Depois da Luta...

Capítulo 6: Depois da Luta...


“O ATAQUE AO MENINO-QUE-SOBREVIVEU.

Numa breve declaração na quinta-feira à tarde, o Ministro da Magia, Rufus Scringeour, confirmou que o Sr. Harry James Potter, vulgo “Escolhido”, foi atacado em sua casa por servos Daquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, testemunhas dizem que o próprio “Lorde” esteve em pessoa para comandar seus seguidores.

‘É com um grande pesar, que venho confirmar que o Sr. Harry Potter foi atacado em sua residência por Comensais da Morte no dia em que completou 17 anos. O ataque ocorreu entre a noite do dia 31 de junho e a madrugada do dia primeiro de julho.

Alguns trouxas dizem ter visto Você-Sabe-Quem no local do ataque. Particularmente eu não acredito nisso...

Contudo, tenho a satisfação, de lhes dizer que com a extrema eficiência e velocidade de ação de nossos aurores, nós chegamos a tempo de salvá-lo. Nesse momento ele repousa em uma ala do Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos.

Por isso digo à toda comunidade bruxa que o Ministério da Magia está tomando todos os devidos cuidados para inibir a ação de Você-Sabe-Quem...”

Mais informações sobre “O Escolhido”.

O ataque ao menino-que-sobreviveu Paginas, 2 e 4

As mortes causadas por você-sabe-quem deste o seu retorno. Páginas 5,6 e 7.

O reino de terror causado pelo seleto grupo conhecido como Comensais da Morte. Paginas 11 e 12.


- Então é isso?


- É, acho que sim. – Respondeu enquanto dobrava o jornal e o colocava em cima da mesinha de centro.


- Mas que monte de merd...


- Ronald! Olha como fala, você está num hospital. – Interrompeu Hermione.


- Mas Mione... Você viu o que eles escreveram no Profeta Diário...


- Eu sei... Eu sei... Você acha que o ministro iria perder uma chance como essa?


- A gente teve que enfrentar tudo sozinho e o Ministério que leva a fama? – Esbravejou Rony – Ah se eu ponho minhas mãos naquele filho da...


- Ronald Weasley! – Desta vez quem chamava era sua mãe, Molly Weasley – Se eu ouvir você falar essas palavras novamente eu vou lavar sua boca com sabão, está me ouvindo mocinho?


Rony corou e emburrou ao receber uma bronca de sua mãe na frente de todos (N/A: Aqui lê-se Hermione, OK?). Eles estavam no quinto andar do St. Mungus (Salão de chá para visitantes/Shopping do Hospital). Na sala estavam o Sr. e a Sra. Weasley, Remo Lupin e Nymphadora Tonks, Alastor Moody, Hermione Granger, os gêmeos Weasley e uma curandeira que estava vindo da ala de Harry .


- Por favor, quem está esperando o Sr. Harry Potter? – Perguntou a curandeira a todos os presentes na sala... – Interrompendo a discussão.


- Nós todos... – Responderam.


- Bem, trago notícias do estado dele...


- E então? – Indagaram ao mesmo tempo. – Como ele está?


- Está muito bem, está bem até demais para quem levou tantas azarações...


Todos abriram um enorme sorriso. Harry era literalmente “osso duro de roer”.


- Já sabem quais foram as maldições? – Perguntou Lupin sério.


- Sim. Já preparamos também todas as poções e já demos algumas a ele... Ele deve ficar aqui até amanhã...


- Certo. – Responderam em uníssono. – Nada que ele diga, vai ser motivo para ele sair daqui... – Completou o Sr. Weasley.


- Ah, e a propósito. Vocês têm que tomar uma atitude sobre aquela menina que está lá. Ela não o larga por nada... Não dorme e nem come... – A curandeira virou-se para a porta e se retirou da sala sem demora. – O meu recado esta dado...


- Arthur, Gina está passando dos limites já... – Resmungou Molly.


