Não havia outro jeito...FIM

Não havia outro jeito...FIM



Capitulo 20


Harry sentiu um arrepio percorrer seu corpo quando vislumbrou a silhueta dum ser monstruoso vestido de negro com seus olhos lúgubres tão perversos, cruéis e macabros deitando chispas de maldade.


O senhor do Mal, mais conhecido por Voldemort se encontrava numa forma incipiente e horrenda, deixando para trás as características daquele que em tempos fora o jovem atraente Tom Riddle.


Antes de dizer fosse o que fosse, Voldemort estalou os dedos, enquanto fazia entrar um Grupo de Comensais da morte, onde Lucius Malfoy e Bellatrix Black faziam parte integrante. Eles tinham um semblante cínico e repleto de desafio confiante. E aguardavam por um ataúde de vidro rectangular, que deslizava suavemente sobre o solo, carregando os corpos semimortos de Rony, Mione, Luna e Nevile.


- Nããooooo! – As vozes de Harry e Gina gritaram quase em uníssono, chocados com a captura trágica e diabólica dos amigos.


Voldemort gargalhou mais uma vez. Com um olhar frio, pesado e demoníaco.


- Não admito que se metam no meu caminho...por isso tive que os punir…Quando acordarem já o mundo se dobrará ao meu comando e a sorte deles estará nas minhas mãos. - Acrescentou monstruoso enquanto o seu Grupo de seguidores ironizavam até ás lágrimas de tanto rir, perante a circunstância mórbida do seu vil senhor.


A crueza do acto invadiu a platéia numa surdina mortal e assustadora. Enquanto Harry cruzava o salão e se aproximava abalado do caixão lacrado pela magia negra e estremecia perante o estado imobilizador dos amigos.


- Agora vamos tratar da jovem Weasley...- Voldemort bramiu cínico enquanto aproveitava a distância demarcada de Harry para se aproximar de Gina.-...A escolhida para se unir ao futuro chefe do mundo.... E que hoje irá consumar essa união para sempre...


- Não…- Harry murmurou agitado.


- Você Potter nunca será detentor do poder ancestral e eu serei o melhor feiticeiro do mundo!- Guinchou histérico e depois tocou o rosto da jovem, que gemeu enojada pelo contacto -.....tão linda…tão bela…inocente…


- NÃÃOOOOOOOO!- gritou Harry desesperado, agitando a varinha de longe e atingindo Malfoy, que se aproximava dele para o impedir de avançar.


Lucius se quedou no chão pela força brutal do feitiço, que lhe destruiu o ombro. Enquanto Harry corria indignado dando um salto surpreendente, auxiliado por uma acrobacia virtuosa e aterrava em perfeito equilíbrio, a alguns metros do seu, desumano e cruel inimigo. Tomando consciência que o resto do Grupo de Comensais da morte ameaçavam fechar o cerco sobre ele.


Sem saber como, numa pirueta extraordinária, que ele próprio jamais havia experimentado, elevou as pernas em conexão e desferiu um golpe rápido e certeiro no peito de cada um, numa velocidade estonteante e imensurável. E os projectou contra o chão com toda a brutalidade. No mesmo instante em que Tonks, Lupin, Moody e Snape surgiam em seu auxilio e dominavam os inimigos.


O Senhor do Mal grunhiu raivoso e fez descer um escudo impenetrável, em forma de Arena Medieval à volta do espaço ocupado por ele, por Harry e Gina, impedindo o acesso a qualquer ajuda mágica exterior à barreira enfeitiçada.


- Vejam só...- guinchou Voldemort colérico-...o famoso Harry Potter...aquele cuja fama se deve a um simples anti-feitiço da sua mãe sangue-ruim


- A mesma que você matou , mas que me salvou derrotando-te!!!!- Gritou Harry furioso enquanto uma brisa gelada lhe fazia esvoaçar os cabelos negros.


