore – o rapaz inspirou profundamente e fechou os olhos por alguns segundos. – eles aceitaram conversar e com a ajuda de Hagrid e Firenze – ele já sorria de novo – os convencemos a se juntar a nós.

-- Ótimo! – falou sem prestar muita atenção, em seguida olhou sério. – Potter! – falou imperativamente. O rapaz o olhou de mau-humor – Você precisa fechar a sua mente e controlar sua raiva. Se você tentar atacar o Lord como fez comigo no ano passado, você não terá chance. – Terminou olhando-o desafiadoramente.

-- Não se preocupe Snape. – lhe deu um sorriso sarcástico.

Severo se permitiu um sorriso no canto dos lábios. Essa reação mostrava que o garoto realmente estava tendo maior controle de seus sentimentos. Em seguida ficou sério e continuou.

-- Draco também está do nosso lado. Não posso dizer o mesmo de Lúcio, ele é perigoso.

Harry apenas concordou com um aceno.

-- Uma última coisa – o rapaz viu que o olhar dele havia entristecido. Era o único sinal, já que a máscara de frieza continuava impecável – Ninguém mais deve saber de minha verdadeira lealdade. – Harry ia protestar, mas Snape o deteve com um gesto – Estarei ao lado do Lord todo o tempo, ele me considera seu servo – e esta última ele disse com visível ódio – mais fiel. Só poderei matar Nagini quando vocês estiverem frente a frente. Então quando – e Harry registrou a certeza nas palavras do ex-professor – você o vencer nós veremos o que poderá ser feito.

Não que Harry tivesse vontade de ajudar o ex-professor a se livrar de Azkaban, mas agora ele era marido de sua melhor amiga e ele tinha que ser justo. Nunca havia visto Hermione tão feliz! E se ela estava assim por causa de Snape era melhor que ele escapasse da prisão.

Snape respirou profundamente, ele parecia muito cansado.

-- Evite que a sua Weasley vá ao campo de batalha – Harry o olhou curioso – Ela corre perigo. Eles já sabem que vocês estão juntos – A face do rapaz não pode esconder sua preocupação. Snape suspirou e baixou a voz como se falasse apenas para si – se eu pudesse também evitaria que Hermione fosse, mas sei que não posso – balançou a cabeça em seguida recuperou seu controle, vestindo novamente sua máscara, mas a voz não era mais fria.

-- Tome conta dela por mim, ok? – Harry achou que ele estava indiretamente dizendo que achava que não ia sobreviver.

Harry teve novamente aquela estranha sensação de vazio e não soube o que dizer, sempre odiou Snape, quase que desde a primeira vez em que se viram. Neste último ano o queria morto, e não tinha dúvidas de que se Hermione não o tivesse impedido, teria matado o ex-professor. Porém agora, o vendo ali, se esforçando para manter uma conversa civilizada. Dizendo a ele para proteger Gina, e principalmente preocupado com a segurança da mulher que amava, e que era uma das pessoas mais importantes na vida de Harry. O rapaz sentiu que aquele vazio começava a ser preenchido por um grande respeito por aquele homem. Por segundos passou pela sua cabeça que talvez Snape não sobrevivesse mesmo, mas não quis pensar nisto. Olhou-o diretamente nos olhos. Novamente verdes e negros se prenderam.

-- Não se preocupe professor! – usou seu título de propósito – Eu cuidarei dela até que o senhor possa estar perto.

O uso de 'professor' e 'senhor' não passou despercebido a Snape. Ele percebeu que o olhar do rapaz não era mais de ódio ou desprezo, sentimentos com os quais estava acostumado, mas sim de respeito, com o qual não sabia lidar, e desta vez foi ele quem desviou o olhar. Em seguida com um cumprimento de cabeça se foi.

Harry ensaiou uma cara de “tudo bem” e retornou a sala comunal.

Hermione estava quase subindo pelas paredes. Devido ao adiantado da hora o salão estava vazio e ela voou em Harry, que lhe disse que Snape queria apenas passar alguns detalhes sobre a última batalha que deveria acontecer em breve.

-- Porque não me deixou ir? – perguntou fazendo um muxoxo e guardando cuidadosamente o espelho.

-- Eu precisava que você me cobrisse aqui – falou como se fosse óbvio, mas não a olhou nos olhos. Respirou fundo – Preciso que me ajude a convencer Gina a não ir.

-- Vai ser difícil, Harry. – falou pensativa.

-- Mione, ela corre grande risco – falou suplicante – eles já sabem que estamos juntos.

-- Droga! – Balançou a cabeça – Certo Harry, vou tentar. – o abraçou, ele a afastou pelos ombros e olhou-a nos olhos.

-- Você também, Mione. Fique no castelo.

