Derretendo Gelo



Depois de mais de um século, eu apareço aqui (com a cara mais deslavada do mundo, diga-se de passagem)... - Não, gente, por incrivel que pareça eu não abandonei a fic...¬¬

É que - bem como eu posso e explicar?! - Certo, eu estava sem condições alguma para escrever o capítulo. Na verdade, não estava conseguindo passar para o Word (¬¬, sem comentários). Eu o tinha todo em minha cabeça, organizadinho (ou quase). Mas não conseguia passar para o papel (isso já aconteceu com alguém aqui?) e mais, quando eu o fazia, não gostava... E então fui adiando, adiando... E adiando¹²³...

Então com uma grande força e ajuda da Lílian Granger Potter, finalmente posto aqui mais um capítulo.
Desculpem-me MESMO a demora...
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Derretendo Gelo


Neste momento Draco, Gina e Rony estavam observando de longe o “casal-cobaia”. A hora do café da manhã estava quase para acabar e Rony já não agüentava mais vê-los apenas conversar naturalmente.

-Tem que dar certo – Rony murmurou nervoso. – Eu não posso perder tanto dinheiro. Merlim, por favor!

-Dá pra se acalmar?! – Gina perguntou. - Vai dar certo, Ron.

-Como pode ter tanta certeza? – indagou em azedume. - Como é que irei saber?! – falou exasperado.

Draco se pronunciou. – Eu não sei vocês, mas eu vou espiar!

-Não vai não! – Rony disse indignado.

-E quem vai me impedir? – Draco cruzou os braços, encarando Rony com ironia. – Além do mais, caro Weasley, alguém precisa ter certeza que a poção funcionou. Sendo assim, eu me candidato a espiar…

-Se você pode espiar, eu também quero! – Gina reclamou. – Quero dizer... Ron, eu não posso deixá-lo ir sozinho, ele pode estragar tudo – Draco lhe ofereceu um sorriso sacana. “Estragar? Sei” ele disse rindo-se.

-Tem razão Gina – Ron disse, sua atenção ainda presa em Harry e Hermione para perceber os olhares de Gina ou de Draco. – E já que eu não posso ir – ele carranqueou. – Você é a pessoa mais indicada para ficar de olho no Malfoy.

-Não pode?

-Tenho um compromisso. Por favor, Gina, não sai da cola dele.

A ruiva olhou para Draco, este lhe sorriu sonsamente. Ela estava começando a se arrepender de ter pedido para ir...

-Tudo bem... – disse desanimada olhando Draco de cima a baixo.

Este a olhou indignado. – O que é Weasley?

-Estou apenas pensando o quanto minha tarde será cansativa.

Antes que o rapaz pudesse retrucar algo, Rony falou alarmado. - Eles estão vindo!

-Até mais Rony! - murmurou apressadamente a garota. E, sem pensar muito, Gina puxou Draco pelo braço e então eles se dirigiam apressadamente para os portões.

Quando atravessaram o portão do castelo, puderam perceber que não estavam exatamente sozinhos nos jardins da escola. Mais do que depressa, Gina retirou sua mão da do rapaz e se afastou.

–Nos encontramos na saída – ela disse baixo, fingindo colocar uma mecha do cabelo detrás da orelha.

-Mas onde?

-Eu encontro você – respondeu e então correu para a fila de autorização.

Draco ficou para trás, andando mais calmamente, não precisava, afinal, de pressa. E ninguém também poderia vê-lo com um dos Weasley. O que pensariam dele?
**

Alguém o puxou e o empurrou em um dos becos de Hogsmead. – Shii! – ela pediu ainda tapando sua boca.

Ele retirou a mão dela de si. – Você conseguiu me surpreender, eu não pensei que tivesse tanta força – disse tentando se acalmar. – Mas nunca mais faça isso, Weasley. Você quase me matou de susto.

-Eu não tenho tanta sorte – retrucou dando de ombros.

Draco virou os olhos. – Onde eles estão?

-Ali – apontou.

Harry e Hermione caminhavam calmamente por Hogsmead. Eles pareciam estar conversando e bem entretidos na conversa.

-Espero que não fiquem só nisso.

-E espero que você não fique buzinando em meu ouvido – Gina retrucou irritada. Ele a ignorou.

Depois de um certo tempo caminhando, e Draco já estava bufando de raiva enquanto era obrigado a segui-los pelas sombras, finalmente a poção pareceu surtir efeito.
Draco sorriu maldosamente ao perceber os rostos mais que corados de Harry e Hermione. Era o calor incomum que deveriam estar sentindo. O loiro riu ainda mais ao observá-los entreolharem-se e de comum acordo dirigirem-se ao bar mais próximo, Três Vassouras, no caso.
*

O Bar estava lotado. E aquilo parecia mais asfixiante a Harry e Hermione, que ganham cor rapidamente... “Você está bem?” – era o que um indagava ao outro a cada instante.
Depois de uma pequena procura, encontraram uma pequena mesa onde poderiam sentar-se. Hermione se dirigiu até ela enquanto Harry fora até o balcão (lotado) para fazer um pedido. Minutos depois, mais corado que nunca, Harry apareceu com duas garrafas de cerveja amanteigada em mãos.

