Uma viajem intranqüila.



Ao terminar de organizar suas coisas, Draco desceu as escadas de sua majestosa e antiga casa. No hall de entrada estavam seus pais abraçados o aguardando. O menino estava nervoso, primeiro por causa daquela carta estranha que recebera e depois pelas dificuldades que ele sabia que iam ser impostas a ele pelo lorde das trevas.

A estação era um lugar antigo, as paredes pareciam ter milênios e a velha locomotiva vermelha soltava grandes baforadas de fumaça esperando pelos alunos. Aquele lugar estava abarrotado de bruxos e seus filhos que se apertavam para deixar suas malas e entrar nos vagões, Draco tratou logo de encontrar seus dois “gorilas de estimação” Crabbe e Goyle o que não foi muito difícil graças ao tamanho dos “bobalhões” como draco costumava se referir.
- olá Draco como foram suas férias? – perguntou crabbe tentando puxar o saco do “chefe”.
- Maravilhoso sem vocês! – disse Draco – Vamos entrar e encontrar uma cabine vazia enquanto é tempo. – Draco se despediu dos pais e entrou no vagão que achava ele que tinha menos gente.

Caminhando pelo corredor Draco percebeu que a única cabine que estava vaga era ao lado de onde estava Harry Potter. Crabbe disse para procurarem outro vagão, mas a locomotiva já estava partindo e Draco achou melhor ficar ali mesmo. Algum tempo depois que o trem partiu Pansy Parkinson namorada de Draco chegou à cabine.
- Nossa como foi difícil encontrar vocês! – disse a menina se sentando ao lado do namorado e lhe dando um beijo no rosto.
- sério? – Goyle perguntou no seu tom debilóide de sempre.
- vocês sabem quem está na cabine ao lado? – perguntou pansy ignorando a pergunta de goyle.
- Harry Potter e a gentalha! – Draco fez uma careta.
- nosso chefinho é muito melhor que a gentalha! – disseram os dois garotos juntos como num coro.
- deixem de ser puxa-saco! – disse draco.
- nós não somos puxa saco! – crabbe levantou-se.
- oras não me venham com essa! São puxa saco sim. – Draco também se levantou, mesmo sendo bem mais baixo que Crabbe Draco o olhava enfurecido.
- nós gostamos de você, é diferente!
- o quê? Gostar de mim? Vocês gostam do meu dinheiro! – os dois meninos gritavam muito alto, tão alto que os garotos das cabines ao lado vieram ver o que estava acontecendo.
- isso foi a gota d´agua – crabbe puxou Goyle pela camisa e saíram da cabine juntos.

Draco levou um tempo para perceber o que acontecera, tinha brigado com duas das poucas pessoas que ainda (mesmo que por dinheiro ou poder) gostava dele, ele tratou de expulsar todos os curiosos da frente de sua cabine e sentou-se ao lado de pansy e encostou a cabeça no ombro dela. A namorada não falou nada.

Na cabine ao lado Rony não acreditava no que tinha acontecido, Draco brigara com seus capachos “que milagre!” dizia. Harry estava um pouco atordoado era muito estranho Draco perder o controle daquela forma, mesmo que Harry o odiasse ele sabia que estava acontecendo algo de muito ruim com Draco e ele descobriria o que era!
- Harry, Harry! – Hermione estalava os dedos para tirar seu amigo dos pensamentos.
- o que foi mione?- disse Harry recobrando as idéias.
- O que você acha que deu no Draco para brigar com seus soldados romanos? – disse hermione enquanto Rony repetia o “inacreditável!” Centenas de vezes.
- Não sei! Mas algo sério com certeza! – disse Harry olhando para Gina que comia um sapo de chocolate.
- bom seja o que for não é da nossa conta! – disse Hermione recobrando seu lado “adulta responsável”.
- é sim Hermione eu estou curioso! – rony falava com a boca cheia de feijõezinhos de todos os sabores.
- o Rony tem razão nós precisamos descobrir, não para matar a nossa curiosidade, mas porque aí tem coisa.

