O Destino do Príncipe



Era tarde da noite no vilarejo de Little Hangleton, o pequeno vilarejo
estava silencioso e calmo, mais do que o de costume em uma vila trouxa
mesmo a essas horas.Porém, um forte ruído cortou o silencio mortal que
tomava conta do lugar.

-CRAC!

Após o barulho do forte estalo, ouviu-se um som de passos apressados
por entre o gramado farfalhante do jardim da antiga mansão dos Riddles.
O estranho trajava uma capa preta e tinha uma cortina de cabelos
oleosos emoldurando seu pálido rosto, Severo Snape havia chegado ao
seu destino.

Em outros tempos, Snape ensinara Poções e Defesa contra as artes das
trevas na escola de magia intitulada Hogwarts, hoje não mais.
No mês passado revelou ser um traidor e assassinou o homem que lhe dera
todas as oportunidades de reabilitação no "lado certo", Alvo Dumbledore.

Snape abriu a porta da antiga mansão abandonada(ou aparentemente
abandonada) com cautela, adentrou o aposento que dava pra uma cozinha
suja e velha que tinha pó espalhado por toda parte, haviam algumas
panelas penduradas na parede e talheres espalhados por cima de uma
mesinha suja. O invasor puxou a manga do braço esquerdo de onde surgiu
a imagem de uma feia tatuagem muito nítida que representava uma
cobra saindo de um crânio, era a marca negra.

Ao subir pelas escadas, Severo deparou-se com um aposento de luzes
cintilantes que indicavam que havia uma fogueira no local, Snape bateu
na porta rapidamente sete vezes, no que ouviu uma voz aguda e fria de
ressonância mortal sair de dentro do aposento. Ao entrar, deparou-se
com um homem, mas não era um homem comum...Esse homem, era alto, magro,
careca, tinha nas mãos(que mais pareciam aranhas) dedos finos e compridos,
mas as coisas que diferenciava ele de todos os outros homens eram de
longe suas pupílas que pareciam fendas, suas narinas reptílicas e sua
estranha palidez mortal, esse homem era conhecido por muitos nomes, como
por exemplo Você-sabe-quem, Aquele-que-não-deve-ser-nomeado,
Lord Voldemort e num passado agora muito distante por seu nome de batismo
Tom Riddle.

Voldemort virou-se para Snape e com um olhar de profundo agrado falou:

-Meu mais fiel seguidor...Snape, poucas vezes estive tão orgulhoso de um
comensal como agora, nunca eu diria!

-Obrigado senhor! Respondeu o outro com uma profunda reverência.

-Será recompensado Snape...Será recompensado! Disse Lord Voldemort com
um sorriso ofídico que revelara vários dentes pontiagudos.

-Servi-lo é uma honra senhor! Respondeu Snape, que pareceu não ter sido
ouvido por seu mestre, que por sua vez, fitava o nada com uma sonhadora
e maléfia expressão.

-Snape...Gostaria que me contasse como foi matá-lo!
Que me contasse qual é o gosto de destruir de uma vez por todas
Alvo Dumbledore! Conte-me Severo! Quais foram suas últimas palavras!
ele tentou resistir? Brinde-me com essa maravilhosa história Snape!

A ansiedade de Voldemort crescia a cada palavra, de modo que revelara
estar mais do que satisfeito com o ocorrido e igualmente ancioso para
saber tudo sobre a morte do único ao qual ele já temeu na vida.

Snape levantou-se da reverência enquanto Lord Voldemort ocupara seu
lugar na velha poltrona mofada e vermelha, tinha no rosto uma expressão
de quem iria ouvir a mais fantástica das histórias, embora sua cara
de felicidade não melhorasse sua aparência, pelo contrário, tornava
seus traços do rosto cada vez mais ofídicos.

-Muito bem senhor, lhe direi detalhe por detalhe!
Dumbledore foi atraído pela marca negra, no topo da torre de astronomia
de Hogwarts, ao chegar lá, foi recepcionado pelo garoto Malfoy, que
hábilmente o desarmou...

-Continue, continue!!!!! Apressou o atencioso ouvinte.

-Após isso, o menino Malfoy fez um relato a Dumbledore de como o fizera de
tolo, e trouxera dezenas de comensais da morte hostís pra dentro de sua
amada escola, o próprio malfoy me disse isso. Contou Snape.

