Planos...



Este capítulo tem alguns flashbacks de fatos ocorridos depois do funeral, que estao em itálico...


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Capítulo 2: Planos


O sol logo que apareceu no horizonte, iluminou todos os cômodos daquela casa. Hermione estava deitada em sua cama dormindo e logo quando ele lhe iluminou a face, levantou-se muito rapidamente...



- Hoje teremos muito trabalho – murmurou para si.


Trocou de roupa e foi acordar seus amigos. Vestia uma calça jeans azul e uma blusa branca que lhe cobria até as mãos, “é meu frio aqui, não é Harry?”. Chegando ao quarto dos meninos, pode observar Harry dormindo tranquilamente em suas cobertas e do outro lado do quarto, Rony estava dormindo pesadamente. Aproximou-se dele e passou a costas de sua mão na face do rapaz, delicadamente. Como numa reação, Rony moveu-se, mas apenas para o lado. Hermione corou um pouco, pensando na reação de seus amigos ao ver a cena e decidiu por retirar a mão dali. Mas não sabia que estava sendo observada por um par de olhos verdes brilhantes e um sorriso maroto no rosto.


- MUITO BOM DIA, Hermione – disse Harry de sua cama, assustando a amiga.


- HARRY!? Há quanto tempo está acordado? – disse Hermione quase aos berros de susto.


- Tempo o suficiente – Harry completou marotamente, ajeitando os óculos que a pouco estavam na escrivaninha...


- Suficiente para o que? – Perguntou-lhe Hermione enrubescendo.


- Para estar bem acordado, oras. Para o que mais? – divertiu-se Harry com a timidez estampada no rosto da amiga.


- Ah, claro! Para o que mais? – Suspirou Hermione aliviada.


- O que faz ai? – questionou Harry com um largo sorriso – Perto da cama do Ron...


- O que? – Hermione, corou mais ainda – Estava... Estou... Estou tentando acordar o Rony. Acorde RONALD WEASLEY.


Harry segurou o riso para não constranger a amiga, enquanto Rony abria os olhos lentamente.


- Precisava gritar Mione? – Indagou sonolento sentando-se na cama.


- Me desculpe – Murmurou encabulada – Vamos... Hum... Levantar. Teremos um dia cheio novamente.


Por fim Hermione se retirou do quarto para que os dois pudessem trocar de roupa e descer para tomar café. Harry pegou em seu malão uma calça jeans e uma camisa xadrez, e logo se arrumou. Enquanto Rony ainda sonolento, não sabia que roupa vestir.

- Você até parece uma menina Rony. Vista qualquer coisa cara.


- Eu não pareço uma menina, é que eu estou com sono e não consigo abrir os olhos e enxergar direito. Eu não entendo porque a Mione nos acorda tão cedo...


- Você ta dormindo mesmo cara. Esqueceu? A gente está em faze de treino...


- Eu sei mais isso não é motivo para acordar tão cedo...


- Se arruma logo vai! Quanto mais tempo perdermos aqui, menos feitiços a gente aprende. – Exclamou impaciente, diante a lerdeza do amigo. – Vamos logo Ronald!



- Certo...


Rony apressou-se depois do pequeno sermão do amigo e ambos desceram para o café. Harry ainda teve que amparar o amigo pra que ele não caísse na escada. Chegaram à mesa e lá estava Hermione impaciente e irritada pela demora dos dois.


- Sabe – disse Rony, tentando iniciar uma conversa amistosa antes que Hermione começasse com seu sermão – Sinto falta da comida de mamãe... A de Hogwarts também. Essa aqui – disse apontando para a mesa do café da manhã – quebra o galho, mas não vejo a hora de voltar para a Toca.


- Faço minhas palavras as suas... – completou Harry.


- Comam logo, temos muito a fazer hoje. O Tempo da primeira parte do plano está se esgotando. – Interrompeu Hermione


- Bem lembrando – disse Rony olhando para o amigo, que lhe acenou em concordância.


