O Eleito, o Lorde e o Stonehen



Capítulo 24: O Eleito, o Lorde e o Stonehenge






-Aonde está Draco Malfoy? Não minta para mim Snape! -Ecoou a voz aguda e fria
de dentro de um salão gelado.

-Milorde, juro que não sei. -Respondeu um cacho de cabelos oleosos em uma reverência
fixa.

-Sabe o que acontece com quem deserda o Lorde-Negro não sabe? -Perguntou a voz outra vez.

-Sim milorde. -Respondeu Severo Snape.

-Nossos planos são muito confidenciais Snape, se o jovem Malfoy tentar fazer algo imprudente
para nos impedir não terei piedade.

-Evidente que não senhor.

-Não tentará protege-lo novamente como fez na época da morte de Dumbledore?

-Não senhor.

-Bom... Pois em pouquissimo tempo, Potter deixará de ser o Eleito... Cansei de
suas escapadas miraculosas! Será o fim de Harry Potter!!!

A cobra Nagini rastejava aos pés do homem de voz sinistra, sibilando coisas que somente
um ofidioglota poderia ouvir.

"Alguem na porta"

Voldemort levantou-se acenando com uma das mãos fazendo com que a porta abrisse violentamente.
Um homem baixo e gordo foi revelado por detrás do portal. Era Pedro Pettigrew, o traidor dos
Potters.

-Ora ora Rabicho... Escutando na espreita outra vez? Porque não faz isso em sua forma animal?
Ou seria a sua forma real? -Zombou Voldemort.

-Não senhor... Estava apenas... Esperando. Pra falar com o senhor. -Disse o covarde homem.

-E o que você poderia me dizer de útil Rabicho? Se está aqui para se queixar de suas
habitações outra vez eu...

-Não senhor! Vim dizer que sei aonde foi o garoto Malfoy!

-Onde Rabicho? -Disse Voldemort com um tom de voz crescente.

-Godric's Hollow senhor! Na casa de Harry Potter!

-Harry Potter... -Sussurrou ele pra si mesmo- Harry Potter... Deixe que Potter saiba...
De nada adiantará! No dia então eliminamos os dois. Mas não se esqueçam de que...

Um pensamento surgiu entre as palavras:

"Esqueci da Oclumência... Fechar a men..."

Longe dali Harry acordava afoito. A oclumência fora outra vez esquecida.
Mas a sua experiência mandava ter cautela, poderia ser uma armadilha semelhante a que
levara Sirius a morte, quando ele forjou esquecer a oclumência e atraiu Harry ao ministério.

TOC TOC.

Alguém estava à varanda. Harry ja disconfiava antes mesmo de abrir a cortina.
Draco Malfoy.

-Abra Harry! -O garoto parecia dez vezes mais pálido, a exceção eram suas olheras roxas como
as de um defunto.

Harry abriu com cuidado.

-Voldemort Harry! Ele...

-Calado Malfoy! Não cairei em seu truque sujo!

-Precisa acreditar em mim! Precisa confiar em mim!

-Claro! Afinal, tenho motivos de sobra pra confiar em você!

-Harry! Eu errei! Sei disso! Mas quero concertar as coisas! Dumbledore me ofereceria ajuda!

Aquele argumeto desarmou Harry.

-Ele já te ofereceu ajuda Draco. Você quem não...

-Como não? Eu não tive a oportunidade de aceitar se lembra? Os comensais entraram do nada...

Mais uma vez Harry se viu caçando argumentos.

-Mas por culpa sua eles entraram na escola!

-Harry, já disse que errei mas... Mas... -Os olhos dele se encheram de lágrimas e Harry sentiu uma
mescla de dó e nojo.

-Pare já com isso Malfoy!

-POR CAUSA DO MEU ERRO MINHA MÃE ESTÁ MORTA!!! -Gritou Draco chorando de vez.

-Como assim?

-Você pensou ter me visto morrer tempos atrás não pensou?

-Eu vi! E você voltou durante uma guerra bem aqui no vilarejo!

-Lembra do caso de Barto Crouch? A mãe dele morreu no lugar dele... Minha mãe fez o mesmo...
Eles me chamaram para a execução, e eu estava a caminho. Tremia muito. Lembro de suar fio até
que recebi uma pancada na cabeça. Acordei duas horas depois sem a franja do cabelo, com uma
marca de batom no rosto e uma carta do meu lado... Se não acredita, olhe a carta.

