Um Convite de Adeus



Harry deitou em sua cama, após uma desgastante discussão com sua tia. Pouco tempo depois, ele pegou no sono.
A noite de Harry foi tão calma quanto à tarde, onde ele simplesmente ficou trancado em seu quarto, de castigo. A única coisa que atrapalhou o sono de Harry foi o toque da campainha dos Dursleys.
- Uma e quinze da madrugada! – disse Harry bocejando – Quem será essa hora?
Harry levantou de sua cama, calçou os chinelos, e, logo começou a descer as escadas, para ver quem era. Mas ao chegar à sala de estar, viu que Tio Valter e Tia Petúnia já haviam atendido quem era, e, estavam conversando com essa pessoa. Harry não conseguiu ver direito quem era, só viu um par de pernas gordas com calça jeans azul, e, outro par de pernas bem finas e firmes, de calça social azul-escuro. Harry também conseguiu ver um pouco acima da cabeça de Tio Valter cujo qual era mais baixo que Harry. A mesma pessoa que trajava uma calça social azul-escuro, usava um chapéu de mesma cor.
Harry só conseguiu ver quem eram as pessoas, quando Tio Valter as convidou para entrar. Era Duda, e a outra pessoa era uma policial.
- Certamente deve ter pegado Duda andando de carro sem carteira – pensou Harry.
Depois de fechar a porta, Tia petúnia avistou Harry, e lançou a ele um olhar de “Vá para o seu quarto”, e Harry, para não contrariar sua Tia, que já estava muito irritada com ele, Harry saiu da sala de estar e foi em direção a seu quarto. Mas, Harry não foi para seu quarto, ele se escondeu no armário da escada, onde ele dormia antes de ir para Hogwarts, e ficou ouvindo a conversa.
- Pode falar Srta. Policial, o que nosso Dudoca fez? – perguntou Tia Petúnia.
- Ele estava dirigindo um veículo – respondeu a policial.
- Mas o que tem de mais? – perguntou Tio Valter com um ar de não quero resposta.
- O que tem de mais? Vou-lhe dizer o que tem de mais! – começou a policial – Primeiro, ele é menor de dezoito anos, não deveria ter um carro.
Ao ouvir isso, Tia Petúnia lançou um olhar de total desprezo a Tio Valter.
- Segundo – continuou a policial – Ele não tem uma carteira de motorista...
Ao ouvir isso, Duda tapou os ouvidos para não ouvir o que Harry disse, e aceitar que ele estava certo.
- ... isso significa que ele não aprendeu o que é necessário para dirigir um veículo automotivo – continuou ela – Terceiro...
Ao ouvir isso, Harry começou a rir de Duda, que já estava cansado de ouvir as broncas da policial. De repente Duda fez uma coisa inesperada.
- TERCEIRO, QUARTO, QUINTO – berrou Duda – VOCE QUER IR DIRETO AO ULTIMO, EU QUERO IR DORMIR!
Todos na sala fizeram uma cara de espanto, inclusive Harry no armário. Então a policial falou:
- Vocês têm que educar esse moleque!
- Desculpe Srta. Policial – disse Tio Valter tremendo, explicando a atitude do filho – Ele está cansado!
E Tio Valter lançou a Duda um olhar de raiva.
- E-el-ele po-po-pode i-ir do-do-dormir – gaguejou Tia Petúnia – N-nós d-d-dize-dizemos tu-tu-tudo p-p-pa-para e-el-ele a-ma-mama-amanhã.
- Senhora fique calma – disse a policial – Ele não pode! Deve ouvir tudo o que tenho a dizer!
Ouvindo tudo o que a policial tinha a dizer para Duda, Harry pegou no sono, e outra vez dormiu, mas desta vez no armário.
Harry acordou no outro dia com os agudos gritos de Tia Petúnia.
- A CULPA FOI SUA VALTER! – berrava ela – EU FALEI QUE ESSE CARRO NÃO SERIA BOA COISA! JÁ ATRAPALHOU NOSSA VIDA NO MESMO DIA!
- Eu sei Petúnia – desculpava-se Tio Valter – Me desculpe!
Harry saiu do armário com o corpo todo dolorido, foi em direção a seus tios e disse:
- Tia Petúnia, eu sei que o Tio Valter é culpado por dar um carro ao Duda, mas o Duda também é culpado por não me ouvir.
- Ouvir você? – disseram os dois juntos surpresos – Por quê?
- Eu disse para ele não dirigir sem carteira de motorista – explicou Harry.
De repente ouvi-se um baque grande na escada, e Duda chegou na sala de estar berrando:
- É MENTIRA MÃE! É MENTIRA!
- NÃO É NÃO! – berrou Harry – EU TE AVISEI!
- É MENTIRA PAI! – berrou Duda – VOCE ACREDITA EM MIM, NÃO ACREDITA?
- Claro que sim, Duda! – disse Tio Valter, que ao mesmo tempo fez um ar de extrema raiva para Harry – MENTINDO PARA CASTIGARMOS DUDA, HEIN MOLEQUE! DESTA VEZ VOCE PASSOU DOS LIMITES!
- É! – gritou Duda, ao ressonante grito do Tio Valter.
Então, de repente, ouviu-se o toque do telefone, e Duda correu para atende-lo.
- Alô! – disse Duda.
- Oi, é da casa dos Dursleys? – perguntou a pessoa do outro lado.
- Quem é? – perguntou Duda.
- Hermione Granger – disse ela - Gostaria de falar com Harry Potter.
- Harry não está! – mentiu ele.
- MENTIRA! – gritou Harry, tentando fazer a pessoa com quem Duda conversava ouvi-lo – EU ESTOU AQUI!
- Harry está gritando? – perguntou ela.
- Não, ele não está! – terminou Duda, e bateu o telefone com força no gancho.
- QUEM ERA? – perguntou Harry berrando.
- Alguém! – respondeu Duda.
Então Harry correu, subiu as escadas, e entrou em seu quarto. Segundos depois, Harry veio correndo em direção a sala com sua varinha empunhada na mão direita, e apontou-a para Duda.
- QUEM ERA? – perguntou Harry aos berros – FALA SENÃO VOU TE LANÇAR UM FEITIÇO!
Duda começou a tremer, o Tio Valter olhou feio para Harry, enquanto Tia Petúnia desmaiava no chão.
- E-e-era u-uma ta-ta-tal de Ermiomem Granja – gaguejou Duda.
- O QUE ELA QUERIA? – perguntou Harry mais alto ainda.
- N-n-não s-se-sei! – gaguejou Duda ainda mais – E-ela n-n-não f-fa-fa-falou!
Após Duda terminar de gaguejar, Harry abaixou a varinha, subiu as escadas, e foi para seu quarto. Não demorou muito para Harry assoviar, e Edwiges surgir do meio das arvores.
Harry foi até seu guarda-roupas, pegou um pedaço de pergaminho e uma pena, molhou-a no pote de tinta, e escreveu o seguinte:

