O Evento Secreto



— CAPÍTULO QUATRO —
O Evento Secreto




Hermione não voltou a sonhar com a profa. Trelawnay, e concluiu que o motivo foi ter decidido que, realmente, as previsões da bruxa não passavam de bobagens. O sonho de Harry, a dor na cicatriz e o que acontecera na Copa Mundial de Quadribol eram fatos alarmantes, mas certamente nada tinham a ver com aquela charlatã.
Durante o resto das férias, o sr. Weasley e Percy trabalharam muito; saíam antes do resto da casa acordar e voltavam bem depois do jantar. Percy contou que o ministério recebia inúmeros berradores de bruxos reclamando da segurança da Copa Mundial. Além disso, o ministério vinha sendo notícia freqüente no Profeta Diário, pois Rita Skeeter andava, mais avidamente do que nunca, procurando defeitos a denunciar.
— A manchete de amanhã será sobre o sumiço de Berta Jorkins. — disse o sr. Weasley, certa noite. — Eu disse a Bartô que devia ter mandado alguém procurá-la.
No domingo, véspera do embarque no Expresso de Hogwarts, Hermione pôs-se a guardar o que tinha tirado do malão durante a estadia na Toca. Gina, ao seu lado, preguiçosamente jogava roupas dentro do seu. Lá fora chovia torrencialmente, desde a semana anterior.
— Queria poder usar mágica — disse ela, com desânimo. De repente, a lembrança de algo pareceu animá-la. — Mione! O que você acha que vai acontecer em Hogwarts este ano?
Hermione franziu o cenho.
— Como assim?
— Quero dizer... Você se lembra de Ludo Bagman no acampamento, insinuando sobre alguma coisa que iria acontecer na escola? Além disso, por que você acha que havia vestes a rigor na lista de vocês?
Hermione lembrou-se imediatamente da escolha do vestido no Beco Diagonal. Ela também se perguntara qual seria o motivo de precisar de uma roupa para ocasiões formais.
— Não tenho a menor idéia, Gina...
Gina mordeu o lábio inferior e se aproximou da amiga, sussurrando:
— Vou lhe contar um segredo, certo?
Hermione ergueu as sobrancelhas, enquanto Gina parecia ter uma última discussão consigo mesma sobre se deveria contar ou não.
— Gina?
Ela pareceu decidir-se.
— É o seguinte: na minha lista não tinha esse item. Mas mamãe comprou um vestido para mim. Ela disse algo como “meninas do terceiro ano podem ir se convidadas por meninos do quarto ano ou mais”.
— Ir aonde?
— Exatamente! Depois que disse isso, ela pareceu arrepender-se muito... disse que não ia falar mais nada, mas por fim acabou me contando: as vestes a rigor são para um baile, que acontecerá na véspera de Natal.
— Um baile?
— Isso! Mas não comente com ninguém; mamãe pediu que eu não contasse nem à minha sombra para não estragar a surpresa. Mas acabei de lembrar que é bom que você saiba desde já... Especialmente da parte sobre “meninos do quarto ano convidarem meninas do terceiro”...
Hermione sorriu.
— Quer que eu dê a dica a Harry, não é?
Gina corou de leve.
— Você pode comentar, assim como quem não quer nada, que está com pena de mim por não poder ir... E aí você diz a ele que eu precisaria ser convidada por alguém mais velho. Mas por favor; não deixe Rony ouvir! Afinal, eu odiaria se ele me convidasse. Imagine ir a um baile com um irmão! — ela fez uma pausa, antes de sorrir maliciosamente e dizer: — Se bem que eu acho que ele já terá convidado você para ir com ele.
Foi a vez de Hermione corar.

Cedo, na manhã seguinte, o sr. Weasley foi chamado por Amos Diggory para resolver um problema relacionado a um homem que eles chamavam de Olho-Tonto Moody. Hermione ouviu os comentários de Gui, Carlinhos e Percy sobre o homem durante o café da manhã.
