O resgate



Lucio esperava para poder falar com o lorde das trevas, tinha sido requisitado para uma missão com Draco, todo seu instinto lhe dizia haver algo de errado nisso, há anos que não ia a nenhuma missão, cabia a ele apenas orientar seus subordinados nas missões deles, sim decididamente havia algo de errado, há muito que desconfiava da lealdade de Draco, informações seguras quando caiam em suas mãos subitamente tornavam-se do conhecimento da ordem, para sua sorte ninguém desconfiava de Draco excetuando Lucio, e este não denunciaria Draco de jeito maneira, não que ainda tivesse alguma consideração pelo imprestável, mas o brasão dos Malfoy já continha manchas demais feitas por Draco, e Lucio não ajudaria a acrescentar outra, era terrível ver seu nome indo para lama e não poder fazer nada, talvez o melhor fosse mesmo matar Draco, já tinha Christopher para lhe suceder, Draco agora era um encosto que ele não precisava mais suportar.

Finalmente o deixaram entrar, o Lorde das trevas o esperava.

Algum problema Lucio? – perguntou Voldemort suavemente – Pensei que fosse orientar a missão de Draco, não devia estar a essas horas cuidando para que nada saísse errado.

Sim, devia Milorde – disse Lucio -, mas a coisas que preciso esclarecer.

E quais seriam elas? – perguntou Voldemort.

A minha convocação para participar dessa missão - disse Lucio, manobrando bem as palavras -, sei que à vontade do Lorde das trevas é incontestável, mas há tempos estou afastado desse tipo de trabalho e queria muito saber o que fiz para ser rebaixado de cargo?

Ora meu caro Lucio – disse Voldemort enfadado – isso esta longe de ser um rebaixamento, é apenas um pequeno desvio de suas reais funções em prol da causa, Draco pediu-me para designar-lhe nessa missão por que estava sentindo dificuldades, admito que me espantei, Draco tem sido muito eficiente ate hoje, mas pensei que talvez fosse coisa de menos importância que ele não teria tempo de resolver, afinal não seria correto de minha parte duvidar da capacidade de um Malfoy.

Um Malfoy - disse Lucio, com um sorriso amarelo nos lábios – sim um Malfoy.

Esclareci sua duvidas? – perguntou Voldemort, era uma ordem para que ele saísse.

Acho que não é necessária minha presença na missão – disse Lucio – os detalhes para os quais Draco precisava de mim já se resolveram. Minha presença será desnecessária, alem do que me sinto fora de forma para esse tipo de trabalho.

Se não acha necessária sua presença na missão então não vá – disse Voldemort, impaciente – sabe que tem autonomia para fazê-lo.

Perfeitamente Milorde – disse Lucio se retirando, pegaria Draco no pulo.

Eu designei Sylvia para cuidar de Christopher, enquanto estivermos fora – disse Draco, estava nervoso, mas procurava disfarçar, Gina estava se saindo bem como Sylvia, que Draco havia estuporado e prendido antes de aparecer no esconderijo – nós já podemos ir.

Ah Draco esqueci de lhe contar – disse Lucio –, eu não irei mais na missão.

O que? – perguntou Draco – Mas o Lorde ordenou...

Eu falei com ele – disse Lucio -, e fui dispensado do encargo.

Mas... Mas eu preciso de você – disse Draco, aumentou o tom de voz.

Sei que se sairá bem sem mim Draco – disse Lucio –, eu ficarei aqui, acho uma boa idéia Sylvia ficar cuidando de Christopher independente de eu sair ou não, não acho conveniente deixar o menino sendo cuidado por comensais.

Lucio precisa vir comigo – disse Draco.

Não insista – disse Lucio friamente –, eu não irei.

Draco olhou desesperado para Gina, tinha tudo saído errado e ela ficaria ali com Lucio, correndo perigo de fazer alguma besteira. Precisava falar com Gina para que ela não fizesse nada, para que esperasse uma nova oportunidade. Talvez conseguisse tirá-la dali.

