O final... E é claro, o começo



Draco estava na sala do arco, era lá que estava acontecendo seu julgamento, se fosse condenado o que provavelmente seria, morreria atravessando o arco, bela morte, ao menos não havia dor. Tudo estaria terminado em um segundo, olhou para os velhos que faziam parte do comitê de julgamento, viu nos olhos deles o que já sabia, estava condenado, olhou para o bruxo que recitava todos os seus crimes, não sabia que havia sido tantos, talvez merecesse mesmo morrer, o troco, a recompensa para os que ele havia matado, lembrou-se de Gina e de seu filho, mas tinha por quem viver, sua mente gritou, tinha uma família, Gina o aceitaria se sobrevivesse.

Senhor Malfoy deseja fazer alguma observação sobre a lista que foi lida – perguntou um bruxo especialmente careca e gordo –, deseja contesta algo que foi dito?

Não senhor – disse Draco.

Então prosseguiremos com o julgamento – disse o bruxo –, senhor Malfoy, o senhor se declarou culpado de todos os crimes mencionados, a punição para tas crimes é a morte, agora faremos uma votação, levantem a mão todos os bruxos que acham a morte, uma punição adequada para o senhor Draco Malfoy – foi unânime, ele estava morto –, a execução será realizada no presente momento, podem se retirar senhores obrigado pela colaboração - os bruxos começarão a se levantar e recolher suas coisas. Draco olhou para os lados, Gina onde esta você? Se demorar mais um pouco não terá a quem salvar. E então eles entraram na sala, Gina pequenininha e a figura imponente de Dumbledore, que logo chamou a atenção de todos, os bruxos começaram a murmurar entre si.

Tenho meu depoimento a acrescentar ao julgamento – disse Dumbledore.

Ora Dumbledore não crie problemas – disse o bruxo careca –, tudo já esta resolvido, o garoto foi condenado, todos estamos cansados, seu testemunho não mudara nada.

Talvez não Edgar, mas faço questão de dá-lo a vocês - disse Dumbledore.

Dumbledore nossa decisão já foi tomada – disse o bruxo cansado -, se insiste vou deixá-lo falar, mas, por favor, seja breve eu lhe peço. – os bruxos voltaram a tomar posição em seus lugares.

Bem, queria deixar claro que eu tenho conhecimento de todas as acusações que vocês tem contra Draco, pois ele mesmo as disse para mim – disse Dumbledore – há alguns anos, quando fui procurado por Draco. Fiquei muito surpreso, sabia da posição de Draco na guerra, mas ele me disse que queria mudar de lado – nesse momento ouve uma serie de cochichos na sala e Dumbledore teve de esperar que eles se calassem novamente –, sei bem senhores que estão surpresos, foi uma grande surpresa para mim também, poderia ter desconfiado de Draco, poderia tê-lo preso, sabia que ele já tinha matado muitos bruxos e trouxas, mas não o fiz, e fui recompensado, sei que já saiu da ordem à informação de que havia um comensal que tinha virado espião e que só se comunicava diretamente comigo, pois bem, este espião é Draco Malfoy – nesse momento a sala explodiu em cochichos e foi difícil recuperar a ordem –, sei senhores que nada trará de volta as vidas que ele destruiu, mas o que Draco se arriscou... Informações, que ajudaram a salvar muitas vidas inocentes, a prender vários comensais da morte, dadas todas por ele. Acho que tudo isso mais do que paga a divida que ele tinha com a sociedade bruxa. Isso é tudo o que tenho a acrescentar a esse julgamento. Entrego a decisão agora a cargo dos senhores. – Dumbledore se retirou, deixando um Draco esperançoso, uma Gina desesperada e o Comitê de Julgamento perdido.

Bem, devido às novas informações trazidas ao nosso conhecimento, acho que devemos nos recolher a outra sala para decidir qual será a decisão mais acertada – disse o bruxo careca –, enquanto isso o julgamento será adiado por algumas horas, o réu pode ficar aqui mesmo, e a senhorita Weasley, se desejar, também pode – Gina assentiu, o Comitê deixou a sala.

Gina correu para abraçá-lo, ele correspondeu à altura quase quebrando suas costelas quando a abraçou. Depois Gina o soltou e um sorriso se abriu em seu rosto.

Agora você tem uma chance – disse Gina contente.

Eu já tinha essa chance desde que você foi me visitar ontem – disse Draco, sorrindo de volta.

Por que não me disse tudo o que vinha fazendo pela ordem antes? – perguntou Gina.

Achei melhor deixar que Dumbledore explicasse tudo – disse Draco.

Foi um idiota, eu fiquei pensando que fosse morrer – disse Gina com raiva.

Eu contava com sua curiosidade para que chegasse mais rápido ate Dumbledore – disse Draco rindo-se –, você bem que podia parar de me chamar de idiota, esse é um péssimo habito.

Vou chamá-lo do que quiser se você se salvar dessa – disse Gina.

O comitê voltou à sala do arco uma hora depois, para anuncia que Draco havia sido absolvido de todos os crimes. Gina deu um enorme beijo em Draco na frente de todos os Bruxos do Comitê para comemorar, fato que os bruxos apesar do espanto tentaram ignorar. Depois que foram dispensados. Draco e Gina seguiram para a Toca, a casa por incrível que pareça estava vazia, eles fizeram umas comidas e foram comer no quintal.

