Quarta Horcrux



O dia seguinte foi tenso. Harry tomou café cedo e sumiu com Remo. Hermione só apareceu no almoço seguida por Gina e Neville. Terêncio parecia muito envergonhado e apesar de não ter visto Harry durante o dia, não quis correr o risco de um novo escândalo. Mandou um recado por Luna para que Hermione o encontrasse em uma sala no segundo andar. Parecia muito nervoso em tentar explicar que não entendia por que havia agarrado a colega daquela forma. Ofereceu-se para conversar com Harry e assumir toda a culpa pelo incidente. Hermione ficou feliz em perceber que ele não desconfiava do pergaminho, mas disse não ser necessário que ele falasse com Harry. Explicou rapidamente que o namoro dela e Harry já estava mal e que o incidente foi apenas a gota d’água. Prometeu-se em silêncio que quando tudo terminasse iria se explicar com ele.

O dia passou lento e tenso. Todos jantaram cedo e ficaram no escritório de Dumbledore aguardando notícias de Harry e Remo.
Já passava das dez horas quando Dobby apareceu avisando que Harry e o professor Lupin estavam na enfermaria. O grupo saiu correndo pelos corredores vazios do castelo.

Harry estava desacordado, mas não apresentava nenhum ferimento visível. Remo, ao contrário, tinha vários ferimentos que ainda sangravam e estava lúcido. Madame Pomfrey já cuidava de alguns e ele estava tomando uma poção.

Mal haviam entrado ouviram as portas serem bruscamente abertas e Tonks entrou como um furacão. Trajava seus coturnos e uma grossa capa de inverno, tinha os cabelos negros e até os ombros. O desespero se estampava em seus olhos também negros, mas este sumiu quase por completo quando viu que Remo estava acordado. Não passou despercebido a ela as numerosas manchas de sangue na roupa dele e o seu ar abatido. Aproximou-se tocando levemente seu rosto e depositando um beijo leve em seus lábios.

-- Você está bem, meu amor? – Perguntou com a voz fraca – Quando o elfo me falou que vocês estavam feridos eu.... eu tive tanto medo – lágrimas grossas corriam pela face dela. Ele enxugou algumas com os dedos.

-- Estou bem, Nym – ela corou, poucos sabiam como ele a chamava. Sua voz estava firme apesar de cansada. O que tranqüilizou um pouco o grupo.

Contou que eles aparataram em Londres e seguiram para Little Hangleton de trem. Desta forma só chegaram lá no final da tarde. Encontrar e entrar na ex-propriedade abandonada e considerada assombrada dos Riddle foi fácil. Seguiram ao segundo andar e Harry lembrou-se do sonho que teve no início de seu quarto ano, em que viu Voldemort matar Franco Bryce. Foram atraídos por uma aura de poder no final do corredor. Havia uma porta protegida por magia. Perderam algum tempo para conseguirem passar por ela, mas ainda estavam ilesos. Dentro do quarto havia uma enorme quantidade de cobras de todos os tamanhos e espécies. Como Harry era ofidioglota conseguiu convencer as serpentes a não atacá-los. Elas estavam agitadas e até agressivas, mas permitiram que os dois passassem. A Horcrux se encontrava dentro de um armário de vidro, era um cetro de bronze com dois grandes Rs entrelaçados formados por safiras. A cristaleira também estava protegida por magia, tentaram vários feitiços e um finalmente conseguiu abri-la. Nesse momento as cobras se aproximaram e ficaram ainda mais agressivas, colocando-se em posição de ataque. Harry tentou convencê-las, ameaçá-las e por fim distraí-las enquanto Remo pegava o cetro. No Momento em que Lupin pegou a Horcrux as cobras o atacaram, Harry realizou um feitiço falando o encantamento em língua de cobra. De sua varinha saiu um círculo prateado que aumentou e se espalhou pelo quarto matando todas as víboras. Em seguida desmaiou. Remo apesar de ferido conseguiu aparatar trazendo Harry até os portões de Hogwarts.