Harry apanhou o pergaminho da mão de Draco e leu:





"Querido filho Draco,




Por mais infelizes que possamos ter sido, sempre amei a ti e a teu pai.
O destino que ele escolheu acabou com nossas vidas. A de nós três.
Ainda que tendo tomado esse caminho, não protestei, pelo contrário,
segui os passos de meu marido até onde pude. Infelizmente, você também
seguiu seu pai. Não sabe a dor que sinto de saber que seu pai está
preso e jurado de morte pelo Lorde, e agora saber que você também está
em perigo. Arranquei seu cabelo para misturar com o último estoque de
Polissuco que tinhamos, me farei passar por você, e morrerei em teu lugar.
Espero que compreenda esse meu sacrifício, e não desperdice a sua vida de
besteira. Com um pouco de sorte, a Ordem ganhará dos domínios do Lorde e
a paz voltará. Se acontecer, quero que vire um homem direito Draco!
Por mim, pelo meu sacrifício. Caminho dignamente até a morte, no intuito
de lhe salvar a vida, não só em um sentido da palavra, mas em todos.
Tanto o direito de viver, quanto o "saber viver". Tornando-se uma pessoa
de bem você estará salvando a sua própria vida, e é isso que quero que faça.
É pra isso que te dei mais uma chance. Quem sabe o Lorde não cai antes
de seu pai sair da prisão e vocês não possam ser felizes como família?
Desejo toda a sorte do mundo, e saiba sempre, por amor estou morrendo para
que de amor você possa viver! Pena eu ter demorado tanto tempo presa a
mascara das trevas que nem pude praticar o que estou falando... Não soube
amar as pessoas, me tornei uma mulher amargurada pelo destino que tive de
tomar mais ainda assim, soube ama-lo. Adeus Draco!




Narcisa Malfoy.










Harry ficou constrangido, parecia mesmo ser a verdade, mas havia um jeito muito mais
fácil de saber. Harry encarou os olhos de Malfoy e invocou mentalmente:

"Legimiens!!!"

Malfoy estava de mente fechada, mas abriu de bom grado, dando uma visão de uma cena.
O próprio Draco acordava apanhando uma carta e esfregando as bochechas com marca de batom.
Narcisa tinha lhe abatido, dado um beijo, feito o polissuco e escrito a carta.

A memória não parecia forjada como as antigas memórias de Slughorn.

-Muito bem Draco! Eu acredito em você! -Respondeu ele após um tempo.

Draco ficou aquela noite no quarto improvisado da sala, a espécie de porão magico.
Na manhã seguinte, Draco relatou a Harry, Rony (que aceitara de mal grado a presença de
Malfoy com eles) e Hermione os planos de Voldemort.

-Ele quer uma fonte natural e muito poderosa de energia. -Disse ele.

-Que tipo de energia? -Perguntou Hermione.

-Uma magia de um monumento construído por Merlin. Stonehenge.

-Eu conheço! É uma construção de pedras que fica aqui mesmo na Inglaterra, foi feita
por Merlin pra estudar os astros e captar uma grande energia. -Disse Hermione.

-Isso mesmo, e Voldemort quer canalizar essa energia para ele, e ao mesmo tempo
destruir Harry.

-A ordem disse algo parecido. -Comentou Harry.

-Não deveriamos falar da ordem na frente dele. -Disse Rony sem se importar com a
presença de Draco.

-Podemos ir aé lá... Se concordar em vendar os olhos Draco... -Disse Hermione.

Após ele concordar, Harry o ajudou a desaparatar para o quartel da Ordem, onde bateram
e entraram acompanhados de um vendado Malfoy.

-Harry! O que faz com o Malfoy aqui? -Perguntou Kingsley observando com um espantado
interesse.

-Ele quer passar pro nosso lado... Diz ter coisas a dizer e planos dos Comensais.

Os orderianos presentes sentaram retos e atenciosos observando o relato de Malfoy.
Qualquer coisa que alguem que tivesse contato com Voldemort tivesse a dizer, era
algo importante a se considerar.