-Tudo bem? – ela indagou preocupada, ao observar que Harry, depois de ter-lhe entregado a bebida, mantinha o olhar preso à mesa. Ele não respondeu. – Harry, sente-se bem? – indagou mais uma vez, segurando seu braço, o rapaz se sobressaltou. A morena franziu o cenho. – Harry--?

-Tudo Ok – retrucou suspirando. – É que... – ele finalmente a encarou. – Você não está sentindo como se estivesse abafado? Demasiadamente quente?

-De fato – contrapôs, antes de sorver um pouco de sua bebida. Harry engoliu em seco ao reparar na gota completamente indecente que deslizara dos lábios de Hermione até cair em sua blusa, sem que a morena reparasse.

Harry expirou, soltando todo ar que pudesse haver em seus pulmões. “Estou enlouquecendo” pensou ao reparar que estava observando fixamente a blusa da amiga. “Mas é muita (Muita! – com ‘m’ maiúsculo) tentação”.

De repente, qualquer mínimo movimento que Hermione fazia - de beber a mover as mãos enquanto falava. - era sensual... Ele não havia reparado que a blusa – branca e de gola olímpica. - que ela usava abaixo do sobretudo (“Que ela abriu, talvez por conta do calor") era transparente.
“Não ‘transparente’ no estilo de ‘meus sonhos estão se realizando’” Harry engasgou ao ponderar sobre isto. Desde quando, roupas transparentes em Hermione eram seus sonhos? “Mas a questão é: se eu fixar o olhar em um determinado ponto e, realmente, me concentrar... Consigo vislumbrar a pele dela... E isso...”

-Não acha?

Harry se voltou para os olhos de Hermione. – Perdão?

A morena sorriu com graça. – Tem certeza que está bem, Harry? Parece numa outra realidade – ele corou enquanto afirmava. - Se quiser podemos voltar para Hogwarts assim que terminarmos a bebida – ela sugeriu mordendo o lábio inferir.

Harry a olhou com incredulidade. “Ela não tem idéia do quando fica preciosa desse modo” – De modo algum, Mione. Estou bem, verdade – disse afagando a mão dela que se encontrava sobre a mesa.

A jovem sentiu seu rosto queimar, mas Harry pareceu não perceber ao afastar sua mão da dela, e Hermione agradeceria aos céus por isso. Estava cada instante mais difícil se concentrar. “Concentrar-me em qualquer coisa que não o capitão Potter”.
Só aquela palavra, ‘capitão’, lhe dava um infindável número de pensamentos, de idéias... Que ela estaria (e estava) disposta a exercer em Harry – com Harry. De Harry para ela. Dela para Harry... Enfim, de todas as formas.
Inconscientemente, retirou o sobretudo, esquecera o significado de “cinco graus” – temperatura que constava porta afora daquele estabelecimento... - No mesmo instante, Harry derrubara sua garrafa.

-Droga! – disse nervosamente enquanto abaixava-se. - reparo - murmurou ao sacar a varinha e no segundo seguinte a garrafa, que havia se estilhaçado em inúmeros pedaços, apareceu intacta em sua mão, ainda que sem indicio da bebida contida outrora ali. – Eu vou... – achando desnecessário falar, quase patético na realidade, Harry parou. – Você qu...? – Hermione assentiu, interrompendo-o.

Quando voltou, para seu alívio (e o de Hermione. Por outro motivo, entretanto), estava mais recomposto. O que, sabe-se lá se por fatalidade, não durou muito...
Quando voltou a sentar-se, acidentalmente seus joelhos tocaram os de Hermione... E, sem sombra de dúvidas, permaneceram por lá, com toda a intenção. Hermione, de qualquer modo, seria a última a se queixar...
Eles então, voltaram a falar normalmente – vez ou outra com roces (muito discretos) sob a mesa. E acima dela também, suas mãos não cansavam de tocar ‘acidentalmente de propósito’ o braço do (a) amigo (a). –, talvez por esse motivo (a troca ‘clandestina’ de caricias ‘inocentes’ e ‘imperceptíveis’ – ao menos para as pessoas ao redor de ambos o era. Já para Harry e Hermione... O inferno) a tranqüilidade voltara ao semblante dos dois amigos.

