Negócios à Parte

Negócios à Parte

-E então? – indagou nervosamente.

-Tudo pronto – ela retrucou com um sorriso maroto. – Eles nem vão saber o que lhes atingiu.

-Tem certeza que fez a poção corretamente?

A garota virou os olhos. – É óbvio – então ergueu a sobrancelha. – Só espero que não esqueça da outra parte do plano.

Ele suspirou pesadamente. – Eu não esquecerei.

-É bom mesmo, maninho... Ou toda Hogwarts e principalmente Harry e Hermione, saberão o que nós fizemos. Ou melhor, o que você me obrigou a fazer.

Ele a encarou chocado. - Mas eu não obriguei a fazer nada!

A garota sorriu novamente. – Tem razão – disse pensativa, a mão no queixo. – Só tem um pequeno detalhe, meu bem: eles não sabem disso, não é mesmo? – o queixo de Rony caiu. – Pense comigo: eu, sem agüentar a pressão de mentir para meus amigos, meus melhores amigos. Deixo escapar tudo, em uma crise de choro e soluço. Muito arrependida de ter “causado tanto mal” a eles, mal que, por sinal, você me obrigou a causar... Quem vai me condenar?

-Você não faria isso.

Ela o encarou seriamente. – Pense em me passar para trás.

[Flash-back]
-Gina, ainda bem que a encontrei! Preciso de sua ajuda.

-Por Merlim, Rony! O que você tem? – indagou franzindo a testa. - Parece que vai tirar o pai da força – completou sarcástica.

Ele virou os olhos e respirou fundo. – Preciso de sua ajuda.

-Isso eu já sei. Você poderia ser mais especifico? Ajudaria bastante – continuou ironicamente.

Ele a ignorou de pronto. - Quero que faça uma poção. Você sabe o quando eu sou péssimo nessa matéria e não posso me dar ao luxo de errar a poção... – “E perder essa oportunidade”. – Pode me ajudar?

-Qual poção?

O ruivo corou. – A do desejo.

Gina ergueu a sobrancelha. – Para que você a quer?

-Não é da sua conta!

-Bom, pensei que precisasse da minha ajuda, acho que estive enganada – a ruiva disse dando de ombros e virando-se, para se retirar.

-Está bem – Rony bufou. E a menina se voltou para ele com um sorriso arrogante. Às vezes, ele a odiava com todas as suas forças... - Eu fiz uma aposta...

Gina balançou a cabeça negativamente. – Que feio, Ron! Se mamãe lhe pega fazendo algo assim... Ah. Ela não ia gostar disso. Ela não ia gostar nada disso – falou com um olhar enviesado.

-Quer me deixar falar? – indagou ríspido corando mais, ela assentiu. – E preciso dessa poção para agilizar o meu-

-Você vai trapacear?! – exclamou pondo a mão na boca, fingindo-se chocada.

-Fale baixo!

Gina riu com desdém. – Meu próprio irmão – disse balançando a cabeça negativamente. - Jogador do time de quadribol e o que é pior, monitor da grifinória. Trapaceando!

Rony olhou nervosamente para os lados. Por sorte, o corredor estava vazio. – E então vai me ajudar? – ele a olhou implorante.

A menina suspirou ponderando. – Está bem. Eu faço.

-Muito obrigado Gina! – ele a abraçou. – Eu sabia que poderia contar com você!

-Hey! Não vai ficando animadinho, não! – disse o empurrando. - O que eu ganho com isso?

-A minha gratidão eterna?

A ruiva gargalhou. – Creio que mereço algo bem melhor e lucrativo que isso, Ronald – falou estudando as unhas. – Metade.

-O que?! – ele urrou. – Você pirou de vez, não é mesmo?! Eu não vou dar metade do que vou ganhar para você! – disse indignado. – Dez (por cento).

-Metade... ou nada feito.

-Então pode esquecer! – falou irritado lhe dando as costas.

