Sangue e poder




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- Oi.
- Oi.
Hermione e Jay se encararam. Estavam sozinhas na cozinha, sem ninguém para ouvi-las.
- Eu transei com o Draco.
- O quê?
- Olha, eu sei que a gente nem se fala, mas... a Marie sumiu, eu preciso falar com alguém!
- Ahn... claro. Por que não?
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7:00 da noite-Jantar no salão Principal

- Eu, onde está a Gina? – perguntou Mione
- Nem a vi hoje...
Harry entrou pela porta com a maior cara de preocupado. A calça jeans e a blusa azul descontraída contrastavam com a seriedade de ser rosto.
- A Gina sumiu!! Não encontro ela em lugar nenhum!
- Tem certeza?
- Ela deve estar em algum lugar... A Gina sempre se esconde de vez em quando.
- Não Rony. Ela sempre me conta aonde vai. – disse Mione preocupada.
- Mi, ela não falou com você hoje?
- Não.
- Relaxa Potter... Se acalma. Ela deve ta por aí fazendo nada... –disse Draco – TPM, essas coisas de mulher...
- Pode ser..._ concluiu Harry.

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Joanne corria o mais rápido que podia. Que droga de brincadeira era aquela? Com certeza, não era coisa boa...

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- To preocupado.
- A Gina tem dessas mesmo...
- HARRY!
- Jay? O que foi?
- Que história é essa da Gina sumir?
- Ela não aparece em lugar nenhum...
- Na porta do seu quarto... tem uma coisa escrita...
- da Gina?
- Não, mas é muito assustador!
Harry levantou correndo. Rony, Mione, Jay, Draco, Neville e Luna (ufa!), também saíram correndo. Isso causou certo espanto em alguns professores na mesa, mas ninguém fez nada...
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- Que droga é essa?
“Potter, terei o prazer de deixá-lo vê-la morrer em meus braços, gritando seu nome. Deixarei que ela sofra cada gosta de sangue que farei sair de seu corpo. Casa dos gritos, agora.”
- Meu Deus...
- Neville, avise ao Sirius! A mansão foi invadida!
- O que é aquilo lá em baixo?
- “Com prazer... Marie”.
- O QUÊ????
- Merda!!! Potter, o pai da Marie era comensal!!! – gritou Draco
- O que está acontecendo? – perguntou Sirius, com cara de terror ao ler a mensagem. Um vislumbre percorreu a mente de Harry. Gina. SUA GINA. Seu anjo sendo torturado pelas mãos daquele infeliz... Sangue. Podia sentir a dor dela agora... o desespero pra se agarrar aos últimos fios de vida que escorriam pelos pulsos, costas, peito...
As últimas forças lutando pela vida... Assim como n câmara secreta. Tudo isso não durou mais que cinco segundos. Um brilho de raiva apareceu nos olhos de Harry e Draco.
- Aonde você vai?
- Resgatar Gina. – disse Harry, em um certo tom de voz que assustou a todos. Curiosamente, aquela voz fez todos lembrarem de Voldemort. De como o poder dele inspirava a desconfiança, o medo...
- Eu vou também Potter.
- Por quê?
- Tenho meus motivos.
- Ótimo.
Harry segurou o braço de Draco, aparatando de Trinity. Aparatando de um lugar onde barreiras feitas por Alvo Dumbledore impediam aparatação. O resto do grupo corria, chegar aos portões e seguir pra casa dos gritos. Seja o que deus quiser....
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- Gosta de sentir dor? Sabe, você se parece demais com Lílian Evans... Aquela maldita trouxa... ahn, não se preocupe, ele virá. Virá a tempo. Interessante este feitiço não? Você está sentindo não está? O sangue sair de suas veias lentamente, escoando suas forças, enquanto um único fio sem mantém intacto, somente para você poder senti-lo mais e mais frágil... Eu não costumo me gabar... Mas meu Mestre me daria os parabéns. Ah! Ele os daria sim!!!
