Conselhos



Capítulo 12 – Conselhos.


No Salão Principal as duas foram almoçar nas mesas de suas respectivas Casas. Alexia se sentou distante de Kevin, que a observava comer. Ela notou os olhares do ruivo, que estavam começando a incomodá-la. Ficando muito sem graça com a atenção em demasia, Alex se levantou da mesa não sem antes dar uma olhada fuzilante no ruivo que ficou sem jeito.


Deu uma última olhada para o seu almoço e levantou-se. Quando saiu do Salão e rumava para os jardins sentiu uma mão segurando seu braço. Era ele.


_Preciso falar com você. – disse ele olhando nos olhos dela. Estava arrependido, era nítido - E tem que ser agora.- terminou ele com a autoridade típica dos Malfoy. Aquilo irritou Alex profundamente.

_Não estou à sua disposição Sr. Malfoy. – ela foi curta. Livrou-se dos braços dele e correu, agora, para o Salão Sonserino.

_Peraí. Alex, volta aqui! – ele gritou enquanto ela virava o final do corredor. – eu gosto de você, morena. – ele completou num sussurro, voltando para terminar o almoço.


Chegando no dormitório, Alex jogou-se na cama e chorou. Chorou por ser idiota. Chorou por estar arrependida de não ter falado com ele. Chorou por estar apaixonada por aquele que ela pensava não corresponder. Decidiu escrever, sempre fazia isso quando ficava triste. O que ela não esperava era escrever uma carta, principalmente para sua mãe. Estava escrito assim:


“Olá mamãe,

Como estão as coisas por aí? Espero que bem. Sinto saudades de vocês dois. Papai deve estar trabalhando muito, não é. Sempre ajudando os outros, é tão Grifinório.
Bom, não é só por saudades que escrevo esta carta. Peço para que não conte ao papai, não ainda, não sei qual seria a reação dele.
Chega de embromar. Mamãe, tá sentada? Tá, ok. Eu vou falar: eu me apaixonei. Não ria. O caso é sério. Eu me apaixonei, por ninguém menos que Kevin Malfoy. É isso mesmo: pelo MALFOY! Onde eu tô com a cabeça, ouso perguntar. Papai vai querer me deserdar ou então vai arrancar um pedaço do Kevin.
Mãe, eu tô com medo. Não sei o que fazer, preciso dos seus conselhos agora. Me manda uma resposta tá. Preciso de você!

Amor,
Alex.

*Se quiser mandar um berrador, terá toda a razão. Ah, mas manda um individual, pode ser?”



Alex despachou a coruja cinza que possuía, seu nome era Mandy, e logo após adormeceu. Acordou horas depois com uma grande resposta de sua mãe. A própria Pansy estava ali. Com seus característicos cabelos lisos, negros e curtos. Seus olhos profundos e sua pose altiva. Com certeza era ela, Pansy Parkinson Potter.


_Mamãe? – Alex perguntou levantando a cabeça – o que faz aqui?

_Vim ao seu socorro, querida. – ela disse sorrindo.

_Não, quer dizer, como entrou aqui na Sonserina? – Alex perguntou.

_Ora, falei com Dumbledore. Ele me deu a senha. Eu fui uma Sonserina, mocinha. – Pansy explicou.

_Claro, claro. Mãe como eu sinto sua falta. – Alex disse abraçando-a fortemente em seguida. As duas eram muito ligadas.

_Eu também amor, eu também. – Pansy disse retribuindo o abraço – agora vamos direto ao assunto: Kevin Malfoy?

_Shiii fala baixo. – Alex disse urgência.

_Ok, é um segredo então. Mais alguém sabe?

_Diana.

_Hum, e ele? Você não vai falar nada com ele?

_Não, melhor não. – Alex apressou-se em explicar – ele é muito galinha, riria de mim.

_Querida se de uma coisa no mundo eu posso ter certeza é que um Malfoy sempre é galinha. – Pansy falou rindo.

_Como?

_Nada não, coisas da minha época de escola. Mas acredite se ele gostar de você, nunca fará você sofrer.

_Ah, que ótimo! E como eu saberei disso? – Alex perguntou sarcástica.

_Fale com ele. Ou então descubra. – a mãe disse calmamente.

_E como eu faria isso mãe?

_Você é amiga de Diana, certo? - Alex fez que sim com a cabeça – então pergunte à ela. É simples.

_Não tão simples. Diana também está com problemas.

_Outro garoto? –Pansy perguntou interessada.

_É. Mas vamos falar de mim, tá. Eu tô confusa. Odeio quando ele me deixa assim!
_Vocês se beijaram? – Pansy perguntou abruptamente, fazendo Alex corar.

_Como? Quer dizer porquê diz isso?

_Se beijaram sim. – Pansy afirmou olhando-a nos olhos – você não sabe mentir pra mim, Alexia. Quantas vezes?

_Duas. Uma no expresso quando o trem balançou e nós caímos. A outra foi no calor de uma briga, no meio do corredor – Alexia contou sem jeito.

_Briga? Porquê vocês...? – Nem conseguiu terminar a pergunta.

_Ele espalhou, melhor, espalharam pelo Castelo que nós estávamos namorando e tínhamos brigado antes por causa de ciúmes. Daí eu achei que tinha sido ele que começou com o assunto para me estressar, sabe e fui tirar satisfações. Nós discutimos e ele me beijou. Fiquei furiosa. Ele estava me usando! – Alex terminou exasperada.

_Ok, vamos com calma. Vocês brigaram por causa do boato, certo?

_Sim.

_E ele diz que não foi ele quem espalhou isso por aí, não é?

_Certo.

_Eu acredito nele. Não acho que ele espalharia algo assim.

_Você tá do lado dele mamãe?! – Alex perguntou atônita.

_Não, mas pense. Se ele tem essa fama de conquistador, não a estragaria numa brincadeira dessas, ainda mais com uma amiga de infância.

_Eu não sei. Ele me confunde.

_Ele te pediu desculpas?

_Tentou. Mas eu não dei brecha para que ele fale comigo.

_Assim fica difícil. Como você vai saber o que está acontecendo se não se der uma chance? – Pansy suspirou – fale com ele. Vai ser melhor. E não tenha medo do que está sentindo, é normal ficar confusa assim. Eu que o diga!

_Verdade. Você e papai tem uma história, hum... interessante.

_É. Temos sim, mas agora desça para o jantar, não quero você passando mal de fraqueza depois. – ela disse com autoridade.

_Sim, senhora. – Alex disse levantando-se e batendo continência. – a senhora fica para o jantar?

_Não, querida. Tenho algo ainda para fazer, mas deixe um beijo pra seu irmão, ok.

_Tá eu falo com ele.



N/A: COMENTEM OU NÃO ATUALIZO !!! Bjus.

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