Memórias



Harry preparou suas malas em menos de cinco minutos. Desta vez, não estava levando nada que ganhara na casa dos Dursleys, somente estava levando aquilo que ganhara de seus amigos, ou de outras pessoas que não eram daquela família.
Harry estava muito feliz, pois logo aconteceria uma coisa que ele esperou por anos para acontecer, a sua deixa da casa dos Dursleys. Ele estava muito ansioso pela chegada de Lupin, afinal não via seus amigos desde o casamento de Fleur e Gui. Ao lembrar do casamento, Harry começou a recordar tudo o que aconteceu naquele dia, o ultimo dia que passara com seus amigos antes de retornar a casa de seus tios.

A igreja estava muito cheia naquele dia, todos estavam muito ansiosos com a chegada dele. Harry chegou à igreja, que era muito diferente de uma igreja de trouxas – pelo menos dizia Lupin, pois Harry jamais havia ido a uma igreja – Era uma sala enorme, com um teto esférico com desenhos de tudo o que acontecia naquele dia – estava passando o jogo da Irlanda contra Japão – As paredes eram totalmente enfeitadas por quadros, que Harry descobrira ser de bruxos e bruxas que ali se casaram, e, todos os bruxos estavam olhando em direção a porta de entrada, que estava cheia de bruxos e bruxas. De repente, os bruxos e bruxas que estavam na porta de entrada, aparataram para os assentos, todos fofos de pêlos de ovelhas, e a Sra. Weasley berrou.
- AHHHHH! Estão vindo.
E então uma música clássica começou a tocar. E Fleur Delacour apareceu diante a porta de entrada, acompanhada de um rapaz de cabelos muito grisalhos, alto e gordo.
- Quem é ele, Rony? – perguntou Harry baixinho.
- É Vrourte Delacour, o pai de Fleur.
Fleur foi andando em direção ao altar, e chegando lá, foi beijada pelo Sr. Delacour, que se dirigiu ao assento mais próximo, enquanto Fleur se dirigia a um senhor idoso, de aparência magra e baixa, que estava em cima de uma poltrona de chintz.
- E aquele? – perguntou Harry.
- O padre Towro Makouai – respondeu Rony.
Fleur apertou a mão de Towro e em seguida desceu os degraus e voltou em direção à porta de entrada, e, entrou de novo, só que desta vez, acompanhada por Gui. Os dois se encaminharam ao Sr. Makouai, que desta vez apertou a mão de Gui, e os dois desceram os degraus, e se sentaram em um sofá duplo em formato de coração. E o Sr. Makouai começou:
- Sonorus! – murmurou ele apontando a varinha ao seu pescoço.
- Como é lindo o amor! – falaram Jorge e Fred juntos – Blargh!
- Quero que as famílias dos noivos se aproximem – e dito isso, o Sr. Makouai fez um breve movimento com sua varinha, e, dois sofás apareceram do lado do sofá onde permaneciam sentados Fleur e Gui.
Então a Sra. e o Sr. Weasley se levantaram de suas poltronas e foram em direção ao sofá a o lado de Gui, e se sentaram lá. Assim também fizeram Rony e Carlinhos, enquanto o sofá ao lado de Fleur estava sendo ocupado pelo Sr. e a Sra. Delacour – que Harry vira no dia que receberam visita no quarto ano, o ano do Torneio Tribruxo em que Harry conhecera Fleur e Gui, e também o ano em que Fleur e Gui se viram pela primeira vez.
- Eu não vou lá não! – disse Fred.
- Eu também não! – falou Jorge.
Mas a Sra. Weasley os lançou um olhar raivoso, e, os dois se levantaram e se sentaram no sofá ao lado de Gui deixando Harry sozinho na fileira. Harry então se levantou e se sentou na fileira de trás, que havia uma poltrona vaga.
- Ahram! – pigarreou Sr. Makouai – Estamos reunidos aqui, para a união desses dois bruxos, que se conheceram, namoraram, ficaram noivos e vão se casar...
- A senhora sabe quanto tempo vai demorar esse casamento? – perguntou Harry a uma senhora gorda e baixa.
- Non! – respondeu à senhora – E non me chame de senhorra, me chame de Victorria.
- Prazer – apresentou-se Harry – sou Harry Potter.