— Na verdade o nome dele é Alastor Moody. — disse Gui. — Foi um grande auror, que é um bruxo que caça bruxos das trevas. Encheu metade das celas de Azkaban. Mas dizem que hoje está paranóico, que qualquer coisa é o suficiente para deixá-lo alerta, pronto para atacar.
Hermione terminou de comer e subiu com Gina para terminar os últimos preparativos antes da viagem.
Como o sr. Weasley saíra, foi a sra. Weasley, com a ajuda de Gui e Carlinhos, quem levou os garotos à estação King’s Cross. Por causa da chuva, que ainda caía e estava muito forte, ela chamou táxis de trouxas para levá-los, mas os motoristas certamente estranharam o estardalhaço que Pichitinho fazia e as explosões que ocorreram quando o malão de Fred se abriu.
Todos se encharcaram no curto caminho entre os táxis e a estação, e chegaram meio em cima da hora do trem partir. Em grupos, atravessaram a parede entre as plataformas nove e dez para chegar à nove e meia, onde estava o trem que levava à escola. Ao redor dele, mães e pais despediam-se de seus filhos. Hermione, Harry, Rony, Gina, Fred e Jorge despediram-se da sra. Weasley e de Gui e Carlinhos. Hermione agradeceu pelo convite.
— Muito obrigada por ter nos convidado, sra. Weasley.
— É, muito obrigado por tudo — disse Harry.
— Ora, queridos, o prazer foi meu. Eu os convidaria para o Natal, mas acho que vão querer ficar na escola... por outro motivo.
Hermione e Gina entreolharam-se, discretamente. Gui, Carlinhos e a sra. Weasley fizeram novas insinuações a respeito do tal evento que se realizaria na escola, mas não contaram nada de concreto. Rony ficou indignado com isso.
Depois das despedidas, os garotos entraram no trem. Hermione, Rony e Harry acomodaram-se em uma cabine. Nem bem tinham sentado, Hermione ouviu uma voz familiar na cabine ao lado, e chamou a atenção dos garotos para que ouvissem também.
— Meu pai queria me colocar em Durmstrang — dizia Draco Malfoy. — Eles têm lá uma política muito mais correta em relação às Artes das Trevas. Além do mais, vocês sabem o que meu pai pensa de Dumbledore...
Ela levantou-se e fechou a porta de vidro da cabine, para abafar a voz de Malfoy.
— Se ele tivesse ido para Durmstrang — comentou ela. — não teríamos que agüentá-lo.
— Durmstrang é uma escola de magia? Onde fica? — Harry perguntou.
— Ninguém sabe onde fica... É a mesma coisa que Beauxbatons; ficam escondidas.
— Mas deve ser difícil esconder uma escola — disse Rony. — Imagine esconder Hogwarts!
Hermione suspirou, impaciente.
— Ronald, Hogwarts é escondida. Pelo menos dos trouxas. Todo mundo sabe disso! Pelo menos todo mundo que leu Hogwarts: Uma História.
— Então é só você. Me conte como se esconde um lugar grande como Hogwarts.
— Feitiços, encantamentos. O que você esperava? Se algum trouxa se aproximar de Hogwarts, tudo o que verá é um monte de ruínas, com um aviso na entrada dizendo: PERIGO, NÃO ENTRE, ARRISCADO.
Rony parecia admirado, assim como Harry. Hermione perguntou a si mesma onde Durmstrang poderia estar situada, puxando pela memória o que lera sobre a escola em Uma Avaliação da Educação em Magia na Europa. — Deve ser um lugar ao norte — pensou alto. — Algum lugar bem frio, pois no uniforme deles constam capas de peles...
Algum tempo depois, entraram na cabine os colegas Simas Finnigan, Dino Thomas e Neville Longbottom. Hermione não deixou de reparar em como Neville estava mais crescido agora; fora o primeiro colega de Hogwarts que conhecera, antes de ingressar na escola. O rosto dele parecia até menos redondo.