Se não vai, então acho melhor levar Sylvia, eu contava com uma certa quantidade de comensais – disse Draco – e na sua ausência hei precisar dela.

Não Draco, eu ficarei – disse Gina –, não acho que vou lhe fazer falta.

Posso falar com você a sos? – perguntou Draco, começava a achar que ela pensava em continuar com o plano mesmo com Lucio ali.

Eles saíram e deixaram Lucio pensando se Sylvia não estava do lado de Draco.

No que esta pensando? – perguntou Draco – Não deixarei que continue com o plano com ele aqui.

Não pode fazer nada para me impedir – disse Gina desafiando-o –, eu ficarei aqui.

Gina, por favor – disse Draco tentando convencê-la –, eu a ajudei-a ate aqui, mais tarde encontraremos outra oportunidade, me prometa que não tentara nada.

Não posso fazer isso – disse Gina, desviando o olhar.

Gina você tem a minha promessa de que eu devolverei Christopher para você em segurança – disse Draco, fitando-a intensamente –, tudo o que lhe peço é que espere um pouco mais.

Por favor, me prometa – insistiu Draco.

Certo – mentiu Gina – não farei nada.

Você promete? – perguntou Draco.

Gina não respondeu, apenas assentiu, Draco pareceu se conformar com isso. Foi embora deixando Gina sozinha com Lucio e Christopher na casa.

Vou ver o menino Lucio – disse Gina, saindo da presença dele, Lucio a seguiu com o olhar, a primeira impressão que tivera ao conhecê-la era a de que Sylvia era fiel à ordem, mas não tinha mais tanta certeza, não sabia que tipo de envolvimento Draco mantinha com ela, não sabia que poder ele exercia sobre ela. Era melhor que ele se mantivesse preparado.

A casa era pequena, Gina só precisou abrir três portas ate achar seu filho,

Christopher estava brincando quando o achou, virou-se para olhá-la. Gina sentiu um aperto de saudade no coração quando o viu, não conseguiu se conter e correu para pegá-lo nos braços, Christopher estranhou essa demonstração de carinho, só tinha visto essa mulher uma vez na sua vida e era justamente quem o tinha trazido par esse lugar terrível, tentou se soltar dela, foi inútil.

Christopher sou eu sua mãe – disse Gina.

Você não é minha mãe – disse Christopher – minha mãe é Gina Weasley.

Sou eu Gina – disse, agora falando mais baixo por prudência – eu tomei uma poção para mudar de aparência, o Draco me ajudou a entrar, vim buscá-lo.

Meu pai a ajudou? – perguntou Christopher desconfiado, ainda não tinha certeza de que ela era sua mãe, Gina ficou chocada quando o ouviu chamar Draco de pai.

Sim, ele me ajudou – disse Gina – vou tirá-lo daqui.

Mas e o vovô Lucio? – perguntou Christopher – Ele vai me deixar sair?

Não – disse Gina – nos vamos fugir.

Como? – perguntou o menino.

Quero que fique aqui, e ouça o que ouvir, não saia de jeito algum – disse Gina – entendeu bem? - o menino concordou e ela saiu de quarto.

Estava perto de fazer uma loucura, mas não ligava, queria sua vingança.

Queria ferir Lucio Malfoy como ele a ferira ao roubar seu filho, atingi-lo-ia onde mais doía, seu orgulho, foi caminhando lentamente pelos corredores da casa olhando para o relógio, o efeito da poção já estava acabando, mas tinha poção para ficar o dia todo como Sylvia. Antes de ver seu filho, pensara em estuporar Lucio pelas costas e levar Christopher dali, mas agora queria mais, teria um duelo com Lucio e o venceria em seu próprio território, sabia que tinha capacidade para isso, só esta esperando que o efeito da poção passasse, para que ele desse uma boa olhada em quem o derrotaria. Olhou para seu braço estava voltando a sua cor, puxou uma madeixa do cabelo, era ruiva novamente, finalmente entrou na sala, Lucio estava de costas para ela, não tinha notado sua presença. Agora chegara sua vez, Gina Weasley o confrontaria.