- Eu sei, eu tentei falar com ela, mas não adiantou nada... Será que a Hermione não poderia tentar? -


- Pode deixar, eu e Rony vamos falar com ela. – Exclamou confiante. – Ela vai nos ouvir.


- Obrigado Hermione, ela não me escuta mesmo, até ameaçou me azarar se eu a forçasse sair da sala, veja só? – Agradeceu Molly.


- Vem, vamos então Rony. Vamos ver como ele está e falar com ela... – Hermione levantou-se e puxou o ruivo pela mão, mas quando todos os olhares se dirigiram a eles, ela rapidamente segurou o pulso da manga da camisa.


- Está bem, calma Mione!


Eles seguiram em silencio através da porta de carvalho dupla que dava à beira da escada. Rony resmungou alguma coisa como “Eu não agüento mais subir e descer essas porcarias...”


- Se acalme Ron, a gente não sabe se ele está acordado e então não podemos chegar fazendo barulho.


- Ta, ta, ta...


- Hunft! Grosso! – Pensou Hermione – E Ron.


- O que é Hermione?


- Nada de comentar aquele artigo no Profeta Diário...


- Mas Mione, ele vai querer ver o Profeta Diário mesmo... Eu já posso ir adiantando os fatos...


-Nada disso, se ele estiver acordado, vamos deixá-lo relaxado, nada de intrigas Ron.


- Mas...


- Nada disso! E chega de “mas” – Exclamou vendo que o ruivo iria continuar a discussão. – Chegamos.


Toc, toc, toc...


Toc, toc, toc...


Toc, toc, toc...


- Posso entrar? Estou entrando... O que serão que eles estão fazendo ai dentro? – Hermione indagou enquanto colocava a cabeça para dentro. – Oh meu deus Rony, vamos embora!


- Mione, não me diga que... – Esbravejou colocando a cabeça no quarto e gritando. - HARRY POTTER!

- Calma Rony, era brincadeira. – Hermione respondeu rindo da cara do amigo. – Era apenas para você relaxar, o Harry ainda está dormindo e a Gina também.


- Eu não acredito que você fez isso Mione... – Bufou Rony – Vai entra logo ai.


‘A ala era pequena, mas não apertada e era feita para recolher uma pessoa só. Ela havia sido preparada especialmente para abrigar “O Escolhido”, enquanto ele se recuperava. ’.

Gina estava sentada numa cadeira à beirada da cama de Harry, vestindo uma blusa verde por cima da camiseta branca e uma saia que descia até os joelhos. Ela estava com seus dedos entrelaçados aos dele e dormia em cima de um dos braços repousados sobre a cama parecendo muito cansada e tinha olheiras muito fundas, sintomas do desgaste físico e emocional. ‘Não mamãe, eu vou ficar com ele até ele acordar e não adianta tentar me tirar daqui se não eu azaro vocês’.

- Gina... Gina... – Murmurou Hermione em seu ouvido, mas ela estava muito cansada e decidiu esperar a fonte do barulho parar. – Gina... Gina, o Harry acordou...


Ao ouvir a menção do nome de Harry e a palavra “acordou”, Gina abriu os olhos imediatamente, seguido de um bocejo e um sorriso...


- Você está muito engraçadinha Mione...


- Quieto Rony – Exclamou Hermione – Ela está acordando!


- Ah... – Bocejou Gina - Harry? Ainda bem que já... – Olhou para a amiga, para o irmão e depois para Harry que ainda estava dormindo na cama – Mione, eu não acredito! Por que você fez isso? Por que você...


- Você está ai desde ontem e não dormiu ainda, só tirou cochilos... Deve estar muito cansada... – Respondeu.


- O que você acha que eu estava fazendo antes de você me acordar, cantarolando? – Emburrou - Eu estava dormindo Hermione Granger!


- Isso não é dormir. Vamos para um quarto do hospital, eu te ajudo.


- Nada disso. Só saio daqui quando eu vê-lo acordar e ele me contar direitinho o que pensava que estava fazendo!