Lembrando-se então do dia em que o plano fora traçado Harry, como de costume perdeu-se em seus pensamentos...


- Harry e agora? O que faremos primeiro? – Indagou Hermione.


- Vamos à sala precisa, primeiro...


- Ok... – Nenhum dos dois questionou, ambos sabia do perigo que estavam se metendo e teria que se preparar para tal...


Durante o caminho foram interrompidos pela professora McGonagall, agora diretora.


- Onde pensa que vai Potter? Weasley e srta. Granger?O trem sairá daqui a poucos minutos. – dizia Minerva, demonstrando o choro na voz, que transparecia visivelmente na face.


- Vamos à sala precisa e não se preocupe, pois aparataremos professora, não se preocupe...


- Explique-se direito Potter!


- Professora, já lhe disse que tenho uma missão, Dumbledore confiou em mim, conto com seu apoio? – disse Harry firmemente, se assustando com a intensidade das suas palavras.


- Claro Harry, mas não se demore e não exite em me chamar se precisar de algo.


- Obrigado Professora.


- E ah, Potter. Não ouse falhar... Por favor...


Durante todo o caminho, o silencio reinou entre eles, ambos pensando no que deveria ser feito de agora em diante...


- Chegamos... - Exclamou parando em frente à tapeçaria do barnabés. Passou três vezes por ela e imaginou um local para uma pequena reunião. - Vamos.


A sala era escura, tinha uma mesa circular com três cadeiras e um archote em cima. As paredes lembravam muito as masmorras do Professor Slughorn e parecia mais ainda propicia para uma sala de reuniões secretas.

Harry tirou pergaminho, pena e tinteiro da mochila e passou a Hermione, esta que estava questionando mentalmente o porquê desta reunião...


- Hermione, você está bem? – Perguntou Harry olhando a amiga.


- Estou – declarou Hermione


- Ótimo preciso que você escreve o que for dito aqui...


- Certo


- Bem, agora que... Que Dumbledore se foi, resta a mim... Combater Voldemort e destruir sua horcruxes...


- Harry, resta a nós, nós Harry... – interrompeu Rony.


- Tem certeza?


- Absoluta, jamais te deixaríamos só nesse momento... – completou Hermione.


- Obrigado... Só queria ter a certeza... – disse Harry – Temos que traçar um plano então... Temos que nos preparar, pesquisar sobre o paradeiro das horcruxes e depois eu irei atrás de Voldemort...


- Espere Harry, não é simples assim. Temos que nos preparar primeiro. – Cortou Hermione.


Pela primeira vez, ele foi obrigado a concorda de chofre com ela.


- Qual o seu plano então Mione?


– Vamos fazer assim, até que seu aniversario chegue, vamos nos estafar de teorias e praticar alguns feitiços e azarações. Principalmente feitiços de defesas, assim como Oclumência.


- Certo. Mas como, onde e com que livros?


- Quanto aos livros, teremos que comprar uma boa quantidade. A gente pode fazer isso, depois que sairmos daqui.


- Ok... Depois nós vamos para?


- Bem, eu conheço uma casa que é perfeita para isso...


- Harry, Harry coma logo, só falta você!


- Oh certo... - disse dando uma garfada em seus ovos e saindo de seus devaneios.


Comeram rapidamente e todos já estavam prontos para continuar com os treinos. Levantaram da mesa e dirigiram-se à biblioteca, que tinha um insistente cheiro de livros novos, que agradava Hermione. Tinha livros também, muito antigos, que ela considerava de extremamente utilidade e que faziam parte do acervo da biblioteca, podia se considerar raridades...


- E então Mione, o que vai ser hoje?


- Vamos acabar com o feitiço de desilusão. – Respondeu Hermione – Como é mesmo, Harry?


