A mil por hora



19º capitulo – A mil por hora

Hay tantos pensamientos
que habitan en mi cabeza,
y aun en silencio
no encuentro lãs respuestas.
Há tantos pensamentos
Dentro da minha cabeça
E mesmo no silêncio
Não encontro as respostas.

Já tinha passado da hora de jantar. Mais de qualquer forma eu não estava com fome. Estava cansada, irritada, estressada. Todo mundo estava me cobrando. Eu não tinha mais tempo pra nada.
Dava aulas para a Cameron e a Lorraine. Isso era bom, mais elas eram muito exigentes e me queriam o tempo todo perto delas. E eu tinha que agüentar, afinal era isso que pagaria a minha viagem. Um nó se formou na minha garganta, eu precisava chorar. Em algum lugar.
Lembrei então. Eu estava no segundo andar. Talvez a senha ainda fosse a mesma.

***

Harry andou duro e sério até a sala de Dumbledore.

-O que foi? – perguntou assim que entrou.

-Parece que Voldemort realmente não quer ganhar a guerra – ele falou calmamente – Ele me procurou ontem. Se dermos a sua cabeça ele nos entrega todos os comensais e acaba a guerra.

Harry sentou na cadeira, caindo quase.

***

Kelly foi até o quarto de Stephen. Bateu três vezes na porta e ele finalmente abriu.

-Mandou me chamar? – ela falou.

-É. Entra ai.

Ela entrou e viu que o quarto estava vazio.

-O que é?

-Nada. Só queria conversar.

Ela sentou na cama desanimada.

***

Jim e Ásis se beijavam no sofá. Matt estava rindo com Logan e conversando com duas meninas. Nátysi estava fazendo lição quando uma coruja a interrompeu.

“Eu sei que pode parecer tarde e eu sei que fui infantil. Mais eu realmente queria te encontrar agora. Na torre de Astronomia? Trey”

Ela sorriu e levantou. Uma noticia boa finalmente.

***

Hermione estava lendo um livro e Kristin e Rony rindo no sofá. Nessa última semana eles tinham ficado quase todas as noites na Casa dos Gritos. Harry entrou e sentou do lado dela.

-O que foi? Porque você está tão branco?

-Parece que...Eu posso acabar com a guerra – ele disse sem emoção.

***

Sim. A senha era a mesma. Entrei no quarto e acendi as velas. Ele estava limpo. A colcha da cama era branca. O quarto ainda tinha o cheiro dele. O mesmo cheiro que eu tinha aspirado tantas vezes, enquanto estávamos deitados.

***

En esta noche fría
necesito de un abrazo,
ha vuelto la bulimia
y me duele tanta confusión.
Nessa noite fria
Necessito de um abraço,
Mas recorro a bulimia
E me dói tanta confusão.

Enquanto virava o corredor a vi. Perambulando como um zumbi por ali. Não resisti. Ela tinha entrado no quarto. Seria um sinal? Então ela estava me esperando? Não. A fabulosa Gina Weasley não espera ninguém. As pessoas esperam por ela. Assim como eu sentia que estava esperando.
Abri a passagem e entrei. Ela estava com a cabeça enterrada no travesseiro. Abafando o choro.

-O que houve? – foi à única coisa que saiu da minha boca.

Ela não disse nada. Apenas ergueu a cabeça e me olhou nos olhos. Seus olhos estavam frios, vermelhos. Ela levantou e passou por mim. Então já ia sair?

***

Tifanny subiu as escadas impaciente. Onde estava Kelly? Falando com Stephen provavelmente. Quando eles tinham ficado tão amigos? Ela sequer tinha percebido. Ela passou por duas garotas do primeiro ano. As meninas olharam chocadas para a maquiagem forte, os traços tão frios dela.

-O que foi? – ela perguntou irritada – Estão tão chocadas porque eu não tento seguir os padrões de beleza da Weasley? Danem-se.

Entrou no quarto e bateu a porta com força. Irritada? Muito. Uma risada ecoou no quarto. Ela olhou assustada para a porta.

-Ah...É você? – disse com descaso.

-Não disfarça. Você ficou com medo.

-Idiota – ela disse impaciente.

-Quando você vai assumir que me ama?

Ela não respondeu. Apenas riu. Ele se aproximou e a beijou. Ela pensou novamente. Quando tinha começado isso? Sim. Na festa dos quartos. Quantas vezes tinham se beijado depois? Cinco...Dez...Quinze?

-Você é muito convencido Matt – ela disse venenosa – Você sabe que estamos só brincando.

***
Debajo de la cama
me guardo una maleta
por si me da la gana
buscar independencia.
Debaixo da cama
Guardo uma mala
E isso me da coragem
Para buscar independência.

Ele segurou meu braço com força.

-O que é? – gritei – Me deixa tá? Ou quer zombar mais de mim?

-Eu jamais faria isso – ele disse sério.

E então eu desmoronei. Era como se o gelo estivesse derretendo. Saindo das minhas entranhas. Me joguei nele. Despejando todas as minhas lágrimas. Ele me abraçou forte. Era tudo o que eu precisava, era tudo o que eu queria.

***

-O que você vai fazer? – Hermione perguntou séria.

-Dumbledore não quer que eu me entregue. Eu não sei Mi – ele suspirou – Se eu não me entregar muitas vidas serão sacrificadas.

-Harry não importa. Nós vamos lutar. Juntos.