Os três travaram uma longa discussão sobre quadribol com Rony e Harry. Hermione entediou-se logo, então retomou a leitura do Livro Padrão de Feitiços – 4ª série, que já começara na casa de Rony. Interessou-se por um feitiço convocatório, e tentou praticá-lo.
Accio! — disse, apontando a varinha para um dos bolinhos que Rony comprara da carrocinha de doces. O feitiço não funcionou, porém.
Com mais uma lida, ela entendeu que era preciso concentrar-se profundamente no objeto a ser convocado. Ela não pôde continuar, porém, pois seus pensamentos foram bruscamente interrompidos pela aparição de Malfoy e seus amigos Crabbe e Goyle. Eles interromperam também a demonstração que Rony fazia de sua figurinha de Vítor Krum, e a explicação do garoto sobre o camarote em que tinham ficado para assistir à final da Copa do Mundo.
— Foi a primeira e última vez, Weasley — disse Malfoy. — Você vai entrar? Talvez com o prêmio você pudesse comprar umas vestes decentes. Potter certamente irá se inscrever; não perde uma oportunidade de se mostrar.
— Entrar? — perguntou Harry.
— Do que está falando? — Rony perguntou, em tom de desafio.
— Quer dizer que você não sabe? De que adianta ter um pai trabalhando no ministério se ele nem pode lhe contar uma coisa dessas? A não ser que... a não ser que seu pai nem saiba, de tão insignificante que ele é por lá. Venham.
Ele se retirou com Crabbe e Goyle, ainda soltando risadinhas. Rony fechou a porta da cabine com tanta força que ela se partiu em inúmeros pedacinhos.
Rony! — Hermione levantou-se, apontou a varinha para o vidro e disse: — Reparo!
O vidro quebrado voltou a se juntar, virando uma porta novamente. Rony resmungava, sentado, o olhar perdido em direção à janela. Hermione foi até ele, odiando Malfoy mais do que nunca por tê-lo deixado naquele estado.
— Meu pai poderia ter sido promovido se quisesse — disse ele. — Mas ele gosta do setor onde trabalha.
— Claro que gosta — Hermione disse, tocando no braço dele. — Não deixe Malfoy chatear você.
— Me chatear? Claro que não.
Mas ele passou o resto da viagem de cara amarrada.
No desembarque na estação de Hogsmeade, a chuva parecia ainda mais forte. Num instante, o uniforme de Hogwarts que eles tinham acabado de vestir ficou encharcado. Hermione tremia, abraçando Bichento por dentro da capa numa tentativa de esquentá-lo um pouco.
Encontraram Rúbeo Hagrid, que como de costume preparava-se para conduzir os alunos do primeiro ano de barco até a escola. Não puderam aproximar-se dele, que apenas acenou alegremente para eles, os cabelos e barbas enormes e desgrenhados agora absolutamente encharcados.
Entraram junto com Neville em uma das carruagens sem cavalos que os levaria até a escola. Embora o caminho não fosse muito longo, o frio o fez parecer mais demorado do que o normal. Foi um alívio poder entrar pelas portas de carvalho, pois dentro da escola estava muito mais quente. Hermione soltou Bichento no chão e disse-lhe que fosse para o quarto. Seguiu então com os meninos para o salão principal, onde as quatro mesas das casas já estavam postas com as taças e pratos dourados.
— Espero que andem logo com a seleção — comentou Harry. — Estou faminto.
A cerimônia de seleção era realizada todos os anos para dividir os novos alunos entre as casas. Um chapéu muito velho, chamado de Chapéu Seletor, encarregava-se de examinar a cabeça de cada criança que o pusesse, e decidir entre mandá-la para Grifinória, Corvinal, Lufa-Lufa ou Sonserina. Denis Creevey, irmão de Colin Creevey, também ficou na Grifinória. Colin idolatrava Harry e vivia tirando fotos de tudo. Seu irmão, ao sentar-se ao lado dele depois de ser selecionado, parecia encantado com o fato de ter caído no lago e se molhado mais que qualquer outra pessoa no salão.