-Voldemort tem vários objetivos simultâneos... Não sei de todos, não sou o que se pode
considerar, um braço direito, mas o que sei é o seguinte, um dos objetivos, é reunir uma
fonte de energia, Stonehenge eu acho, construída por Merlin ha muito tempo atrás. O segundo
objetivo, é encontrar uma espécie de templo... Algo assim. O terceiro é uns experimentos muito
estranhos que ele faz com restos de ossos e porções de seu próprio sangue. E o último que eu sei,
é claro... Matar Harry Potter.

Harry sentiu um vazio no fundo do estômago, mas ja estava começando a se acostumar com sua
batalha iminente contra Voldemort. Pois como dizia a profecia, um não poderá viver enquanto
o outro sobreviver.

Draco foi amparado por Horácio que lhe deu um apertão no ombro e disse:

-Você fez a coisa certa garoto! É dificil dar a volta por cima, mas é um bom começo!

Draco forçou um sorriso que pareceu demasiadamente cansado.

A senhora Weasley entrara no lugar com um calderão de bolos oferecendo a todos e se espantando
de ver Malfoy ali na sala, com a naturalidade de quem passa por ali todos os dias.

-Meu Deus! O garoto Malfoy! O que faz por aqui?

-Ele finalmente fez a escolha que Dumbledore tanto falava... -Disse Lupin sorrindo.

-E qual é? -Perguntou Draco muito interessado, talvez imaginando a escolha da proposta que recebera
e que tanto queria aceitar na torre de astronomia.

-Ele sempre dizia que um homem sempre tem que escolher entre o que é certo... -Disse Lupin até ser
interrompido por Harry.

-...E o que é fácil! -Completou Harry que já ouvira a frase e concordava com ela.

-Isso Harry... -Concordou Lupin aprovadoramente.

-E quando ele quer fazer isso Draco? -Perguntou Sirius.

-Em dois dias... Talvez três. -Respondeu o garoto.

-Não querendo ser intrometida nem inconveniente... Mas porque traiu seu Lorde? -Perguntou Tonks.

-Minha mãe... Era a última vontade dela. Queria que eu fosse um homem de bem. E queria que Voldemort
caísse para que eu e meu pai pudessemos viver em paz. -Admitiu Draco envergonhado.

-Sempre o mesmo motivo... -Disse uma voz recém surgida no recinto.

Ao virar a cabeça para ver quem era, Harry viu o alto bruxo conhecido como Aberforth.

-... O motivo que regressa os homens do lado negro para o lado certo...
O motivo que faz uma mãe se sacrificar pelo seu filho... O motivo que faz um homem
lutar mesmo quando não pode mais... O amor. Meu irmão, Alvo, sempre disse que é o
mais poderoso dos recursos, e como sempre, ele estava certo. Na época eu não podia
compreender bem o significado disso, e sei que nem Voldemort percebe, e só perceberá
quando for tarde demais. -Harry notou que o olhar do bruxo se demorou um pouco mais
nele- No entanto, essa ignorância dele é apenas um ponto fraco em meio a muitos pontos
fortes. É necessario cuidado Ordem... Porque em dois dias, ou três, estaremos novamente
em conflito da nossa guerra. Lembrem-se que não é uma guerra de ódio e vingança contra
Lord Voldemort, mas sim uma guerra de luta e amor, pelos que amamos e pelos dias de paz
que queremos restaurar para viver com aqueles que gostamos. Só agora percebo o quão
valiosas eram as palavras de Alvo, mas na minha arrogância e ignorância eu nunca percebi
isso. Só mesmo pouco tempo antes dele partir. É uma pena eu ter conhecido tão pouco uma
pessoa que tanto tinha para ensinar... Vivia bitolado em meu mundinho de missões estrangeiras
e o Cabeça-de-Javali, o pub do povoado. Mas ainda que tarde, isso mudou! E lutarei como
Alvo faria!

O novo discurso de Aberforth soou como um canto de Fênix no interior de Harry, ele e sentia reforçado,
reconfortado pelas palavras encorajadoras fronte a mais um novo desafio perigoso, que não tardaria a chegar.
Foi então que Harry não pode deixar de notar a semelhança de Aberforth com Dumbledore nesse aspecto.
Ambos discursavam bem, e faziam a pessoa se sentir poderosa, com alguma magia que não era como as outras...
Uma magia que até mesmo os trouxas podem ter. A magia das palavras.