- Victorria Parres – apresentou-se a senhora – Irrmã de Vrourte, tia de Fleur.
- Sou amigo do Rony – falou Harry – Irmão do Gui.
- Quem é você? – perguntou a Sra. Parres – Por que está falando comigo?
- Sou Harry Potter! – exclamou Harry – Já me apresentei!
- Você é o que do noivo? – perguntou Sra. Parres.
- Sou um amigo dele!
- Quem é você? – perguntou ela de novo.
- NÃO SOU NINGUÉM! – berrou Harry, e o seu berro ecoou pela igreja inteira.
- Shhhhhhhhhhh! – chiou o Sr. Mikouai.
- Desculpe! – desculpou-se Harry, que se levantou e se dirigiu a fileira a sua esquerda, que estava praticamente vazia, exceto pela família Lovegood.
- Com licença! – pediu Harry.
- À vontade! – exclamou Luna – Mamãe, este é Harry Potter, um amigo de Hogwarts.
A Sra. Lovegood ficou olhando Harry por cima da cabeça de Luna deixando Harry completamente desconfortado, mesmo assim, Harry virou o olhar para o altar.
Olhando para o altar, Harry avistou Hermione que estava sentada em uma fileira próxima ao altar. Harry levantou-se e se encaminhou a fileira onde Hermione estava sentada, tentando não se importar com o olhar da Sra. Lovegood que continuava olhando para ele. Chegando a fileira onde Hermione estava sentada, Harry começou a pedir licença para passar e ocupar o lugar ao lado dela. Porém, quando estava chegando próximo a ela, Harry tropeçou no pé de um senhor que aparentava ser tio de Fleur – o rapaz tinha os cabelos prateados como o de Fleur, mas Harry sabia que era tio, porque a avó de Fleur era uma veela – o tombo fez um barulho tão grande que ecoou pela igreja inteira, porém desta vez, ninguém viu que era Harry porque ele ainda estava caído sobre o chão quando todos começaram a olhar pela igreja tentando localizar o autor do eco.
Quando todos voltaram sua atenção para o altar, Harry levantou-se, e se encaminhou a Hermione, que estava olhando fixamente para ele.
- Harry! O que é isso? – resmungou ela baixinho – Estamos em um matrimônio!
- Não fiz por mal! – respondeu ele – Foi sem querer!
- Ta bom! Agora senta aí e fica quieto, você já fez muita besteira neste casamento!
Terminando de ouvir Hermione falar, Harry ocupou a poltrona ao lado e voltou sua atenção para o casamento.
- Srta. Delacour e Sr. Weasley – disse o padre – Chamem suas damas de honra, começando pela senhorita Srta. Delacour.
- Eu Fleur Delacour recebo minha aliança de minha dama de honra, cuja qual sempre me foi leal, honesta e além de tudo, amiga. A minha fiel guardadora, e, minha irmã, Gabrielle Delacour.
Após Fleur ter terminado de dizer a ultima palavra, Gabrielle surgiu à porta de entrada, com uma almofada vermelha, cuja qual estava pousada uma pequena jóia de ouro, que assim que Gabrielle chegou ao altar, brilhou reluzentemente forte: Fleur Dorsyié Delacour. Então Fleur pegou a aliança da almofada, e colocou no dedo de Gui dizendo:
- Gui, meu amado Gui, cujo qual conheci, me apaixonei, namorei, noivei, e com quem aqui estou neste local para me unir para sempre, e todo o sempre, até que sejamos separados por algo que não esperemos. Entrego-te esta aliança em nome do meu amor por você.
Após dito isso, todos fizeram um minuto de silêncio, que foi quebrado por Gui dizendo:
- Eu Gui Weasley recebo minha aliança de dama de honra, cuja qual sem me foi confiável, amiga e gentil. A minha fiel guardadora, e, irmã, Gina Weasley.
E como Gabriele, Gina surgiu na porta de entrada, com uma almofada vermelha, cuja qual estava pousada a pequena aliança, e, quando ela chegou ao altar, a aliança brilhou fortemente: Guido Frederico Weasley. Então Gui pegou a aliança da almofada, e colocou no dedo de Fleur dizendo:
- Fleur, minha amada Fleur, cuja qual sonhei a vida inteira, esperando o dia em que conheceria-te, namoraria-te, noivaria com você, e então casaria em uma igreja, com você ao meu lado em cima do altar. Entrego-te esta aliança em nome do meu eterno amor.
