O Reencontro



Capítulo 4: O Reencontro


- Não deixem que ele fuja!

Ao ouvir a explosão e depois aquela voz, os dois passaram pela porta muito rápido e vendo quem estava na soleira da porta, iluminada apenas pela luz da rua, um ódio cresceu dentro de Harry.

Ele podia sentir que cada célula do seu corpo odiava aquele ser, ele queria matá-lo. – Não! Matar não é o suficiente, deve sofrer muito para depois morrer! – Harry pensava consigo...


- Apareça bebezinho Potter!


Podia-se ver que, cada vez mais, Bellatrix estava magra, seu rosto já não demonstrava feições ou vestígios de músculos, seus olhos estavam mais profundos e vermelhos, parecia estar sofrendo transformações, lenta e dolorosamente.

Suas roupas estavam sujas e rasgadas, demonstrando que havia vindo de algum lugar muito antigo ou inabitado.


- Su... – Começou Harry, mas calou-se. Ele podia vê-la, mas ela não podia vê-lo. Lançou rapidamente o feitiço Collorpotus na porta, trancando-a na casa...


- Muito bem criança, vejo que sabe brincar... Avada Kedavra! – Gritou Bellatrix, mirando na direção de onde veio o feitiço. Harry e Rony precisaram desviar e o feitiço, acabou por acertar um quadro, fazendo-o explodir, deixando um enorme buraco na parede.


- Com medo “Bella”...? É assim que Riddle a chama não é? – Ironizou Harry movendo-se para tentar ver uma silhueta dela, para ter certeza de onde atacar, já que com a porta fechada, tudo voltara a ser escuro novamente.


- Como ousa falar o nome de meu mestre? Como ousa, seu, seu... Avada Kedavra! – E mais uma vez Bellatrix mirara o feitiço na direção do som... – Cansei dessa brincadeira. Lumus!

Assustou-se ao ver que quem estava parado na escada era Rony, não Harry. Passou os olhos pelo cômodo procurando-o e logo foi surpreendida, mas não suficientemente rápido...


- Estupefaça – Gritou Rony.


- Crucio! – Berrou Harry.


Bellatrix foi obrigada a bloquear apenas o feitiço de Rony, já que a maldição de Harry não surtira efeito. Havia um outro comensal parado junto à porta que acabou sendo atingido pela azaração de Rony. Macnair caiu inconsciente enquanto Bellatrix disse irônica:


- Muito bem garoto, trouxe reforços? Como se adiantasse alguma coisa... A propósito, parece que o bebezinho não aprende não é? Esse seu...


- Potterrrrrrrrrrrrrrrrr!? – Berrou Valter.


- Vai Rony, reúna eles todos no meu quarto. Vá! – Exclamou Harry


-Certo. Estou indo! – Respondeu o ruivo correndo em direção ao quarto dos tios de Harry.


- Onde pensa que vai moleque? – Gritou Lestrange lançando uma azaração em Rony.


- O seu problema – Berrou Harry, rebatendo a azaração – É comigo. “Bella”!

***

- Hey, vocês dois, venham comigo agora! Estamos sendo atacados!


- O que você...?


- Não há tempo. Incendium! – Rony mirou o feitiço na cama dos dois – Venham ou morram ai.


- Vai ter que pagar por isso... – Gritou Valter – Seu...


- Petrificus Totalus – Desta vez Rony mirou a azaração bem no peito do tio de Harry, deixando-o imobilizado. Lançou outro feitiço que levitou o corpo em direção ao quarto de Harry. – Você vem ou precisa de ajuda também?


- Estou indo – Exclamou Petúnia assustada com a situação.

***

- Ok... Potter... Se você quer morrer primeiro... Mas vamos nos divertir antes. Crucio!

Harry desviou da maldição, que desta vez acertou o vaso de flores, no fim da escada. Como resposta lançou o feitiço Sectumsempra. Bellatrix fez um movimento de varinha e o feitiço se dissipou.


- Usando as artes das trevas Potterzinho? Pelo jeito aquele velho caduco não lhe ensinou nada, não é mesmo?


Harry sentiu o chão sumiu por um segundo. Como ela podia falar assim de Dumbledore? O ódio tomava mais uma vez conta de Harry.

- Sua... Sua...


- E meu “querido” primo, não lhe ensinou nada também? – Interrompeu Bellatrix.


- Como... Como você ousa falar... – As luzes da casa começaram a piscar – De Sirius – Um vento gelado passou pela casa – Ou de Dumbledore desse JEITO? – Berrou Harry. Ele queria vê-la sofrer, ele podia sentir o ódio possuindo-o. Ele não estava mais querendo vingar Sirius, ele queria matá-la.


Bellatrix viu que o garoto estava cheio de fúria e começou a gargalhar dele, irritando-o mais ainda. – Muito bem Potter.


- Não me dirija a palavra! Crucio!


- Raiva moralista não... Ahhhhhhhhhhhh – Bellatrix foi interrompida por uma dor insuportável, sentia como se seus ossos fossem quebrar, sentia que eles iram rasgar a pele. O sorriso em seu rosto logo se desfez, dando lugar a uma feição de dor. Ela já na conseguia sentir corpo, já não sabia há quanto tempo estava ali, mas de repente tudo parou.


- Muito bem “Bella”, agora que já nos “divertimos”, vamos encerrar. Avada...


- Não! Pare Harry – Falou Rony segurando o braço do amigo – Ela não vale a pena...


- Como não? – Berrou Harry incrédulo – Ela matou Sirius, lembra o que ela fez aos pais de Neville? Vai ser um a menos!


