Oh Estrela



N/A: Mudança de planos. Não, eu não anunciarei os vencedores da promoção agora, há.
Desculpem a demora. Desculpem MESMO. Tipo, eu demorei muuito tempo pra conseguir escrever isso, e, quando termino, o speedy resolve dar pau. Ou seja, eu fiquei CINCO DIAS sem condições de postar...
Whatever. Estou triste demais pra falar algo. ESSE CAPÍTULO FOI TÃO TRISTE!! =’( de escrever, claro... Aff... É uma sensação estranha, terminar uma coisa que fez parte da minha vida... Mas, bom, eu falo disso no epílogo, porque a história não acaba aqui.
Obrigada a todos os comentários. Mesmo. Eles fazem essa história.
E, aah, coloquei players das músicas em todos os caps, pra vocês poderem ouvir. Acho que ficou melhor.
Tchau, pessoal. Até o... último capítulo DEFINITIVO de Oh Star =’(

PS: agradeceria muito a quem entrasse aqui, em minha nova fic, e comentasse. Ok? *___________* por favoor!




Oh Estrela,
Caia sobre mim...


Trinta e um. Hoje é dia trinta e um de dezembro. O dia do fim. O dia do começo de um novo fim. Um dia marcado. Um dia...

- AND IT’S ALL A GAME! I KNOW WE’LL STAY THE SAME! - Berrei, saltitando de minha cama e abrindo a janela do quarto.

(Congela)

Pense numa chuva forte. Multiplique por cem. Adicione vento lateral. Desenho um trovão. E agora imagine isso tudo no último dia do ano em Londres.

(Descongela)

E Lily fica TODA molhada em seu pijama American Eagle¹ super lindo!

M e r d i n h a.

- Oh, chuva! – Exclamei, lutando para fechar as janelas. – Que tempestade, minha amiga!

Acordei hoje com um pressentimento ruim, principalmente quando a tempestade chegou e me pegou de jeito.

Pegou de jeito. Ú-lá-lá.

Mas whatever, todo dia de ano novo eu sinto alguma coisa diferente. Ano retrasado foi uma alegria TÃO forte que eu abracei a tia MEG.

(A tia MEG. Sim, aquela que quer me empurrar para meu PRIMO Adam. Meu PRIMO. O ruivão gostosão que tem a cara mais NERD do mundo, mas que é mais safado que não sei o quê).

E ano passado eu virei o ano levando um tombo. O que explica muita coisa, se você quer saber.

Mas enfim, aaah, vai chegando o fim do ano e eu vou ficando nostálgica... Deve ser de família... Ano passado a vó Margarid passou a noite TODA cantando suas histórias de MILHARES de anos atrás, que sempre são assim: “Na minha época, as coisas eram diferentes. Lembro de uma vez que _____________”.

A lacuna representa aquelas histórias chatas que você já ouviu dez vezes, sabe? É, é nisso que dá ter uma família como a minha.

Aliás, quer ver a árvore genealogia da família Keeling² (que também virou Evans)?

OH STAR - NO COPY!

Sim, nós ÉRAMOS os Keeling. Agora viramos Evans, Flowers e Pilchers.

Hihi.

Família grande mesmo. Grande DEMAIS, se você quer saber.

Só não mostro a família do papai porque ele é filho único e tal. E seus pais moram lá na Irlanda. E eu AMO quando vamos visitá-los.

- Lily. Lily. – Uma voz doce chamou, meio distante. – Está acordada?

Bleh, pro James eu estou SEMPRE acordada. Hihihi.

(Sim, eu sei que estou “hihi” demais. Mas é porque hoje é o fim do ano, sabe.

Hihi.

HI-HI PUFFY AMY YUMI SHOOOW!)

- Com hálito péssimo e ensopada, mas sim. – Respondi, abrindo um sorriso.

Até aquela hora eu estava com frio. E pode até parecer ridículo, mas só de ouvir a voz de James... Esse frio desapareceu.

