Aquela do sonho estranho II.

Aquela do sonho estranho II.



Dumbledore tinha na face rugas de preocupação, o que não passou despercebido por ninguém ali presente, a não ser Gui, que ainda no tom de brincadeira,tentava contar a Dumbledore o sonho.

-Chegou em tempo de saber dos sonhos sem vergonha da dona Tonks aqui...– Exclamou ele despercebido.

Carlinhos deu uma cotovelada forte nas costelas de Gui.

-Bem seremos só nos hoje, não chamei os outros...- Disse Dumbledore desanimado - O assunto que tenho a tratar não necessita da presença de todos...
-Bom então vamos... – falou Tonks olhando preocupada para Sirius.

E mais uma vez reunidos naquela sala mofada, ele contou-lhes a respeito da missão que ele tinha se encarregado a agilizar.

-Lobisomens em Aaron City...nunca achei que lá fosse lugar para eles atacarem... – Sirius falava sussurradamente para Lupin, enquanto Dumbledore terminava de expor os fatos.
-Pois lamento dizer que foram registrados casos lá Sirius, não de ataques, mas aparições... – Interrompeu Dumbledore... – O que me leva a crer que não sejam lobisomens de má índole, e como quanto mais aliados melhor, acho que não custa Remus tentar levar uma conversa com eles...
-Mas ...não é perigoso?
-Receio que sim , minha cara Tonks.
-Não tem problema...Aparato para lá amanhã cedo... – Falou Lupin tranqüilo, levantando-se para esticar as pernas.
-Não...as passagens de trem já estão compradas, não poderá aparatar, você sabe que lá a atividade bruxa é quase nula, não queremos levantar suspeitas ou dar mais trabalho para o ministério...
-Tudo bem, embarco amanhã então...ah que horas...??
-Ás 19h00min. Tenho que acertar mais algumas coisas com você durante o dia, e a noite você embarca...
-Ótimo!
-Escute Dumbledore...- Disse Sirius curioso -eu sei que isso é bem importante tal....mas porque você chamou a gente e não os outros membros??
-Se Lupin não voltar em 3 dias, vocês terão que ir para lá... Acho que são os mais indicados para isso...

Sirius abaixou a cabeça pensativo, fazia tempo que não saia de casa, não pode deixar de sentir-se feliz com a idéia de sair, por mais que fosse pela segurança do amigo. Perdeu-se em seus pensamentos e desejos e quando deu-se por si todos já estavam indo embora.

-Sirius, posso dormir aqui...?? Amanhã de manhã vou ter que começar a preparar as coisas para o jantar mesmo... – Disse Tonks equanto empilhava as cadeiras no canto.
-Claro... só que ...acho que ainda hoje Harry e os outros vão chegar...não vai sobrar quarto, mas tem o sofá...
-Ah tudo bem...eu fico aqui mesmo...E você Lupin, vai esperar o Harry chegar?
-É...acho que vou...
-Se não se importa...- virou-se para Lupin- amanhã eu vejo eles... Eu to podre de cansada, andei o dia inteiro..
-Ta bom, já entendi...eu vou pra cozinha com Sirius... Boa noite...
-Ah, Muito! Muito! obrigada...

Tonks jogou as almofadas no chão, e deitou-se esparramada no velho sofá da sala desarrumada. Em poucos minutos dormiu. Sirius e Lupin conversaram por algumas horas mas também se deixaram vencer pelo cansaço, e debruçados na bancada acabaram dormindo, Lupin despertava confuso, no outro dia logo pela manhã.


Olhou em volta, duas garrafas de cerveja amanteigada caídas a alguns metros, e Sirius com a cabeça deitada sobre o balcão. Esticou o olhar para onde Tonks se encontrava, ela também estava dormindo. Foi então que se lembrou que haviam ficado até altas horas esperando Harry, que talvez nem chegasse àquela noite.

Saiu com cuidado e foi lavar o rosto, entrou no banheiro, o espelho da parede, com suas rachaduras e manchas dava a ele uma sensação de mau agouro,lavou o rosto rapidamente e seguiu para a sala nas pontas dos pés. Mas parou repentinamente, alguém sussurava seu nome.

-Lupin... – Tonks dizia docemente.
-Tonks?? Te acordei??

Ainda nas pontas dos pés, foi ver o que ela queria, mas quando olhou por cima do sofá, ela ainda se encontrava dormindo,com um cobertor velho sobre as pernas, e a cabeça apoiada nos próprios braços, o travesseiro caído no chão Recostado na mesa de centro, onde também havia uma pequena fruteira azul de vidro, com uma velha carta amassada dentro.

-Tonks, me chamou?

Perguntou baixinho apenas para se certificar que ela estava dormindo mesmo, mas nada, ela continuou de olhos fechados, Ele abriu um sorriso, se estava realmente dormindo, isso só podia significar que ela estava sonhando com ele.
Queria chegar com o rosto mais próximo para ver se conseguia escutar algo a mais, mas o sofá se encontrava de um modo que só era possível a passagem pulando por cima dela, olhou em volta, não havia outra maneira.

-ah...assim não Lupin... – Ela sussurrava novamente, de modo provocante e dócil.

Olhou para sua boca, que ainda se movimentava. Sem mais pensar, apoiando-se com o pé na mesa, e um no sofá, tentava se equilibrar para não cair em cima dela, mas o travesseiro encostado na mesa escorregou empurrando a fruteira da mesa para o canto e fazendo com que ele quase caísse em cima dela. Suava frio, quase tinha acordado ela, e estragado tudo, deu mais uma olhada em volta e se preparou para levantar-se, quando estava quase pronto para sair de cima dela, apenas escutou o barulho de vidro se quebrando, e Tonks abrindo os olhos sonolenta.

-Lupin??

Ela olhava assustada, parecia confusa, Eles se encararam por um momento, os rostos perto. Lupin vermelho, se levantava subitamente.

-Bom...tenho que ir ta bom... – falou apreensivo – Boa festa ae...

Tonks sentou-se, olhou para frente no chão, a fruteira quebrada, tentava lembrar o que tinha realmente acontecido, pois a ultima coisa que lembrava era de estar sonhando com Lupin, e depois acordar com ele em cima dela.
“-Ah Merlim!!! Tava falando dormindo !!! Saco” Virou-se pronta para gritar com ele, mas ele já havia ido.

Lupin já longe dali sentia-se terrível. Não apenas por ter se encontrado naquela terrível situação, mas por não tido coragem de falar nada. Seguiu o caminho para se encontar com Dumbledore.

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