- Assim – disse Harry, apontando a varinha para sua cabeça. Como havia visto o feitiço, e depois de ler a teoria, ficou mais fácil realiza-lo.

Hermione ensinara perfeitamente a técnica dos feitiços não verbais aos dois e então não se ouvia gritos ou murmúrios de encantamentos...


- Harry, eu consegui! Estou da cor da Estante! – Exclamou Hermione


- Ótimo Hermione e você Ron?


- Assim? – disse Rony enquanto sumia pela cortina.


- Perfeito – Exclamou Harry – mais uma vez cada e encerraremos com esse.


Assim foi feito. Mais dois feitiços e ambos apareciam e desapareciam pela sala...


- Vamos retirar o feitiço – disse Harry apontando novamente para sua cabeça -Qual o próximo Mione?


- O encantamento da Oclumência.


- Certo, faça-nos a gentileza – disse Harry que apontava a varinha para o livro nas mãos de Hermione.


- O encantamento da Oclumência foi criado pelo...


- A parte que nos interessa Mione – cortou-a Rony.


- Certo, desculpe – disse Mione numa careta – Certo. Oclumência exije o máximo de concentração e destreza do aprendiz. Apenas com o tempo ele se acostumará com a técnica... Deve se fechar os olhos, livrar a mente de qualquer pensamento e sentir o movimento do diafragma, ou seja, a respiração.


- Certo, mas quem vai nos testar? – Indagou Rony.


- Vamos apenas exercitar, no casamento de Gui, pediremos ajuda ao professor Lupin.


Assim tentaram durante algum tempo, se concentrar, mas sem sucesso algum. Rony fechava os olhos e logo uma lembrança vinha-lhe à mente, assim como a de Hermione...


- Rony, me prometa uma coisa? – dizia Hermione, amparada pelos braços de Rony.


- O que você quiser Mione – completou Rony, acariciando os cabelos dela.


- Me prometa que... Que depois que isso tudo acabar... Você... Nós...


- O que Mione?


- Que nós nos daremos uma chance? – Indagou Mione, que olhava nos olhos azuis do ruivo.


- É claro Mione, é tudo que eu quero depois que a guerra acabar – disse Rony beijando lhe à testa.


- É tudo que também quero Ron – retribuiu o carinho, só que com um beijo discreto nos lábios e um abraço carinhoso – Agora vamos, o ministro esta falando com Harry...



Harry, por sua vez, tentava se concentrar em vão, era quase impossível. Tinha pensamentos demais em sua cabeça. Voldemort, horcruxes, a profecia, Dumbledore, Gina... Gina não lhe saía da mente um minuto sequer, estava sofrendo, mas tinha que ser assim, senão ela estaria correndo perigo, seria egoísmo de sua parte... Mais insistentemente, uma outra voz lhe dizia quer não estava agindo certo, ele precisava dela assim como ela dele...


- Não consigo – exclamou Rony.


- Também não – Completou Hermione, corando ao olhar de Rony.


- Sem problemas, também não consigo. Vamos tentar à tarde. – disse Harry.


Desceram então para o almoço em silencio, ambos ainda com seus pensamentos. Rony a cada garfada, dava uma olhada de esgoela à Hermione, essa que tentava se concentrar inutilmente em sua comida. Por sorte dos dois, Harry estava perdido em sua mente novamente, pois uma pessoa insistia em voltar-lhe à seus pensamentos...
O almoço pareceu-lhe que passou muito rápido e já estavam de volta à biblioteca, bem alimentados e prontos para uma nova tentativa.
Harry pegou-se pensando novamente em Gina. Não! – Controle-se Harry – pensava consigo – faça isso por vocês... Quando a guerra terminar e se você sobreviver vocês terão tempo suficiente...


***

- Concentre-se Hermione – dizia a menina para si. - Quando, tudo isso vai acabar meu deus... Concentre-se... E se nós tentássemos agora? Hermione Granger CONCENTRE-SE!!!