-Você é quem sabe, Roniquinho. Só espero que consiga fazer a poção corretamente, não é mesmo? Quero dizer... Você não gostaria de ver seus melhores amigos na ala-hospitalar por conta de uma infecção ou algo parecido... – comentou com ar displicente. Seu olhar, no entanto, preso as costas do rapaz.

Rony estacou e tornou a olhar Gina. – C-como você sabe?

-Sei do que?

-Sobre Harry e Hermione?

-Ah Rony! – ela abanou as mãos. – Todos sabem dessa aposta, exceto é claro, Harry e a Mione. Quase toda Hogwarts está apostando sobre o “futuro” daqueles dois. E eu sei bem mais do que pode imaginar. Por exemplo, sei que apostou todo o dinheiro que tinha e que insinuou que, em menos de quinze dias, dali sairia um namoro. E sei também, que ninguém botou fé em ti, já que naquele mesmo dia Harry estava “muito intimo” a uma sextanista da lufa-lufa. Algo, obviamente, armado por você.

Rony sorriu marotamente. – Eu tinha que garantir que não apostariam junto a mim.

-Parece que conseguiu. Andei sondando as pessoas que disseram que onde quer que você apostasse, também apostariam. Ninguém o fez. Não depois do show de interpretação que você deu... Quando o Dino perguntou sobre Harry e a sextanista da lufa-lufa e você disse, muito surpreso, que não sabia de nada. E depois fez uma careta, murmurando penosamente “a aposta, eu ‘to frito”.

-Gina, eu não posso lhe dar metade! Você não contribuiu em nada. Ali, naquela aposta, está todo meu dinheiro!

A garota ergueu a sobrancelha. – Não por isso – retrucou pondo a mão no bolso. – Aqui está a minha parte – disse lhe oferecendo uma moeda.

Rony piscou. – Um nuque?! Você sabe o quando eu pus naquele bolão?!

-Ora Ronald, eu não sei se você está lembrado – disse secamente. – Mas sou eu quem irá fazer essa poção. Que pos sinal, não tenho todos os dados. Sou eu quem terá que ludibriar um professor para conseguir permissão para ir até a área restrita da biblioteca para pegar o livro, para conseguir fazer a poção corretamente. E só para constar: Sou eu quem terá que roubar os ingredientes da sala do Slughorn... Ou você já tem todos os ingredientes? Melhor, teria você coragem para o fazer?

-Espero não estar interrompendo esta celebre discussão familiar...

Rony e Gina pularam. – Malfoy?!

-O que está fazendo aqui? - Gina perguntou agressivamente.

-Calma Weasley fêmea... Eu não mordo – disse com a voz arrastada e um sorriso cínico brincando em seus lábios.

-Eu não tenho muita certeza – retrucou sordidamente olhando-o de cima a baixo. - Como pôde ver, estávamos discutindo um assunto muito importante. Então, se nos dá licença... – falou fingindo cordialidade.

O rapaz loiro segurou o seu braço. – calminha aí, Weasley. Eu quero saber do que se trata.

Ela afastou seu braço com certa brutalidade. – Como se nós lhe devemos satisfações – replicou secamente.

Draco riu. – De fato – disse displicente, enquanto colocava para trás uma mexa do cabelo de Gina.

Rony olhava de um para o outro sem reação. Como Malfoy chegara ali? E por que ele estava passando a mão em sua irmã?

-Ainda assim – Draco continuou. – Creio que me contarão de livre e espontânea vontade...

Gina riu com descrença. – Só em seus sonhos!

O loiro ergueu a sobrancelha. – Estranho. Juro ter ouvido algumas frases soltas, por sinal, muito comprometedoras – ponderou, como se tentasse lembrar do assunto. - Em relação a uma certa aposta clandestina que circula Hogwarts, acerca, também, de dois grifinórios “excepcionais” – disse a última palavra com sarcasmo. – Também ouvi sobre uma certa poção ilegal e uma trap-

-O que você quer? – Ron indagou desconfiado.