- Ela não vale a pena! Olhe pra ela! Vai se tornar um assassino por isso? – Gritou Rony apontando para o chão.


Harry virou sua cabeça e pôde ver que Lestrange estava abraçada aos joelhos e balançava para e frente e para trás balbuciando palavras desconexas.


- Certo... Desculpe-me... Ela teve o que mereceu, vamos! – Respondeu Harry – Espere – Parou virou-se e lançou um feitiço na varinha de Bellatrix lançando-a longe – Nunca se sabe...


Antes de entrar para o quarto, Harry ouviu Lestrange pronunciar “Isso não... isso não acaba aqui Pott... Potter...”.


-Collorportus. Rony leve ele que eu a levo! – Disse segurando o braço firmemente de Petúnia e fechando os olhos – Vamos! – Mentalizaram a Toca, concentraram-se, tornaram a abrir os olhos e... Continuavam no quarto.


- Harry não dá... – Exclamou Rony temeroso.


- Eles devem ter lançado o feitiço de anti-aparatação na casa. Vamos de... – Harry olhou a sua volta procurando alguma idéia de como sair rápido dali. Pensou em sua vassoura, mais ela estava a quilômetros dali e além do mais não caberia os quatro nela. Pensou em pó de flu, mais eles não tinham pó e nem a lareira da casa era ligada à rede. – Só nos resta... Chave de Portal!


- Mas Harry, nós não sabemos fazer... – indagou Rony – Você sabe? – questionou ao ver que o amigo se dirigia ao abajur.


- É nossa única chance. – Disse colocando o abajur no chão. – Portus. – Disse mentalizando a sala da Toca. O abajur tremeu por instante e de repente uma luz azul brilhou dele, logo depois tornou à sua normalidade. – Acho que deu certo...


- Certo, vamos então – Disse Rony colocando uma das mãos no abajur – Andem logo, segurem o abajur, vocês...


- Um... Dois...


- E o DUDA? – Desesperou-se Petunia.


- Três... Encontramos-nos na toca... Eu o levo.

O ultimo som que se ouviu dos três foi o grito de Rony – Harry, não! – Mas já era tarde, eles já estavam se dirigindo à sala da Toca, deixando Harry para levar seu primo.


- Como eu vou sair do quarto agora? – Pensou Harry. Estava trancando em seu quarto, pois a porta estava selada com o feitiço Collorportus. – Já sei... Bombarda - disse mirando a parede que dividia o seu quarto com o do primo.



- Duda? Cadê você? – Chamou Harry com urgência.


Mas não havia ninguém no quarto. Procurou por vestígios de luta ou magia, mas não havia nada. Botou a cabeça para fora, mas a porta do hall continuava fechada e Bellatrix no chão, assim como Macnair.

Resolveu voltar para o quarto e tentar a janela, já que na casa ele não estava. Ao botar a cabeça para fora ele pode observar a nevoa do lado de fora, certamente causadas por dementadores.

Procurou-os e viu que eles estavam rodeando um vulto, estirado no chão. Num impulso ele conjurou uma corda e desceu por ela. Mas assim que correu para o meio da rua foi surpreendido por outros dementadores atrás dele, eram quatro e estavam voando para ele, como numa tocaia.

Não lhe restava muito a fazer, tinha que combater os dementadores perto dele, para depois ajudar seu primo. Tentou lembrar de um momento feliz, mas era quase impossível, lembrou da traição de Snape, dos ferimentos de Gui, da morte de Dumbledore, da morte de Sirius... Mas de repente uma voz veio em sua cabeça

- “Harry... Harry... Se você quer um beijo venha pegar... – disse enquanto corria de seus braços”.

- Gina! – Murmurou Harry. Ela assim como seus amigos era a única alegria de sua vida... Mentalizou então uma tarde extramente alegre que passara com Gina em frente ao lago...

– Expecto Patronum... – Gritou Harry, que observou sair da ponta de sua varinha um cervo prateado, imponente e robusto, que logo se dirigiu aos dementadores próximos a ele.

Os dementadores foram obrigados a recuar rapidamente e sumiram no céu enevoado. Num outro movimento de varinha, ele guiou o cervo aos dementadores que rodeavam seu primo.

Ao se dirigir a ele, pôde observar que Duda murmurava frases com um intenso medo na voz. - Devem ser as piores lembranças de Duda... – pensou Harry, pois os dementadores faziam isso com as pessoas, traziam à tona todos os seus piores medos e lembranças...

- Mamãe, socorro! Socorro. O rabo... Mamãe...

Harry deu um pequeno riso e sentiu vontade de ficar ali ouvindo todas as lembranças do primo, mas lembrou-se que logo os comensais poderiam aparecer ali, pois logo dariam a volta na casa. Correu então, para segurar seu primo para aparatar, quando chegou perto e segurou seu braço...


- Estupefaça...


Harry jogou-se de lado e viu seu primo Duda voar alguns metros.


- Ele está aqui! – Berrou o comensal.


Em questão de segundos, todos os comensais aparatavam ali e lançavam feitiços em Harry, que foi obrigado a se defender usando o escudo, que tanto treinara.

Logo uma maldição acabou acertando Duda e Harry decidiu que tentaria chegar a ele, por que senão poderia acabar morrendo, pois estava exposto. Dirigiu-se ao primo e agarrou seu pulso para aparatar.

Quando mentalizou a Toca, sentiu como se seu crânio fosse rachar, sua cicatriz ardia em brasa, ele estava quase desmaiando...



- Não, Voldemort agora não...

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