É que, além de você sentir que alguém no mundo se preocupa com você, você sabe que tem alguém ali para confiar, para se apoiar, para ajudar. É isso que as pessoas chamam de amor, eu acho.

Sentiu a profundidade? Quase encostei no núcleo da Terra. Hihi.

- Então me deixe te esquentar. – Pediu ele, com uma voz maliciosa.

- Espere um pouco, sr. apressadinho.

- Nem tanto. – AI, como eu AMO essa gargalhada sacana.

Ela me deixa maluca.

- Tô indo tomar café. Vá logo. – E se afastou, levando consigo o calor que me aquecia.

AIQUEFRIODAPESTE! E nem está NEVANDO hoje!

Neve me lembra estrelas, sabe. E hoje eu já decidi: VOU procurar sobre as estrelas, em todos os livros bruxos antigos que eu deixei aqui em casa.

Enfim. Andei até o banheiro, fiz a higiene pessoal e tal, e andei até o guarda-roupa.

Quando, de repente, quando eu abri a porta principal para colocar uma blusa bem quente, a porta de CIMA se abriu e uma coisa caiu BEM na minha cara.

Dang.

Tirei a blusa da cara e a olhei. E só não soltei um daqueles berros de mocinhas inocentes e amedrontadas que se ferram ao encontrar algum inseto asqueroso e nojento porque estava simplesmente surpresa demais para fazer qualquer gesto.

Porque a blusa tinha duas fileiras de cinco estrelas cada uma, uma fileira em cima da outra, com uma frase escrita em prata em baixo.

“No fim elas vão, mas no começo sempre voltarão”.

“Sentei-me na borda da janela e admirei o céu e a lua. A lua estava minguante, quase não aparecia... As estrelas? Nada de tãão bom assim. A não ser...

O que é aquilo?

Aquilo, que você deve estar se perguntando o que é, é uma espécie de constelação. Nunca a vi antes! Como? Ela é tão chamativa! São dez estrelas... Cinco em cima, cinco em baixo, como se fossem até arrumadas! Nunca vi algo assim...

E, surpreendentemente, a primeira estrela na fileira de cima, piscava em minha direção. Estranho? Sim...

Mas aquela é minha estrela. São minhas estrelas. Minha constelação...”


Então, fiquei lá boquiaberta, toda boba, olhando de estrela em estrela e tendo flashbacks de quando eu vi as minhas pela primeira vez...

SÓ QUE EU NÃO CONSEGUIA NEM PENSAR DIREITO!

“Fiquei mais um tempinho chorando, até que as lágrimas pararam de cair. Fui até a janela, sentei lá e lá estavam as dez estrelas... Só que hoje era outra que brilhava. Bem do lado da Hayley.

O nome dela vai ser Hallie... E vai ser a estrela da sorte!

Não que eu tenha sorte;

É sorte por poder ver o James e tal.

Agora, vou dormir. Boa noite!”


E essas lembranças estranhas continuavam invadindo minha mente, como se, sei lá, eu estivesse numa espécie de transe, sem conseguir tirar meus olhos daquela blusinha tão antiga que...

Agora congela tudo, porque eu lembrei. Talvez porque a janela estivesse aberta DE NOVO e a chuva estivesse chegando até o outro lado do quarto, one eu estava, deixando-me MUITO molhada.

Eu era pequena. E, sabe. Quantos anos eu tinha?

DEZ.

DEZ estrelas. DEZ dias malucos em minha vida. DEZ anos quando aconteceu algo estranho. DEZ foi o máximo de vezes que eu consegui tomar banho num dia. DEZ SEMPRE FOI O MEU NÚMERO FAVORITO!

E agora tudo faz sentido. Tudo.

“Subi as escadas, fula da vida, e fui em direção ao meu quarto. Quem eles pensavam que eram para me censurar daquele jeito? Eu não fiz nada errado, afinal!

Entrei no quarto, batendo a porta com tudo, e me joguei na cama. Realmente, não é fácil ter dez anos!

