A Varinha de Lord Voldemort



-- Vamos embora – disse Voldemort segurando Harry e aparatando para algum lugar que Harry não conhecia – bem-vindo ao lar dos comensais Potter.
Após dizer isso Voldemort roubou a varinha de Harry e tirou-lhe o feitiço do corpo preso.
-- Cuidem dele – disse a Rodolfo, Belatriz e Rastaban Lestrange – mas o quero vivo.
Os dois comensais seguraram Harry e o levaram até uma pequena sala com Belatriz logo atrás deles, chegando na sala atiraram Harry no chão e os três lhe apontaram as varinhas.
-- Crucio – berraram os três em um único som.
Harry sentiu como se mil facas em brasa invadissem seu corpo e as risadas que os três comensais soltavam deixava tudo muito pior.


Enquanto isso na sala ao lado Voldemort, Snape e os Malfoy conversavam.
-- Milorde, se o senhor quer Potter ao nosso lado porque esta a tortura-lo ? – perguntou Lucius.
-- Isso é simples Malfoy – disse Snape numa voz fria – o ódio no coração de Potter o trará para nós, seu desejo de vingança e poder facilmente se transformaram em sede de sangue.
-- Mas Potter nunca viria ao nosso lado – disse Draco rapidamente.
-- É claro que vira – riu Voldemort – você não entende a mente humana Malfoy, ele vira pois aspira poder, vingança mas o ódio dele o cegara e será mais fácil traze-lo para nosso lado, para completar precisamos apenas que ele...
-- Se apaixone – completou Snape.


Harry não agüentava mais toda aquela tortura quando viu os raios de sol adentrarem a sala, ele já tinha a visão completamente fora de foco e sentia como se seu corpo tivesse sido posto em um moedor de carne ligado.
-- Já está bom – disse Voldemort entrando no quarto – ele já deve ter aprendido a lição.
As dores pararam de aumentar, mas Harry ainda sentia seu corpo todo doendo mais do que quando fora atingido pelo Sectumsempra.
-- Potter, Potter – caçoou Voldemort levantando o queixo de Harry para que esse olhasse para ele – agora você já pode ir embora.
Harry tentou se mover mas não tinha forças para mover sequer a pupila de um de seus olhos.
-- O bebê Potter ta sem forças ta ? – zombou Belatriz.
-- Joguem-no lá fora – ordenou Voldemort.
Rastaban e Rodolfo obedeceram prontamente e jogaram Harry pela janela, este caiu sobre metros e metros de neve, aonde estava não sabia, para onde iria ? Não tinha a menor idéia e nem forças para pensar, o sol começou a subir o horizonte e Harry não tinha forças para se mexer, quando o sol fraco estava sobre sua cabeça ele conseguiu se levantar e sentir o vento congelante do local. Harry começou a caminhar sem rumo e viu que Voldemort lhe devolvera a sua varinha, então pensando em como sair dali Harry viu uma coruja branca como tudo ali, chegar voando e pousar em seu ombro.
-- Edwiges, você poderia me levar para Londres – Perguntou Harry. A coruja apenas piou e começou a voar com Harry correndo atrás dela.
A coruja começou a sobrevoar a água e Harry tentou nadar, mas a água parecia congelar até seu sangue, então ele voltou até a margem e chamou a coruja.
-- Leve isso a Mione – disse entregando um pequeno papel escrito: Não tenho a mínima idéia aonde estou, peça para alguém seguir Edwiges. Com Carinho, Harry.
Harry observou a coruja voar e sentou no gelo fitando o céu que tinha uma linda aurora boreal.
-- Admirando a paisagem Potter ? – caçoou uma voz fria a suas costas.
-- Cala a boca Malfoy – ordenou Harry já apontando a varinha para Malfoy.
-- O que vai fazer Potter ? – perguntou Malfoy zombando.
Sem pensar ou tentar alguma coisa um raio negro partiu da varinha de Harry atingindo Malfoy diretamente no peito arremessando-o a mais de trinta metros atrás.
-- Como fez isso ? – perguntou Malfoy que tentava se levantar, mas não conseguia.
-- Também queria saber – disse Harry a si mesmo quando um novo raio involuntário saiu da varinha, mas dessa vez o raio era da cor roxa e novamente atingira Malfoy fazendo-o ser preso por anzóis de tubarão no chão.
-- Me solta Potter – Berrou Malfoy.
-- Nem se eu pudesse – riu Harry voltando a esperar alguém chegar até ele.
Os minutos se passavam com o peso de horas, silenciosos exceto pelo barulho do mar e dos gritos de dor lançados ao vento por Malfoy.
CRACK, Harry virou-se e viu Remo Lupin chegar ao seu lado.
-- Hermione mostrou-me a carta e eu rastreie que ela vinha daqui – disse Lupin rapidamente – temos que nos apressar – Dizendo isso Lupin segurou Harry firmemente e os dois aparataram para um lugar que Harry reconheceu com o Largo Grimmauld.
-- Eu preciso ir a outro lugar Lupin – disse Harry se distanciando do professor.
-- Hermione esta te esperando aqui Harry – disse Lupin dando as costas para Harry e caminhando para a divisa dos números 11 e 13.
Harry parou de chofre, não tinha idéia do porque, mas queria ver Hermione mais que tudo, então deu meia volta e seguiu Lupin.
-- Professor, minha varinha deu algum problema – disse Harry mostrando a varinha a Lupin.
O rosto do lobisomem empalideceu rapidamente.
-- Essa não é a sua varinha Harry – disse Lupin engolindo seco – é a irmã, no caso a de Voldemort.
-- Então é por isso que Malfoy foi atacado sem eu comandar ?
-- Exatamente – concordou Lupin devolvendo a varinha a Harry – você terá que aprender a lidar com magia negra enquanto não recuperarmos a sua varinha.
Antes de Harry pudesse dizer mais alguma coisa ouviu a porta se abrir e Hermione jogar-se em seus braços.
-- Estava com tanto medo Harry – disse Hermione abraçando fortemente Harry.
Harry sentiu um frio em seu baixo-ventre.
-- E eu estava morrendo de saudades – disse Harry abraçando a amiga.
-- Desculpe interromper – disse Lupin fazendo Harry e Hermione sem saber o porquê corarem bruscamente – mas seria melhor entrarmos.
Os três entraram na casa que estava muito mais limpa que da última vez, os olhos de Harry percorreram toda a sala até pararem sobre um homem que estava sentado no sofá, cujo Harry reconheceu.
-- Si...si...ri...Sirius ? – perguntou Harry estupefato.
O homem se levantou sorridente e caminhou até Harry.
-- Claro que sou eu – disse Sirius.
-- Depois vocês conversam – disse Lupin bruscamente – Sirius preciso falar com toda a ordem que puder vier até aqui imediatamente.
Após dizer isso Sirius e Lupin saíram da sala deixando Harry e Hermione sozinhos.
-- Como é bom poder te ver de novo Mione – disse Harry dando um leve sorriso a garota.
Hermione apenas sorriu em resposta e a varinha no bolso de Harry soltou uma explosão arremessando-o para um lado e Hermione para o outro, sem pensar duas vezes sacou a varinha e apontou para trás de Hermione conjurando almofada na parede em que Hermione colidiu, esquecendo totalmente de defender a si mesmo que bateu a cabeça na parede.
-- O que houve Harry ? – perguntou Hermione correndo até Harry.
-- Essa varinha não é a minha é a de Voldemort – disse Harry um pouco chateado – terei que aprender magia negra para poder controla-la por enquanto.

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