Ola Lucio – disse Gina suavemente, Lucio se virou, seus olhos não puderam acreditar no que viam.

Weasley? – Lucio sibilou, quando se recuperou do choque – Posso saber o que faz aqui em minha casa, emporcalhando tudo com seu sangue de traidora?

Vim pegar de volta o que me roubou – disse Gina, não dando importância à ofensa dele, se dedicava completamente a aumentar o ódio que tinha dentro de si por ele.

Não há nada seu aqui – disse Lucio -, não preciso de nada seu, peguei apenas o que era do meu filho.

Ele nunca pertenceu ao seu filho nem a você – disse Gina com ódio –, sempre foi Weasley e sempre será.

Loiro? – perguntou Lucio de deboche.

Podia ser azul – disse Gina – Isso não importa, o que importa é o que esta dentro dele e você nunca conseguira arrancar, assim como nunca consegui arrancar o que havia de podre dentro de seu filho.

Então acho que há uma esperança – disse Lucio misterioso, então a atacou, Gina estava preparara, e se protegeu.

Com quem pensa que esta lidando? – perguntou Gina – Ate me ofende ao achar que isso seria o suficiente.

Espero que me perdoe – disse Lucio, escondendo sua surpresa –, é que não costumo esperar muito de quem vem do lixo. Foi à vez de Gina atacar, por pouco não atingiu Lucio, atacou tão rápido que ele quase não teve tempo de se proteger, o medo começou a se alojar naquele coração corrompido.

Vejo que aprendeu uma ou duas coisas como os aurores. – disse Lucio, tentando disfarça seu medo – Confesso estar impressionado, nunca esperei grandes coisas deles – Lucio atacou novamente, Gina novamente se protegeu com uma grande vantagem, e aproveitou-se disso para atacar Lucio, que agora não pode fazer nada e foi atingido de raspão no braço, Gina viu o sangue espirrar do braço do adversário.

Confesso ser eu a impressionada agora – disse Gina com desprezo –, cresci ouvindo, que os Malfoy embora não prestassem, eram bruxos poderosos. Que era uma família a ser temida por seus poderes grandiosos, engraçado que não vejo nada de grandioso em você, tudo que vejo é um velho derrotado – Lucio não conseguiu agüentar as ofensas e mesmo temendo o duelo atacou novamente, Gina dessa vez não se protegeu e um corte superficial apareceu em seu rosto, podia ter evitado isso, mas sua gana de humilhar Lucio era maior.

Isso é o melhor que pode fazer?- perguntou Gina limpando o corte com uma mão – Você é uma grande decepção para mim Lucio, acho melhor pegar meu filho e ir logo embora, se você se esforçar um pouco mais pode ser que acabe morrendo – Gina fingiu se virar para ir embora.

Maldita espere – disse Lucio, lançando uma horda de feitiços nela pelas costas, Gina esperava por isso, e rebateu a todos.

Agora é a minha vez seu covarde – disse Gina, os feitiços cortaram o ar e atingiram Lucio que caiu desmaiado no chão.

Nunca mais pegue nada que seja meu – disse Gina, após um tempo a olhar para o oponente derrotado, foi buscar seu filho, chegou a cogitar a possibilidade de levar Lucio preso para azkaban, isso seria a solução para todos os seus problemas e não teria de ficar longe de Christopher, mas não quis arriscar o que já tinha conseguido, não sabia quanto tempo ficariam sós. Christopher finalmente vendo Gina em sua forma original a abraçou de verdade.

Mãe veio me buscar – choramingou o menino – tava com saudades – Gina enxugou as lagrimas de seu filho e o levou embora daquele lugar.