Tão logo a seleção terminou, o diretor Dumbledore anunciou o início do banquete, e os pratos se encheram de comida. Hermione percebeu de repente que sentia muita fome, e começou a comer. Rony comia esganado ao seu lado, dando-lhe a impressão de que se afogaria no purê de batatas. Nick Quase Sem Cabeça, o fantasma da Grifinória, olhava para a comida com um ar de inveja, e comentou:
— Quase que este jantar não saiu. Pirraça fez uma bagunça tremenda na cozinha, deixou os elfos domésticos malucos...
Hermione derrubou sua taça, e o suco de abóbora manchou uma grande extensão da toalha branca em cima da mesa. Incrédula, perguntou:
— Elfos domésticos? Aqui em Hogwarts?
— Claro! — respondeu Nick. — Mais de cem!
— Eu nunca vi nenhum!
— Bem, eles raramente deixam a cozinha durante o dia. Saem mais à noite, para fazer a limpeza, abastecer lareiras e coisas assim. Mas a marca de um bom elfo doméstico é que não se saiba que ele existe, não é mesmo?
Hermione sentiu um incômodo na garganta.
— Mas eles... recebem salário? Férias, licença médica, aposentadoria e todo o resto?
O fantasma gargalhou tão expansivamente que sua cabeça pendeu pela pequena porção de pele e músculos que ainda a prendia ao tronco. Ele ajeitou-a novamente e disse:
— Elfos não querem licenças nem aposentadorias.
Ela afastou o prato, sentindo o incômodo na garganta prestes a irromper-lhe pela boca, e lembrando-se de Winky a chorar na floresta, tremendo convulsivamente.
— Ora, vamos, Mione! — disse Rony. — Deixar de comer não vai libertar os elfos.
— Trabalho escravo... — ela balbuciou. — Foi trabalho escravo que preparou este jantar...
Durante o resto do jantar, Hermione teve vários ímpetos de levantar e abandonar o salão principal, mas não o fez. Gina, percebendo seu mal estar, olhava-a com preocupação. Fiz sinal para ela de que estava tudo bem. Rony ainda tentou oferecer-lhe a sobremesa, mas algo no tom debochado dele quase tirou-a do sério, e ela imaginou que devia ter feito uma cara muito feia para que ele desistisse tão facilmente como fez.
Depois que todos comeram, Dumbledore retomou a palavra.
— Bem-vindos a mais um ano em Hogwarts. Gostaria de avisar aos novos alunos e relembrar aos antigos que a floresta que há na propriedade é estritamente proibida. Aproveito para chamar-lhes a atenção também para a lista de objetos que os alunos são proibidos de portar, elaborada pelo nosso zelador, sr. Filch. Esta lista pode ser conferida na sala dele a qualquer momento. E agora há uma pequena série de coisas que preciso anunciar-lhes. Em primeiro lugar, este ano não teremos nosso tradicional Campeonato de Quadribol.
Houve um grande tumulto entre as mesas. Como poderia não haver quadribol? O que teria acontecido? Embora Hermione não se importasse tanto com o esporte, viu Rony e Harry absolutamente indignados e perplexos com a notícia. Dumbledore ordenou que se fizesse silêncio e continuou a falar.
— O fato é que teremos um grande evento ocorrendo na escola a partir de outubro, que tomará muito tempo dos professores. Mas com certeza vocês gostarão dele tanto quanto do campeonato.
Neste momento, a porta do salão principal abriu-se, e a figura mais estranha que Hermione já vira na vida apareceu ali: um homem que mancava, apoiado em um longo cajado e envolto por uma enorme capa de chuva. Tinha uma juba de cabelos grisalhos e o rosto era cheio de cicatrizes, como se fossem diversos recortes costurados uns aos outros. Um dos olhos era pequeno e escuro, enquanto o outro era muito redondo, azul e movia-se independentemente do outro.