Kingsley se encarregou de acionar o departamento de aurores do ministério, e em dois dias lá estava a guarda
avançada escondida a espreita da chegada de Lord Voldemort. Talvez fosse o fim. Talvez fosse a hora em que
o mundo bruxo restauraria a paz. A Ordem da Fênix, O Ministério da Magia, e claro, ele, Harry, estavam lá.

A noite caiu lentamente sobre a anciosidade e a tensão daqueles que lá estavam.
Harry estava escorado sob uma pedra na proteção de sua capa da invisibilidade, junto dele, Rony e Hermione.
A pedra fria e a terra quente davam um contraste diferente a eles, no momento em que todo o seu corpo foi
tomado de profundos arrepios do mais profundo terror.

CRAC

Lord Voldemort chegara no local.

O vulto alto de capa preta andou a pés pálidos e descalços sobre a grama e terra da colina de Stonehenge.
Parecia fareijar o ar a sua volta, como se sentisse cheiro de magia, e após observar o monumento, as pedras
magicamente posicionadas e o território todo, ele disse:

-Como são inocentes aqueles que me almejam...

A coluna de Harry se torceu em arrepios, Voldemort sabia que todos estavam ali.
Mas como ninguém da Ordem, nem do Ministério delatou suas posições, ele achou prudente continuar ali.

-Procuram por um inimigo... Mas esquecem de desconfiar dos proprios amigos... Alguns estão confiantes
que cairei hoje... Como são tolos meus inimigos...

Harry procurou o significado daquelas frases. Haveriam traidores entre eles?

-Harry! Porque não sai e encerramos o inadiável!? -Chamou a voz aguda e sombria do Lorde das Trevas.

Ele não estava certo do que deveria fazer, mas como muitas vezes antes, largou a cautela e seguiu para
o que deveria ser a morte certa. Cuidadosamente se descobriu não revelando Hermione e Rony por detrás da
capa, levantou-se e seguiu a caminho de Voldemort.

-Como quiser! -Disse ele empunhando a varinha.

-Sempre audacioso Harry! Lembrarei muito dessa sua característica quando estiver morto!

Harry sentiu uma repulsa gigante pelo homem a sua frente, o homem de alma dilacerada,
o homem da destruição, o influenciador dos pecados, o homem da persuasão, aquele de duas
caras a quem Harry tinha de enfrentar desde que se dera por gente. Aquele a quem Harry
descobrira ser o decendente direto de Salazar Slytherin.

-Pronto para a morte, Harry Potter? -Perguntou a zombeteira voz cheia de malevolência e sarcasmo.

-Estou! Você?

-Nunca estive Harry, e nunca estarei. A morte não é para mim...

Foi quando Harry se tocou. As Horcruxes estavam inteiras. De que maneira ele poderia trucidar Voldemort
sem destruí-las primeiro?

-EXPELLIARMU... -Tentou gritar uma voz de longe mas foi impedida por Voldemort com um simples aceno de mão.

-Não se atreva a me atacar pelas costas... Lupin! -Sorriu Voldemort.

Vários bruxos largaram a cautela e sairam de seus esconderijos. Muitos disparos de magia eram lançados contra
Voldemort, mas eram todos repelidos por um feitiço escudo impecável. Voldemort sorria.
Os disparos de magia eram rebatidos para todos os lados derrubando dezenas de aurores e algumas pessoas da ordem.
Alguns começaram a entrar em pânico e desaparatar.

Harry teve de se jogar para o lado quando um jorro estuporador veio em sua direção.

-Avada Kedavra! -Disse ele derrubando eternamente um dos aurores com um raio verde e muito forte.

CRAC
CRAC
CRAC

Vários sons simultâneos de aparatação aconteceram, e meia dúzia de vultos altos e encapuzados ocultos por
máscaras horripilantes apareceram. Os comensais da morte haviam chegado na guerra.

Sirius atacou um deles com um jorro prateado que foi rebatido para Gui Weasley.
Hermione estava duelando contra um comensal de estatura média e formas femininas.
Muito provavelmente Belatriz Lestrange.

