O pedido



Fora essas confusões iniciais, as duas semanas seguintes passaram arrastadas, Severo passava dias sem se comunicar, o que deixava Hermione nervosa. As poucas vezes que fez contato, falou rapidamente, e ela notou que ele parecia mais cansado e angustiado, como se houvesse algo que não queria contar a ela.

Esse tempo foi suficiente para Hermione pensar muito e decidir que havia chegado à hora de ter sua primeira vez. Estava um pouco nervosa, mas feliz com a decisão. Havia combinado com Gina que a amiga ia ajudá-la a despistar os garotos, apesar de ainda não estarem andando juntos como antes, já trocavam palavras polidas em público.

No sábado acordou cedo, tomou banho e se arrumou com mais capricho, não poderia exagerar para não dar na vista. Como já era final de novembro e estava muito frio, colocou casaco, luvas, cachecol e ninguém percebeu que estava mais arrumada.

Logo após o café, Gina passou por ela e lhe desejou boa sorte com um sorriso. Hermione estava um pouco ansiosa mais tinha certeza de sua decisão. Seguiu sozinha para Hogsmead e se deixou ser vista na dedosdemel e na filial da loja dos gêmeos. Então seguiu para o castelo de seu príncipe. Chegando lá bem mais cedo do que da outra vez.

O interior estava com uma temperatura agradável e logo Folk apareceu para guardar os agasalhos de Hermione. A garota seguiu para a sala indicada pelo elfo. Severo lia sentado a uma poltrona e como sempre trajava negro. Hermione prendeu a respiração, pois só de vê-lo seu coração disparou. Ele percebendo o movimento baixou o livro e a olhou. Tinha um sorriso a dançar nos lábios.

-- Está muito bonita Srtª Granger, vai a algum lugar especial? – brincou.
Ela lhe devolveu o sorriso.

-- Vou encontrar meu namorado – disse em tom casual e ele alargou o sorriso.

Como era bom ouvi-la chamando de “namorado”.

Ele se aproximou, como sentia saudades, haviam se encontrado há apenas duas semanas e seu coração estava apertado. Hermione havia se tornado uma droga para ele, sentia falta de seus beijos, de seu cheiro, das conversas com ela. Ele nunca imaginou que amaria alguém daquela forma e também nunca se sentiu tão bem e tão feliz. Abraçou-a e disse próximo ao seu ouvido:

-- Você está mesmo muito bonita.

-- E você, como sempre, charmoso. – disse lhe oferecendo os lábios. Corou levemente.

Ele roçou os lábios nos dela e iniciou um beijo lento que foi aprofundando-se. Não demorou muito e o beijo já era cheio de paixão e desejo. Os corações batiam descompassados.

Hermione não sentia mais o nervosismo, tinha certeza de que o queria. Ela agora estava ficando excitada com os beijos e as carícias dele. Ele a pegou nos braços e sem interromper o beijo levou-a para o quarto que voltava a ter as cores verde e prata da sonserina. Colocou-a sobre a cama.

Ela via o brilho naqueles olhos escuros como a noite sem lua, um brilho de paixão e de desejo. Ela imaginou que deveria estar muito corada, mas sorriu convidativa. Ele subiu na cama como uma fera prestes a atacar sua presa, mas isso não a inibiu.

Eles se beijaram novamente, as carícias e os beijos aconteceram de forma tão natural que parecia que haviam ensaiado para aquele momento por toda a vida. Foram livrando-se de suas roupas, a excitação crescia. Eles deitaram-se e o contato de pele com pele era maravilhoso. A única barreira que existia agora eram as peças íntimas.
Hermione sentiu uma das mãos dele deslizar por sua cintura e levar sua calcinha. Ela estava nua. Ele beijava seus seios e as mãos dele acariciavam suas coxas, foram subindo. Ela sentiu o toque dos dedos dele na sua intimidade. Como era bom! Soltou um suspiro. Ajudou-o a livrar-se de sua última peça e percebeu, feliz, como ele também estava excitado.

Ele massageava o clitóris dela e ela sentia um prazer crescente, seus gemidos eram cada vez mais altos. Instintivamente afastou as coxas para facilitar o acesso dele e movimentava o quadril em direção aos dedos. Ele afastou-se um pouco, como se naquele momento apenas o prazer dela importasse. Displicentemente mantinha sua ereção em contato com a coxa dela. Ela fechou os olhos e entregou-se aquelas sensações novas e maravilhosas. Apenas se ouvia seus gemidos e suspiros.