-
Oh Star... - Alguma coisa sussurrou, longe e perto ao mesmo tempo...

Sentei na cama rapidamente, e comecei a olhar em volta, assustada. Que tipo de brincadeira era aquela? “Oh estrela”? Hahaha... Ainda nem chegou o Halloween, caramba...

-
“No fim elas vão, mas no começo sempre voltarão...” - Ok, confesso que já estava me assustando. Mas quem não se assustaria, afinal?

- Quem está aí? – Indaguei, tomando cuidado para não chamar a atenção de ninguém lá em baixo.

-
Você acredita em magia? - O sussurro estranho continuou, se aproximando.

- Quem está aí? – Perguntei, com mais firmeza. – Que tipo de brincadeira é essa?

-
Dez. Lembre-se disso. Dez... - Então alguma coisa preta e brilhante caiu no chão atrás de mim, de repente.

E, no instante em que levantei da cama pra ver o que parecia ser um tipo de camiseta, não vi mais nada além de um grande preto.


Eu tinha esquecido disso! Eu SEMRPE lembro dessa cena idiota! Poxa, como eu não fui lembrar? Estou tão envolvida com as estrelas e não lembro que com dez anos tive uma “visão” estranha... Aiii...

O que é isso, afinal? Por que as estrelas ME escolheram? Será que elas escolhem de geração em geração ou apenas aleatoriamente?

Minha cabeeeça está começando a ficar dolorida de novo. É POR ISSO QUE EU DESMAIEI QUANDO PENSAVA DEMAIS EM ESTRELAS!! Porque foi a mesma coisa que aconteceu quando eu entrei em “contato” com as estrelas pela primeira vez...

Mas eu não posso desmaiar agora. Não logo quando eu estou PERTO de desvendar esse mistério cabeludo.

- SE ESSA ESTRELA TIVESSE CABELO, ELA USARIA NEUTROX! –

Então, vamos enumerar.

1- As dez estrelas têm a ver comigo desde meus dez anos.

2- Elas se manifestaram numa época da minha vida onde eu estava meio ferrada emocionalmente.

3- Elas se manifestaram pouco depois de minha promessa³.

4- Elas sumiram de repente, quando eu estava mega bem.

5- Elas reaparecem de repente no último dia do ano.

6- A frase é “no fim elas vão, mas no começo sempre voltarão”.

7- Hoje É o último dia do ano. O fim. Amanhã é o COMEÇO do ano. O começo.

Ou seja, provavelmente eu vou descobrir tudo isso depois da meia-noite, quando estiver provavelmente bêbada de tanta comida.

Ah, quer saber?

SE ESSA COMIDA TIVESSE CABELO, ELA USARIA NEUTROX!




Se esse dia passasse logo... Mas não, parece que está durando o ano todo! Puff...

Só não está pior porque eu estou andando com o Jay, voltando para casa. E o sol já está se pondo.

- Daqui a dois dias vamos fazer um mês de namoro. – Ele comentou, passando um braço por meus ombros e me puxando mais para perto. – Mas parece que estamos juntos a um ano, não acha?

- Sim. Temos afinidade e amor demais para apenas um mês. – Respondi, alegre. – Mas estamos “enrolados” há bastante tempo. Lembra quando eu te beijei, bêbada, depois do jogo de Quadribol?

James soltou A gargalhada marota, fazendo seus olhos brilharem ainda mais. E ainda bem que ele não sabe disso, porque ficaria MAIS exibido do que já é. E, acredite em mim, ele é MUITO.

- Como esquecer? – James brincou, dando uma piscadela. - Hey hey you you, I don’t like your girlfriend, no way no way, I think you need a new one…

- Ai, pára de quebrar o clima romântico. – Reclamei, dando um tapa de brincadeira em sua barriga (sarada).

- Então quer que eu cante pra você? – Ele sussurrou em meu ouvido, provocando MUITOS arrepios. – Uma música romântica?