- Você é quem sabe maninha. Cada vez mais eu acho que você se parece com mamãe, com todo esse amor... E ah... Nada de ficar se esfregando com ele quando ele acordar.


- Rony, desta sala, você é o único que não tem o direito de falar nada maninho. O que me diz de Lilá Brown? Vocês dois pareciam enguias se pegando!


Hermione que estava observando a cena, logo que lembrou que Rony tinha namorado Lilá no ano anterior, ficou rubra de raiva...


- Pode parar Ronald Weasley e pode ir saindo também. – Exclamou enquanto o empurrava para fora da ala. – Quero falar com Gina... A sós...


- Mas... – Ele fez cara de “O que eu fiz?” para a irmã. Gina tinha uma pequena idéia do que havia acontecido ali, mas não havia como responder e então deu com os ombros.


- Você mal entrou e já esta brigando, pode ir saindo, isso é uma ala hospitalar!


- Ta, ta, ta. Estou saindo... – Resmungou enquanto se dirigia a porta do quarto. – Mulheres...


- Tchau Rony. – disseram as duas em uníssonos.


O ruivo saiu pela porta de carvalho simples e apenas encostou-a, para que pudesse ouvir o que as duas conversavam.


- O que queria falar comigo Mione? – Perguntou-lhe Gina sentando-se ereta na cadeira enquanto se espreguiçava.


- Não era nada... Só queria saber quando a curandeira disse que ele vai acordar. Ela nos disse que ele tem que ficar até amanhã aqui para tomar algumas poções apenas.


- Ah, é isso? Ela disse que ele vai acordar em algumas horas, e as poções são estas aqui. – Mostrou uma pequena caixa com alguns frascos vazios e outros cheios de líquidos verdes, vermelhos sangue e alguns rosas.


- Certo... Gina... Hum... Posso te perguntar uma coisa?...


- Claro Mione, pergunte.


- Sabe a Lilá?... O Rony não te disse nada sobre ela, ou então, o Harry não comentou com você nada sobre eles? – Nesse momento Rony abandonou a cara de bravo e estampou um pequeno sorriso no rosto ‘Então era ciúmes?’, pensou ele.


- Sabia Mione.


- Sabia o que? – Arqueou uma sobrancelha, mas no fundo sabia que a amiga percebera que enxotara o ruivo da sala pela simples menção do nome Lilá Brown.


- Sabia que você ficou com ciúmes. Você poderia muito bem ter feito essa pergunta na frente dele...


- Não é nada disso... É que...


- Mione, eu sei que é isso sim, mas no momento eu não tenho condições físicas e psicológicas para discutir isso com você. Poderia me deixar dormir... Um pouquinho só?


- Não adianta pedir pra você sair daqui?


- Não! Agora se me da licença...


- Está bem Gina, mais quando ele acordar trate de nos chamar está bem?


- Tá bom, agora... Vai – disse entre um bocejo e outro – Boa noite.

***

A noite chegara e junto com ela, a lua brilhante no céu. As pessoas que ainda restavam no hospital eram Rony, Gina, Hermione e o Sr. Weasley. Eles estavam tentando convencer Gina a ir para a casa assim como os outros, pois eles tinham passado praticamente o dia inteiro na sala de espera e estavam cansados.


- Eu não vou papai. Amanhã pela manhã vocês voltam aqui e a gente vai embora. – Exclamou num tom de final de conversa.


- Mas Gina... Você está cansada. Desde ontem à noite você está sem dormir...


- Eu estou bem papai, pode ir...


- Está bem, mas... Ah, você venceu... Sua mãe vai ficar muito chateada, mas... Fazer o quê? Não há perigo algum... Vamos Rony, Hermione. – E se dirigiu à porta da ala.


- Depois eu me entendo com ela... Tchau papai, Rony e Mione.


