A Carta.



Capítulo 9 – A Carta.



Gina acordou estranhamente bem àquela manhã. Espreguiçou-se lentamente quando sentiu algo, ou melhor, alguém na sua cama. Virou a cabeça na direção que a pessoa estava constatando que não estava sonhando. Alguém estava lá. Era Scott.


_Bom dia, dorminhoco – ela disse ao ouvido do filho.

_Hum... deixa eu dormir mais um pouqunho mãe – ele falou cobrindo a cabeça com o lençol.


Gina saiu da cama, pôs o robe por cima da camisola e desceu para o café. Mal sentou-se na mesa e uma coruja marrom e imponente adentrou o aposento. Deixou duas cartas caírem em seu colo. A morena sentiu uma vertigem quando reconheceu o brasão de Hogwarts na carta. Estavam em 11 de Abril, aniversário de Scott. Abriu o envelope endereçado ao filho e o café que levaria a boca foi deixado de lado, posto em cima da mesa. Estava escrito assim:


“Prezado Sr. Ledoyen

É com satisfação que informamos à V.S.ª que tens uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

O ano letivo começará em 1º de Setembro.

Deverá estar dentro do Expresso que leva os alunos até a Escola no dia em questão portando seu material escolar. (Listagem em anexo)

O trem partirá da plataforma 9 ¾ às 11 horas em ponto.


Saudações,

Minerva Mc Gonnagall
(Diretora)”



A ruiva achou tudo normal e um falso alívio a invadiu. Notou a outra carta, estava endereçada à ela. Pegou a xíxara de café novamente, abriu a carta e desta vez sim, todo o ar fora tirado de seus pulmões. Seu café foi ao chão junto da xícara, fazendo um grande barulho.


“Sra. Ledoyen,

Ou será que deveria te chamar de Srta. Weasley?

Cara Srta., eu como sua ex professora tomei a liberdade de interferir neste campo, um tanto, pessoal.

Achei que deveria lhe informar alguns fatos que aconteceram durante o tempo que esteve ausente. Não sei os seus motivos e acredito que não são da minha conta realmente. Bom os fatos são os seguintes.

Na guerra tivemos várias perdas, essa é a parte difícil de lhe contar, pois sei o quão apegada a Srta. era à sua família. Achei que devia saber:

*Seus pais foram mortos na guerra, em campo de batalha. Seus irmãos prestaram as homenagens dignas de Molly e Arthur. Eles foram heróis.

*Seu irmão Guilhermand e a esposa Fleur também foram mortos. Atacaram a casa deles na França e somente o filho, Gabriell sobreviveu. Ele mora com os avós maternos.

*Fred e Jorge ainda estão com a loja de Logros. Eles tem talento.

Agora partes mais... alegres...

*Seu irmão Ronald e a Srta. Granger casaram-se após a guerra. E a Srta. agora tem 2 sobrinhos! Eles se chamam Louis e Mandy, são Grifinórios como os pais.

*Bom... o Sr. Potter e a Srta. Parkinson casaram-se após o último confronto. Eles tiveram um filho: Álvaro, da Sonserina como a mãe.


Bom, acredito que tenha lhe contado os pontos mais importantes destes últimos dez anos. Deve estar se perguntando como eu a reconheci. A resposta é simples: Seus perfumes são maravilhosos e com todo este sucesso e sua foto estampada em várias capas de jornais e revistas fica meio fácil de saber sua identidade real, mesmo que agora a Srta. esteja com os cabelos escuros, ainda possui o mesmo olhar da época que era minha aluna.

Acompanhe seu filho na vinda para Hogwarts e conversaremos pessoalmente.

Atenciosamente,

Minerva Mc Gonnagall
(Diretora)”



Virgínia, ou melhor, Lavigne acabou de ler a carta aos prantos. Eram muitas notícias para absorver em tão pouco tempo. Pensou em seus pais, quanto tempo perdido sem vê-los e agora não poderia mais conversar com eles. Sentia as lágrimas molhando toda sua face. O pergaminho nas mãos já se manchava. Lembrou de sua infância, do tempo em que estudara em Hogwarts. Minerva era sua professora favorita.