Remo Lupin tinha uma luta a maneira trouxa com Fenrir Greyback. Lupin estava em clara desvantagem
contra o homem que arruinara sua vida e o fadara a ser um Lobisomem. Era mais uma luta animalesca do
que trouxa, os dois rolavam aos socos e mordidas e todo tipo de agressão física que pudessem causar
um ao outro.
Aberforth detinha três comensais, ao passo que mais dois aparatavam ao seu lado.

Alguma coisa empurrou Harry para o lado no exato momento em que um raio verde passou a centímetros de sua orelha
lhe arrepiando até o último fio de cabelo.

-Por pouco... -Disse ele pra si mesmo quando respirou fundo.

Voldemort já não mais duelava. Tonks estava desmaiada aos seus pés e ele estava de braços abertos no centro
de Stonehenge.

Uma luz começou a envolve-lo, e pouco a pouco os duelos foram parando. Comensais e orderianos assistiam
a um ritual que poderia dar a energia do universo para Voldemort. Seria o fim.

Nenhuma magia penetrava o círculo imensorável de luz que cobria o Lord das Trevas.
Ele levemente começou a flutuar de braços abertos.

-ISSO! QUERO A ENERGIA INFINITA! ME DE A ENERGIA DOS ASTROS!!! -Voldemort gargalhou com o triunfo de seu
ritual.

Harry sentiu um pesar agourento no estômago. Fora tudo em vão.

Foi então que algo aconteceu.

Um grito rasgante invadiu os ares de Stonehenge. Um esgar de dor.
Voldemort gritava intensamente de sofrimento.

-MALDIÇÃO! O QUE DEU ERRADO... AHHHHHHH!!!

Com muito esforço e ataques de magias desconhecidas, Voldemort cessou o elo e caiu de joelhos no chão.
Parecia fraco demais para duelar. Pelo menos pelos próximos minutos antes de se recompor com uma magia
revigorante. Era a chance. Se eles aprisionassem Voldemort de um jeito que ele não pudesse escapar,
Harry poderia destruir as Horcruxes, e por fim destruir Voldemort.

-PETRIFICUS TOTALUS! -Gritou Harry exitante certo da vitória.

Com um baque surdo, Belatriz caiu no chão.
Ela se atirara para a frente da magia protegendo Voldemort.
Muitas magias foram atiradas contra o momentaneamente indefeso Tom Riddle, mas
eram interceptadas pelos comensais, fosse por magia, fosse se interpondo.
Quando Harry tentou fazer uma segunda mira, Voldemort rodopiu ainda tonto, e sumiu.

Eles procuraram a toda volta, mas vários barulhos de aparatação aconteceram ao mesmo tempo.
Harry percebeu Voldemort do outro lado da colina, e olhou ao redor para ver vários aurores
surgirem de todas as partes.

Um verdadeiro batalhão de reforço. Agora sim, a guerra estava ganha.

Mas talvez por pensar cedo demais, os aurores recém chegados miraram os orderianos e os aurores que
já estavam em batalha e gritavam de todos os lados:

-AVADA KEDAVRA!

Jorros verdes iam para todas as partes aniquilando vários dos Aurores que ja estavam em duelo.

-ESTÃO SOB IMPÉRIO! -Gritou Sirius Black empurrando Hermione que quase fora atingida por um
raio da morte.

Os comensais atacavam ao mesmo tempo que os aurores desertores, e a guerra se tornara injusta e
desleal. Já não se sabia quem era amigo ou inimigo. No meio da confusão de disparos para todos os
lados a ordem começou a desaparatar. A missão fora um fiasco.

Um a um, os orderianos iam aparecendo à porta do Largo Grimmauld número doze.
Alguns vinham feridos, outros carregavam amigos nos ombros.
Lupin apareceu com Tonks desacordada em seu colo. Na verdade, Remo também estava bem ferido e bem
precisado de uma ajuda, mas no desespero de salvar Tonks, passara da condição de paciente a enfermeiro
em instantes.

-Deus do céu Sirius... Metade dos aurores estavam sobre o império... Temos muito pouca força... -Disse
Horácio Slughorn espantado e massagenando seu braço direito- Sabia que devia ter recusado o cargo de
professor quando Alvo me pediu... Olha a encrenca que eu entrei...

-Se quiser Horácio, a porta é serventia da casa... A Ordem nunca foi para covardes! -Respondeu Sirius
amargurado- O último covarde em quem confiamos delatou Lílian Evans e Tiago Potter a Voldemort.
Se acha que a Ordem é um fardo duro demais pra você, saia!

