O Beijo



N.A.: Ah, eu esqueci de postar os outros capítulos aqui, por isso a demora, mas agora que eu lembrei... aqui vai mais um!
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ps: muito obrigada a todos que comentaram ^^"
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Então, com novamente alguma dificuldade, Gui foi passando entre os convidados da festa e puxando Lucy pela mão.

“Nem um pouco confortável com esse monte de gente suada aqui dentro... mas tudo bem, tá tudo dando certo mesmo!!!” - pensou Lucy, alegremente.
Após, com muito esforço, os dois deixarem a casa, caminharam lentamente até uma sorveteria perto da praça, onde os dois puderam conversar com mais calma.


- O seu nome é Lucy, não é?! - perguntou Gui, meio sem assunto.

- Sim - confirmou com a cabeça, meio sem jeito- Lucy, Lucy Hikari.

- Você mora por aqui? - continuou ele.

- Meus pais moram aqui, eu só venho para cá nas férias, estudo... ah... numa escola meio longe daqui -disse Lucy.

- Ah...

- E você? - perguntou ela, sorrindo.

- Bom... minha família não...não mora muito longe daqui - Gaguejou ele, tonto com aquele sorriso. - Mas eu também só estou aqui de férias, no início de Setembro terei de voltar ao trabalho, um pouco longe daqui.

“Ela é mais nova... deve ter uns seis anos a menos que eu, mas não parece, simplesmente não parece. Será que ela me acha um velho ou coisa assim?- perguntou-se ele, com uma traço de medo. - Acho que não, mas tem um jeito de descobrir.”


O rapaz a deixou em casa naquela noite, dando apenas um até logo amigável. Mas pequenos passeios e encontros seguiram pela semana. Até que, em uma noite muito agradável, Gui percebeu que valia a pena tentar alguma coisa, afinal, ele estava ficando fora de si de tão bem que se sentia com Lucy.


O casal estava conversando e andando pela praça num ritmo muito alegre, o tempo não parecia mais existir na cabeça dos dois e, quando se deram conta, já eram duas da manhã.


- Nossa, tá muito tarde! - exclamou Lucy - Eu disse que não ia demorar pra voltar!

“Se bem que, a essa hora, minha mãe e meu pai já devem estar no quarto sonho!” pensou a garota.

- Eu te deixo em casa - Ofereceu-se Gui.

- Não precisa se incomodar...- respondeu ela, pensando: “Mas se você insistir mais um pouquinho eu não vou reclamar!!!”

- Eu insisto, não vai dar nenhum trabalho - disse ele.

“YES!!!”



Gui acompanhou Lucy, que ia guiando-o pelas ruas.

Ela estava radiante! Ia andando alegremente, escorregou algumas vezes enquanto falava alguma coisa que Gui não conseguia ouvir. Ele estava apenas admirando-a, sem conseguir raciocinar, até que... PLOFT!

- Gui??? - perguntou Lucy preocupada - Você tá legal?

- Ah?! Tô, tô sim... o que aconteceu? - perguntou ele, atordoado.

- Como o que aconteceu??!! - disse ela, espantada. - Você tava andando feito um bobo, sem prestar atenção em nada. Aí, quando eu disse que a gente tinha chegado, você não ouviu e continuou olhando pra mim, até que escorregou e caiu. Você se machucou?

- Não, eu estou bem - disse ele. - Então, aqui é a sua casa?!

- Ahã - confirmou ela. - Mas é melhor você não entrar... meus pais devem estar dormindo e é melhor não acorda-los.

- Tá bom - disse Gui.

Os dois ficaram parados, um olhando nos olhos do outro.

Gui pensava: “Eu não queria ir embora agora, a noite foi tão boa e... será que ela vai ficar brava se eu...”

Enquanto Lucy também pensava: “Ele não pode ir embora justo agora, tava tudo muuuuito bom pra ser verdade. Tudo que eu não quero agora é acordar e descobrir que isso é um sonho! Mas, a gente se conhece a pouco mais de uma semana, e... o que ele vai pensar se eu... quero dizer, ele é bem mais velho, mas nem dá pra notar e ele é tão... tão... tudo. Bom... tudo menos muito atento. Mas tudo bem!”

Os dois não agüentavam mais ficar um só olhando pra cara do outro, como dois tontos. Então Gui chegou mais perto, segurou Lucy pela cintura e beijou-a, com uma vontade com a qual nunca havia beijado ninguém antes. Após algum tempo, os dois tiveram de se afastar. Mais por falta de ar, do que por vontade própria.

- Bom... a gente podia se encontrar amanhã, na praça, um pouco antes do almoço. Lá pelas onze. Que você acha?

- Não! - disse Lucy, decididamente.

- Como assim, não?! - perguntou Gui, indignado.

- Eu tô brincando! É claro que sim - sorriu ela, divertidamente. - Olha, se precisar, esse é o número do meu telefone.

“Tele... o quê?? O que é isso??? Bom, deve ser coisa de trouxa, não vou perguntar, papai deve saber, ele ama trouxas...” - pensou Gui, confuso.

- Hum...boa noite, Gui - disse a garota, sorrindo.

“Ah, eu não agüento ficar aqui parado olhando esse sorriso!” - pensou Gui, um pouco antes de puxar Lucy para perto de si e beijá-la novamente.

- Muito boa noite - murmurou ele. E foi embora, caminhando a passos lentos.



Quando já estava longe da casa de Lucy, foi que Gui voltou ao mundo real e parou para pensar: “Ai, droga! Já são quase três horas da manhã! Com certeza mamãe deve estar acordada até agora, me esperando! Eu disse que não ia demorar muito na festa. Eu vou levar uma bronca enorme quando chegar em casa. É melhor eu aparatar direto no meu quarto, se não... não quero nem pensar!”


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