Tentando resolver



Capítulo 16 – Tentando resolver.




Sentiram o chão aos seus pés. Estavam na Mansão Malfoy, mais precisamente no Escritório de Draco Malfoy. Pansy e Harry deram uma rápida olhada pelo aposento à procura do Sr. Malfoy, que não estava lá. Não chegaram a dar o primeiro passo quando escutaram burburinhos do lado de fora. Pansy correu para a porta e abriu-a deixando uma chuva de palavras estridentes preencherem o cômodo.


_O que ele faz aqui? FORA! – um Draco descontrolado e descabelado gritava no Saguão de Entrada da Mansão.


Pansy olhou para Harry assustada e este fez sinal para que saíssem. Passaram pela porta aflitos rumo ao Salão da frente. E para a surpresa de ninguém Draco estava sendo muito hostil com um visitante inesperado, Richard.

_Ande logo rapaz. Não me faça perder a cabeça! – Draco, que uma Gina em pânico segurava, gritava para Richard que estava ao lado de Diana.

_Draco, pare com isso – Gina pedia – vamos conversar civilizadamente!

_Eu não quero este... rapaz aqui. – Draco disse azedo – não o quero perto da minha filha. Não o quero perto da minha família.

_Papai, por favor. – Diana implorava com os olhos marejados – deixe o Richard falar.

_Sr. Malfoy, eu..

_Você NADA. SAIA! – Draco disse desvencilhando-se dos braços de Gina e avançando para o rapaz – Se você não vai por bem... – mas não pôde prosseguir pois Diana se prostrou na frente do namorado. – Diana saia daí.

_Não.

_Ande logo, não me faça perder mais a cabeça! – ele descontrolou-se – SAIA.

_Não saio! Eu o amo, papai! - a loira disse e para o espanto de todos Draco pareceu perturbado.

_Você não pode amar um Potter! – ele disse amargurado.

_E porque não, Draco Malfoy? – quem perguntou foi Pansy, que até agora não tinha sido percebida no recinto, junto à Harry que encarava Draco com fúria nos olhos.


Todos viraram-se para constatar que a dona da voz era realmente Pansy Parkinson. Draco ficou furioso ao ver o Potter pai na sua Mansão. Gina, por sua vez, soltou um suspiro de alívio.

_O que faz aqui Potter? – Draco perguntou falsamente calmo.

_Vim falar com você. – Harry foi simples.

_Não temos nada para falar e a propósito, leve seu filho daqui. – Draco disse seco – a presença de vocês me dá náuseas.

_Draco! Pare com isso!! – Gina estourou – é melhor você conversar com o Harry.

_Eu decido o que eu faço da minha vida Virgínia. – ele foi rude.

_Malfoy, também não me agrada ver o meu filho se misturando com uma Malfoy... – Harry continuaria se não fosse interrompido pela esposa.

_Harry! Não fale assim do seu filho! – ela quase gritou.

_... mas sendo a filha da Gina em questão, eu não me oponho – continuou ele como se não tivesse sido interrompido – eles estão apaixonados, e pelo que eu conheço o meu filho, ele não desistirá dela. não tão fácil.

_Então será do modo mais difícil. – Draco respondeu arrogante – Diana suba e apronte suas malas.

_Draco, você não pode fazer isso! – Gina se meteu.

_Eu posso e já estou fazendo e se você não concorda comigo, suba e faça as suas também. – ele disse sem no entanto olhar para a ruiva.

_Você... – ela disse incrédula quando lágrimas formaram-se nos seus olhos castanhos – muito bem. Você vai se arrepender. – disse a ruiva furiosa subindo as escadas atrás da filha.

_Pronto! – Draco disse virando-se para os Potter – o show acabou, se me dão licença. – ele disse abrindo a porta da frente.

_Não acredito que você foi capaz disso Draco. – Pansy disse o encarando – ela é sua filha, por Merlin.

_Por isso mesmo. Deveriam me agradecer por impedir esta loucura – ele disse apontando Richard com a cabeça.

_Isso não acabou, Sr. Malfoy – Richard o encarava de frente agora – Nada do que fizer irá nos separar.

_Humpf... vá para casa rapaz. Antes que eu mude de idéia sobre azarar você. – Draco foi seco.

_Vamos, filho. Não há mais nada a fazer aqui. – Harry disse arrastando o filho pelo braço porta a fora, em direção à carruagem da família.


Pansy não disse mais nada, apenas encarou Draco por um momento antes de sair da Mansão Malfoy. Ela não sabia que seu olhar tinha mexido tanto com Draco. Ele sentiu-se péssimo por estar fazendo aquilo com o filho dela, gostava da amiga, mas o rapaz também era um Potter e isso ele não podia engolir.



Draco subiu até o quarto. Encontrou Gina arrumada e com as malas prontas. Estava sentada na cama, olhando para uma foto da família. Lágrimas caíam de seus olhos, não acreditava que Draco fosse capaz de fazer aquilo. Será que ele não se lembrava da história deles?

