Conversas e Decisões




Capítulo 15 – Conversas e Decisões.



Kevin estava há quase 45 minutos agüentando sermão do pai. Draco estava fora de si. Ficava repetindo que o filho devia ter impedido o namoro de Diana. Que ele devia ter amarrado sua irmã no pé da mesa. Devia ter estuporado o Potter. E quando ele dizia que Kevin devia ter isolado a irmã nas masmorras da Sonserina, Gina adentrou o quarto do casal.


_NINGUÉM vai isolar NINGUÉM em masmorra alguma. – ela disse com autoridade – Kevin, saia por favor. – e ele o fez – agora nós vamos conversar. – disse virando-se para o marido.

_Nada do que me disser vai mudar o que eu penso – ele retrucou curto.

_Pare com essa birra infantil. Você tem um problema com o pai do Richard e não com o rapaz!

_Eu não quero minha filha namorando qualquer um! – ele disse raivoso.

_Ele é um rapaz de família. Nós o conhecemos desde o berço. Por Merlin, seja razoável Draco – Gina se exasperou.

_Eu sou razoável. – ele falou cínico.

_Percebo. – ela disse irônica - Você até gosta dele. Por que isso agora?

_Eu? Gostar do filhote do Potter? Me poupe, Virgínia. – Draco falou raivoso.

_Não seja hipócrita Draco! - ela devolveu.

_Eu... olha, eu não quero a Diana envolvida com um... um...

_Um Parkinson? – Gina perguntou casualmente.

_Não envolva a Pansy nisso. – ele se alterou.

_Ela já está BEM envolvida se quer saber. Ela é mãe do Rick. – Gina falou alto – aceite que Diana cresceu.

_Não adianta mudar de assunto – Draco disse sem saber como agir.

_Não estou mudando de assunto. Você é quem está se fazendo de cego. – ela disse e suspirou - Aceite isso, Draco.

_Ela é só uma menina! – ele disse em tom inconformado.

_Ela é uma mulher! – Gina se exaltou assustando Draco – querido, na idade dela nós dois já namorávamos há anos. Enxergue isso, por favor.

_Ela é minha filha. E por isso fará o que eu mandar. – ele concluiu.

_O que você quer dizer com...

_Beauxbatons. – ele disse triunfante e Gina caiu na cama e arregalou os olhos surpresa – ela vai para lá.

_Como? Ficou doido? –Gina se levantou e pôs-se à frente dele – agindo assim você estará expulsando nossa filha da sua vida.

_Ela vai sobreviver. – ele disse seco.

_É a sua última palavra? – Gina perguntou incrédula.

_Sim. – ele foi firme.

_Ok. Cuide da casa sozinho então, MALFOY. - ela disse áspera.

_Que? O que você quer dizer com isso? – ele perguntou espantado.

_Se Diana for para França eu vou com ela. – ela foi decisiva.

_Não pode fazer isso – ele desesperou-se – Não pode me deixar aqui sozinho, Weasley.

_Veremos.- ela disse isso e saiu do quarto deixando um Draco atônito para trás.



Gina estava parada no corredor enquanto lágrimas teimavam em sair de seus olhos. “Ah, Draco. Porque você tem que ser tão idiota?!” ela pensava quando olhou para baixo e avistou dois fios cor de carne conhecidos. “Orelhas extensíveis” ela pensou. Seguiu o rastro e este parava no quarto de Kevin. Sem pensar duas vezes, escancarou a porta.


_Quem te deu isso? – perguntou autoritariamente.

_Mamãe, eu... posso explicar. – Kevin dizia enquanto olhava para a mãe e para Diana que chorava no canto do quarto.

_Kevin, esqueça... – ela suspirou – eu mesma falarei com os seus tios. E Diana você não devia ter ouvido isso, querida. E nem você Kevin.

_Desculpa, nós estávamos curiosos, e... – o ruivo tentava se explicar.

_Tá. – Gina o cortou - Diana não se preocupe. Você não vai para lugar algum senão Hogwarts.

_Como pode ter certeza disso, mãe? – ela perguntou chorosa – papai foi BEM claro.

_Seu pai não me mandaria embora. – ela foi curta – eu vou resolver isso e já sei como.

_O que vai fazer, mamãe? – Kevin perguntou.

_Escrever uma carta. – ela disse simples e rumou para o escritório.


“Se ela pensa que pode mandar por aqui, está muito enganado.” Draco pensava. “Que vá para França, não me importo!” ele mentia descaradamente. Estava morrendo de medo de perder sua ruiva e sua filha, mas não sabia como agir. Estava perdido e sabia disso. “Que merda!” sua consciência gritou enquanto ele socava o travesseiro.

Gina terminara de enviar a carta que quem sabe salvaria sua filha de um destino tão ingrato. “Espero que você possa me ajudar, porque se não...” ela pensava enquanto via a coruja distanciando-se da Mansão no céu azul.


_Pra quem será que a mamãe escreveu, Kev? – Diana perguntou curiosa.

_Não faço idéia. – ele respondeu sincero. – mas acho melhor você contar ao Richard.

