Veritasserum



Cap. 15 – Veritasserum



- Dumbledore…

- Severo, é melhor você não voltar mais lá. Agora você corre muito risco de vida.

- Acho que eu nunca mais vou querer sair de lá. – respondeu Severo normalmente, parecendo que se curou instantaneamente.

Dumbledore e Lílian ficaram confusos.

O que era Severo Snape, de repente se transformou em Lord Voldemort, uma transformação aparentemente dolorosa. O nariz encolheu, os cabelos encurtara e ficaram de aparência bem limpa, a altura também diminuiu alguns centímetros, os olhos clarearam e o queixo afinou.

- Tudo bem, docinho? – disse Voldemort sorrindo cinicamente para Lílian.

- Tom! – exclamou Lílian surpresa. – Cadê Severo? O que fez com ele, seu desgraçado!

- Calma, amor, aquele verme está vivo. Só um tanto… ah… machucado.

- O que fez com ele? Cadê ele? Vamos, fale!

- Por favor, Lílian, acalme-se. – pediu Dumbledore. – Severo é forte.

- Ah, Lílian, a luz do meu dia… como tive saudades de você!

- Já eu sequer me lembrei da sua existência. Você não vale tem o chão que piso, Riddle!

- Não diga esse nome!

- Eu digo, sim. Riddle! O que vai fazer, agora? Me bater? Pois eu sou uma sonserina, meu bem, e não gosto de sangue-ruim!

Voldemort enrubesceu de raiva.

- Parabéns, sua vadia, conseguiu me deixar com raiva. Pois apanhar é o que você merece, mesmo!

Ele avançou nela, mas Dumbledore se colocou na frente, impedindo o ato do bruxo das trevas.

- Não ouse tocar num fio de cabelo dela, Tom – disse muito sério.

Eles se fitaram com ódio.

- Muito bem, seu velho, eu o desafio.

- Desafio aceito. Mas não aqui.

- Vamos para outro lugar. – e voltando-se para Lílian. – Eu volto pra te buscar, minha cachorra. – prometeu.

Dumbledore e Voldemort saíram pela lareira pronunciando palavras que Lílian não conseguiu gravar, deixando-a desesperada, sem saber o que fazer. Precisava resgatar Severo. Foi quando pensou em dois nomes que poderiam ajudá-la: Harry Potter e James Kurthney. Eles eram as únicas pessoas que Lílian sabia que podia contar. Claro que com Potter ela não mantinha amizade alguma, mas ele também fazia parte daquela história.

Ela foi correndo pelos corredores em direção à torre da Grifinória. Encontrou Hermione no caminho.

- Srta. Granger!

- Ah, olá, Profª. Roberts. – cumprimentou ela sem muito entusiasmo.

- Por favor, me diga onde está Potter!

- Parece preocupada, professora, há algo que eu possa fazer?

- Apenas me diga onde está Potter!

- Bom, ele está treinando Quadribol lá no…

Hermione não pôde concluir a frase, a professora já havia saído correndo.

Lílian chegou no campo de Quadribol e viu Harry e seus amigos voando em suas vassouras… estavam treinando para o próximo jogo contra a Corvinal.

- Potter! – gritou Lílian.

Harry olhou para baixo e viu a professora lhe fazendo sinal para descer. Disse aos colegas que continuassem com o treino e desceu.

- Algum problema, professora?

- Vários! Desça dessa vassoura e venha comigo.

- Mas o treino…

- Agora!

Muito surpreso Harry guardou a vassoura depressa e seguiu a professora até sua sala.

- Potter, o Prof. Dumbledore te contou algumas coisas sobre mim e Voldemort, não é?

- S-sim. – respondeu ele ainda sem entender.

- Pois bem, os dois estão duelando em algum lugar que eu não faço idéia nesse exato momento. E Sev… o Prof. Snape está em algum outro lugar que eu também não sei. Só sei que Tom fez alguma coisa com ele… não sei, torturas, qualquer coisa muito ruim.

- Sério?! Eu já vi o Prof. Dumbledore duelar com Voldemort, uma vez. Ele vai se sair bem, tenho certeza.

- Tudo bem, mas agora precisamos fazer alguma coisa para resgatar Severo! Tem alguma idéia de onde é a sede dos Comensais, Potter? Por que eu faz muito tempo que não apareço, eles já devem ter mudado. E nunca perguntei a Severo onde é.

- Bom, tem alguns filhos de Comensais aqui em Hogwarts. Talvez com ajuda de Veritasserum e ameaça de pontos a menos, consigamos arrancar algo deles.

- Ótimo! Eu vou pegar.

Logo ela voltou com um vidrinho preenchido da Poção.

- Agora devemos traze-los aqui, professora.

- Bem… deixe-me pensar… Malfoy, Crabbe, Goyle, Parkinson… tem mais algum?

- Flint e Nott.

- É mesmo. Fique aí, eu vou buscá-los.

Alguns minutos se passaram até que a professora voltasse com os seis sonserinos. Nesse meio tempo Harry parou pra pensar. Iria adorar ver aquela turma de idiotas submetidos ao Veritasserum.

- Sentem-se todos aí e fiquem quietos.

- Professora, fale-nos o que está acontecendo! O que esse Potter tá fazendo aqui?

- Acho que mandei ficar quieto, Sr. Malfoy. Não me admira sendo filho de quem é… Lúcio também não pára de falar um segundo.

- Mas eu exijo uma explicação!

- Cale-se! Já, já o senhor poderá falar bastante.

Não foi fácil fazer os filhotes de cobra beberem a poção. Lílian teve de apelar para a varinha.

- Faça você as perguntas, Potter, eu estou sem cabeça, vou acabar matando esses idiotas!

- Muito bem. Eu vou fazer as perguntas… não quero tumulto para responder. Todos aqui são filhos de Comensais da Morte?

Seis cabeças balançaram em sinal de sim.

- Todos aqui estão sendo preparados para seguir os passos de seus pais?

Novamente as cabeças confirmaram.

- Então estão à par de tudo ou quase tudo o que acontece no círculo íntimo de Voldemort?

Confirmaram.

- Ora, Potter, pare com essas perguntas e vá direto ao assunto! – disse Lílian nervosa.

- Tudo bem, professora. Flint, me responda onde fica a sede de Voldemort.

- Na casa do pai do Malfoy. – respondeu ele mecanicamente.

- Certo… e alguém sabe onde se encontra Severo Snape?

Quem respondeu foi Malfoy.

- Em minha casa, sob o olhar de meu pai. Aposto que a vaca da minha mãe está lá com ele…

Lílian sentiu o sangue ferver em suas veias, pois sempre soube que Narcisa arrastava uma asa por Severo. De qualquer forma ela já ia se levantando, mas Harry pediu que ela ficasse mais um pouco.

- E como ele está?

- Muito mal, pode ter certeza. Eu estava lá e vi aquele traidor sendo torturado… bem feito pra ele! Só não está morto porque o Lord não quer. Ele pediu que meu pai mantivesse o traidor vivo e o fizesse sentir mais dor.

Lílian gemeu.

- Potter, eu vou atrás dele.

- Eu vou com você, não pode entrar lá sozinha. Se tudo o que o Prof. Dumbledore me disse for verdade, a senhora morre no instante em que pôr os pés naquela casa!

- Não Potter. Fique aqui e tente descobrir qualquer informação que possa ser útil a Dumbledore e à Ordem. Vou chamar o Prof. Kurthney para ir comigo.

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