Draco quase não pode acreditar quando chegou no esconderijo e encontrou Lucio todo machucado.

O que houve com você? – perguntou Draco.

A Weasley – disse Lucio cuspindo as palavras – Ela levou o garoto, mas sei que já sabe disso, não pense que ficara tudo como esta, eu o pegarei de volta e vou matá-la assim que a vir.

É o filho dela – disse Draco furioso –, por que não pode simplesmente deixá-los em paz?

Sabe muito bem porque – disse Lucio –, o que aconteceu na sua missão? Você nos traiu novamente?

O que? – perguntou Draco espantado, tinha esquecido da missão momentaneamente, os comensais tinham sido presos, mas Lucio falando isso... Então se fez de desentendido – Do que esta falando? Trair?

Por quem me toma? Acaso pensa que sou um idiota, a muito que já percebi que vem passando informações nossas para o outro lado. Estou lhe perguntando se você nos traiu novamente.

Sim, eu o fiz – disse Draco orgulhoso – Não vai me denunciar?

Para que? Você já sujou demais o nome de nossa família para que seja eu outro a acrescenta novas desonras.

Sempre a honra da família – disse Draco saturado –, gostaria de saber o que ganha com a honra da família.

E ainda me pergunta por que quero ensinar seu filho? – disse Lucio com desprezo – Ninguém tem o verdadeiro prestigio no nosso meio, só o tem quem vem de uma família de tradições, não sei como pode ser Malfoy pensando desse jeito.

E o que fará com relação a minha traição? – perguntou Draco.

Por enquanto nada – disse Lucio -, mas quando tiver meu neto você saberá.

Gina não foi sequer até sua casa para falar com os pais e para que Christopher se despedisse deles, seguiu direto para o lar de trouxas que Dumbledore havia arranjado para ele, estava com o coração todo destruído pelo que tinha que fazer, mas não hesitou nenhum instante sequer. Christopher não parou de chorar nenhum segundo, mas Gina não derramou nenhuma lagrima.

Mãe por que esta fazendo isso comigo? – perguntou choroso – Não me que mais?

Eu o quero mais que tudo nesse mundo – disse Gina -, mas não posso ficar com você por enquanto, se ficar comigo seu avô vira atrás de nos, e o tomara de volta, não posso deixar que ele fique com você.

Quando vira me buscar? – perguntou.

Quando for seguro – disse Gina.

E quando vai ser? – perguntou Christopher.

Logo Christopher – disse Gina – Logo, eu prometo.

Onde ele esta? – perguntou Draco ansioso.

No lugar que Dumbledore achou para ele – disse Gina, não via o sentido desse encontro, já tinha recuperado seu filho.

Eu preciso que me diga onde – disse Draco –, nós precisamos devolvê-lo a Lucio.

O que? – perguntou Gina pasma – Você esta louco.

Diga-me onde ele esta? – pediu Draco.

Não direi nada – disse Gina irritada.

Droga, porque não cumpriu a promessa? – perguntou Draco – Você disse que não faria nada, você me disse, você prometeu, agora ele vira atrás de você.

Ele já viria atrás de mim antes – disse Gina –, qual o grande problema afinal, não era para pegá-lo? Que interessa de que forma seja?

Ele não ia vir atrás de você – disse Draco, explodindo -, não viria por que devia estar preso, tudo tinha sido armado para isso, ele seria preso e não poderia se vingar, mas agora ele esta furioso, agora vai matá-la, precisamos devolver Christopher.

Não vou devolvê-lo – disse Gina -, já esperava por represálias, não vou dar meu filho.

Mas ele vai matá-la – disse Draco desesperado.

Pois que venha – disse Gina determinada.

Nota da autora: O que acham disso? Como é que eu vou resolver tanto problema? Vixe maria, ate eu to cum medo..hauhauhau...Bjos

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