Apenas abri um sorriso tímido, sentindo que eu realmente NÃO precisava responder, já que ele SABIA que nem precisava PERGUNTAR, porque eu amo amo amo quando ele canta, principalmente quando é pra mim.

- I wake up in the morning, put on my face. The one that's gonna get me through another day… Doesn't really matter how I feel inside, ‘cause life is like a game sometimes… - Ain, tudo bem que a voz da Avril, que canta essa música, é a coisa mais Linda EVER, mas em voz masculina fica melhor AINDA. - But then you came around me, the walls just disappeared. Nothing to surround me and keep me from my fears; I'm unprotected. See how I've opened up, oh, you've made me trust...

Alguém me dá um babador, SÉRIO? Porque é meio impossível não babar aqui, com esse carinha lindo cantando pra você, com neve (que começou a cair na hora do almoço, depois de quase me matar em forma líquida) ao fundo, além do PÔR-DO-SOL.

E o filho da mãe do sol ainda apareceu. Depois da maior tempestade!

Puff. Se o sol tivesse cabelo, ele usaria Neutrox TOTAL.

-Because I've never felt like this before, I'm naked around you, does it show? You see right through me, and I can't hide… I'm naked around you and it feels so right!

Entrelacei minha mão com a dele. IMPOSSÍVEL não fazer isso. Porque, cara, é sério: o amor que eu tenho por esse maroto aqui é tão adimensional que chega a me assustar.

Ai de mim. Hihi.

- I'm trying to remember why I was afraid, to be myself and let the covers fall away! I guess I never had someone like you, to help me, to help me fit in my skin… - E ele humilha com essa voz maravilhosa, também. Caramba, que afinação! - I never felt like this before, I'm naked around you, does it show? You see right through me and I can't hide, I'm naked around you, and it feels so right…

Lalala, escureceu. Lalala, estamos chegando perto de casa. Lalala, DAQUI A POUCO É ANO NOVO!!!

- I'm naked… Oh oh yeah… Does it show? Yeah, I'm naked… Oh oh, yeah yeah... I'm so naked around you, and I can't hide… You're gonna see right through, baby! - Aaah, acabou!

Ele sorriu pra mim, e beijou minha testa.

Nem preciso falar que quase derreti.

- Eu até canto músicas de mulheres para você... – Ele exclamou, rindo.

- Qualquer música, seja com mulher ou homem originalmente, fica MELHOR AINDA na sua voz. – Desculpem se eu SEI puxar o saco, hahá. – E não é só porque você é meu namorado. Hihi.

James revirou os olhos, mas continuou apertando o abraço, até estalar minhas costelitas.

Se essas costelas tivessem cabelo, elas usariam neutrox!

- Por isso que eu me acho um pouco. – Ele respondeu, cerrando os olhos. – Ei. O que todos aqueles carros estão fazendo em sua casa?

Olhei para cima, já que estava observando o chão quase todo coberto de neve, e vi uma coisa que me assustou MUITO: três carros BEM conhecidos estavam parados em frente de casa, e algumas pessoas saiam deles.

Oh, não. Eu conheço aquele bebê. Eu conheço aquele cabelo ruivo na cintura. Eu conheço aquele ruivão cara de nerd que não tem nada de nerd. Eu conheço aquele palito altão e aquele gordão. Eu conheço aquela cabeleira ruiva toda espetada.

MEUS PARENTES!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

- Oh não. – Murmurei, com uma cara de choro, parando de andar. – James, minha família.

- Vou adorar conhecê-los. – Respondeu, parando de sorrir e me encarando. – Ceerto?

Er...

- LILÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! – Um berro secular, enorme e rasgador de tímpanos. De alguém que corria em nossa direção.

Alguém me mata logo? Eu não quero morrer de desgosto ao ver a tia Meg bêbada.

- Adam! – Respondi, fracamente, quando senti aqueles braços ENORMES envolvendo meu corpo pequeno e quebradiço.