O comensal deslizou a ponta do canivete de prata do pescoço ao umbigo de Gina, fazendo mais um corte, liberando mais sangue. Mais um corte onde já era possível ver a carne viva. Mesmo que o último crucio estivesse passando, a dos murros, pontapés e cortes ainda lhe afligia como se estivessem sendo aplicados. Não havia sequer uma parte de seu corpo que não estivesse com dor extrema. Choraria, se pudesse sentir ao menos algo em seu lugar. A dor sobrenatural tomava seus pensamentos angustiantes, agora já quase sem sentido. Sentia o corpo inteiro gritar de dor enquanto cada fibra do seu ser lutar por resistência e sanidade, enquanto vomitava mais sangue. Um estranho frio a perseguia, e sentia seu coração bater cada vez mais lentamente, preso a lentidão por aquele maldito feitiço. Tudo o que podia imaginar agora era se Harry viria, se pudesse sobreviver. Sentiu a dor maldita novamente, mais golpes...
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Harry corria, com a força totalmente concentrada em acabar com o infeliz. Sentia-se o pior homem do mundo ao imaginar sua Gina nas mãos de um psicopata. Draco tentava acompanhá-lo, mas o que Harry não percebia, era que corria em uma velocidade sobrenatural, quebrava vários feitiços malditos de proteção a casa, sem ao menos perceber que fazia isso. Sentiu-se ligado a uma fonte interminável de poder, consumido por raiva e ódio.
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- Olha só.... Não é o Potter?
Harry atravessou o quintal e explodiu a porta da frente. Sabia ser notado do segundo andar.
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- Solte-a.
Harry se desesperou ao ouvir o silêncio. Uma voz ecoou pela casa.
- Ela é tão nojenta quanto sua mãezinha de sangue ruim Potter!!!
- Maldito!! Acabo com você!!!! Apareça!!!!
O comensal realmente apareceu. Com Gina nos braços. Sangue corria das veias dela direto para o chão. O rosto, corpo.... inteiramente deformado. Inteiramente cortado em carne viva.
Draco olhou horrorizado para o ruiva. Mal conteve o ódio. Harry jogou sua varinha ao chão sob os sorrisos do comensal. Uma corrente de ar frio tomou a casa. Os outros chegavam agora, a ponto de ver o estado de Gina nos braços do maldito. Uma corrente de ar mais forte fazia círculos agora... podia-se ver braços vermelhos de várias espirais cortando o homem. Gina foi levitada e levada até Harry com calma. Ao redor do moreno, correntes negras e azuis disputavam cobri-lo. O comensal urrava de dor profunda e sincera, enquanto seu próprio corpo despeja sangue e mais sangue dos vários cortes das espirais vermelhas. A cabeça, o corpo, a mente e a alma dilaceradas. Harry segurou Gina fortemente. Todos olhavam-no com medo. Medo de Harry Potter.
- Harry... pare...
Um facho de luz amarelada os cobria agora. Os cortes de Gina foram fechando-se rapidamente, enquanto seu sangue era estranhamente reconstituído.
De repente, como tudo o mais que acontecia, o comensal parou de gritar e caiu desmaiado. Harry sentiu seu corpo se desligar daquela fonte inesgotável de poder e força. Não poderia matar aquele homem. Não seria Voldemort. Viu sua varinha no chão, e compreendeu que fizera tudo sozinho...
Sentiu seu corpo se locomover até a porta da sala, e depois disso, seus poderes o levara para o único lugar onde realmente se sentira em casa. O único que achava suficientemente seguro. Confuso, Harry aparatou em frente a enfermaria, onde seguido pelos olhares espantados de Madame Powfrey e Dumbledore. Gina ainda tinha alguns cortes e repousava tranqüilamente em um sono seguro. Harry se deitou ao lado, sentindo mil quilos em suas costas e em todas as juntas. Apagou.

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