- Tchau Gina. – Hermione aproximou-se de sua amiga e murmurou em seu ouvido. – Eu não contei para eles que o Harry vai acordar ainda hoje, juízo em menina...


- Pode deixar Mione. – Respondeu a menina piscando para ela. – Pode ir sossegada.


- Tchau Gina. Vamos logo Mione. – Chamou Rony da porta, onde esperava com seu pai. – Estou com fome...


- Urgh! ‘Ele só pensa em comida’ – Pensou Hermione enquanto fuzilava o ruivo com o olhar. - Estou indo. Se cuida hein. – Disse piscando novamente para a amiga.


- Tchau Mione...


***



- Maldito Potter... Como você ousou estragar meus planos novamente, como ousou escapar de mim, mais uma vez?


- Milorde...


- O que é Rabicho? - Esbravejou Voldemort... – Eu disse que não quero ser incomodado!


- Milorde... Eu... Severo... Snape deseja relatar seus progressos... – Gaguejou Pettigrew. Não é nada bom interromper um momento de fúria de seu mestre...


- Ora... Snape? Mande-o entrar... – Voldemort, que momentos antes estava mergulhado em ódio, ao ouvir aquele nome, acalmou-se. Seu informante poderia lhe trazer boas noticias...


Rabicho dirigiu-se à porta do cômodo e abriu-a com uma pequena reverencia à Snape e logo se retirou. Snape estava com suas usuais vestes negras que lhe tampavam desde os pés até o pescoço.


- Que bons ventos o trazem, Severus?


- Mestre, é sobre a missão... Tenho todas as informações necessárias...


- Ótimo... Antes que comece... Já soube do ataque mal-sucedido ao Potter?


- Sim Milorde... Rabicho me informou...


- Pois bem, aquele garoto pode não aparentar o poder que tem, tenho que dar um fim a ele logo... Espero que suas informações me possibilitem isso.


- Sim Milorde, espero que minhas informações sejam de muita valia ao senhor. – Disse em tom sereno e fazendo uma reverência, continuou. – Potter tem grande apego e estima a essas pessoas. – Dizendo isso tirou um pequeno pergaminho de suas vestes e entregou a Voldemort. – Ouso dizer que todas são alvos fáceis. - Completou.


- Ótimo... Deixe me ver... – Pegou o pergaminho e abriu, dando uma leve olhada por ele. - O que me diria dos Weasleys?


- Perfeitamente... Eles não serão prezas difíceis...


- Entendo... Severo?


- Sim, Milorde?


- O que mais me impressiona, é que você me passou informações extremamente importantes desde o meu retorno, mas você nunca mencionou nenhuma informação pessoal sobre ele...


Severo moveu-se lentamente e levou uma das mãos à varinha. – Eu não sabia mestre... Ele era arrogante demais e qualquer momento perto dele eu sentia que poderia matá-lo a qualquer instante...


- Sem problemas Severo, eu confio em você. Agora me dê sua opinião. O jovem Malfoy, apesar de incompetente me forneceu uma informação importante, sobre o namorico do Potter, o que acha de começar-mos pela menina, Severus?


- Nãããããããããããããããããããããããããão!

***


Milhares de quilômetros longe dali, Harry acordava ofegante e suado, com um grito mudo na garganta “Não, a Gina não”!


Por um momento sentiu uma satisfação enorme encher seu coração, mas satisfação do que? Definitivamente ele não tinha motivos para se sentir tão “feliz”.


- “Voldemort” – Pensou – Era verdade então... Ele pretende chegar a mim através de Gina... E ele ainda descobrira sobre Gina por culpa do Malfoy!


Agora, mais do que nunca, ele tinha que se afastar dela. Namorar outra talvez, para reforçar que não sente mais nada pela “menina Weasley”.


- “Cho” – Pensou ele... “Não... Frágil demais... Luna talvez? Não, ela não saberia se defender... Quem? Quem?” – Ele procurava uma menina que seja capaz de aceitar namorar com ele, que pudesse se proteger e que levasse o namoro a diante, mesmo sendo falso...