-- Pelo menos uma vez na vida tem que agradecer ao seu “probleminha peludo”, meu amigo. – Todos ouviram a voz de Harry um pouco mais cansada que o normal, mas sorrindo.

Correram para ele, Gina o enchia de beijos tinha a face lavada de lágrimas. Hermione segurava uma das mãos de Harry e tinha os olhos marejados.

Madame Pomfrey veio resolvida a expulsar aqueles baderneiros de sua enfermaria, mas Minerva interferiu:

-- Por favor, Papoula. Deixe as crianças festejarem um pouco, afinal tudo deu certo.

Madame Pomfrey não gostou muito, porém retornou para seu escritório.

-- Tenho que concordar com você, Harry. Algumas daquelas cobras teriam venenos letais para qualquer homem comum, mas para um lobisomem – baixou a voz – é preciso mais que algumas cobrinhas – sorriu para Tonks que estava sentada ao seu lado segurando sua mão. Seu sorriso era fraco, mas sincero.

Madame Pomfrey surgiu, ainda irritada pelo grande numero de pessoas em sua enfermaria, trazendo dois cálices de poção fumegante. Após tomá-la Harry estava se sentindo novo, mas a enfermeira fez questão que o rapaz passasse a noite lá. Remo ainda precisaria ficar mais algum tempo, pois teria que tomar várias poções para impedir que os ferimentos voltassem a sangrar. Todos concordaram que apenas Tonks passaria a noite com eles.

Durante o período em que ficaram lá Hermione sentiu a moeda esquentar umas três ou quatro vezes. Assim que retornou ao seu quarto chamou o namorado e o encontrou muito irritado. Rapidamente o pôs a par da situação.

-- Você sabia que havia algo lá, não é Severo? – Perguntou ao perceber como ele ficou aliviado de saber que ambos estavam bem.

-- Sabia que havia algo que um homem comum não poderia enfrentar, por isso sugeri a ida de Lupin – Tinha o semblante pesado, sabia que o risco tinha sido grande – Jamais me perdoaria se algo acontecesse a ele. Apesar do que todos acham eu não odeio Lupin, mas as informações que eu tinha me diziam que ele seria o único com chance de sobreviver a um ataque do que quer que houvesse naquele lugar.

-- Por causa do sangue de lobisomem – Hermione apenas concluiu.

-- Exato. – Olhou-a nos olhos – Sabia que qualquer outro morreria, ele teria chance de sair vivo. Hermione você precisa entender – Severo a olhava suplicante.

-- Nem todos chegarão a ver a nossa vitória – ela tinha lágrimas nos olhos, mas sorria – Sim, Severo, eu sei.

-- A prioridade é manter Potter vivo até destruirmos todas as Horcruxes para que então ele possa matar o Lord – sua voz estava controlada e fria, mas seus olhos o traiam, a olhava com certo medo. – Não quero que você se exponha, Hermione. Há muitas pessoas que podem ajudar o Potter. Por favor, me prometa que não fará mais nenhuma loucura.

Ela sorriu, seus olhos ainda marejados.

-- Prometo que vou tentar, Severo – puxou seu pingente para fora da blusa, acariciando-o – mas você sabe que sou uma Grifinória e muitas vezes coragem e prudência não andam de mãos dadas.

Ele lhe lançou um último olhar de paixão e dizendo um “eu te amo” se foi.


No dia seguinte os seis amigos se encontraram no escritório de Dumbledore. Só então todos viram o belo objeto que havia pertencido a Rowena Ravenclaw. Pela primeira vez Luna não parecia estar no mundo da lua quando disse:

-- Bem que o meu avô dizia que este cetro era lindo, mas nunca imaginei que fosse algo tão único – Todos a olharam com curiosidade e ela retornando ao seu ar desligado continuou – Pertencia a minha família, até que meu avô recebeu uma “Imperius” de um comensal e o entregou. Ele nunca se perdoou por ter perdido a única relíquia de Ravenclaw que possuíamos – Todos a olhavam com assombro, Harry foi o primeiro a recuperar a fala.

-- Você é descendente de Ravenclaw?

