Medo na Toca



Pessoal, consegui postar este capítulo bem mais rápido, não é? Tomara que eu arrume tempo para que os próximos não demorem também. Agradeço demais os comentários de vcs. Beijos!



Assim que acordou, Harry desceu e preparou o café. Ele e os amigos combinaram de aparatar na Toca ainda de manhã.

- Estou louca para ver o Bichento! – disse Hermione – Que sorte a sra. Weasley concordar em tomar conta dele. Não queria ter que colocá-lo em um abrigo de animais, enquanto não posso ficar com ele.

- Que sorte para os animais do abrigo, você quer dizer. – Rony brincou.

- Ron, você ainda não gosta do Bichento? – perguntou ela com as mãos na cintura.

- Ele é que não gosta de mim, Mione. – respondeu ele – Bem, quem sabe agora que a dona dele não está brigando tanto comigo, ele me dá uma trégua, não é? – e piscou para ela.

- Se ele for ciumento, aí é que você se ferrou de vez, Ron. – brincou Harry.

- Pois é, a Mione sente falta do gato e eu da minha mãe. Aliás, a Sra. Molly Weasley vai ficar radiante ao ver o filhinho dela. – disse Rony, mastigando um pedaço de bolo.

- Não fale de boca cheia, Ron! – disse Hermione.

- Como você é convencido, cara! Quem te garante que ela já não se acostumou e quer você bem longe de casa? Afinal são umas dez bocas a menos para o almoço. – brincou Harry, rindo junto com Hermione.

- Você está insinuando que eu como por dez, Potter? – o ruivo perguntou.

- Insinuando não, estou falando diretamente.

- Muito engraçadinho você, Harry. Se quer saber, aposto que minha mãe vai logo procurar fazer meu prato favorito quando souber que vou almoçar por lá. E é claro que ela não se acostumou com a minha ausência. Na verdade, existem 2 pessoas neste mundo que sempre morrem de saudades de mim: minha mãe e Hermione.

- Harry tem razão, Ron. Você é muito convencido mesmo! – disse Hermione sorrindo – Quem disse que eu morro de saudades de você?

- Você mesma, hoje cedo, quando me viu. Você disse, antes de me agarrar: “Já estava morrendo de saudades.” – disse ele tentando imitar a voz da garota.

- É, realmente eu falei. – disse corando – Ok, eu confesso, eu morro de saudades de você. Satisfeito? – completou.

- Se me deixasse dormir no seu quarto, não ficaria com tantas saudades. – disse ele.

- Tudo ao seu tempo, Roniquinho. – ela disse, recolhendo os pratos.

- Roniquinho? Até você, Mione? Já não bastam Fred e Jorge? – disse ele e completou – Você já pôde perceber que o Roniquinho não é tão Roniquiiinho assim.

- Ronald! – exclamou Hermione.

- Está com essa bola toda, Ron? – começou Harry – Você não...

- Vamos parar com esse papo? – protestou Hermione sem graça e super vermelha, interrompendo Harry e pondo fim naquela conversa.

- Está bem! Mudando de assunto, então, você falou com a Gina ontem, Harry? – perguntou Rony.

- Não, eu acabei caindo direto no sono ontem à noite. Vou falar quando estivermos na sua casa.

- Então é melhor nos aprontamos logo para ir.

Assim que acabaram o café, trocaram de roupa e desaparataram para a Toca.
Ao chegarem, eles notaram tudo muito silencioso. Na verdade, o silêncio era esperado, afinal só Molly deveria estar em casa. Se aproximaram da cozinha. Ela estava vazia.

- Ué, onde será que está minha mãe? – comentou Rony – Mãe! – ele chamou.

Não houve resposta.

- MÃE!!!! – ele gritou para as escadas, mas o silêncio permaneceu – Será que ela saiu? – ele disse para os amigos – Mas para onde? Vou dar uma olhada lá em cima, vai ver ela não nos ouviu. – disse e subiu as escadas.

- Vou ver lá no quintal, Mione. – disse Harry – De repente ela está...

Mas ele não terminou a frase, pois ouviu o amigo dar um grito:

- MÃE!!!

- Harry, este grito não é chamando pela mãe, vamos lá! – disse Hermione, puxando Harry pelo braço e subindo correndo as escadas.