O Adam AMA fazer isso. Digo, me abraçar com TODA a força e berrar “Lilão”, o meu suposto apelido. Só que, bom, fazem DOIS anos que não nos vemos e ele provavelmente não sabe que é tipo a versão ruiva do meu namorado, só que com óculos (James usou até o quinto ano. Tinha algo como Hipermetropia, mas acho que acabou, sei lá, e ele não usa mais), e que meu namorado não gosta que ruivões bonitões me abracem.

Hihi.

- Como vai? – Indagou ele, naquela voz animada dele. – Faz tempo que não nos vemos, ruiva!

Aí ele me puxou para mais um abraço de urso, sem ter consciência de que James balançava a mão e não parecia muito feliz.

Bom, se uma morena LINDA abraçasse meu namorado, eu também não gostaria NADA. E sairia na porrada com a tal. Porque, tipo assim, NÃO SE CONFORME. LUTE CONTRA O SISTEMA.

Que nesse caso nem é sistema, mas mesmo assim.

- Adam... – Exclamei, me soltando dele. – Vou bem. E você? – Andei até James. – E, er, esse é meu namorado, o James.

James e Adam se olharam, notando que eles tinham o MESMO cabelo fino e espetado, o MESMO nariz longo e os MESMOS olhos maravilhosos. Só que o do Adam é só amendoado, não é acinzentado.

Mesmo assim.

- Namorado da Lilão? – Ai não. POR FAVOR, Adam. NÃO FALE BESTEIRAS! – Muito sortudo você, cara. Mas não fui com a sua cara.

POR FAVOR, ADAM. POR FAVOR. POR FAVOR.

(Estava tentando mandar ondas cerebrais a ele, sabe. Se ele TENTASSE queimar meu filme...).

Mas James só abriu um sorrisinho maroto, daqueles completamente irresistíveis, e me puxou para um abraço por trás. E eu aproveitei para pegar um pouco de seu calor, já que a temperatura estava negativa na rua.

- Também estou muito feliz por te conhecer. – James atirou, levando tudo na boa.

Eu já falei que amo meu namorado?

Adam ficou sem reação. TOMA!

- Ok. – Ele coçou a cabeça. – Desculpe. Estava só te testando. – IDIOTA! – Como vai, Jaze?

- James. Muito bem, e você, Adam? – Jay estava se divertindo com o babaca do Adam, eu pude perceber. Hihi.

- Melhor agora. – Adam olhou para mim, e sorriu.

Xiiiii...




Então, o caso é o seguinte. Faltam uns quarenta minutos para o ano novo e nós já comemos TUDO que tinha pra comer, e agora estamos sentados aqui no jardim, perto da piscina, jogados na grama, só esperando a hora chegar.

Ok, agora faltam trinta e nove minutos. Hihi.

- Rem, já pensou na Kath? – Perguntei para Remus, que estava do meu lado direito (James estava do esquerdo. Sirius estava ao lado de James e Peter ao lado de Remus).

- Eu? – Não, o cabelo do NEUTROX, sua presepada de presépio! – Pensei sim.

Peter tossiu discretamente, não sei pra que. Mas enfim.

- E aí? – Fiz sinal para ele continuar. Duh.

- Nada. Não vou fazer nada. – Ok. Ok. Certo. POSSO MATAR O REMUS E ENTERRÁ-LO NUM MONTE DE NEVE QUE NUNCA VAI DERRETER?

Revirei os olhos, e voltei a procurar minha constelação no céu. Mas ainda NADA. Nenhum sinalzinho da coitada, poxa.

Então, voltei a observar minha família.

- George! – Berrou tia Livy, para George, meu outro primo bonitão, que estava com os pés na piscina. – Onde está Fanny?

- No meu bolso? – Ironizou George, como sempre. – Não sei, mamãe. Deve estar vendo TV.