Hermione,

Você quer falar algo para mim? Por que
ligou? Mande logo sua resposta!

Harry

Harry enrolou a carta, e a pendurou com um pedaço de barbante na perna de Edwiges, que levantou vôo, saiu do quarto pela janela, e voou, até que desapareceu na luz do sol, que estava tão forte quanto à tarde do dia anterior.
Dois dias então se passaram, já era 21 de agosto, e, nada de carta, Harry esperara tanto a resposta de Hermione nos dois últimos dias, que começou a achar que a sua ansiedade pela resposta, estava fazendo-a demorar tanto.
Harry desceu para tomar café na manhã de 21 de agosto, e acabou descobrindo que sua ansiedade foi enorme, que o fez esquecer o aniversario de Duda, que naquele dia estava completando 17 anos. Mas, Duda ainda não era maior de idade, os trouxas só se tornavam maiores de idade quando completavam 18 anos, bem diferente dos bruxos. Mas, não era só o aniversário de Duda que estava fazendo daquele dia diferente.
- Sente-se para tomar café, querido – convidou Tia Petúnia, com uma cara totalmente diferente das que fazia para ele quando o via.
Harry se sentou estranhando muito a atitude de sua tia, era muito anormal ela convidar ele para se sentar a mesa para tomar café-da-manhã com eles.
- Quer bolo? – perguntou Duda servindo uma grande porção de bolo de chocolate em um pratinho de porcelana.
Harry começou a se preocupar, havia alguma coisa muito estranha na atitude de seus tios, então Tio Valter começou a falar:
- Então Harry! – começou ele – Quando você pretende ir embora?
A pergunta de Tio Valter o fez cuspir todo o bolo que estava comendo.
- Fala logo! Quando você pretende? – repetiu Tio Valter a mesma pergunta.
- Depois de amanhã – respondeu Harry – De noite.
Harry não gostou da pergunta de seu tio, mas sabia que seus tios estavam planejando alguma coisa com aquele paparico. De repente, Harry levantou-se da mesa, e saiu correndo em direção a seu quarto.
Quando chegou em seu quarto, Harry avistou uma grande sombra, e depois no mesmo lugar onde estava a sombra, apareceu uma sombra minúscula. Era Píchi, a coruja de Rony, que lhe trazia uma carta, mal pendurada na perninha minúscula da coruja. Harry abriu-a com muito entusiasmo:

Harry

Liguei para dizer que a Ordem da Fênix
foi atacada há uma semana, não sabemos
quem atacou ou ordenou esse ataque, mas
precisamos de você aqui, Lupin irá buscá-lo
hoje à tarde. Além disso, nosso teste de
aparatação será amanhã às 7 horas.

Mione

P.S.: Rony também foi selecionado para
CEBPQH virão buscá-lo depois de amanhã
e Lupin já avisou aos coordenadores que
Você virá para cá, e irá junto com ele.

Harry deu um pulo de tanta felicidade.
- ADEUS DURSLEYS! – gritou Harry feliz.
De repente, a única coisa que poderia estragar a felicidade de Harry, apareceu no quarto: Duda Dursleys.
- Adeus? – perguntou Duda – Para onde você vai?
- Para um lugar bem longe daqui! – respondeu Harry feliz.
- Você não tem para onde ir! – disse Duda rindo.
- Eu tenho amigos! – exclamou Harry determinado – Vou para a casa deles!
- Quem vai querer ser seu amigo? – desfiou-o Duda.
- Hermione Granger – começou Harry – Quer que eu continue?
- Você não tem tantos amigos quanto eu! – disse Duda preocupado.
- Quem são seus amigos? – perguntou Harry em tom de desafio.
- Lucas Rogers... – começou Duda.
- Foi preso por dois policiais por ter batido em uma garotinha de onze anos! – respondeu Harry.
- ... Felício Brommish... – continuou, embora Harry não estivesse dando a menor bola.
- Felício? – perguntou Harry – Não é aquele que ficou louco de tanto fumar!
- ... ainda tem... – falou Duda começando a se preocupar – Ainda tem, tem!
- Ninguém! – falou Harry em uníssono – Enquanto eu tenho Rony, Neville, Gina, Luna, Dino, Lilá, Parvati...
Duda estava tão envergonhado por Harry ter mais amigos que ele, que acabou saindo do quarto com os olhos completamente vermelhos.
Após Duda ter saído do quarto, Harry começou a preparar as malas, afinal Lupin viria buscá-lo naquele dia à tarde, e, ele estava tão ansioso com a partida dele, que não queria atrasá-la por nada.

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