Harry ficara pensativo, enquanto Draco não queria mais pensar em nada. Os dois garotos não eram tão diferente quanto imaginavam, ambos estavam marcados para serem grandes, poderosos e líderes. A única diferença era que um para o bem o outro para o mal. Draco vivera sua infância ouvindo seu pai falar da perfeição dos sangues-puros, ou das fantásticas aventuras do Lorde Voldemort e seus fiéis escudeiros.

Alguma coisa dentro do belo menino de cabelos lisos pela testa e olhos tristes acinzentados dizia que não era aquele o seu destino. Mas seu ego não o deixava pensar de outra forma, seu orgulho era maior do que qualquer grito de esperança vinda de sua alma. E Draco não cederia jamais! Ele não se entregaria às fraquezas do bem, ele era forte e poderoso.

Enquanto o trem avançava e o dia se esvaía num belo crepúsculo, Draco passou a pensar na carta que recebera. Ele teria que ir ao diretor, mas por que? Quem mandara aquela carta? Não poderia ter sido o próprio Dumbledore, pois Draco sabia que conhecia aquela caligrafia de algum lugar, e ele nunca tinha visto a letra do diretor de Hogwarts. Os olhos de draco se esbugalharam e olharam fixo para o teto como se de repente tivesse sofrido um enfarto.
- meu amor tudo bem? – perguntou pansy.
- o que? Sim está! – respondeu o menino nervoso.
- você ficou tão estranho.
- não é nada importante...Uma besteira que eu me lembrei.
O trem se aproximava da escola e Harry, Rony, Hermione e Gina se vestiram para a chegada. O trem começou a parar lentamente e em fim seu movimento cessou. Harry podia ouvir a voz de seu amigo Hagrid gritando “calma” para todos os alunos.
- Os alunos do primeiro ano junto aqui comigo - disse o gigante Hagrid.
- você não muda nunca – disse rony por traz dele.
- Harry, Rony, Hermione! Que bom vê-los novamente. – disse apertando os três garotos contra o peito – pena que será o último.
- o que? – harry se esquivou dos braços do amigo e queria saber o porque daquela afirmação.
- ih! Falei demais de novo – disse o grandalhão mexendo na farta barba – Vamos meninos. – hagrid se virou e começou a andar para os barcos.

A travessia sobre o lago foi tranqüila, e ao chegar à outra margem Harry viu a professora McGonagall a espera dos alunos novatos. Harry entrou no salão principal e sentou á mesa da Grifinória como de costume, sentia uma grande falta dos irmãos Weasley que deixara Hogwarts para montar sua loja no beco diagonal a “Gemialidades Weasley”, mas Harry olhava fixamente para a mesa da sonserina onde Draco sentara ao lado de Pansy longe de seus lacaios oficiais.

O terrível Draco parecia um cachorrinho triste longe da mãe, e aquilo definitivamente não era normal. Harry estava pensativo demais para notar a palhaçada que Rony fazia ao seu lado e por pouco quase perdera a fala de Dumbledore.
- Caros alunos, este ano estamos muito preocupados. Vocês sabem que o mal está à solta e eu espero que meus alunos estejam de olhos abertos, espero que cada um de vocês tome cuidado, pois por mais que nossa escola seja segura não é bom brincar com a sorte. Espero que se divirtam bastante este ano e aprendam muito. Obrigado! – e batendo o garfo na sua taça fez com que a comida surgisse nos pratos.
- cada ano que passa a comida de Hogwarts fica melhor! – disse rony enchendo o prato.
- com certeza Dobby têm conseguido progressos com os princípios do F.A.L.E – disse Hermione séria.
- com certeza Hermione... – Rony estava em gargalhadas.

Os dois monitores Rony e Hermione estavam prontos para levar os alunos para os aposentos da Grifinória. Depois de subir as escadas e dar a senha à mulher gorda, harry não pensava em outra coisa além de dormir em paz para no outro dia começar as suas investigações.

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