A caminho de Hogwarts



Era um dia ensolarado, naquele frio era de se estranhar, e por volta das 10 horas da manhã de sábado do mês tão acolhedor como era outubro, Sra. Megan, entrou no quarto de sua filha com uma carta chegada a poucos minutos antes.

-- Mary! Coruja pra você querida! Acorde!

-- Hum? Pra mim em pleno sábado? Deixa-me ver.

Mary pegou da mão de sua mãe um pergaminho bastante amarelado, e começou a ler com grande surpresa.



Querida Mary,
Já faz bastante tempo que não nos falamos, não é mesmo? Estamos com muitos deveres e estivemos sem tempo de mandar noticias nossas a você! Desculpe-nos! Mas você também não manda noticias não é mesmo?! Bom estou escrevendo para dizer que estamos com saudades, e para te convidar para vir assistir o jogo de quadribol conosco! GRIFINÓRIA E SONSERINA! Imperdível não é mesmo! Esperamos-te aqui em Hogwarts a tarde!
PS: Dumbledore permitiu sua visita!
Com carinho Hermione, Harry e Rony.




-- Mãe, leia!

-- Carta da Srta. Granger?

-- Sim! Do Harry e do Rony também!

-- Deixe-me ler.

Sra. Megan leu e espantou-se ao saber que Dumbledore permitia a visita da filha. Megan olhou para Mary, e falou:

-- Você pretende ir a Hogwarts?

-- Mas é claro que sim! Por que eu não iria?

-- Seu pai não iria gostar!

-- Me diz algo que eu faça que papai goste?!

-- Não fale assim do seu pai! Ele só quer te proteger!

-- Me proteger??

-- Sim, te proteger!

-- Bom, se me tirar de Hogwarts no meu 2º ano, por motivos que eu não concordo, me deixar aqui trancada com esse professores malucos e completamente sem amigos é me proteger, então eu não sei mais o que é proteger alguém! - Falou Mary em um tom de desabafo.

-- Minha filha! Seu pai tem os motivos dele!

-- Exatamente! Motivos dele e não meus!

-- Seu pai já não confia mais em Dumbledore. Desde que o menino Potter entrou em Hogwarts tudo foi diferente! Você-sabe-quem sempre tenta voltar, e acaba machucando inocentes! - Falou Sra. Megan muito preocupada.

-- Ah mamãe! Inocentes e burros que se metem onde não devem! A culpa não é do Harry! Vocês têm uma imagem totalmente ERRADA e Horrível sobre ele!

-- No ano passado, o Profeta Diário... - Megan foi interrompida por Mary.

-- Você ainda lê aquilo?

-- Como eu ia dizendo, o Profeta... - Megan foi novamente interrompida.

-- Não quero saber o que aquele jornal louco publica sobre os meus amigos! Ficam levantando calúnias sobre o Harry e o Dumbledore! Coisas absurdas!

-- Se você não quer escutar...

-- Tem razão! Não quero mesmo! Vou arrumar as minhas coisas, pois vou a Hogwarts! E se Merlin quiser eu volto a estudar lá! - Falo Mary um pouco ofegante.

-- E o seu pai? O que vai dizer a ele?

-- Vou dizer a ele que se até Cornélio Fudge, Ministro da Magia, pode se enganar a respeito de Harry e Dumbledore, ele também pode! - Respondeu Mary com muita segurança a respeito do que estava afirmando.

-- Como quiser! Aproveite a oportunidade então, pois seu pai chegou.

Mary corou, e com muita ansiedade foi correndo falar com o pai que chegara contando com muito entusiasmo, falando sobre o seu novo projeto para domesticar Hipogrifos, pois era praticamente impossível que alguém conseguisse domesticá-los. Mary interrompeu a explicação do pai e começou a falar-lhe:

-- Papai, preciso falar com o senhor!

-- Estou conversando com sua mãe, espere.

-- Tem que ser agora, não posso esperar!

-- Como você anda mal-educada Mary! O que você quer? - Perguntou Sr. Daves muito furioso.

-- Antes de falar gostaria de avisar que não é um pedido e sim uma comunicação, - Mary parou por um instante para ver a reação do pai, e percebeu que ele a olhara pacientemente e então continuou. - esse vai ser meu 6º ano, acho que já estou suficientemente grande para decidir o que eu quero. - Mary olhou novamente para o pai e continuou.- E o que eu quero é voltar a estudar em Hogwarts!