Ela não podia ver, mas o rosto dele era só felicidade por dar a ela tanto prazer. Os gemidos de Hermione o deixavam em seu limite.
Em algum momento ela notou que o toque havia mudado, abriu os olhos e viu que ele tinha a cabeça entre suas pernas. As sensações eram ainda melhores, ele mordiscava seus pequenos lábios e ensaiava uma penetração com a língua. Percebeu que ele havia se movido e agora tinha o pênis próximo ao seu rosto. Hermione só pode acreditar que foi instinto, pois nunca nem se imaginou fazendo algo parecido. Ela o beijou, passou a língua pelo corpo e pela glande. Ouviu um gemido abafado e entendeu que ele estava gostando, e logo já havia colocado tudo que em sua boca, continuou colocando e tirando assim como lambendo e beijando.

Severo estava adorando, mas a intenção dele era dar prazer a ela, concentrou-se no que estava fazendo, aumentou o ritmo. Com o prazer crescente Hermione perdeu-se e não conseguiu continuar com o que estava fazendo. Ela agarrava-se no lençol com força, seus gemidos eram cada vez mais altos. Algum tempo depois – quanto ela nunca poderia determinar – sentiu seu corpo estremecer e algo maravilhoso espalhou-se por ela, uma sensação de felicidade que ela não poderia imaginar que existia. Sentiu como se flutuasse, sua mente nublou e todo seu corpo relaxou.

Severo voltou-se para ela e beijou de leve seus lábios:

-- Eu te amo, Hermione – os olhos dele tinham um brilho tão intenso. Ela via o amor estampado neles. Teve vontade de chorar, mas controlou-se. Não era hora para chorar!

Hermione imaginou que ele apenas aguardava o sinal dela, pois ainda mantinha a ereção. Sabia que estava muito corada, seus seios nus subiam e desciam com a respiração ofegante, mantinha o contato visual.

-- Severo, eu quero ser sua, agora! – Sorriu inocente.

Ela poderia imaginar várias reações dele, mas nunca aquela.

Ele ficou tenso, a mão displicente que acariciava o corpo dela parou onde estava, seus olhos perderam o brilho e ele afastou-se instintivamente. Ela estava paralisada, sem entender a reação dele. Ele sentou-se de costas para ela. Hermione sentiu que algo estava terrivelmente errado, mas não conseguia perceber o que era. Ela ia perguntar, mas antes ele virou-se, tinha o olhar triste e a voz de urgência.

-- Hermione, eu preciso saber! O que já aconteceu entre o Potter e a Weasley?

Hermione estava cada vez mais confusa. Eles estavam juntos NA CAMA, e ela havia dito que QUERIA fazer amor com ele. E além de repeli-la ele vinha perguntar sobre a vida íntima dos seus amigos. O que ele estava pensando, que ela decidiu-se por fazer amor com ele por que Gina e Harry haviam transado? A resposta brotou de seus lábios antes que pudesse raciocinar.

-- Severo, não acredito que a vida íntima de meus amigos lhe diga respeito! – Ela o fuzilava com o olhar.

A situação era impensável, os dois nus encarando-se, ela duramente mostrando a ele que não havia gostado da pergunta. Ele de sobrancelha elevada pensando que se a situação fosse outra até poderia achar engraçado ela tentando enfrentá-lo.

Subitamente Hermione se deu conta de que estava nua, no quarto dele, se oferecendo a ele. Ele havia tocado seu corpo, a havia feito perder o controle. Sentiu vergonha, sentiu-se suja. Seus olhos marejaram e ela trouxe os braços sobre os seios desnudos como que para se proteger daquela indignidade.

Ele notou a mudança na face dela e seu coração se apertou “Maldição!” – pensou – “saiu tudo errado”.

Severo a queria tanto, queria amá-la, torná-la mulher, sua mulher. Mas isto não poderia acontecer agora, não se já havia acontecido entre o Potter e a Weasley. Naquela noite na floresta ele achou engraçado ela falar da poção. Quando descobriu sobre a maldição ele gelou. Ele queria ter certeza, mas pela reação dela, não poderia ter muita dúvida. Hermione provavelmente era a única esperança. Ele ainda não podia contar-lhe tudo, queria ter certeza de que não havia outra opção, mas não poderia arriscar. Agora ela estava magoada, achando que ele a havia rejeitado, sentido vergonha de ter lhe oferecido seu amor.