Precisamos decidir o que vai fazer daqui a diante – disse Draco.

Você esta pedindo minha opinião? – perguntou surpresa – Pensei que o seu lema fosse: “você não precisa pensar, deixe que eu decido por nós dois”.

Estou falando serio – disse Draco –, não podemos deixar Christopher com os trouxas para sempre, nem esperar ate que a guerra acabe para ir buscá-lo, sabe muito bem o quanto isso pode se arrastar, e nós também estamos ameaçados. O lorde das trevas saberá que não fui morto, vai querer fazer ele mesmo o trabalho agora, e Lucio deve esta querendo sua cabeça também, precisamos tomar uma decisão definitiva.

E o que acha que devemos fazer? – perguntou Gina.

Gina escute bem o que vou dizer, e não vá negando logo de inicio porque esta ao que vejo, é a melhor solução – disse Draco, serio -, andei pensando que devíamos ir embora, quero dizer, abandonar a luta, a guerra, seu trabalho, tudo, pegar Christopher e deixar tudo para trás, ir morar bem longe, onde só seriamos achados por quem quiséssemos.

Draco isso é uma ilusão – disse Gina –, qualquer lugar por mais distante que fossemos, poderíamos ser encontrados.

Não Gina, não – disse Draco –, podemos nos proteger com o feitiço fidelius, o feitiço que os Potter usaram, o mesmo feitiço que há na ordem da fênix, só seriamos encontrados por quem quiséssemos, é uma coisa a se considerar, estaríamos seguros, só que você teria que abrir mão de lutar, abrir mão de ser auror.

Você não sabe o quanto eu lutei por isso – disse Gina desviando o olhar –, e o feitiço não funcionou com os Potter.

Funcionou sim, só que eles confiaram na pessoa errada – disse Draco, ele fez com que ela o encara-se novamente e então continuou –, Dumbledore seria nosso fiel do segredo, e quanto a ser auror, eu realmente não sei o quanto lutou por isso, não sei por que a luta me afastou de você, não acha que essa maldita guerra já tirou o suficiente de nos, não acha que já demos nosso tributo. Não posso forçá-la a nada Gina, mas essa é a melhor solução que vejo.

Eu aceito – disse Gina depois de algum tempo de silencio.

Gina não precisa responder agora – disse Draco – a muito a se perder.

Já disse que aceito – disse Gina com mais força -, a muito mais a se ganhar – Gina deu-lhe um beijo.

Quando vamos buscar Christopher? – perguntou Draco.

Vamos agora - disse Gina – estou morta de saudades daquele pivete.

Gina e Draco pegaram Christopher na casa dos trouxas e o levaram para Toca, o menino não largou a mãe depois disso, parecia temer que ela desaparecesse de uma hora para outra, ele também não gostava que Draco se afastasse demais.

Draco estava morando na Toca enquanto a casa nova não ficava pronta, ele era quem estava providenciando tudo. Gina, ele não sabia por que, não quis participar de nada. Então chegou o dia da mudança, todos os objetos já estavam na casa, só faltavam agora os donos, pararam em frente a degraus que subiam para o nada, Draco tirou um papelzinho do bolso e deu para que Gina lesse, depois se abaixou junto a Christopher.

Christopher lembra-se do que o Dumbledore te disse hoje de manha? – perguntou Draco, continuando quando a garoto assentiu – Pense com todas as suas forças no que ele te disse, se concentre nisso.

E a casa surgiu, não era grande, Draco não achou que isso fosse necessário, mas era linda. Pintada de verde claro assemelhava-se a um chalé, tinha toda uma cara de família, e isso era tudo o que precisavam. Ele segurou a mão de Gina com a sua, e com a outra abriu a porta, puxou-a para dentro. Christopher veio logo depois deles. Gina ficou surpresa, a casa tinha ate cheiro de família, tons claros, móveis confortáveis. Pequenininha, mas perfeita. Como Draco tinha conseguido fazer aquilo tudo sozinho? A resposta veio sem que tivesse que perguntar.

Sua mãe me ajudou – sussurrou ao seu ouvido.

O silencio voltou, subitamente um medo invadiu o coração de Gina, ela apertou a mão de Draco com força.

O que foi? – perguntou olhando-a preocupado.

Tenho medo – disse Gina.

De que? – perguntou apertando a mão dela.

De não sermos felizes – disse envergonhada.

Draco sorriu-lhe, repousou a mão livre suavemente em seu rosto e a beijou.

Eu prometo a você que seremos. – disse soltando a mão dela e a abraçando – Você acredita em mim?

Acredito. – disse sorrindo para ele e abraçando-o com mais força – Agora eu acredito.

A guerra como esperavam não os alcançou, e foi lá que ficaram ate que ela estivesse terminada. E por muito tempo mesmo depois disso, e como Draco prometeu-lhe foram felizes.

Fim

Nota da autora: Pois é,chegamos ao final (lagrimas), sentirei saudades (mais lagrimas), não deixem de mandar reviews(sem lagrimas, eu achei um lencinho)...Bjo

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