Sr. Daves tomou um choque com o pedido ou comunicação da filha. Ele a olhou com um olhar de quem não estava se importando com a conversa e falou:

-- A senhorita não está em condições apropriadas de fazer pedidos e muito menos comunicações! Suas notas estão péssimas! - Sr. Daves tentou dar uma desculpa. - retire-se, por favor, e deixe-me conversar com sua mãe.

-- O que significa condição apropriada? É por acaso ficar maluca e triste como a Sr. Biancky, ou louca e rancorosa como você? Heim Papai? - Falou Mary muito nervosa.

-- Não gostei do seu tom Mary, - falou Sr. Daves muito calmamente. - Contratei um professor novo de Poções para você, Severo Snape, ótimo professor, ele também leciona em Hogwarts, consegui um tempo para vir aqui te ensinar.

-- Snape? - falou Mary bastante chocada com a noticia que esqueceu totalmente o verdadeiro motivo da conversa com seu pai. - Ele já me deu aulas em Hogwarts, é um professor muito recalcado! Odeio ele!

-- Preste muita atenção no que você fala Mary, ás vezes as coisas podem parecer diferentes do que elas realmente são. - Disse Sr. Daves muito frio.

-- Desculpe-me! Papai, prometa-me que mais tarde vamos conversar?

-- Sim querida! Agora suba e prepare-se, pois assim que Snape chegar eu o mandarei direto ao seu quarto!

-- Tudo bem.

Mary subiu as escadas com muita raiva, pois odiava Snape, odiava o jeito com que ele falava de Harry, e odiava ainda mais os seus cabelos pretos e oleosos que davam para fritar o seu cérebro se muito tempo ao sol. Bateram na porta de seu quarto, provavelmente ra Snape.

-- Bom dia prof° Snape, vou mostrar-lhe a sala de poções de meu pai. Acompanhe-me por favor. - Disse Mary com muita paciência.

-- Eu conheço o caminho Srta. Blaine. - Falou Snape com um certo rancor da menina

Snape e Mary entraram na sala de Poções, ele virou-se para ela e falou:

-- Sente-se! Vamos começar agora, não tenho muito tempo!

-- Fique a vontade! - Disse Mary em um certo tom de deboche.

--SILÊNCIO! - gritou Snape. - Você só fala quando eu permitir. Já aviso-lhe agora, não tolero perguntas que não sejam sobre a matéria, não tolero alunas debochadas, e não tolero nenhum tipo de Kit-Mata-Aulas do Srs. Weasley! Entendido?!

-- Sim Senhor.

-- Preste atenção na fórmula da poção Polissuco, faça-a e entregue-me no final desta aula. - Snape mexeu a varinha e em questão de segundos os ingredientes e as instruções da poção apareceram no quadro-negro.

Mary começou a fazer o que o professor lhe mandou. Ao mesmo tempo em que fazia a sua poção pensava em como faria para fazer seu pai mudar de idéia sobre Hogwarts, pois queria muito voltar. Harry não saia da sua cabeça, pois o admirava muito, ou melhor, sempre foi muito apaixonada pelo amigo, mesmo não tendo muito contato, pois mal se falavam em Hogwarts. De repente lhe veio à cabeça o jogo de quadribol. Por que Snape não estava vendo o jogo da sua Casa? Ele não iria perder por nada um jogo da Sonserina, ainda mais contra a Grifinória, resolveu então lhe perguntar.

-- Prof° Snape?

-- Sim?

-- Por que o Senhor não está assistindo ao jogo da Sonserina?

-- Não lhe interessa! Eu lhe disse que não tolero perguntas desse tipo. Entregue-me a sua poção. - Vociferou Snape.

Mary entregou-lhe a sua poção, estava perfeita, e levou Snape até a lareira para que ele usasse o pó-de-flu e fosse embora de uma vez. Mary correu para o seu quarto escrever um bilhete a Harry, Rony, e Hermione.



Amigos,
Desculpem-me, mas não pude ir! Papai obrigou-me á assistir aulas de poções com Snape! Mas não se preocupem! Muito em breve estaremos novamente juntos! Estou fazendo de tudo! Acho que papai vai acabar cedendo! Lembranças a Dumbledore!
Abraços!
Maryane Blaine




Anoiteceu rapidamente aquele dia e Mary desceu para quem sabe conseguir falar com seu pai. Sua mãe, Megan, lhe ofereceu um suco de abóbora, mas Mary não quis e foi pegar uma cerveja amanteigada para ela e para seu pai, que lhe pediu.