_É o que farei. – Diana saiu correndo do quarto do irmão e pôs-se a escrever uma carta para o namorado. Ficou assim:


“Querido Rick,

Nem sei por onde começar, então me perdoe se eu atropelar as palavras e fatos, sim.
Bom, papai descobriu tudo. É isso mesmo. E foi da pior maneira, ele ouviu o Kevin me zoando e ficou uma fera. Minha mãe tá tentando nos ajudar, mas está ficando difícil.
Temo que ele nos separe. Você sabe como ele é um homem poderoso e influente, não sabe?
Pois bem, existe algo que eu não posso te falar assim, por carta. Então teremos que esperar até a volta deste feriado (Que está sendo longo sem você).

Não se preocupe. Tudo vai acabar bem. Eu espero, pelo menos...

Amor,

Diana”



Na mansão dos Potter duas corujas entravam quase ao mesmo tempo. Uma para o jovem Potter, que ficou mais preocupado a cada linha que lia. Decidiu fazer uma loucura.


_Josh! – ele gritou pelo mordomo – apronte a carruagem.

_Vai viajar senhor? - o mordomo magricela perguntou.

_Não, vou à feira! – Ele gritou - Vou á casa dos Malfoy. – ele respondeu apressado – arrume logo sim. – ele disse subindo correndo as escadas e Josh foi prontamente preparar a carruagem.

_Hei. Porque a pressa? – Alex perguntou ao vê-lo subindo os degraus de dois em dois. – vai tirar alguém da forca?

_Não. Da caverna do Dragão seria mais apropriado – ele disse sumindo de vista e aparecendo 10 minutos depois com a capa de viagem por cima das vestes.

_Sério, onde você vai? – Alex teve que gritar pois o irmão já estava do lado de fora da Mansão.

_Ver a Diana. – foi a única coisa que disse enquanto a carruagem dava partida velozmente.

_Ele tá louco. – foi a única coisa que Alex disse antes de entrar correndo em casa procurando pela mãe. – Mãe. Mamãe! Cadê você? MAMÃE !!!! – ela gritava pelos corredores.

_Eu tô aqui! – disse Pansy enfiando a cabeça para fora da porta do escritório – onde é o incêndio, Alexia Potter? Pra quê este escândalo?

_É o Rick. – a morena respondeu ofegante – ele endoidou de vez.

_O quê? – Pansy não compreendia. – o que houve, Alex? Cadê seu irmão? – Pansy perguntou aflita.

_Ele foi até a Mansão Malfoy. – Alex disse rapidamente – ele e a Diana estão namorando e o tio Draco descobriu e não gostou nada.

_Merlin! Eu... eu... – Pansy pensava desconexa – eu vou falar com seu pai. – disse ela e no segundo seguinte subia desesperadamente as escadas rumo ao quarto do casal. Abre a porta num estrondo e ofegante vê Harry parado próximo à janela com um pergaminho em mãos. Ele leva um susto com o aparecimento repentino da esposa.

_Calma amor, o que houve? – ele vai até ela e pergunta preocupado.

_Harry, precisamos conversar – respondeu ela ainda ofegante. – é sobre...

_Acho que já sei. É sobre Richard, não é? – ele perguntou já sabendo a resposta.

_Sim, como sabe? – perguntou ela desentendida.


Harry não respondeu, apenas lhe entregou o pergaminho que tinha em mãos. Pansy lia tudo muito rápido, seus olhos corriam de um lado para o outro da folha amarelada numa velocidade incrível. Ficava cada vez mais pálida e ao terminar de ler olhou para o marido assustada. A carta era de Gina, contando tudo que acontecera entre Richard e Diana e a reação de Draco a notícia.


_E o que você vai fazer agora? – Pansy perguntou encarando as íris verdes do marido.

_Vou até lá. Tenho que conversar com o Malfoy e resolver isso de uma vez por todas – disse ele com firmeza.

_Harry...o que... ora! O que você quis dizer com isso? – Pansy perguntou exasperada.

_Vou conversar com o Malfoy. – ele explicou – não se preocupe. Não exibirei meu talento em feitiços, querida.

_Harry James Potter – ela disse alterada apontando o dedo para ele- não vá arrumar problemas maiores do que os que já temos.

_Claro, pode deixar – respondeu ele sorrindo enviesado enquanto saía do quarto.

_ESPERA! – Pansy gritou do quarto – eu vou com você – ela disse o alcançando nas escadas.

_Não vai não. Vou resolver isso sozinho.- ele foi convicto.

_Ah, vou sim. O filho também é meu, Potter! – ela foi impassível.


Alexia chegou no pé da escada neste momento e aproveitando a deixa disse:


_O que foi agora? Vocês estão brigando outra vez?

_Não. É seu pai que quer ir até a Mansão Malfoy falar com o Draco sozinho. – Pansy respondeu.

_Ah... – Alex disse pensativa – posso ir junto?

_Não. Você fica aqui até nós voltarmos. – Harry disse.

_Mas pai...

_Agora não Alex. Por favor, fique aqui e me obedeça, ok. – ele disse e passou pela filha junto da esposa.

_Certo, papai. – ela resmungou.



Colocaram a capa de viagem e aparataram no escritório de Draco na Mansão Malfoy.



N/A: Que será que vai acontecer???????? Pra saber é simples: basta COMENTAR e VOTAR, ok.

Bjinhus. ^_^

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