-- Papai nunca achou que isso fosse nada demais. – respondeu tranqüila confirmando com um aceno – Depois que perdemos o cetro ele teve medo que os comensais tentassem forçá-lo a se juntar a você-sabe-quem, já que somos sangue-puro – fez uma careta para mostrar que achava tudo aquilo uma grande besteira – então preferiu guardar segredo sobre essa história.

Harry sentiu um grande orgulho da amiga. Rony a olhava com um brilho diferente nos olhos que não passou despercebido a Hermione.

-- Vamos terminar logo com isto – Colocou o cetro sobre a mesa do Diretor, fez o feitiço e depois que a névoa branca perolada se dissipou ele estendeu o cetro para Luna. – É seu por direito.

A garota pegou a relíquia antiga de sua família e a admirou por minutos, então a estendeu de volta para Harry.

-- Acho que você saberá guardá-la melhor do que eu, já foi roubada uma vez, não gostaria de perdê-la novamente – Tinha o rosto sério, não parecia a Luna sonhadora e sim a verdadeira descendente da fundadora mais sábia de Hogwarts.

-- Ok, vou guardá-lo e quando a guerra acabar lhe devolverei – disse sorrindo. Rony segurou a mão da garota e lhe sorriu.


Remo teve que ficar na enfermaria até o sábado seguinte, após alguns dias as feridas só sangravam se ele fizesse algum esforço, mas madame Pomfrey só autorizou sua saída quando estas estavam completamente cicatrizadas. Ela comentou com uma Tonks que segurava o riso e com um Remo um pouco constrangido que não confiava de que o paciente faria o repouso necessário se fosse para casa.

A semana passou sem novos sobressaltos. Harry e Hermione continuavam se evitando. O namoro de Gina e Neville havia esfriado um pouco, apesar do casal ser visto junto com freqüência. Hermione notou com alegria que apesar de não ser mais necessário, Rony e Luna ainda continuavam andando juntos. Gina e Hermione agora andavam ainda mais grudadas e a ruiva lançava olhares mortais a Harry cada vez que se cruzavam.

O rapaz já estava completamente recuperado da aventura, na verdade nem ele sabia dizer como tinha realizado aquele feitiço. Lembrava-se de ter visto as cobras atacarem Remo e então ao fixar nelas falou algo em linguagem de cobra e brandiu a varinha. Após vários exames Madame Pomfrey concluiu que o feitiço consumiu muito poder e por isso ele desmaiou. Apenas algumas poções foram necessárias para restabelecê-lo.
Gina contou a Hermione que ela e Harry combinaram que a primeira vez deles seria no sábado. A monitora prometeu a amiga que despistaria Rony. Gina parecia tranqüila e agia normalmente. Harry, no entanto estava muito nervoso. Hermione precisou chamar a atenção do amigo antes que Rony notasse como ele estava estranho naqueles dias. “Graças a Merlin, Rony é muito desligado. Harry você precisa se controlar ou vai ter um treco” – falou a menina para um Harry rubro de vergonha.

A exemplo do amigo Hermione também não andava nada tranqüila, Severo havia lhe dito que sairia em uma missão e estava há quatro dias sem falar com ela. No sábado pouco antes da hora do almoço ele a chamou e combinaram um encontro na orla da Floresta proibida para aquela noite. A monitora-chefe que andava nervosa, de repente tinha que se controlar para não sair assoviando pelos corredores. Quando encontrou Gina na hora do almoço, pediu que a amiga lhe conseguisse a capa de Harry emprestada. O amigo apenas pediu que ela tomasse cuidado, pois não sabiam se Voldemort havia mesmo engolido a história deles.