Não falei deles, né? Então. Tia Livy é a mais rigorosa das três irmãs (ela, tia Meg e minha mãe). Se casou com o tio Robert, que é um palito magrão, mas que é super gente fina (literalmente), principalmente porque AMA fotografar.

O que explica o fato de estar fotografando PETUNIA agora, aqui ao lado.

Ew.

Fanny tem dezesseis anos, e é a típica adolescente. É ruiva, tem o cabelo na CINTURA, e olhos verdes, que nem os meus, só que mais escuros. Ama televisão e qualquer coisa relacionada a compras. Apesar de ser meio chatinha quando quer e confraternizar com minha irmã, é legal sim.

Desde que você não mexa em suas bolsas, claro.

George tem vinte e dois anos e está quase se formando em medicina. É ruivo também, só que mais puxado para o castanho, e tem olhos verdes, como os de Fanny. Geralmente é irônico e mal-humorado, mas é meu primo favorito, porque se REVELA quando estamos sozinhos e me faz rir mais que QUALQUER UM, incluindo os marotos.

Tia Meg é gordinha, ruivona e com olhos azuis esbugalados. É o escândalo encarnado em forma humana. Quer por TUDO que eu tenha um caso com Adam, sabia? É bem maluquinha. Apesar de adorar beber, adoro-a demais. Ela faz umas comidas que PELAMORDEMERLIN.

Seus filhos são Adam, que tem dezoito anos, é ruivão de olhos amendoados, tem O corpo e O rosto e usa óculos, que o deixam com cara de Nerd. Mas ele é MAIS SAFADO que o Sirius e o James juntos, podes crer. Anyway, tem a Lucy, que tem nove anos, tem o cabelo castanho meio avermelhado e olhos castanho-mel como os do irmão. É uma graça. Um gênio, mas mesmo assim uma graça.

O caçula da família é o Noel, que tem apenas dois anos. É A COISA MAIS FOFA DO MUNDO!!! Ele me adora, principalmente quando eu brinco de Coca-cola, que consiste em pisar em seu pé pequeno. Hihi.

- Uma foto, pessoal! – Tio Robert berrou, posicionando sua câmera para o pessoal.

- Xiiis! – Todo mundo berrou, tentando esconder o fato de que tia Meg dançava, já completamente bebum.

Quinze minutos.

- Sua tia adora beber, né? – Sirius finalmente falou, depois de umas boas horas sem falar nada.

Olhei para ele, que parecia meio abatido.

- Sim. O que você tem, Six? Está meio mal hoje, não é? – Indaguei, cutucando James para que ele parasse de falar do jeito como Peter devia pegar o que ele chamava de “Filé”.

Cuma?

- Nada não. É só que... – Ele hesitou. – Daqui a vinte minutos, teremos apenas seis meses de segurança em Hogwarts. Depois... Você não viu o jornal esses dias, Lily? Mortes e mais mortes. Voldemort está se fortalecendo.

Abaixei a cabeça, mordendo os lábios. Mas suspirei, e levantei da cadeira onde estava, andando em direção a Six.

- Olhe. Não pense no futuro. Pense em aproveitar ao máximo o presente, sim? – Exclamei, apertando seu ombro. – Vamos. Diana não gostaria de saber que você ficou assim o tempo todo.

Ele sorriu.

- Certo. Valeu. – Sorri de volta, e me levantei.





Daqui a alguns minutos começamos a contagem regressiva.

E eu estou nervosa. Parece que alguma coisa vai acontecer. Porque tipo, eu não PARO de olhar para minha blusa, que é a das estrelas. E ela parece vibrar de vez em quando.

Sei lá, quando eu olho pra baixo, SINTO que dez pontinhos brilhantes estão lá no céu. E, quando olho, não tem NADA.

Mas enfim.

O pessoal está lá pra piscina, enquanto eu estou na lateral da casa, onde é mais escuro. Algo me chamou. E...

- Dez. - Ouvi um sussurro provavelmente mágico exclamar, quando eu parei de andar.

Sorri. E uma sensação completamente estranha tomou conta de mim.