- Ela não me derrotou, eu estou aqui!- ironizou com escárneo o Senhor do Mal.- Aqui… num local perfeito…perfeito para a sua morte, não acha?- Desafiou cheio de malevolência.


Harry apertou com força a varinha entre os dedos.


- Se você o diz Tom Marvolo Riddle...ou será Lord Voldemort?- falou sem deixar de fitar o seu opressor monstruoso.


- Vá ironizando...quero ver se diz o mesmo quando estiver se contorcendo de dor.- Voldemort falou ao mesmo tempo que disparava a Maldição Cruciatus sobre ele e o fazia sentir-se em chaga, como se o corpo fosse explodir.


Harry fazia um esforço para se controlar, enquanto mordia os lábios para aguentar a dor.
Não satisfeito com o efeito do primeiro feitiço, o Senhor do mal vociferou a Maldição Imperius.


- Dobre-se para mim Maldito, se ajoelhe como um penitente!...- bramiu raivoso, soltando faíscas dos olhos.


Mas Harry não se moveu. A sua concentração e resistência triplicara de forma soberba, desde que ele o castigara da mesma forma junto ao corpo de Cedrico.


- Faça o que lhe digo. Se dobre para mim! Me venere seu servo de sangue-ruim!... - Gritou Voldemort.


- Nãooooooooooo!- Harry rangeu os dentes com força.


O medo lesara os semblantes dos alunos presos pelo gradeamento em redor, que olhavam aterrorizados e em pânico. Paralisados pelo cenário demasiado atroz.


Harry olhou a jovem com aspecto frágil amarrada ao altar.
Temendo não a conseguir ajudar, ele centrou o seu poder na fúria que sentia. Imune à dor e à compunção das Maldições do seu inimigo. Que o olhava com os olhos escancarados perante a sua resistente e poderosa força.


- Está vendo aqui essa poção? - O Senhor do mal perguntou cínico, enquanto retirava uma cápsula de vidro da túnica e a bebia dum trago só. – Ela servirá para activar o meu poder quando me unir a Gina Weasley e depois matar você!
- Bramiu ruidoso ao desferir um novo encantamento, sobre a forma de brasas de fogo incandescente, urrando como um selvagem, numa nova tentativa do deitar por terra.


Harry saltou com elasticidade, escapando novamente à hostilidade mortal do inimigo e ripostou com um feitiço de Imobilidade, afim de estacionar os movimentos do seu contendor por alguns segundos.


Porém Voldemort foi mais rápido, o atingiu num braço e o derrubou.


Ele se levantou num salto, embora a dor aguda lhe desse vontade de gritar, disparou novamente a varinha contra o seu adversário cruel.


Numa roda-viva de encantamentos e troca de feitiços mortais sem que nenhum dos dois desse tréguas, a batalha tomou uma forma volumosa de destruição em redor, escavando buracos no solo. Até que ambos levitaram no ar, quando a luzes disparadas das duas varinhas se encontraram. Uma vez que partilhavam as penas da mesma Fénix.


A luz dourada que as ligava converteu-se numa espiral de vértices brilhantes. Sem que nenhum dos dois revelasse sinais de fraquejar.


Voldemort sorriu arrogante e de forma abrupta, desviou a direcção do impulso enfeitiçado, fazendo Harry dar três reviravoltas no ar e embater com as costas no soalho rugoso, quebrando-lhe algumas costelas e lhe afastando para longe os óculos, que serviam de amparo sua visão e a varinha geminada.


Harry levou alguns segundos até se levantar devagar. Não via nada a não ser sombras. E se agitou ao ouvir Gina gritar com angústia.


- Me largue seu nojento! – Gina clamava desesperada.


- Sua estúpida manhosa, você me mordeu! – Voldemort gemeu de dor – Mesmo que não queira eu vou obrigar você! O tempo escasseia e eu preciso desse seu poder! – Gritou sem escrúpulos.