-É assim que se fala, rapaz!

-O que você quer Malfoy? – o rapaz ruivo inquiriu novamente, cerrando os punhos. Será que nada naquele dia daria certo? Era só o que lhe faltava: além de ser extorquido pela própria irmã, agora também seria chantageado por um Malfoy.

-Pelo que você me tem, Weasley? – perguntou como se sentisse ofendido.

-Espero que não esteja esperando resposta – Gina retorquiu impaciente.

-Fique caladinha, meu bem – Draco disse segurando o queixo dela, fazendo-a fitá-lo. – Seu irmão e eu estamos tratando de negócios. Isso quer dizer que crianças ficam de fora.

Indignada, Gina virou o rosto, afastando a mão de Draco de si. O loiro lhe ofereceu um sorriso sacana enquanto erguia a sobrancelha. - Tinhosa... Eu gosto disso – no que a ruiva lhe lançou um olhar de escárnio. – Pois bem, Weasley. Já que me perguntou... – disse voltando-se para Ron. – Quero participar desde joguinho.

Gina franziu a testa. - E o que ganha com isso?

-Parte do dinheiro da aposta, obviamente - Draco disse olhando de esgueira para Gina. – E mais-

-Por que daríamos a você parte do dinheiro? – Ron o interrompeu.

-Talvez porque eu possa acabar com sua festinha – disse monotonamente.

Ron cruzou os braços. – Está bem, Malfoy – disse com rancor. – Mas terá de fazer alguma coisa.

-Como se isto estivesse em discussão. Você não tem escolha.

-Não importa – Rony retrucou secamente, tendo uma idéia. – Ou isso ou nada feito. Quem disse que nos importamos se contar algo? Além do mais, quem garante que conseguirá contar para alguém? – indagou ameaçador e trocou um olhar de inteligência com Gina, esta passou a apontar a varinha para o loiro.

-Meu irmão tem razão, Draco - falou com um sorriso cínico, apontando a varinha para o peito do rapaz. – O que um simples “Obliovate” não pode fazer, não acha, meu caro?

Draco, desconcertado, deu um passo para trás. – Você não faria isto, Weasley.

-Você acha? – indagou se aproximando dele.

-Certo – falou arrogantemente, por fim. – Mas pare de apontar esse pedaço de madeira para meu peito – assim Gina o fez. - Ajudarei a menina a preparar a poção – disse desgostoso para Rony, que ergueu a sobrancelha esperando mais. - E comprarei os ingredientes da mesma.

-Como se fossemos confiar em você – a ruiva retrucou irônica.

Draco abriu a boca, mas Rony falou primeiro. – Gina tem razão. Você é um sonserino e sonserinos não são conhecidos por sua honra ilibada. Não é porque esteve ao nosso lado na guerra contra Você-sabe-quem que tem algum crédito conosco. – “Não fez mais que sua obrigação, afinal” Gina disse altiva. - Queremos uma garantia - o loiro franziu a testa. – Trinta galões em nossas mãos, até termos o dinheiro da aposta.

-O que?! Eu não vou dar dinheiro algum a vocês. Como se eu pudesse confiar em morta-fomes como vocês.

-Nada feito então, Malfoy. Gina, você pode fazer o favor? – a jovem ergueu a varinha outra vez.

-Eu não tenho trinta galeões comigo agora! O máximo que posso dar é dez – disse rapidamente encostando-se a parede. Maldita hora em que esquecera a própria varinha!

-Feito – Ron disse imediatamente, Draco arrumou as vestes contrariado e Gina guardou a varinha numa risada.
[Fim do Flash-Back]

-Tem certeza que está certo? – insistiu.

-Eu já disse que sim!

-Mas eu os vi há pouco... Não havia nenhuma tensão entre eles.