Hermione havia alcançado seu robe e se vestia rapidamente. Ele se aproximou e antes que ela pudesse se esquivar a envolveu com um abraço. Ela não queria chorar, mas algumas lágrimas correram por sua face, estava confusa. Primeiro ele lhe deu tanto prazer em seguida a rejeita e agora tenta consolá-la, lhe abraçando com tanto carinho. “o que ele queria?Enlouquecê-la?”. Após um tempo que para ela pareceu infinito ele falou:

-- Minha menina, me perdoe! Eu deveria ter tido mais tato – ele beijava seus cabelos, pois ela ainda mantinha o rosto oculto no peito dele.
Um arrepio passou pelo corpo dela quando ele a chamou de “minha menina”. Ele a fez olhar em seus olhos:

-- Você confia em mim? Acredita em mim?

Ela apenas concordou com a cabeça, enquanto enxugava as lágrimas. Sim ela estava magoada e confusa, mas confiava nele e sabia que deveria existir uma explicação lógica para tudo que aconteceu naqueles últimos minutos.

-- Então acredite! O que eu mais queria hoje era fazer amor com você. Mas não podemos – ele parecia arrasado – não ainda – beijou-lhe os lábios como se fosse uma promessa. – Não posso te dizer o porquê, mas você saberá em breve, eu prometo – abraçou-a novamente.

Eles ficaram abraçados muito tempo e quando ela pareceu menos tensa ele falou:

-- Tenho uma surpresa para você! – voz um pouco menos carregada.

Soltou-a de seus braços, levantou-se da cama e foi até o outro canto do quarto. Hermione não pode deixar de reparar no corpo dele. Era magro, não era forte, mas tinha todos os músculos bem definidos. As roupas que ele costumava usar escondiam muito bem o belo corpo daquele homem. Sentiu o calor subir por sua face. Não pode controlar uma pontada de ciúmes ao pensar que ele parecia muito à vontade andando nu pelo quarto. Devia fazer isso sempre. “Hermione controle o seu ciúme bobo” – pensou vendo-o colocar seu robe negro e retornar trazendo uma caixinha que lembrava aquela que continha o colar que ele lhe deu no seu aniversário.

-- Severo você não devia! – tentou ralhar com ele, mas ele parecia uma criança travessa.

Quando se ajoelhou na frente dela já estava sério, mas seus olhos brilhavam. Segurou suas mãos, respirou profundamente.

-- Hermione, você aceita se casar comigo? – tinha um leve tremor na voz que ela só perceberia se não tivesse ficado tão chocada com a pergunta.

Ela abriu e fechou a boca algumas vezes, mas as palavras não saiam. Seus olhos marejaram e ela abriu o mais belo sorriso que ele já tinha visto e o abraçou. Ela falou em um sussurro inaudível e ele teve dúvidas se ela havia mesmo respondido ou se era um eco dos pensamentos dele. Quando finalmente o soltou do abraço confirmou com uma voz mais firme.

-- Aceito!

Ele sorriu e abriu a caixinha que tinha duas alianças iguais formadas cada uma por duas argolas, uma dourada e outra prateada. “Claro” – pensou ela. Ele pegou a mão direita dela e foi explicando:

-- Essas alianças são encantadas, elas selam a união se forem trocadas na presença de um Juiz-bruxo ou se consumarmos o ato – ela corou – logo antes ou logo após a troca. – Ele havia posto a aliança em seu dedo anelar da mão direita e ela fez o mesmo com ele. – Quando chegar o momento devemos estar com elas e então o casamento será definitivo. No mundo bruxo não há separação o casamento é um contrato mágico e para toda a vida. Portanto pense bem viu – Lhe deu um sorriso. – Esta troca representa o noivado. – Ele falou ainda sério.

-- Os trouxas também noivam – Hermione completou sorrindo enquanto admirava a aliança que se adaptara perfeitamente ao seu dedo. – Severo! –
Ela não sabia muito bem como perguntar isso a ele.

-- Sim querida – Encostou-se na cabeceira fazendo-a sentar-se entre suas pernas e encostar as costas em seu peito. A abraçou pela cintura.

-- Quando a guerra acabar você se importaria de casar do jeito trouxa também – ele a olhou com curiosidade

-- Como assim?

-- De véu, grinalda, vestido branco, padrinhos, essas coisas. Você sabe que eu sou filha única e meu pai sempre sonhou em me levar até o altar – a cara dele era da mais completa confusão.