Ao chegarem próximos à porta do quarto do casal, viram Rony abaixado junto à mãe, que estava caída no chão.

- Ron, cara, o que houve?

- Harry, Mione, me ajudem a colocá-la na cama.

Os três levaram Molly até à cama e a deitaram. Rony estava muito vermelho e nervoso. Molly respirava, mas tinha um corte próximo aos lábios. O filho levantou a varinha e disse:

- Enervate! Vamos, mãe! Enervate!

Molly não acordou.

- Ron, vamos levá-la ao St. Mungus! Não podemos perder tempo! – disse a garota.

- Eu só posso aparatar com você, Mione! Não vai dar para levá-la junto! Você não dará conta de dois! – Rony disse nervoso.

- Você vai comigo, Ron! – disse Harry – Hermione leva a sua mãe. Vamos logo!

Na hora em que eles iriam desaparatar, Molly abriu os olhos, lentamente.

- Mãe! – exclamou o ruivo.

- Ron..., m-meu f-filho... – disse estendendo os braços para ele devagar.

Rony deu um abraço na mãe.

- O que houve, mãe? Encontramos a senhora caída e tem sangue aí perto da sua boca. Foi algum Comensal?

- Ajudem-me aqui. – ela disse num esforço para se sentar.

- Fica deitada, mãe! Me conta o que houve!

- Estou bem, Ron. Me ajude!

Eles ajudaram Molly a se sentar e ela contou:

- Eu estava na cozinha, fazendo o almoço, quando ouvi um barulho aqui em cima. Na hora, eu achei que fosse o gato da Hermione e deixei para lá, mas depois eu percebi que era barulho de passos no corredor. Então eu pensei que seu pai pudesse ter esquecido algo, ele saiu apressado para o Ministério. Ou talvez Fred ou Jorge, que sempre aparecem de repente, do nada. Então eu gritei o nome deles e, na hora, o barulho parou.

- Mãe, fala logo, quem era?

- Bem, eu resolvi subir e quando cheguei no corredor, eu vi uma menina. Devia ter mais ou menos a idade da Hermione. Ela tinha cabelos pretos e pele bem clara.

Os três arregalaram os olhos.

- Violet! – exclamou Hermione.

- Nancy! – exclamou Rony.

- Professora Stairovsky! – finalizou Harry.

- Quem? O que vocês est...

- Continua, mãe! – pediu Rony.

- Bem, eu imediatamente levantei a varinha e perguntei quem era ela e o que estava fazendo na minha casa. A resposta dela foi levantar a varinha e me estuporar. Não vi mais nada, até acordar agora.

- Mãe, nessa época de guerra, não tem que perguntar nada. Lança logo um feitiço e pergunta depois!

- Eu não sigo essa cartilha, filho. Não posso sair azarando alguém, sem dar a chance da pessoa se explicar.

- Pois é mãe, mas se ao invés de um “estupefaça”, ela lançasse um “avada kedavra”, a senhora não estaria aqui contando essa história agora.

- Calma, Ron! – disse Hermione – Não é hora para discutir. Vamos avisar ao Sr. Weasley o que houve e ele se encarrega de avisar aos membros da Ordem. Os feitiços de proteção da Toca precisam ser reforçados, ou então levaremos sua mãe para o Largo Grimmauld.

- Certo, certo! Harry, vamos comigo! – disse o ruivo – Mione, tome conta da minha mãe.

- Meninos, esperem! – disse Molly – Quem é essa tal de Violet, Nancy ou Stai... qualquer coisa?

- Pode deixar que eu explico, sra. Weasley, é melhor que eles avisem logo ao seu marido. – Hermione disse e se virou para os garotos – Vão logo!

- Ok! – disse Rony – Se cuidem! – e ele se abaixou e deu um beijo na mãe e um selinho em Hermione.

Logo em seguida eles desaparataram e aparataram na porta do Ministério. Entraram na velha cabine telefônica e se identificaram. Ao entrarem no saguão, Harry sentiu um frio na espinha. Lembrou-se dos eventos ocorridos há dois anos. A batalha que acabou resultando na morte do padrinho. Procurou desviar as lembranças. Ele e Rony seguiram diretamente para o andar onde ficava a Seção de Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas. Ao chegarem ao escritório do sr. Weasley, ele se assustou ao ver os dois.