- Não adianta pensar nisso Rony. Harry precisa de toda a ajuda possível, concentre-se! E além do mais, ela disse depois que a guerra acabar, DEPOIS!

***


- Shhh, Ron – disse Mione – Veja o Harry conseguiu...


- É... Vejo pela face dele... – concordou Rony olhando para ela...


- É mesmo... – Concordou ela cruzando seu olhar com o dele. Percebendo que estavam sozinhos corou...


- Mione...


- Sim?


- Eu... Er...


- Consegui! – Exclamou Harry feliz – Agora, sempre que possível tenho que treinar. Mas, não agora por que isso dá um sono...


- Muito bom Harry. Mais tarde você tenta novamente... Agora vamos aprender esse feitiço, que eu achei muito útil - disse Mione agitada.


- Certo...


Durante todo o tempo seguinte, aprenderam um escudo muito bom, mais potente que o Protego, que eles conheciam até agora. Esse escudo parecia muito com o que Voldemort havia usado no Ministério da Magia, dois anos atrás. Quando Harry experimentou-o, tentando bloquear a maldição de Hermione, acabou por atingir Rony...
E não restando mais o que fazer, os dois sentaram-se esperando Rony recompor-se...


- Harry


- Sim Mione?


- Você até agora não falou de Gina e eu tampouco o vi enviando carta alguma...


- Mione, eu não queria falar sobre isso agora, será que você...?


- Não Harry, não poderia. Veja você infeliz nos cantos. Vocês brigaram então?


- Mione... Está bem... Já está mais do que na hora de vocês saberem... Eu... Eu terminei com ela... – disse com uma tristeza visível.


- Por que cara? – Perguntou Rony recuperando-se.


- Vocês sabem o porquê, será muito perigoso se Voldemort descobrir o nosso relacionamento. Ele pode querer usá-la assim como fez da outra vez, para me atrair até ele... E ela pode acabar se ferindo... Ou pior...


- É perigoso a todos Harry, você sabe disso. Assim você só se machuca e acaba por magoar a Gina também.


- Eu sei o que eu faço...


- Depois não diga que não avisei. Venha Ron, vamos enviar a carta a nossos pais. – Retrucou Hermione irritada pela cabeça dura do amigo.


- Ok... Vamos.


Deixando Harry pensando no que seria melhor para eles, os dois se retiraram. Harry sabia o que estava fazendo e era isso que pensava ser o certo. Sabia também que já era hora de dar noticia a certa pessoa...

O casamento de Gui estava marcado para o dia quinze de julho e ele Harry, seu amigo Rony e sua amiga Mione estariam de volta, por um breve momento, aos seus familiares e amigos...
Harry pensava em como agir com Gina depois do fim do namoro... Ele sabia que se Gina se atirasse em seus braços ele não iria agüentar... Mas será que ele tinha o direito? Não, não era seu direito...


- Harry, Harry! – Chamou-lhe Hermione – Não se esqueça de praticar...


- Esta bem Mione... Boa Noite!


- Boa noite Harry e boa noite Rony – disse Hermione, virando e se saindo do quarto.


- Noite Mione – disse Rony entre bocejos – Noite Harry.


- Noite...


Logo pela manha, os três já estavam prontos para partir, tomaram café e subiram. Reuniram todos os seus pertences e saíram pela porta, procurando um lugar para aparatar. Logo encontram um bosque quer serviria para seus propósitos...


- Tchau Harry – disse Hermione dando lhe um abraço – Tchau Rony...


- Tchau Mione – disse Rony, corando levemente, pelo beijo de Hermione na sua face.


- Tomem muito cuidado – disse Hermione antes de aparatar para a Toca.


- Certo. Rony, para a sala dos Dursleys. Pronto?


- Pronto!


- Vamos então – disse Harry e no momento seguinte tinha aparatado. Rony o seguiu...


- É você moleque?

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