Hermione levou Gina para um banho perfumado no banheiro das monitoras e a ajudou a se arrumar. A ruiva estava perfeita no fim da tarde quando partiu para encontrar Harry na sala precisa. A monitora-chefe retornou a Torre da grifinória para distrair Rony, mas nem foi necessário. O ruivo só retornou para sua sala comunal quase oito da noite e com um grande sorriso, contou a amiga que tinha se acertado com Luna, o que a deixou muito feliz. Logo disse que iria procurar Harry para contar a novidade e Hermione teve que lhe dizer que o amigo não estava nos dormitórios. Rony assumiu aquela sua característica cor de raiva, mas antes que começasse a gritar a amiga lhe avisou que se ele fizesse escândalo estaria colocando Gina em risco novamente. O garoto subiu furioso para seus dormitórios e não apareceu mais.

Cerca de quinze minutos antes do horário marcado, Hermione saiu pela porta do castelo envolta pela capa da invisibilidade. Ao chegar próximo ao local, viu o contorno de Severo recortado contra a luz prateada da lua quase cheia, seu coração acelerou e ela soltou um suspiro audível que o sobressaltou.

-- Hermione? – olhou na direção de onde vinha o som.

Ela despiu a capa e a guardou sorrindo para ele. A saudade que Severo estava de sua menina era tanta que ele se furtou a fazer qualquer comentário. Simplesmente atravessou o pequeno espaço que os separava como se flutuasse, sua capa ondeava ao vento de uma forma tão sensual que deixava Hermione sem fôlego.

Ele a beijou com saudade. Com o passar do tempo – segundos? Minutos? Horas? – o beijo foi se tornando mais profundo, cheio de paixão e desejo. Ele a segurava pela cintura e a trazia para junto do corpo dele. Desviaram os lábios quando o ar já faltava, os corações galopavam, ambos arfavam. Ele sussurrou:

-- Quantas saudades! – beijava levemente o pescoço e a orelha dela – como senti saudades dos teus beijos, do seu cheiro.

Ela mantinha os olhos fechados, respirava superficialmente, como desejava aquele homem, nunca imaginou que um dia sentiria essa falta, quase física de alguém.

-- Também senti saudades, meu amor! Não sei como pude ficar tanto tempo longe de você.

Ele a olhava profundamente nos olhos e ela via paixão. Os olhos dele, negros como opalas brilhavam como as estrelas. Naquele instante teve certeza de que ele a amava.

Severo retirou sua capa estendeu-a no chão e eles sentaram-se, acariciava o rosto dela enquanto tinha um sorriso solto nos lábios, algo raro.

-- Então?! Não vai me contar como vocês, adolescentes cabeças-ocas, fizeram para enganar o grande Lord das Trevas – continuava a sorrir.

Ela lhe sorriu de volta.

-- Foi tudo bem ensaiado, o único problema era ter alguém que... – ela desviou os olhos e ele teve certeza de que havia corado – ... me beijasse naquele momento – falou mais baixo.

Ele ainda sentia ciúmes, mas sabia que havia sido necessário, então estava controlado.

-- Então há mais alguém que sabe do segredo do Potter – segurou uma de suas mãos e a outra pousou displicente em uma das coxas dela.

-- Não! Não achamos seguro contar a mais ninguém.

-- Então como? – Olhou-a interrogativo. Não estava gostando muito dessa história.

-- Fiz uma poção do amor. – Ela sorriu. Olhou-o rapidamente e viu o espanto na face dele. – Encontrei um livro em seu escritório que continha variações da poção clássica. Fiz uma que não era muito forte, tinha um efeito rápido e poderia ser cheirada e não bebida – Ela sorria ainda mais. – Coloquei em um pergaminho e ao passar pela vítima – olhou-o significativamente – deixei o pergaminho cair no chão, ele pegou. Estava feito.

Severo parecia chocado, e não conseguiu disfarçar a curiosidade.

-- Você fez a poção? Mas as variantes da “Amortentia” são muito mais complicadas de preparar!

-- Severo! – sorria – Eu sou muito boa em poções, talvez não tanto quanto você, mas consegui fazer uma “polissuco” no segundo ano. – Parecia orgulhosa de si.

-- Claro que eu sei que você... Como assim uma “Polissuco”? – Ele estava ainda mais curioso.

-- Acho que agora você não vai mais poder me expulsar – falou fingindo-se pensativa, e lhe deu um beijo rápido.