Hermione tocou os lábios dele. Depois o abraçou. Harry esqueceu toda a frustração do momento nos braços dele.

***

-Oi – Trey disse ao vê-la surgir das sombras.

-Oi. Demorei?

-Não.

Ela se sentou do lado dele, no chão. Acima de dos dois as estrelas brilhavam intensamente. Ela suspirou quando ele a beijou.

***

Monique ainda estava abismada. Uma passagem secreta. Claro! Provavelmente era assim que eles sempre se encontravam. Mais essa informação era boa demais para desperdiçar. Esse caso ela ia investigar sozinha. Seria assunto para o último jornal.
Virou distraída para sair logo daquele corredor escuro quando trombou com Dean.

-Garoto será que toda vez que você me ver você vai se jogar na minha frente?

-Calma ai – ele riu – Sabe que eu tenho te procurado?

-Sério. Pra que? – ele ficou mudo.

-Não – ele a chamou – Só me fala seu nome.

-Monique – ela disse e saiu andando.

***

Algunas veces pienso
que es mejor marcharme lejos
dejar para mi madre
una nota en el espejo.
Algumas vezes penso
Que é melhor fugir
Deixar para minha mãe
Uma carta no espelho.

Já fazia uma hora que eu estava deitada ali. O choro já tinha passado. Nós estávamos debaixo das cobertas.

-O que aconteceu? – ele perguntou.

-Não sei...Sinceramente. Essas coisas me irritam sabe? As pessoas me cobrando o tempo todo. E tem essa coisa do grupo de dança. A apresentação já está chegando. Tem as meninas.

-Muita pressão – ele não perguntou, concluiu – Entendo. Mais eu tenho certeza que a dança vai ficar ótima...E quem são essas meninas?

-Ah – eu nunca tinha contado isso – Eu dou aula de moda, essas coisas, pra duas garotas do quarto ano.

No que no, que no,
que no, que no, que no,
y pasan los días
y pasan las noches
uno a uno a mil por hora,
a mil, a mil por hora,
a mil, a mil por hora.
Não, Que não, Que não
Que não, Que não, Que não...
E passam os dias, E passam as noites
Estou a mil por hora,
A mil, A mil por hora,
A mil, A mil por hora.

-E o seu namoradinho? – ele perguntou irônico.

-Trabalhando – suspirei – Meus amigos estão com alguém...Mais de qualquer forma eles não entenderiam.

-Só quem passa por isso sabe.

Não dava pra entender porque ele estava sendo tão compreensível comigo. Não mesmo. Eu também não queria sair dali, não queria que parasse. Ele me puxou me fazendo ficar por cima dele.

-É difícil assumir – ele disse – Mais eu realmente senti falta disso.

-Eu também – disse. Em seguida estávamos nos beijando.

***

-Essa banda é ridícula Steph – Kelly disse rindo.

Os dois estavam sentados na cama dele. Em volta dos dois vários cds, livros, tudo espalhado. Eles pareciam grandes amigos.

-Azul combina muito com você – ele disse enquanto a olhava. Kelly corou.

-A Gina me disse isso.

-A Gina – ele suspirou – Ela sabe de muitas coisas.

-Sabe Stephen? – Kelly levantou de repente – Eu já vou tá?

-Espera. Fica ai.

Ela não respondeu. Foi embora.

***

Acordei no meio da noite. O quarto estava quente. Mais eu sabia que lá fora estaria bem frio. Ele estava todo esparramado na cama, como sempre. O cabelo espalhado pelo travesseiro.
Peguei minhas roupas e as vesti. Enquanto fechava o zíper da bota ele começou a se mexer na cama.

-Aonde vai? – ele resmungou.

A luz de velas dava uma luz sombria no quarto.

-Vou embora. Já está tarde e eles devem estar preocupados comigo.

-Você sempre foge não é?

Entre tantas miradas
busco el amor a ciegas,
alguien que sin palabras,
me haga sentir princesa.
Entre tantos olhares
Busco um amor à cegas,
Alguém que sem palavras
Faça eu me sentir princesa.

-O que você quer dizer com isso? – virei pra ele.

-Você sabe Weasley. Não tem como negar – lá vinha ele com o jeito presunçoso de sempre – Você sabe que gostou.

-É – falei casualmente – Gostei.

-E?

-E? – falei sem entender.

-Então você concorda com a volta dos encontros no quarto secreto?

Parei e o olhei. Então era isso. Pervertido.

-É perigoso, você sabe disso.

-E alguma vez você realmente se importou com isso? – ele tinha razão.

-Então – conclui – De volta aos encontros secretos.

Quiero vivir mi vida
siempre a corazón abierto,
hallar una salida,
y dejar atrás el miedo.
Quero viver minha vida
Sempre de coração aberto
Encontrar uma saída
E deixar para trás o medo

No que no, que no,
que no, que no, que no,
y pasan los días, y pasan las noches
uno a uno a mil por hora,
a mil, a mil por hora,
a mil, a mil por hora.
Não, Que não, Que não
Que não, Que não, Que não...
E passam os dias, E passam as noites
Estou a mil por hora,
A mil, A mil por hora,
A mil, A mil por hora.
(Gente essa música é muito linda. Dá pra achar na rádio do site Rebeldebrasil.k6.com.br. A música é da novela Primeiro amor – A mil por hora. É da cantora Lynda e a música chama A 1000 x hora).

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