- Mione! Ela sabe muito mais feitiços que Gina e ainda estará comigo e eu poderei ficar de olho nela, pois junto a Ron, nós a...

Rony! O que eu vou dizer para ele acreditar que é apenas uma farsa...? Eu sei que ele gosta muito dela, mas... Ele não vai acreditar em mim... Vou persuadi-lo a acreditar em mim e ponto final... E vai ser amanhã” – Pensava ele...


Tateou a cabeceira da cama, à procura de seus óculos, mas estava muito escuro e por isso precisava de sua varinha primeiro. Tentou esticar os dois braços, mas sentiu em um deles um formigamento. Achou estranho, mais iria verificar depois.


Procurou por toda a cabeceira, encontrou sua varinha e executou o feitiço Lumus para ajudar a procurar os seus óculos. Olhou em direção a seu braço e viu um vulto ruivo perto dele, não conseguiu identificar de momento e decidiu aplicar sua atenção em achar seus óculos e assim o fez. Botou-os e viu quem ele justamente não ”gostaria” e que não deveria estar ali. Gina Weasley.


Assustou-se ao ver que seu braço não estava dormente, mas que ela apertava sua mão fortemente com os dedos entrelaçados aos seus, de forma protetora e para que ele não escapasse. Ela estava com a testa apoiada em um dos braços dobrados, enquanto o outro repousava sobre a perna dele.


Harry por um momento sentiu todas as suas preocupações esvaírem de seu corpo. Sentiu aquele cheiro familiar de flores que rapidamente inundou-o fazendo suspirar. Alegrou-se ao perceber que mesmo eles não estando juntos, ela ainda se preocupava com ele...


- A menina Weasley, Severo... A menina Weasley... A menina...


Essas palavras o fizeram relembrar de tudo aquilo que havia combinado consigo mesmo e decidiu levantar-se pois sabia que se ficasse ali, não resistiria...


Desenlaçou seus dedos dos de Gina e se levantou com o mínimo de barulho possível. Andou pelo cômodo de modo a procurar ar fresco, mas ali não havia nenhuma janela, nenhuma entrada de ar... Olhou ao redor e a si mesmo e se viu apenas com a calça do pijama. Procurou por alguma roupa, porém, mais uma vez, não achou nada, apenas uma capa de viagem dobrada em cima da cadeira... Vestiu-a e decidiu sair do quarto para descobrir onde estava... Dirigiu-se à porta e quando tocou a maçaneta...


- Se você mover mais um músculo... Eu serei obrigada a azará-lo... – Exclamou sonolenta, mas mirava a varinha na direção dele.


- Mas... – Num misto de felicidade e tristeza, gaguejou – Como... Como você ac... Acordou?


- Sem “mas” Harry, não interessa como eu acordei e sim por que você está parado na porta, com a capa de viagem de meu pai, em plena – Olhou para o céu e completou – 2 horas da madrugada talvez... Estou muito chateada com você Harry...


- Gina, eu... – Tentou responder inutilmente. Não sabia se ela estava magoada com a situação ou com o fato de terem terminado o namoro... – Você tem de entender...


- Harry... Não há desculpas... Você já me deu cinco motivos para não mais falar com você...


- É mesmo? – Perguntou em tom ameno, afinal não era sobre o fim do namoro que ela estava falando... – E quais são... Srta. Weasley? – Questionou em tom divertido.


“Srta. Weasley é”? – Pensou Gina. – “Ele me paga.” – Bom... Primeiro Sr. Potter – Levantou um dedo das mãos e disse amargamente. – Você terminou comigo... -


- Gina, eu... Nós já falamos sobre... – Seu estômago revirou, agora não tinha mais certeza de nada.