As lágrimas ainda marcavam seu delicado rosto quando Scott desceu para tomar café. Ao ver a mãe naquele estado, com um pergaminho nas mãos e a xícara de café quebrada no chão aos pés dela ele não pensou duas vezes. Correu em direção à mãe e disse:


_Mãe, o que houve?

_Ah, nada meu filho, não foi nada. – ela respondeu escondendo a sua carta embaixo do assento.

_E esse nada te faz chorar porque? – ele perguntou desconfiado.

_Chegou uma carta pra você. – ela respondeu enquanto pensava “Como ele é astuto, provavelmente vai para Sonserina.” - Você vai para Hogwarts. – ela disse enquanto o filho lia a carta da escola.

_Quando mãe? – ele perguntou interessado.

_Semana que vem. – ela falou triste.

_É por isso que está chorando? – ele perguntou sentando-se ao lado dela na mesa.

_Sim, filho. – ela mentiu – é isso sim. Sentirei saudades. – ela disse o abraçando.

_Mãe? – ele perguntou de súbito, livrando-se do abraço e a encarando. – posso te perguntar uma coisa?

_Pode. – ela respondeu já imaginando o que seria.

_Meu pai também estudou lá, não é? – ele falou com cautela.

_Ah, Scott! Quantas vezes eu tenho que falar que sim. – ela respondeu impaciente – eu já contei a história do baile um milhão de vezes... porque insiste em saber dele?

_Porque ele é meu pai! – ele gritou. – eu quero saber quem ele é!

_Pare com isso Scott! – ela levantou-se alterada. – você não precisa saber disso.

_Eu quero falar com ele!!! – ele insistia. – eu quero vê-lo, e...

_Ele nem sabe que você existe!! – ela descontrolou-se. E arrependeu-se depois. – filho, me perdoa... eu.. não devia ter falado isso. – ela tentou alcançar o filho, mas ele correu para o quarto. – Scott! – ela o chamou em desespero.


Ela subiu correndo atrás do filho. “Burra! Burra! Eu não devia ter falado isso pra ele!” ela pensava enquanto subias as escadas de dois em dois degraus. Chegou na porta do quarto de Scott ofegante. Levantou a mão e bateu. Nenhuma resposta. Abriu a porta assim mesmo e a cena que viu lhe partiu o coração.


Scott estava deitado em sua cama e soluçava de tanto chorar. Estava com o rosto coberto pelo travesseiro numa tentativa frustrada de abafar o choro compulsivo. Lágrimas vinham aos olhos de Lavigne. Ela entrou no quarto, fechou a porta e sentou-se na cama do filho.


_Scott – ela disse cautelosa enquanto aproximava a mão de seus cabelos – não chore. Me perdoe. Eu não devia ter falado isso.

_Então porque disse? – ele perguntou com a voz abafada pelo travesseiro.

_Eu... eu fiquei nervosa. – ela suspirou – não gosto de tocar neste assunto, você sabe...

_Mas mãe – ele falou a encarando, sentando-se na cama – eu tenho o direito de saber que ele é.

_Scott, escuta com atenção: depois do Baile houve um ataque na Escola. – ela explicava revivendo cada palavra – seu pai fugiu no meio da correria e eu me perdi dele, pra sempre.

_Como assim perdeu, mãe? – ele interrogou.

_Eu não sei o paradeiro dele. – ela falou - não sei se ele está vivo, se está morto, se tem família... eu simplesmente não sei. – ela disse com lágrimas nos olhos. – ele sumiu.

_Desculpe mamãe. – Scott abraçou-a forte – me perdoa por te fazer chorar.

_Eu é que te devo desculpas, amor. – ela afagava o cabelos do filho – e ainda nem te dei feliz aniversário. – ela recordou-se. – vou buscar seu presente.

_Não precisa mãe. – ele disse segurando a mão de Lavigne – fica aqui comigo um pouco.

_Tenho uma idéia melhor. –ela falou sorrindo.

_Qual? – ele perguntou interessado.

_Se arrume, vamos comprar seu material escolar. – ela falou levantando-se.

_Onde? – ele perguntou perplexo.

_Beco Diagonal, Londres – ela respondeu minutos depois gritando com o filho de dentro da lareira enquanto jogava o pó-de-flu.



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