-HAHAHAHAHAAAAAAaaa...Brilhante! Antes de morrer Dumbledore teve o gosto de
saber o quão tolo ele era!HAHAHAHAHAaaa. Voldemort gargalhava muito alto
deixando claro que nada o agradaria mais do que a notícia de que Dumbledore
teve um fim sofrível e humilhante.

-Após isso, (Snape retomara a fala) Fenrir e os outros também chegaram até
o local e presenciaram um Dumbledore indiferente, que não parecia ligar se ia
ou não ia sobreviver...

-É...Achei que ele seria daquele maldito jeito bondoso e bem humorado
até o fim...Interrompeu o Lord.

-Isso não durou até o final senhor...Por último, eu cheguei até o local,
e quando percebi que o menino Malfoy estava relutante em mata-lo, eu mesmo
decidi fazer o serviço. Ainda houve tempo de ouvir suas últimas palavras...

-E quais foram Snape? Quais foram? Interrompeu outra vez o lord, com uma nota
de histeria e excitação na voz.

-Ahhh essa parte o senhor irá adorar Milorde!
Suas últimas palavras foram: Severo...Por favor!

-HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!Voldemort ria como nunca
rira antes.
Explêndido! O imponente Dumbledore suplicando!HAHAHAHAHAHAHAAAA!!!

Um agourento som de ventania invadiu o aposento pelas escancaradas janelas
empoeiradas da mansão dos Riddles e Snape as fechou com um aceno de varinha.

-Milorde...A vila anda muito calma, mesmo levando em consideração as horas.
essa calmaria tem motivo? Perguntou Snape com ar de quem pouco se importa.

-A vila? Eu tratei de silenciar de uma vez por todas os trouxas de Little
Hangleton. Respondeu Voldemort, ainda contido em maléficos sorrisos.

-Você já sabe de nossos novos planos creio eu? Continuou Voldemort.

-Receio que não senhor. Respondeu o Comensal.

-Bom, sem Dumbledore teremos caminho livre pra fazer o que quiseremos, meu
caro Snape...Todos os traidores do sangue, trouxas de veias imundas, inimigos
desmedidos e qualquer um que se colocar no nosso caminho sucumbirão diante
do poder do lorde das trevas!

-Senhor...? Chamou uma vozinha esganiçada.

Snape virou-se para ver quem emitira tal som, e deparou-se com um homenzinho
baixo e rosado com dentes salientes e que lembrava incrivelmente um rato, seu
nome era Rabicho.

-Sim rabicho? perguntou Lord Voldemort com uma voz de entediado desprezo.

-Ainda não temos o caminho livre senhor...Disse Rabicho com uma expressão de
quem temia muito o homem a sua frente.

-Então não temos Rabicho? Perguntou Voldemort com expressão de fingida surpresa
óbviamente, satirizando seu mais medroso servo.

-Nã-não senhor...Ainda temos um último inimigo senhor...Ha-harry P-potter!
Gaguejou covardemente Rabicho.

Voldemort ficou entre ofendido e curioso então perguntou ao homenzinho que agora
tremia roendo as unhas.

-Então Rabicho, devo entender que considera o menino uma ameaça? Perguntou
Voldemort com uma voz de fingido nervosismo que claramente tinha o objetivo de
aterrorizar Rabicho.

Para piorar os temores de Rabicho, Lord Voldemort se ergueu de sua poltrona
imponentemente com seu ar ameaçador, Rabicho não se conteu e se encolheu a um
canto escuro da sala.

-Acha que ele é o "Eleito" não? E suponho que irá bandear para o lado dele no fim
das contas não é Rabicho? Como o chamam mesmo? É...O-garoto-que-sobreviveu não
é isso? Voldemort agora sorria diante do corpo encolhido de Rabicho que se espremia
contra a parede, o maldoso lord das trevas aparentemente estava se divertindo
torturando Rabicho.

-Pois bem Rabicho, em uma coisa seu obtuso comentário me foi útil!
Eu já estava me esquecendo que o povo bruxo ainda o considera uma ameaça
a mim...E que acreditam que ele, o garoto Potter irá livra-los de mim!
hehehe...Logo irão ver o quanto estão enganados. Dizia Lord Voldemort mais pra si
mesmo do que para os outros.

-Bem, por hora, vamos esperar até semana que vem!
é aniversário do "Grande Potter" e quero lhe entregar pessoalmente meu presente!
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAAAAAAAaaaaa...

Porém, devido as emoções que sentira a pouco, Voldemort esquecera-se de usar
a oclumência, e seu sentimento de extrema felicidade perpassou curiosamente para
um de seus últimos e subestimado inimigo...Harry Potter!

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