-- Se você me explicar o que são todas essas coisas, por que eu não tenho idéia. - disse sorrindo

-- Mas o seu pai não era trouxa – agora ela é que estava intrigada, afinal como ele podia não conhecer nada do mundo trouxa, tendo tido um pai trouxa.

-- Como você sabe que meu pai é que era trouxa? – Ele estava novamente assombrado com ela. Ninguém além de alguns poucos colegas Sonserinos que conviveram com ele na escola e Dumbledore sabiam disto.

Hermione riu.

-- Ano passado quando estava querendo descobrir quem era o príncipe mestiço encontrei uma reportagem sobre sua mãe – Eillen Prince – algo sobre um clube de bexigas. Na época tentei convencer Harry que ela havia escrito no livro, mas ele disse ter certeza de que era um homem. Continuei pesquisando e encontrei a referência ao casamento dela com um trouxa Tobias Snape. Só que isso aconteceu depois que você já havia dito ao Harry que o livro era seu. De qualquer forma a minha teoria estava correta, só o que me enrolou foi o ano de publicação do livro.

-- Hermione, às vezes você me assusta! – disse sorrindo – Merlin me ajude se algum dia quiser esconder algo de você – agora era ela que sorria. – Eles se casaram apenas do modo bruxo. – Começou a explicar – Minha mãe vinha de uma tradicional família de puros-sangue, todos pertencemos a sonserina – olhou-a – Um dia ela conheceu meu pai, se apaixonou e ficou burra – Hermione se assustou.

-- Severo!! – exclamou em um meio sorriso.

-- O que foi?! – perguntou fingindo curiosidade – Ela foi mesmo muito burra. Ficou grávida – apontou para ele próprio – e só então meu papai – Hermione lembrou-se de como Sírius se referia a Srª Black – descobriu que ela era uma bruxa. Acho que no início ele até poderia gostar dela, mas com certeza só se casou por medo do meu avô – Dizia sem emoção – Já meu avô só permitiu o casamento porque naquela época era um escândalo uma filha solteira e grávida. E também porque ela disse que não se casaria com nenhum outro. Depois que meu avô morreu, ele não ficou muito tempo e nesse período fez a vida da minha mãe um inferno. Quando eu estava com uns doze anos ele se foi e nunca mais o vi. Acho que essa foi a melhor coisa que fez a minha mãe. Só que ela devia gostar muito dele, e quando soubemos que ele havia morrido ela não suportou e morreu pouco depois. – Severo não parecia estar sofrendo ao contar aquilo, mas Hermione sentiu muita vontade de abraçá-lo. Ele virou-se para ela sorrindo.

-- Foi por causa dessa história dos meus pais que desde novo eu decidi que nunca iria amar, ou me casar. Mas mesmo assim cheguei a digamos firmar um compromisso por um pequeno período – Hermione olhou-o assombrada.

-- Mas você disse que nunca contou a Lílian sobre suas intenções?! – Ele sorriu um pouco triste, não adiantava pensar no que poderia ter acontecido. O passado era passado e fim.

-- Não foi com Lílian. Pouco antes de morrer meu avô procurou um amigo e fez um acordo de casamento entre eu e uma das filhas deste. Acho que ainda pensava em tentar salvar a família do “deslize” de minha mãe – fez uma careta – Quando minha mãe morreu eu ainda tinha quinze anos, mas fui emancipado. Pouco depois disto, o pai de “minha noiva” me procurou. Eu não tinha nenhuma intenção de me casar, mas também não queria me indispor com aquela família. Já conhecia Andrômeda da escola – Hermione teve certeza de que conhecia o nome, mas não se recordava de onde – Ficou combinado que oficializaríamos o noivado alguns dias antes do casamento de sua irmã mais velha, Bellatrix – Hermione arregalou os olhos e virou-se para ele.

-- Peraí! Você está dizendo que foi noivo da mãe da Tonks?
Severo concordou sorrindo.

-- Exatamente! Na época Andrômeda Black.

Hermione estava boquiaberta.

-- E como vocês se livraram dessa história? – perguntou agora curiosa.