-- Tome papai, - disse Mary alcançando a cerveja. - será que podemos conversar agora?

-- Sim, mas antes me conte como foi sua aula. - Disse Sr. Daves calmamente.

-- Foi boa. Snape não me encheu muito o saco, digamos que foi produtiva. - Disse Mary rindo.

-- Você anda muito mal-educada Mary! Você só tem desesseis anos, e deve respeito aos mais velhos menina! - Falou Sr. Daves com uma cara brava.

-- Desculpe-me. - disse Mary abafando risadinhas. - Continuando, será que o senhor pode me escutar agora?

-- Eu quero voltar para Hogwarts. Eu não tenho mais amigos pai...ninguém mais consegue falar comigo, eu estou completamente sozinha, por Merlin! O senhor não vê como está me fazendo sofrer?! - Disse Mary lançando um olhar muito triste ao pai.

-- Hogwarts? Com o Potter solto por lá? NUNCA! - gritou Sr. Daves. - Você tem os melhores professores em casa, porque tanto quer voltar para aquele lugar demoníaco?!

-- Por que eu gosto de lá! - Choramingou Mary. - As pessoas gostam de mim lá! É desta maneira que o senhor quer me proteger? Não vê o meu sofrimento! Lá eu estou segura, Dumbledore pode cuidar da segurança de Hogwarts!

-- Não! Dumbledore é outro insano, maluco, está velho de mais para dirigir aquela escola! Não sei porque o Profº Dippet se aposentou, e outro grande erro foi terem tirado Dolores Umbridge de lá! - Sr. Daves olhou para Mary muito inseguro e continuou. - Está certo que ela quase matou você com aqueles feitiços loucos, mas me irrita o fato de Dumbledore defender o Potter com unhas e dentes.

-- Mas pai! Você sabe muito bem porque Dumbledore defende o Harry! É por causa da PROFECIA! Se é que você ainda lembra-se dela!

Daves olhou a filha e a esposa com um pouco de medo, Mary continuou a encará-lo de maneira muito agressiva, fez-se alguns minutos de silêncio e Daves começou a falar:

-- Como você sabe da Profecia? - Perguntou Daves. Mary que havia escutado uma conversa do pai com sua mãe (por isso sabia da tão importante profecia) ficou muito nervosa e tentou consertar o erro de ter se entregado sem intenção ao pai.

-- Bom a Profecia... Ah todo mundo sabe da Profecia! - Gaguejou Mary.

-- Ninguém sabe desta profecia Maryane! Você anda escutando conversas minhas com sua mãe? - Gritou muito alto Daves, olhando para Megan assustado.

-- Eu? Não papai! Todos sabemos desta Profecia! - Novamente gaguejando.

-- Mentirosa! Ninguém sabe disso! Essa história quem me contou foi BELATRIZ LESTRANGE! Ex-fugitiva de Azkaban! Foi pega semana passada! - Gritou Daves.

-- Tudo bem! Escutei sim! Mas isso não vem ao caso! O que vem ao caso é que nós sabemos desta Profecia! E o senhor "agora" conhece os motivos de Dumbledore!

-- Mas eu não concordo que você fique ao lado deste homem! Ele não poderá proteger você do Lorde das Trevas!

-- E Belatriz Lestrange pode? Se eu não posso ficar ao lado de Dumbledore, porque você pode ficar conversando com uma COMENSAL-DA-MORTE? Ela é tão perigosa quanto Você-sabe-quem! - Perguntou Mary surpreendendo o pai.

-- Eu trabalho em Azkaban, tenho contato com essas pessoas! - Tentou justificar Daves.

-- Então os Dementadores estão realmente fora do controle do Ministério não é mesmo? Por que para deixar que o Chefe do Trato de Criaturas Mágicas de Azkaban trocar idéias com uma comensal-da-morte... Por favor né papai!! - Debochou Mary.

-- Sem mais uma palavra menina! Proíbo você de falar a respeito disso!

-- Mas eu quero voltar para Hogwarts! Você querendo ou não!

Megan interrompeu a discussão, estava um pouco aflita, e falou:

-- Parem de brigar um instante por favor! Temos visita! Comportem-se!

-- Visita a esta hora? Vou ver quem é.



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