-- Hermione me explique isto, estou realmente interessado – Ele estava sério, mas nunca mais conseguiria causar nela o mesmo efeito de antes.
Ela sorria com cara de “sim, fiz besteira”.

-- Quando estávamos no segundo ano e a câmara secreta foi aberta, muitos suspeitaram que Harry era o herdeiro de Slyterin por ele ser ofidioglota – o olhou significativamente e ele lhe devolveu um sorriso maquiavélico – mas nós suspeitamos que o culpado seria o Malfoy – Severo balançou a cabeça com desdém – então decidimos tomar a poção “polissuco” e nos tornarmos alunos da sonserina para podermos entrar no salão comunal e interrogar Malfoy. O único problema foi que ao invés de acrescentar um fio de cabelo da Buldstrone, eu acrescentei pelo de gato e... – Severo riu com gosto. Hermione corou. – Mas Rony e Harry se tornaram cópias perfeitas de Crabble e Goyle – falou meio que se justificando.

-- Então – Severo parecia estar lembrando de algo – foi você que andou roubando pele de ararambóia e sanguinária da minha despensa particular? – Hermione corou e concordou com a cabeça. Ele ainda falou pensativo – E eu tinha certeza de que havia sido o Potter. – Mudando o tom para uma fingida irritação – Sorte sua que não sou mais seu professor, senão teria que lhe dar uma detenção, mocinha.

-- Sorte mesmo que você não é mais meu professor – falou com a voz mais baixa num tom sensual, enquanto se aproximava dele. Um arrepio de excitação passou pelo corpo de Snape – agora quanto à detenção – ela estava muito próxima dele – podemos pensar nisso – roçou os lábios dele com os seus. Ele a fez sentar-se em seu colo aproximando muito seus corpos e a beijando.

O beijo foi profundo, excitante. As mãos passeavam pelos corpos, entrando por fendas nas roupas, aumentando o desejo de ambos. Ele acariciava seus seios por dentro da blusa parcialmente aberta dela. Hermione sentiu que ele estava tendo uma ereção e isto a excitou. Severo encostou-se em uma árvore e Hermione sentou-se sobre a virilha dele. As roupas mantinham a distância segura e eram a garantia de que não ultrapassariam o limite imposto por ambos. Em um determinado momento ele interrompeu o beijo.

-- Acho melhor pararmos enquanto ainda temos algum controle – a respiração deles era acelerada e superficial, era óbvio que nenhum dos dois queria parar, mas aquela não era a hora e nem o lugar para extravasarem toda a paixão que sentiam. Ele a manteve sentada em seu colo e ela podia sentir a ereção dele latejar contra sua perna. Tinha uma mão displicente que acariciava sua barriga e sua coxa.

-- Fico imaginando se Rita Skeeter tivesse acesso a essas informações – falou sorrindo. A voz dele estava incrivelmente controlada – Ela não insinuou que você teria feito uma poção para o Krum e para o Potter no seu quarto ano?

-- Ela não é nada burra – falou séria – Sabe muito bem que não deve mexer comigo. – Severo franziu a testa e Hermione explicou – sei algumas coisas sobre ela, que não seria bom chegar a conhecimento público.

-- Você está falando de chantagem?! – Perguntou rindo – Isso é uma característica bem Sonserina, Srtª Granger.

-- Talvez seja – deu de ombros – De qualquer forma ela mexeu comigo primeiro, eu apenas me defendi. E o segredo dela não era tão bem guardado, Malfoy e a gangue dele sabiam.

-- E que segredo seria este? – perguntou um pouco mais preocupado.

-- Ela é um animago ilegal. E pode se transformar em besouro. – disse calmamente.

-- Em que? – falou surpreso – Mas no que isso a ajuda?

-- Sabe aonde eu a capturei? – Severo fez que ‘não’ com a cabeça – no parapeito da janela da enfermaria na noite da terceira prova do Torneio Tribruxo. – Ele arregalou os olhos. Hermione apenas acenou com a cabeça. – Já imaginou o que teria acontecido se ela tivesse....