Harry achou o padrinho demasiadamente ignorante com Horácio, mas esse pareceu saber merecer e calou-se
de cabeça baixa.

Aberforth chegou ao local ajudando o Senhor Weasley e o professor Flitwic.

-Aberforth, porque Voldemort não conseguiu captar a energia de Merlin? -Perguntou Harry estravasando
sua dúvida desde o momento.

Aberforth sorriu antes de responder.

-Talvez você mesmo possa me responder Harry... Qual é a mais poderosa das magias?

Harry pensou em não dizer nada, mas já ouvira o bastante pra dizer, ainda que não entendesse completamente:

-...O amor!?

-Claro Harry! Merlin não captaria para lugar nenhum forças das trevas. E a força que ele invoca
naquele lugar é justo o amor. A mesma força que existe naquela sala do ministério... O amor.
Aquele que faz tudo ser possível.

-Então... O amor o afetou... Então agora ele vai tomar cuidado com...

-Harry, uma coisa que acho que Lord Voldemort nunca aprenderá, é o poder do amor. Esse poder ja o aleijou,
destruiu, salvou, atacou e tudo mais, mas ele continua absurdamente ignorante quanto a isso. Descre, e descrerá
da magia do amor até seu último instante na Terra. Ah Harry, toma, achei isso numa loja árabe... Talvez goste...

Harry reconheceu a bolinha de cristal na mão de Aberforth. Era uma espécie de Lembrol, o estranho
objeto que esfumaçava vermelho quando ele esquecia de alguma coisa.

Na manhã seguinta todos pareciam saber dos acontecimentos sombrios que ocorreram em Stonehenge.
A morte de vários Aurores e de um Comensal da morte foi manchete no profeta diário.
Harry se viu as vésperas da penúltima partida do campeonato britânico de Quadribol.

Na noite do dia seguinte, Harry estava no vestiário e acompanhava um clima tenso.
Os outros jogadores pareciam três vezes mais ansiosos.

-O que houve? -Perguntou harry para Lucca.

-Perdemos aquele jogo lembra?

-Claro... Foi o jogo mais cansativo e competitivo que eu ja joguei.

-Então, precisamos da vitória hoje senão estamos fora da briga pelo título... Temos que vencer hoje e
mês que vem... Ai sim temos uma chance de se sagrar campeão.

-Relaxa! Porque não venceriamos?

-Talvez porque eles tem o apanhador mais experiente da liga, ou porque eles contrataram um goleiro
fantástico essa semana... Olívio Wood. Jogamos contra ele e foi difícil demais marcar.

-Olivio... Ele era o goleiro do meu time na Grifinória.

-Uau! Você e Olívio num mesmo time de escola... Devem ter ganho todos os títulos não?

-Por um acaso não. Houveram muitos imprevistos.

-Mas o caso é o seguinte Harry, pegue o pomo o mais rápido que puder!
Não podemos nos arriscar com aquele apanhador.

-Quem é ele?

-Harpy Hoppklins. Tem trinta e dois anos. Doze de liga.

As portas se abriram e foi então que Harry sentiu um grande frio na barriga.
Ele olhou para suas coisas e viu seu lembrol vermelho, o que teria esquecido?
Apanhou então suas luvas de proteção ao passo que os outros ja haviam entrado
voando, na pressa de entrar junto, Harry entrou com uma luva vestida, e na outra mão
ele tentava arrumar a outra luva, entrara de lembrol e tudo.

Sua missão era pegar o pomo como sempre, mas agora que era profissional,
Seus competidores já não eram Cho Chang, Draco Malfoy, o falecido Cedrico Diggory,
e sim os melhores apanhadores do mundo. Mas se estava nesse escalão, e já provara ter
capacidade de vencer, ele também poderia ser incluso nessa de "melhores do mundo".

Harry viu Guga apertando a mão de um homem que parecia demasiadamente velho em cima de sua
vassoura. Ele o reconheceu como Harpy, o apanhador.

Mas ele não tinha medo.
Conhecia muito bem suas habilidades, e conhecia a vassoura que tinha.

Soou o apito e Harry guinou sua vassoura para o alto.
O vento jogou seus cabelo para trás enquanto voava a direção do Sol.
O estádio estava sem muitas pessoas após os ataques de Voldemort aos
aurores que foram notícia de todas as conversas e jornais bruxos.