- Dois. – Continuou como se não tivesse sido interrompida. – Você me deixou às cegas durante duas semanas... Três. – Arqueou o terceiro dedo. – Você arriscou a sua vida para salvar a do idiota do seu primo. Quase morreu... Quatro. Você despertou, levantou-se e ia saindo sem ao menos dizer-me que você está legal... Logo eu, que fiquei tão preocupada. – Exclamou triste.


- Gina, eu... Me perdoe. – Murmurou tomando-a nos braços e se esquecendo de tudo aquilo que havia combinado minutos antes. – Eu não ia sair... Não ia fugir... Eu queria apenas saber onde estava e decidi dar uma volta para descobrir... A propósito, onde estamos? – Questionou olhando-a nos olhos


- Estamos em uma ala do St. Mungus, não se preocupe. – Disse enquanto acariciava a face do rapaz, que o fazia criar borboletas no estômago.


- Quanto ao meu primo... Eu não poderia deixá-lo morrer...


- Eu sei Harry...


- Então me compreende?


- Sim...


- E Gina...?


- Sim Harry?


- Qual o quinto motivo?


- Bem... É que... – Corou levemente e olhou para seus pés, não sabia se deveria dizer aquilo... Mas tomou fôlego por fim e decidiu falar. Levantou sua cabeça e sussurrou em seu ouvido enquanto o encarava a alguns centímetros de distância. – Você ainda não me beijou.


Talvez por toda aquela proximidade, ou a respiração ofegante de Gina, ou a sua face ruborizada e suas palavras ou pela lua brilhante no céu, dando um ar apaixonado à noite. A sua única reação foi beijar aqueles lábios carnudos de sua Gina. “Sua? Aonde fora parar aquela conversa que arranjaria outra namorada? E desde quando eles estavam namorando?”


Tentou inutilmente no começo se separar dos beijos dela, mais a cada pausa para tomar fôlego, ela voltava com mais vontade e deslizava suas mãos por seus cabelos e os assanhava, assim como suas costas desnudas e seu peito. Ele sentia-se envolvido demais para pensar, decidiu se deixar levar pelo momento. Segurou a cintura de Gina e a trouxe mais para perto de si colando os corpos, um no outro.


Eles estavam matando as saudades de duas semanas e deixaram se empolgar demais. Harry já não controlava suas mãos e seus desejos, assim como Gina que o provocava. Começou a passar suas mãos levemente pelo corpo da menina, como nas centenas de vezes que o fez em seus sonhos.


Depois de alguns segundos, eles se separaram e encararam-se... “Fui longe demais”. – Pensou o rapaz. Olhou para a face da menina, pensando ver nojo ou então raiva, mas viu que ela o olhava docemente.


Pegou uma de suas mãos e a levou para perto de sua boca e lhe deu um beijo suave. – Eu te amo, Gina. – Foi a única frase que lhe veio em mente...


- Eu também te amo Harry... E confio plenamente em você...


Harry não sabia muito bem como agir, mas havia entendido muito bem o significado daquelas palavras. Ele assim com ela, queria que aquele momento fosse perfeito, mas eram dois inexperientes e estavam prestes a descobrir lugares inexploráveis um do outro...


Harry a conduziu docemente para sua cama e deitou-a de modo que ela o encarasse. Beijou-lhe ardente e provocantemente os lábios e desceu para seu pescoço, beijando cada centímetro daquele “corpo perfeito”. Gina por sua vez, passava as mãos por toda a extensão do corpo do rapaz, deixando-o mais excitado.


Desceu para os ombros beijando-os e olhou-a nos olhos como se pedisse permissão para tal ação...


Ela apenas sorriu para ele enquanto apreciava e guardava cada momento daquela noite em cada parte de seu corpo.


Ele estava desabotoando vagarosa e delicadamente a blusa dela e beijou-lhe o colo enquanto ela passava suas mãos pelos cabelos dele assanhando-os... Eles estavam ficando cada vez mais envolvidos pelo momento e quando Gina puxou-lhe para outro beijo ardente...


- Hum, Hum... Sr. Potter? Hora de tomar a sua poção...

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