Severo a interrompeu

-- Não quero nem pensar nisso!! Por Merlin, essa mulher e um perigo!

-- Sim, até porque não tem nenhum escrúpulo, mas também tem muito medo de ser mandada para Azkaban. E viu do que eu era capaz. Tenho certeza de que não vai sair da linha.

Severo fez uma anotação mental para saber mais detalhes sobre a ex-jornalista do Profeta Diário. Sabia que a namorada podia até fazer uma chantagem, mas não iria muito além disto. Já ele... Bem, ele era um Comensal da Morte, e não seria nada bom para a saúde dela se meter nos planos dele. Procurou um assunto mais ameno.

-- Você queria ter acesso ao meu laboratório apenas para fazer a poção do amor? – Perguntou disfarçando.

Ela corou e desviou os olhos dele. Rapidamente esqueceu-se de Rita Skeeter.

-- Não... er ... bem – droga por que tinha que ficar tão envergonhada – fiz também uma poção anticoncepcional – falou tão rápido que quase engasgou.

Não queria olhar para ele mas a curiosidade foi maior. Ele também tinha um olhar curioso. Ela tentou explicar apesar de achar que não havia muito o que dizer.

-- Não foi exatamente para mim, quer dizer não que eu ache que não vou precisar, é que... – ela escondeu o rosto no tórax dele e o ouviu rir baixo da confusão dela.

Segundos depois a vergonha que sentia desapareceu quando sentiu o cheiro dele, sentiu-se tão próxima do corpo quente e másculo que fechou os olhos e suspirou profundamente. Sentiu que seu corpo pedia pelo dele, desejou ser dele, queria amá-lo de corpo e alma. Merlin! Se ele quisesse, ela se entregaria ali, naquele momento. Ele a afastou lentamente de seu corpo, para olhar enquanto falava:

-- Não precisa se envergonhar – ainda ria dela – Vejo que o Sr Potter e a Srtª Weasley....

-- Severo!! – Ela tentou controlar a vergonha para lhe lançar um olhar de reprovação, mas ainda estava muito corada para que o efeito fosse bom.

Ele continuava a sorrir.
-- Claro que eu sabia que você era capaz de fazer uma poção destas, mas você não precisava se preocupar – segurava o queixo dela e a olhava nos olhos – eu já lhe disse, saberei esperar o seu momento. – Lhe deu um beijo breve.

Já era hora de dizer adeus.

Combinaram um encontro em duas semanas, quando seria o próximo passeio a Hogsmead. Hermione sumiu sob a capa da invisibilidade e se foi em direção à escola.

A cada passo que se afastava dele, sentia seu corpo tremer. Estava quente, mas sentia falta do calor do corpo dele. Sentia arrepios de excitação ao lembrar os momentos que passou nos braços dele. Ela tinha cada vez mais certeza, o momento deles também estava chegando!

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Oi pessoal!! sei que demorei muito, desculpem. Não sei se vocês vão notar, mas esse capítulo não foi betado. Infelizmente o beta foi demitido (do cargo de Beta, não do de marido!).

Espero que tenham gostado! O encontro na Floresta só aconteceria no próximo capítulo, mas se eu fizesse assim esse ia ficar super pequeno.

marilia tais - Leitora nova!! Yupi!! Que bom que gostou, fico muito feliz. Se quizer dê uma olhada nas outras Fics.

Na Snape - Daria uma Avada nela?! Devia dar no Harry!! Hi Hi Hi!!

Aninha Granger Potter - Esse não teve muita tensão não é? Foi mais Romântico (ou melado como diria o ex-beta!!!).

Jackeline, Vivvi Prince, Carla Rosa, Erikitxa - MUUUIto feliz com a presença de todas vocês!!!! Obrigado pelos comentários.

Todos já conhecem o Fan Fic 100 do Grimmauld Place? Então quem não conhece d~e uma passada lá está super interessante!!!
Eu estou participando com a Hermione e já coloquei a minha primeira Fic. Tô super animada!!!

Bom galera, até a próxima atualização!! Eu espero que seja breve

Beijões Diana Black!!

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