Hermione sorriu, ouvindo-o atentamente...
Um de seus pés, no entanto, estava indo ao encontro da perna do amigo. Tocou. Harry parou um instante, quase desconcertado, mas no momento seguinte tornou a falar, como se nada houvesse acontecido. Hermione abriu um sorriso maior, ao qual Harry retribuiu. Um brilho malicioso surgiu nos olhos castanhos e nos verdes.
*

-O que?! Vim aqui para ver isso?! – ele apontou para a dupla indignado.

-Cale-se, Malfoy – Gina reclamou, ainda que estivesse também decepcionada.

Estavam atrás do “Três Vassouras”, num lugar oculto por árvores e arbustos. Esgueirando-se para não serem vistos (ainda que fosse improvável, se alguém os visse ali, seria um caso infeliz), enquanto observavam pela janela o lado de dentro - Lugar perfeito paras observar Harry e Hermione sem deixar passar nada (ao menos assim eles pensavam).

-Me calar?! Vamos lá, Weasley! Admita, assim como eu, tenho certeza que está decepcionada com o fato. Como é possível que eles só estejam conversando!? Nós pusemos uma quantidade generosa daquela poção na bebida e comida deles. Era para o Potter estar subindo pelas paredes!

-Eu sei, eu sei! – Gina contrapôs agitadamente.

-E - Draco começou. – Não esqueça da outra coisa que eles beberam – o loiro ergueu a sobrancelha. – A qual seu querido irmão não pode sequer sonhar que você, jovem Weasley, conhece – comentou chasqueando.

Gina o encarou seriamente. – Não esqueça que me prometeu segredo! – redargüiu secamente.

Draco deu de ombros, insensível ao tom da ruiva. – Já sei, já sei, garota! Pode ficar na sua. Tranqüila. Não tenho porquê falar.

-Você acha que é possível que uma poção possa anular a outra?

-De modo algum – Draco contrapôs franzindo o cenho. – Ao menos eu espero que não. Gastei uma fortuna com aqueles ingredientes – Gina virou os olhos.

-Estou falando sério.

-Eu também! Você acha que dinheiro nasce em árvore? Bem mais do que eu deveria estar ciente que isso é inverossímil. Já que, se nascesse, até você poderia ter a sua cota de riqueza... – contrapôs ironicamente. – O que, infelizmente para você, não é o caso.

-Fique na sua, se não quer levar rebordosa.

-De qualquer modo, a idéia de acrescentar a poção desinibidora ao projeto foi excelente – disse. Ainda que fosse um elogio direto, o rapaz tinha ainda um ar inconfundivelmente superior. – Ainda que, pelo visto, não serviu muito. Tem certeza que pôs os ingredientes certo, Weasley? – Gina fingiu não tê-lo ouvi-lo enquanto ainda observava Harry e Hermione conversando. “Apenas conversando” a ruiva pensou em revolta. O máximo de tensão que vira até aquele momento fora quando Harry quebrara acidentalmente sua garrafa de cerveja. - Temos de fazer alguma coisa... Ou o plano irá por água abaixo. Sugestões?

Gina ponderou e, minutos depois, sorriu. – Vá comprar uma bebida. Forte.

Draco a encarou. – E por que eu faria isso?

-Porque se eu o fizer, Harry e Hermione me chamarão para sentar junto a eles. E aí, o plano estará perdido.

-E, por qual razão, eu preciso comprar uma bebida?

-Você não. Estou com sede – Gina retrucou simplesmente.

Draco a fitou por um instante. – Acha que eu tenho cara de elfo doméstico?!

-Pelo amor de Morgana! Você não pode me fazer este favor?! Eu pago! – disse colocando a mão no bolso e retirando de lá três galeões, os quais estendeu ao rapaz.

O loiro fitou a mão da garota, antes de pegar o dinheiro. – Não achou que esta fosse a parte em que eu dizia ‘não. Tudo bem, weasleyzinha, eu pago pra você, querida’ – indagou cinicamente com voz falsamente doce.

-De modo algum – ela contrapôs dando de ombros. – Sempre soube que você não é esse tipo de rapaz. Mas ande logo com isso, e não esqueça, quanto mais escura, mais forte. Não deixe que Rosmerta (?) lhe engane.

-O que você quer, Weasley?! Se embebedar? Não foi ficar andando ou carregando com uma bêbeda por aqui.

-Primeiro: Se eu quiser beber até cair – ela ergueu a sobrancelha. - Não será da sua conta. Segundo: Não lembro de tê-lo pedido que me sustentasse quando estivesse mais pra lá do que pra cá. Terceiro e, com certeza, mais importante: Eu continuo com sede – Draco lhe lançou um olhar frio antes de fazer a volta, para entrar na taverna.
**
(continua)
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Este é o nome certo da mulher? XD
Desculpem os erros...

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