(N/A: infelizmente só achei a versão acústica de Oh Star, então fiquem com essa versão, ok??)



- Oh star fall down on me, let me make a wish upon you… Hold on, let me think, think of what I'm wishing for… - Comecei, como se nem fosse eu mesma. Parecia alguma coisa cantando através de mim, sei lá.

De repente, o mundo lá fora pareceu DESAPARECER.

- Wait, don't go away, just not yet… Cause I thought I had it… But I forget… - Andei pelo jardim, admirando o céu, sem nem olhar pra frente. - And I won't let you fall away from me…You will never fade…And I won't let you fall away from me! You will never fade away from me…

Ouvi algo me chamar, mas ignorei.

- And now I let my dreams consume me, and tell me what to think… - E se EU for uma estrela?? - But hold on, hold on. What am I dreaming?

A música simplesmente fluía de mim como se fosse a água de um rio, sei lá. Era uma sensação completamente inenarrável.

- Wait, don't go away, just not yet… Cause I thought I had it… But I forget! - Cantei essa parte com mais força, fechando os olhos.

Uma estranha luz branca, meio amarelada, parecia surgir de baixo, da direção dos meus pés. Mas nem assim eu consegui abrir os olhos. Continuei cantando com a alma, com o coração... E com a voz, claro.

- And I won't let you fall away from me… You will never fade away! I won't let you fall away, you will never fade awaaaay!

Olhei para meu relógio. Um minuto. Não sei POR QUE PENSEI ISSO, mas simplesmente me faltavam sessenta segundos.

- And I won't let you fall away… - Senti as lágrimas chegarem a meus olhos. Era tão… Tão…

A contagem regressiva começou. Senti alguém se aproximando a passos lentos, como uma canção baixa, e apenas continuei cantando.

- DEZ!

- You will never

- NOVE!

- …fade away!

- OITO!

- And I won't let… - Alguma coisa brilhou no céu. Na verdade, dez coisas, e...

- SETE!

- …you fall away…

- SEIS!

- …from me…

- CINCO!

- You will never...

- QUATRO!

Abri os olhos, e vi que a luz branca vinha de meus pés. Sorri, entre lágrimas.

Quando olhei para o céu, percebi que a cada número que falavam, uma estrela surgia. Já havia sete estrelas, na mesma posição que as encontrei pela primeira vez.

- TRÊS! – Mais uma surgiu. A Hophe, já que estavam surgindo de trás para frente. – DOIS!

- UM!

As dez estrelas no céu se expandiram e depois se juntaram em uma, que saiu se arrastando pelo céu; uma estrela cadente.

Ela veio em minha direção, e na de James, que pude perceber pelo perfume.

Segurei a mão dele. Nos desejamos feliz ano novo, enquanto a festa rolava solta do outro lado da casa.

Então sorri, como nunca. Com as lágrimas caindo dos olhos e molhando minha blusa preta, onde as estrelas começavam a se mexer e a brilhar um pouco, como se quisessem iluminar a frase, aquela frase, aquela que eu nunca esqueceria...

No fim elas vão, mas no começo sempre voltarão.

Vi a estrela passar bem perto de mim, me rodeando. Aquilo definitivamente era mágica. Uma mágica diferente de todas.

- Você acredita em mágica? - James me perguntou, com os olhos clareando gradualmente, ficando da cor de uma... Estrela...

Olhei para a luz que me rodeava. Lembrei que foi Sirius quem me aconselhei a olhar as estrelas, e depois do brilho familiar que havia nos olhos dele.

Só pode ser magia...

- Sim. Eu acredito.

Oh star... Fall down on me…





¹= Marca Americana super Linda, da qual eu tenho uma blusa verde. Amo. Hihi.

²= Os Keeling, assim como o sobrenome Pilcher, não me pertencem. São do livro Os Catadores De Conchas, de Rosamunde Pilcher.

³= Essa promessa será revelada no último capítulo de Lily Deu Defeito.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.