-Confie na menina, Weasley – Draco disse surgindo de repente. – Eu mesmo me encarreguei de inspecioná-la.

-Isso em muito me consola – Ron redargüiu pungente.

-Eu odeio quando faz isso – Gina disse apontando a varinha para o rosto do rapaz.

Draco virou os olhos, baixando o braço da garota. – Como disse, não há como não dar certo. Eu sei o quando o Potter é idiota... Mas nem o mais alto grau de negação pode suportar esse “estimulo”...

-Não fale assim do Harry!

-... O mesmo digo da Granger, - fingiu não tê-la ouvido. - Talvez retirando a parte do “idiota”, - disse como se ponderasse seriamente sobre o assunto. - Mas como ela é uma sangue-ru-

-Não se atreva, Malfoy! – Gina quase gritou irada. – Não se atreva a ofender minha amiga... Ou eu juro que acabo com você - falou erguendo a varinha novamente.

Draco a fitou com curiosidade. – Então o faça, pequena Weasley – disse abrindo os braços. Gina piscou. – Vamos. O que está esperando? – perguntou com um sorriso estranho.

-Você é doente – disse baixando a varinha.
**
Desculpem me algo erro, ta?
.:Joana:., Bom, digamos que eu me inspirei na imagem que J.K fez dele no sexto livro – sem comentários (livro o qual eu odiei, mas tudo bem...)...
Beijo!
Julia_granger_potter, Obrigado! Fique com Deus também,moxinha!^^
Beijo!
Mia Rolim, Sim, sobre o daltonismo é porque o Rony estava de ironia quando disse “azul” sobre os olhos de Harry. Ele estava meio que “testando” a Mione. E conseguiu né? Moxa a cena de Hogsmead ta difícil viu? Não to com criatividade para fazer algo descente, então o próximo capítulo pode demorar um pouco mais, certo?
Beijo!
Hermione Seixas, Sabe que eu concordo com você, moxa?! XP Harry deveria estar mais se ciente sobre o que o amigo é capaz de fazer (mesmo que dê tudo errado)!
É mesmo moxa! Estava sumida mesmo! Tava com saudade^^. Ainda bem que você voltou e ai, tem mais fic’s suas a vista?
Beijão!^^
Thaís Potter Malfoy, ^^ que bom que gostou! Não, como você viu, foi apenas aquele para ter uma visão do que Hermione achado do Rony e sente pelo Harry. Mas também não serão narrados pelo ROny, será um narrador onisciente, eu!^^
Também te doro! Beijos.
Lorena, Hehe, acredite, nada que Rony bola pode sair tão certo assim n.n’! Se ele vai conseguir juntá-los? Eu não posso te responder agora^^. Espero que esteja curtindo, Bjo.
Lila_GraNgeR, E quem disse que ela irá saber? (muhauahuahua). Como ao decorrer dos capítulos você vai perceber, ela vai sim desconfiar, mas não significa que vá conseguir provar. E se ela o fizer, você acha que Rony vai saber ileso dessa? Assim como Draco e Gina? Tendo Harry e Hermione revoltados? Mistério... Huhauhua! Não sei o porquê, mas adoro fazer isso! XP
Beijo! Espero que tenha curtido esse cap. Novo.
*Mary*, Moxa, eu não pensei muito nisso não. Mas com certeza o professor de poções entrou nessa. Hehe. E a professora de adivinhação, Sibila^^. Rony apostou galeões como pôde ver nesse capítulo. Muito obrigado, Beijão!
Espero que Curt e que comente, né?! Rsrsrs XD XP
Benardo filho, seu pedido é uma ordem! Rsrsrs! Atualizado!
Espero que curta!
dudinha, moxa atualizada! Espero que continue curtindo!^^^
Beijo!
Saulo Adriano Zeni, Atualizado moxo! Espero que curta!
Um beijo.

Muito obrigado por todos os comentários!

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