_Então quer dizer que você vai insistir nessa loucura? – Draco disse à Gina, olhando-a. Ela estava de cabeça baixa.

_Então quer dizer que VOCÊ vai insistir nessa loucura? – Gina olhou para Draco, o rosto vermelho de tanto chorar.

_O que você quer que eu faça?

_Que você deixe eles serem felizes!!! Será que é difícil?

_Minha filha não vai namorar um Potter, Gina. Uma Malfoy não pode se misturar com um Potter.

_Mas um Malfoy pode se casar com uma Weasley, não é?

_Ora, é diferente...

_Diferente em quê, Draco? Nós nos odiávamos, e hoje estamos aqui, juntos e felizes.

_Não adianta Gina. Diana não vai ficar com o Potter filho. Ela vai pra Beauxbatons.

_Essa é a sua última decisão? Depois não diga que eu não avisei.

Gina sai do quarto e vai procurar Diana. Entrou no quarto da garota e não ficou surpresa ao vê-la chorando agarrada à algumas roupas, com a mala aberta sobre a cama e sem coragem para arrumá-la.


_Diana, vamos... pare de chorar. – Gina pediu a abraçando.

_Ele... ele... vai me mandar embora, mãe. – ela repetia chorosa – ele me odeia.

_Eu vou com você. Tudo vai ficar bem, eu prometo.

_Você vai comigo? Mas e o papai? Vai deixá-lo aqui sozinho?

_Ele vai sobreviver. – ela disse relembrando as palavras do marido. – foi ele quem quis assim.

Diana não disse nada, aprontou as malas e ergueu a cabeça. Encontrou sua mãe alguns minutos depois no corredor da Mansão. Gina estava arrumada com sua capa de viagem por cima das vestes. Diana olhou-a e constatou qua a mãe não estava brincando, pois carregava duas malas pequenas.

_Vamos. – Gina disse descendo as escadas com a filha e as bagagens. Ao chegarem à Sala encntraram com Draco que estava sentado.

_Onde vocês vão?

_Está com amnésia, por acaso. – Gina disse seca – ou está tentando se sentir menos culpado por expulsar a sua filha e sua esposa da sua vida?

_Virgínia, você não tem que ir para França e sabe disso.

_Minha filha não vai sozinha. – ela foi direta – se você fosse inteligente não a condenaria desta maneira.

_Ela se condenou sozinha. – ele defendeu-se.

_Pois bem. Passe bem o natal, Malfoy. – Gina disse e entrou com Diana na lareira.

_Adeus papai. – Diana disse o encarando com os olhos marejados. Gina apanhava um pouco de pó de flu.

_Seu orgulho não afeta somente você, Draco. – a ruiva disse antes de jogar o pó nas chamas e falar “Mansão Weasley”.


Draco ficou desolado por todo o feriado, nem mesmo a presença de Kevin o alegrava. Estava sentado em frente à lareira, no dia seguinte, relembrando das palavras de Gina. Foi quando Kevin apareceu e sentou-se na poltrona ao lado.


_Sente falta delas, não é?

_Muita.

_Pai, por que ... por que você não aceita e poupa todos nós deste sofrimento?

_Não posso. É mais forte que eu. – e pela primeira vez Kevin viu seu pai chorar.

_Não fica assim, paizão. – Kevin o abraçava – mamãe é cabeça-dura, mas se o senhor escrever, ela volta.

_O problema é justamente esse: eu já escrevi três vezes. Já tentei aparatar na casa do Weasley também, mas ele deve ter posto algum encantamento pois eu não consegui. Não achei que seria tão difícil.

_Sempre é. – Kevin falou e lembrou-se de Alexia. – pai, não deixa que a mamãe escape assim. Vocês se amam. Não é certo ficarem longe um do outro.

_Você tem razão. – Draco levantou-se – eu vou até lá, vou pedir desculpas, vou trazê-la de volta e...

_E Diana? – Kevin perguntou cauteloso – o que fará com ela?

_Ainda não sei....

_Sabe sim. – ele disse o enfrentando pela primeira vez - O senhor sabe que a quer por perto. Sabe que ela não gosta daquelas metidas à besta da Beuxbatons e sabe que ela ama o Rick.

_É só o último fato que eu tento não saber... – Draco respondeu espantado com a atitude do filho.

_Você e mamãe eram inimigos também. Porque não dá uma chance à eles? – Kevin relembrou-o.

_Você é mais parecido com sua mãe do que eu imaginava... – Draco comentou pensativo – vou pensar no assunto, mas por hora vá para o quarto e durma. Amanhã você volta para a escola.

_Tá, vou dormir, mas pense nisso, ok. – Kevin falou despedindo-se do pai com um abraço e indo para o quarto.


N/A: Fic entrando em reta final... então COMENTEM, ok.

Bjuuuuuuuuuuuuuuuuuuuusssssssssssssss

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