No mundo trouxa diversos acidentes começavam a acontecer.
Aviões sumiam do nada, barcos, navios e qualquer coisa que passasse em certa área do oceano.
As televisões trouxas atribuiam isso ao buraco na camada de ozônio, el ñino, e ao
fênomeno triângulo das bermudas, mas o fato é que o mar se encontrava exatamente onde Aberforth
fazia sua missão.

Do outro lado do estádio, o apanhador adversário mergulhava a toda velocidade para o chão.
Harry sentiu um peso no estomago. Se perdesse, as chances dos Harpias vencerem o campeonato
se reduziriam a zero.

Ele girou a mão sob o cabo da vassoura inclinando-se e partindo na direção do rasante do
oponente. Curiosamente, ele vinha na direção de Harry, e sem pomo algum, a platéia do time
adversário aplaudia e ria bastante. Harry só entendeu quando o narrador voltou a irradiar o jogo.

-INCRÍVEL! HARPY HOPKINS INDUZIU HARRY A ACREDITAR QUE ELE ESTAVA ATRÁS DO POMO, QUANDO NA VERDADE
O POMO ESTAVA LOGO ATRÁS DO DISTRAÍDO HARRY POTTER! SUA MANOBRA ATRAIU O APANHADOR DO HARPIAS E ELE
TROCOU DE LADO PARA COMEÇAR A PERSEGUIÇÃO AO PO...

-Não mesmo! -Disse Harry virando um mortal e indo direto ao encontro de Harpy.

-Jovem demais Harry! Tente daqui a dez anos! -Sorriu Harpy de um terrível jeito antipático que dizia
com todas as letras: "Eu sou superior"

Harry viu o pomo a alguns metros deles, e ambos aceleraram.
Harpy segurou o cabo da vassoura de Harry e deu um chute nela.
A vassoura rodopiou fzendo Harry perder a direção e se recompor a centímetros antes
de colidir contra um bruxo bigodudo e corpulento que estava na arquibancada.

O sangue de Harry começou a esquentar. Harpy estava a centímetros do pomo. Harry viu que estavam
em um rasante muito baixo e desceu até lá se antecipando.

Estavam voando em direções opostas.
Harry seguia direto para uma colisão frontal com Harpy e o pomo.
Nenhum dos dois freara nem um pouco, embora Harpy se mostrasse surpreso com o ímpeto de Harry.

Um grande choque ocorreu e todos nas arquibancadas se levantaram tirando seus chapéus para ver melhor
o que acontecera.

Harry e Harpy colidiram de frente, suas vassouras voaram sozinhas descordenadas e muito velozes.
Os dois estavam caidos no chão.

Harry tinha a impressão de ter quebrado umas duas costelas e uns oito ossos.

Ambos se sentaram no gramado muito verde do estádio e começaram a levantar.
Havia algo na mão de Harpy.

Ele se levantou erguendo a mão para o povo que aplaudia.
Foi então que algo aconteceu.

Uma a uma, as pessoas começaram a parar de aplaudir, pois a bolinha que ele segurava não era um
ponto dourado, mas sim vermelho.

Harry levantou meio tonto e viu seu adversário erguendo seu Lembrol.
Aos sorrisos ele disse:

-Bela captura!

-Você jogou isso em mim! Peguei achando que era o pomo! -Acusou Harpy.

-É... Joguei sujo não foi? Do mesmo modo como aquele chute desleal no cabo da minha vassoura.

O Lembrol estava com a fumaça vermelha.

-Mas... que diabos eu esqueci? -Perguntou o perplexo apanhador.

-Do que você esqueceu Harpy? Disso! -Disse Harry estendendo a mão e mostrando uma bolinha alada
feita a ouro -Esqueceu de pegar o Pomo.

O homem praguejou ao passo que a torcida de verde ia a loucura.

-HARRY POTTER FEZ UMA JOGADA DE MESTRE! E LÁ ESTA ELE, COM O POMOOOOO DE OUROOOOOOO!!!
FIM DE JOGO! LEDLEYS 320, HARPIAS DE HOLYHEAD 750!!!

A gritaria estonteante da multidão tornava o contraste do que viria a seguir quase irreal.




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