— Moody — disse Fred.
— Olho-Tonto Moody? — Harry perguntou. — Aquele que seu pai foi ajudar hoje de manhã?
— Ele mesmo — confirmou Jorge.
Moody andou mancando até Dumbledore, trocou com ele algumas palavras e dirigiu-se ao lugar vazio na mesa dos professores. Dumbledore voltou a falar para todos.
— Recebam nosso novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Alastor Moody! — Nenhum aluno aplaudiu, tamanha a perplexidade que a figura do professor lhes causara. Moody pareceu não se importar, no entanto; serviu-se de uma salsicha e tirou de dentro das vestes um frasco de bolso, do qual tomou um longo gole.
— Como eu ia dizendo, — continuou o diretor. — este ano abrigaremos um Torneio Tribruxo em Hogwarts. O torneio foi criado há cerca de setecentos anos, com o objetivo de ser uma competição amistosa entre as três maiores escolas de magia da Europa: Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang. Cada escola tem um campeão e os três campeões disputam realizando três tarefas mágicas. Além do entretenimento, é também uma ótima maneira de estabelecer laços entre jovens bruxos e bruxas de diferentes nacionalidades. A realização do torneio era periódica, mas foi interrompida devido ao crescimento da taxa de mortalidade. Durante séculos tentou-se retomar o torneio, mas foram tentativas frustradas. Até que o ministério da magia e as escolas resolveram que era hora de tentar mais uma vez. Os diretores das duas escolas chegarão em outubro com sua lista final de competidores e a seleção dos três campeões ocorrerá na noite do Dia das Bruxas. O vencedor ganhará a Taça Tribruxo, a glória de sua escola e um prêmio em dinheiro de mil galeões.
Houve um tumulto ensurdecedor entre as mesas. Todos comentavam uns com os outros sobre o interesse em participar do torneio. Hermione não soube por que, mas sentiu uma sensação esquisita sobre o torneio. Imaginou que deveria estar se lembrando da profa. Trelawnay outra vez e, achando-se boba, afastou o pensamento.
— Preciso acrescentar — disse Dumbledore, e o silêncio voltou a se instaurar no salão — que este ano teremos uma restrição. Somente os alunos que forem maiores de idade, ou seja, mais velhos do que dezessete anos, poderão participar. — Indignação geral. Dumbledore ignorou o tumulto. — As tarefas ainda são difíceis e perigosas, por isso tomamos esta decisão. Já os aviso para nem tentarem enganar o nosso juiz imparcial, que é quem escolherá os três campeões, tentando se inscrever se forem menores de idade. Eu cuidarei pessoalmente para que não consigam. Agora, como já é tarde, vão todos para suas casas e durmam, afinal, precisam acordar cedo amanhã para o início das aulas. Boa noite!
Hermione subiu junto com Rony e Harry, enquanto eles comentavam sobre o torneio. Todas as conversas, aliás, que ela ouviu enquanto subia as escadas rumo à Torre da Grifinória eram sobre ele. Falavam sobre os prêmios, sobre palpites para as tarefas e até sobre maneiras de burlar a restrição.
Ela mesma, no entanto, continuava guardando no peito um incômodo grande. Para todas as direções que olhava, tudo o que via eram elfos domésticos trabalhando arduamente, sofrendo e se sacrificando. Olhou para a lareira e imaginou-os cortando lenha, fazendo força ao erguer com os frágeis bracinhos machados pesados. Antes de despedir-se dos amigos na sala comunal, resmungou:
— Trabalho escravo...
Subiu, trocou-se e deitou. Além de demorar a dormir, ainda passou a noite inteira sonhando com Winky presa pelo pé a uma enorme bola de chumbo.

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