Todos bateram palmas, mas Gui pediu novamente a palavra.
- Tenho um texto para ler para você, minha querida amada.
Todos fizeram silencio, e, então Gui começou.
- Um sonho tão esperado, palavras que diria um dia, sonhei a vida inteira, que contigo casaria. Não espero o amanhecer, nem as palavras de alguém, só quero você, e, mais ninguém – declarou-se Gui – Agora eu terminei!
E todos então voltaram a bater palmas, Harry olhou para o lado, e viu Hermione chorando.
- O que foi Mione?
- Esta foi a declaração mais linda que eu já ouvi – disse ela – Espero que alguém um dia se declare assim para mim também!
Harry voltou sua atenção ao altar, onde viu Fleur e Gui se beijando, e, todos bateram palmas novamente, e, o padre disse.
- Felizes são aqueles que recebem o lacre do amor! – assim dizendo o padre, todos que estavam presentes na igreja murmuraram – Lacrus Cassew!
Então uma nuvem branca desceu do céu, e, pousou no altar onde Fleur e Gui passaram, e, então desapareceram.
- SEQUESTRARAM ELES! – berrou Harry a todos – VOCES NÃO VAO FAZER NADA?
- Harry! – chamou Hermione - E a tradição! Eles passam pela nuvem e desaparecem, só assim se prova que foram feitos um para o outro! Se não desaparecem , a união é cancelada!
Assim ouvindo, Harry se sentou na poltrona, de onde não levantou até a hora de sair da igreja.
Assim que as primeiras pessoas se levantaram, Harry também se levantou e se virou para Hermione e para a Sra. Granger.
- Vamos, Mione!
- Harry! – disse ela com vergonha – Sente-se! Que vergonha!
- Por que? – perguntou ele inconformado.
- Eles só foram ao banheiro! – respondeu ela envergonhada.
Novamente, Harry se sentou ao olhar de todos, e só se levantaria quando Hermione se levantasse.
Alguns minutos se passaram, e Hermione finalmente se levantou dizendo:
- Agora vamos, Harry!
Harry se levantou, e, seguiu Hermione até a porta da saída, onde se perdeu dela.
As horas se passavam e nada de Hermione aparecer, Harry começou a ficar preocupado.
- Como é que ela pôde desaparecer assim? – questionava-se ele – Ela não sabe, e, não pode desaparatar!
Então, muitas horas se passaram, e anoiteceu. Harry estava inconformado, “Como poderia voltar a sua casa, como poderia sair da igreja, mal sabia onde estava”. Até que então ele teve uma péssima lembrança em sua cabeça, que porém, nessa hora, seria uma boa e única opção.
Harry então levantou a varinha, até que de uma névoa que existia ali perto de onde estava, surgiu um veículo fantasma, que parou a sua frente, e, um rapaz alto, magro e cheio de espinhas disse:
- Bem vindo ao Noitibus Andante! Sou Stanislau Shumpike, mas pode me chamar de Stan!
Harry ficou olhando o rapaz, que já dissera isso a ele em uma viagem a quatro anos atrás.
- O que foi? – perguntou Stan – Não vai entrar?
Harry então subiu os degraus do ônibus e se sentou em uma cadeira vaga no terceiro andar, quando ouviu alguém falar:
- Harry Potter!
Harry olhou para trás e viu um velho, o antigo motorista do Noitibus – e Harry nem tinha percebido a mudança de motorista.
- Para onde vai? – perguntou Stan.
- Little Whinging – respondeu – Surrey!
- O.K.! – disse Stan – LITTLE WHINGING! VAMO NESSA ADESTOR!
E o Noitibus saiu correndo pela cidade, e, em vinte minutos deu uma forte freada na frente da casa dos Dursley. Harry nem percebera que havia chegado, pois estava com o rosto grudado no vidro do Noitibus.

Harry havia lembrado muito bem daquele dia, e ficou tão preso a esta lembrança, que nem notou as horas passarem. Só notou quanto tempo havia passado, quando ouviu um toque de campainha.
Harry correu para a janela de seu quarto, e, olhou o lado de fora. Estava um homem velho, de aparência totalmente acabada, de cabelos brancos, e vestes muito rasgada. Era quem ele esperava.
- Lupin!

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