-- Quando ficou sabendo do noivado ela já namorava Ted Tonks. Não foi difícil perceber que ela estava tão feliz com aquele compromisso quanto eu. Ela me abordou nos corredores de Hogwarts, devia estar apavorada porque levou Black e os outros do bando para dar cobertura. – riu da lembrança. Entramos em um acordo, nós fingiríamos para a família dela que estava tudo bem. A idéia inicial era mantermos a farsa enquanto fosse possível, só que Andrômeda ficou grávida – Hermione arregalou os olhos – Não haveria mais muita opção, então ela revelou a história do namorado escondido e fugiu.

-- Ela teve muita coragem.- disse Hermione muito impressionada.

-- Teve mesmo – disse sorrindo – ela nunca revelou a família que eu sabia do “caso” dela com o Tonks. Quando surgiu a história da gravidez eu me fiz de noivo traído, fui conversar com o pai dela e ele obviamente me liberou do compromisso.

-- Ela era Grifinória?

-- Nada disso! O primeiro Black a desvirtuar a família foi o amiguinho de vocês o Sírius. Andrômeda era Sonserina, mas devia ter mesmo algo já que a filha terminou sendo Grifinória – falou pensativo. – Respondendo a sua pergunta original: Eu caso do jeito que você quiser – Ele beijava o nariz, a testa os lábios. Alguns beijos depois perguntou – vamos almoçar? – Ela concordou e uma mesa posta para duas pessoas surgiu em um canto do quarto.


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Após o almoço, Hermione não conseguiu manter-se acordada. Sentiu como se fosse desligada. Dormiu por menos de duas horas, e ao acordar percebeu que estava sozinha na cama e usava .... uma camisola?? Tinha certeza de que havia se deitado de robe.

Notou que Severo estava sentado em uma secretária no canto do quarto, lendo. Viu que apesar da penumbra do quarto ainda era cedo.

Levantou-se e foi até ele. Pegou-o de surpresa, o abraçando pelas costas e lhe deu um beijo no rosto.

-- Boa tarde, dorminhoca – disse sorrindo. A fez sentar-se em seu colo e olhando significativamente para a camisola, perguntou – Gostou?

-- Ia mesmo perguntar como fui dormir de robe e acordei de camisola – o olhava um pouco intrigada.

-- Eu a tinha guardada para alguma emergência – deu de ombros. Hermione teve a sensação de que ele a provocava, mas resolveu aproveitar para aliviar a curiosidade.

-- Severo, de quem é esta casa?

-- Minha, claro. – Passou a beijá-la.
Hermione já imaginava isso, só queria ter certeza.

-- E ninguém nunca desconfiou que você tinha uma casa tão perto de Hogwarts.

-- Comprei depois que vim lecionar, mas nunca deixei que ninguém soubesse. Sempre usava como meu endereço o de um casebre que foi de meu pai. Só Dumbledore sabia – Beijava o pescoço dela e acariciava o corpo por cima da seda da camisola. Hermione estava começando a ficar excitada.

-- Fala sério, Severo! – Ele a olhou, nesses momentos se lembrava que estava namorando uma adolescente de dezoito anos – Vai dizer que nunca trouxe outras mulheres aqui? – Ela parecia divertida, mas seu olhar era inquisidor.

Ele parou de beijá-la e olhou-a fixamente.

-- Não considero você “mais uma mulher”, você é a única que eu amo, a única que me importa – Ela sorriu, estava emocionada com mais aquela declaração de amor dele – mas se você quer mesmo saber – ela confirmou com a cabeça – Sim, já trouxe mulheres aqui, mas foram poucas e nunca a mesma mais de uma vez – Terminou sem emoção.

-- Bom, então devo supor que... – falou olhando para a camisola vermelha e com detalhes dourados que estava usando.

-- Comprei-a pensando em você? Claro que sim, princesa – ele sorria. Era bom saber que ela também tinha certo ciúme dele, apesar dela ser bem mais discreta e racional.

Logo que ele respondeu, ela abriu um enorme sorriso e passou a beijá-lo no nariz, no rosto, na testa...

-- Oh Severo, você é um fofo!

-- Hermione!? – seu tom era trovejante, ela sobressaltou-se – você não pode me achar fofo! Eu sou um Comensal da Morte, sou um assassino procurado, não sou fofo! – seu rosto era de dúvida e talvez indignação.

Ela voltou a rir.

-- Claro que você é fofo, entre duas pessoas que se amam tudo é possível. Foi muito fofo você se preocupar comigo, principalmente agora que sei que não fez isso com nenhuma outra – corou e desviou os olhos.

Ele levantou-se, levando-a no colo e a colocou na cama, deitou-se ao lado.