- Ron, meu filho! Harry! O que está havendo?

- Pai, calma! Olha, você precisa voltar comigo. Invadiram a Toca!

- O QUÊ? – berrou Arthur – Invadiram? Como? Quantos Comensais? Sua mãe, cadê ela? Como ela está?

- Ron, assim você vai matar seu pai do coração! – disse Harry e depois se virou para o sr. Weasley – Calma, Sr. Weasley, o Ron exagerou. Não...

- Como exagerei, Harry? A Toca foi ou não invadida?

- Mas dá a impressão que um batalhão de Comensais...

- Pelo amor de Merlin! Vocês querem me contar logo o que houve? – bradou Arthur.

Eles contaram tudo e, imediatamente Arthur mandou um comunicado à seção dos Aurores. Não demorou muito até que Moody apareceu lá. A história foi repetida pelos garotos e foram todos para a Toca. Tonks e Lupin chegaram à Toca um pouco depois. Encontraram Molly conversando com Hermione na cozinha.

- Molly, querida! Como você está? – Arthur perguntou para a esposa.

- Calma, Arthur, estou bem. Agora estou bem. Ainda bem que Ron e os meninos chegaram e me encontraram.

- Mas como alguém entrou aqui com esses feitiços todos? – exclamou Tonks.

- Não sei, querida. – disse Molly – O fato é que a tal garota entrou. Não sei bem o que ela queria. Se fosse para me matar, eu já estaria morta, mas parece que não era esse o objetivo. Ela estava procurando algo.

- Procurando algo? Como a senhora pode ter certeza, mãe? – perguntou Rony.

- Ron, depois que vocês saíram, eu fui procurar algum remédio para passar no ferimento da sua mãe e vi o quarto da Gina e o seu revirados. – disse Hermione.

- Revirados? – assustou-se o Sr. Weasley.

- Isso, Arthur! – disse Molly – Estão uma bagunça! Eu ía arrumar, mas Hermione disse que talvez fosse melhor vocês darem uma olhada antes.

- O que essa garota estava procurando? – perguntou Rony.

- Não sei, filho. Eu nem sei se ela achou o que procurava.

Moody, Tonks, Lupin e Arthur subiram até os quartos, acompanhados dos garotos. Enquanto os aurores e seu pai estavam no quarto de Gina, Rony foi com Harry e Hermione ao seu quarto. Realmente estava tudo de pernas para o ar. Até o poster do Chudley Cannons estava rasgado.

- Meu poster! Aquela filha da...

- Ron, por favor! – pediu Hermione.

- Desculpe, Mione, mas minha vontade é de ir agora mesmo até Hogwarts e lançar um feitiço naquela professora tcheca.

- Mas nem temos certeza se a garota é ela.

- Hermione tem razão, Ron. Precisamos agir com calma. Depois da nossa discussão de ontem à noite, eu cheguei a conclusão que a precipitação pode nos prejudicar.

- Eu tinha esse poster desde os três anos. – disse ele triste.

- Não dá para consertar com magia? – perguntou Harry.

- Dá para juntar os pedaços, mas ficaria que nem foto trouxa: Sem movimentação.

- Liga não, Ron. Depois você consegue outro. – Hermione tentou animá-lo.

- E então? Alguma pista? – Tonks perguntou, entrando no quarto de Rony.

- Que nada! – disse Ron – Só sei que ela não torce para os Cannons. – completou com o poster rasgado nas mãos.

- É impossível sabermos o que ela queria, nem se conseguiu achar. Só ela ou quem a mandou aqui poderia responder a isso. – disse Hermione.

- Você está certa, menina! – disse Moody também chegando ao quarto de Rony – Não temos como saber. Agora precisamos nos concentrar em reforçar a proteção aqui.

Todos desceram. Estavam todos na cozinha, quando Harry disse:

- Bem, ninguém ainda nos perguntou o que viemos fazer aqui.

- É verdade, Harry! – disse Molly – Com essa confusão toda...

- É ótimo que todos vocês estejam aqui. – começou ele – Viemos até a Toca porque gostaríamos de marcar uma reunião com o membros da Ordem.

- Reunião? – espantou-se Lupin – Qual é o assunto, Harry?

Ele foi direto:

- Dumbledore pode estar vivo.

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