-- Foi ele que te pediu para me convencer a ficar? – Ela sorria, mas seus olhos marejaram.

-- Não! – respondeu rápido demais e desviou os olhos – Você acha que Snape ia me pedir algo, Mione?

-- Você não sabe mentir Harry Potter – ainda sorria. – E não adianta tentar me impedir, eu estarei ao seu lado, sempre! – O abraçou novamente. Ele retribuiu o carinho.

-- Mas me ajude com Gina, ok? Deixe que eu me preocupe apenas com você – Sorriu.

Hermione subiu para seu dormitório logo depois. Harry ainda permaneceu no salão pensativo. Talvez ele também não sobrevivesse, mas tinha certeza de que estava mais preparado do que em qualquer outro momento de sua vida. A voz da Prof. Trelawney veio a sua memória “Um não poderá viver enquanto o outro sobreviver”.


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No fim de semana seguinte fizeram uma reunião no Largo Grimmauld com todos os componentes da Ordem de Fênix. Apenas aqueles que conheciam o segredo de Hermione, sabiam que o verdadeiro espião era Severo Snape. Os outros membros foram informados que Draco Malfoy, após a morte da mãe havia se virado contra Voldemort tornando-se informante.

Harry conseguiu também um encontro com Scrimgeour e este disse que traria todos os seus aurores e qualquer outro bruxo que quisesse lutar.

Hermione já estava conformada que a essa altura era mais seguro para Severo permanecer como ‘o traidor da Ordem’. Com todos os reforços conseguidos o grupo havia aumentado consideravelmente.

A maior dificuldade foi convencer Gina a não ir à batalha, porém quando até Hermione disse que ela deveria ficar a ruiva pareceu concordar.


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Aí está mais um capítulo. Desta vez não demorei tanto, mas também esse é um capítulo de transição e por isso mais fácil de escrever. Acho que a parte mais importante desse capítulo é a conversa do Harry com o Snape, espero que tenha conseguido passar bem o que eu queria.

Agora vamos aos agradecimentos:

Dark Mell Lestrange – É isso aí, a primeira a comentar!!! Eu andei revendo uns comments anteriores e vi que você já tinha comentado antes, mas andei um pouco enrolada e não comentei alguns comentários antigos. Obrigada pelos elogios e até o próximo. PS: Recebi seu e-mail.

Helena Paiva, Leyla Poth, Lety Snape, Carla Ligia Ferreira – Vocês me deixam envergonhada *corando como uma adolescente apaixonada* (sim eu já fui uma....).

Aninha Granger Snape – Pois é o meu ex-beta dizia que eu era muito melosa, mas não consigo fazer as coisas darem errado. Eu adoro ver o Severo e a Hermione juntos (será por isso que escrevi uma SS/HG?!! *risos*), mas acho a amizade do Harry e da Mione muito linda e acho que ela não conseguiria viver sem um deles, por isso eles terão que se acertar. E ambos já perceberam isto!

★Erikitxa★ – Você é a animação em forma de gente!!! Fico até corada com os elogios *risos*

Vivvi Prince – Não consigo imaginar o Severo dizendo “beleza” para ninguém! Da mesma forma que não consigo imaginá-lo usando uma bermuda (mesmo que seja uma samba-canção de cetim preto ..... ). Mas ele tem e terá outras formas de mostrar que quer fazer amizade com os amigos da Hermione. Beijinhos!!!

Carla Rosa – É eles estavam merecendo mesmo!!!

Gislene B.Pizzol Tristão – Mimar é mesmo muito bom, mas um presente para o Snape.... Caramba queimei muito a mufa para encontrá-lo. Eu acho que homem é muito difícil de agradar (em termos de presente é claro...) Vou tentar não sumir. Obrigadinho pelo comment!

Rosy Paula – Não se desculpe, faça o seu papel de leitora e ENCHA O SACO!!! Falando sério às vezes a vida dá uma enrolada e é bom receber um e-mail dizendo ATUALIZA!!!! Pois me mostra que estou dedicando pouco tempo para algo que me dá prazer! Obrigado por comentar e por ser uma espécie de subconsciente que diz “vc está dedicando ouço tempo à vc” Um beijão.

Minerva Meister – Juro que sei do que você está falando e fico muito feliz que a minha Fic tenha sido capaz de fazer isto ( Hi, Hi Hi – que maldade!). Obrigada pelo aviso do capítulo pulado no SnapeMione. Vou tentar atualizar por lá hoje. Ainda não estou totalmente recuperada e sinceramente acho que nunca vou estar. Mas a minha estória é um pouquinho mais complicada. De qualquer forma eu acredito que em alguns meses estarei novamente grávida. Obrigada pela força!

Muito obrigado a todos que também leram, mas não comentaram. Um beijão
Diana Black

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