-- Eu disse que depois do que aconteceu entre eu e Lílian eu fechei meu coração, nunca mais senti nada por qualquer mulher até encontrar você. Não tive muitas, mas nenhuma teve significado.

Ele parecia triste ao lhe dizer isto, como se não quisesse que ela conhecesse aquele Severo anterior. A experiência dela durante os seis anos em que ele havia sido seu professor e um carrasco, já era suficiente, ela não precisaria saber como ele era fora da escola. Por outro lado achava que Hermione merecia saber que ele não era um “príncipe encantado” de histórias trouxas.

-- Mas era apenas sexo por sexo. Não tinha qualquer envolvimento – a olhou esperando ver desapontamento nos olhos dela ou mesmo raiva por ele ter usado as outras. Mas o que viu foi compreensão e amor. Ela tinha um sorriso nos lábios e quando ele a olhou o abraçou.

-- Agora tudo isso é passado – o beijou – não vamos remexer nele – outro beijo – Nunca mais você vai se sentir sozinho.

Severo olhou-a bem nos olhos enquanto dizia:

-- Sim é passado, mas tem mas uma coisa que eu quero te mostrar – respirou fundo e retirou do bolso do robe um colar com um pingente que era um meio coração dourado – Eu nunca tive coragem de me desfazer dele, mas não ia querer que um dia você encontrasse e interpretasse as coisas de forma errada.

Hermione pegou o colar e viu o pingente. No meio-coração havia um L estilizado que dava a impressão de ser um animal, provavelmente um felino feito de pequenos rubis.

-- E a outra metade? – ela perguntou sem retirar os olhos do pingente.

Ele encolheu os ombros.

-- Dei a Lílian no natal, depois que brigamos não sei o que ela fez. Se chegou as mãos do Potter ele deve ter derretido ou jogado no meio da floresta proibida.

-- E como era?

-- Prateado com um S de esmeraldas. – ele sorriu. Então falou ficando sério novamente – Eu não queria me desfazer dele, mas se você quiser.... bem... eu o ponho a venda.

Hermione arregalou os olhos.

-- Não, Severo! Eu lhe disse antes – pegou a mão dele e pôs o colar de volta. Então acariciou seu rosto – não tenho ciúmes do que aconteceu entre vocês. Não me importo que você guarde essa lembrança. Obrigado por me mostrar – ela sorriu.

-- Eu amo você, Hermione – aproximou-se beijando-a docemente.

-- Também te amo.

Aprofundou o beijo a puxando pela cintura para mais perto dele, tornando as carícias mais íntimas. Ele sabia que tinha que preservá-la, ela não sabia o porquê mais aceitava a decisão dele. Existem muitas maneiras de um casal se amar, de dar e receber prazer. Por mais algum tempo eles se amaram naquela fria tarde de sábado.

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Desculpem a demora, mas essa capítulo deu um Bug e eu fiquei horas para arruma-lo.
Eu sei que vocês devem estar querendo me lançar uma imperdoável. É dessa vez foi quase! Mas tive um bom motivo para fazer essa “maldade” com os dois pombinhos. Juro que é um bom motivo. Por enquanto é um segredo meu e de Severo Snape.
Espero que a cena NC tenha ficado boa, eu sempre fico com medo de ser muito descritiva e ficar parecendo uma aula, mas por outro lado não queria que ficasse uma coisa xula, tipo revista pornô. É um pouco difícil!
Não vou prometer nada, mas vou tentar não demorar muito para atualizar.
Postei uma fic Remus/ Tonks, se alguém se interessar por esse Ship dê uma olhada (essa as cenas NC são mais fáceis, mas vão demorar um pouco para aparecerem): http://floreioseborroes.net/menufic.php?id=18269
Ou
http://www.fanfiction.net/s/3416182/1/

Beijinhos, Diana Black

PS: Pode parecer que estou um pouco desligada dessa Fic, na verdade ela foi a primeira que escrevi e agora estou achando o meu Snape muito descaracterizado (na boa podem falar, vocês acham?). Não precisam se preocupar porque ela já está terminada, então não há a menor chance dela ficar sem fim. Também ando apaixonada por Remus/ Tonks e Sírius/ Hermione (sem falar que estou no Fic 100 escrevendo sobre ela e isso está me tomando um pouquinho de tempo). Mais uma vez sem querer prometer nada, vou tentar atualizar mais rápido.
Diana Black

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