- Haaaarrrrry!!!- Gina chorava transtornada. Enquanto o som do tecido da túnica dela se ouvia ser rasgado com violência.


- NNNNNÃÃÃOOOOOOOO!- Harry gritou aflito. – Não encoste nela seu monstro! - Um berro estrondoso semelhante a um trovão se escapou da sua garganta e o chão foi sacudido por uma espécie de terramoto. Surpreendendo tudo e todos, até ele próprio e o Senhor do Mal.


Uma brecha abriu debaixo dos pés de ambos. Por puro instinto Harry saltou numa pirueta, escapando ao abismo. Ao mesmo tempo que a visão se desanuviava á sua frente. Como se tivesse colocado novamente os óculos.


Percebeu que Voldenort lutava para se equilibrar na base do altar junto a Gina. E depois o fitava entre o espanto e a malevolência. Com o rosto asqueroso, verdadeiramente sombrio ainda mais cavernoso e maquiavélico que nunca.


- Uma técnica nova Potter?... – Ironizou já em posição segura e defensiva. - De nada lhe vale...sem a varinha e os óculos...você não é nada...- gargalhou gélido...Um adversário cego...que antes de morrer terá o prazer de ouvir a sua amiga Weasley se tornar minha!


Gina soluçou de horror, se debatendo entre as amarras. Enquanto Voldmort se inclinava sobre ela.


O rosto de Harry toldou de raiva e a sua revolta se transformou em ódio puro. Da sua boca saiu um rugido descomunal, superior ao que tinha feito anteriormente, que accionou um clarão verde que saiu num turbilhão dos seus olhos, rodeando e circundando o seu opressor, ao mesmo tempo que se fechava sobre ele.


- NNNNNÃÃÃOOOOOO...- Guinchou Voldemort enquanto se debatia dentro do feixe de luz -...Vocês não podem…ter feeeito...?...Nnnnãããoooo pooodee sssserrrr...- gritava aterrado com a surpresa.


Como um furacão devastador , o poder ancestral activado por Harry comprimia e aguilhoava o bárbaro indolente Voldemort, que bramia estrondosamente, contorcendo-se de dor. Debaixo da imponente e dolorosa execração, que aos poucos o ia enfraquecendo.


A chama esverdeada, que aos poucos abandonava os olhos de Harry, começava agora a concentrar-se cada vez mais , em volta do seu maior inimigo. Que se torcia em espasmos de dor, batalhando contra o efeito surpreendente do poder ancestral.


- Nãooooo...- gritou olhando Harry com ódio.-...você e... ...Weasley...nnnãooo...


Harry olhou-o com arrogância , fazendo uma careta de puro asco.
Voldemort guinchou debatendo-se furioso, até que uma explosão lhe espatifou a carne, lhe transformou os ossos em pó e a sua força imortal foi destruída. Acabando com ele para sempre até o foco de luz se fechar totalmente numa forma única, diminuindo aos poucos de dimensão, até se evaporar no ar.


Tudo ficou silencioso, na mais completa surdina. Harry respirou ansioso com a roupa coberta de sangue e pó. Perante os olhares estáticos e chocados dos alunos das quatro casas de Hogwarts, ainda enclausurados na prisão de barras forjadas em seu redor.


Sem pensar em mais nada correu até Gina e se ajoelhou a seu lado, lhe retirando as amarras e debruçando-se sobre ela, consternado pela sua palidez.


- Har…ry…- murmurou a jovem frágil entre os seus braços.


- Já acabou Gina… Voldemort se foi…para sempre…- ele sussurrou lhe acariciando os cabelos e a beijando intensamente nos lábios, em frente da escola inteira pela primeira vez.


- Eu…eu sabia… que você iria conseguir… – declarou com lágrimas nos olhos.-…eu te amo muito…


- Eu também querida.


Naquele momento a professora Minerva se aproximou com um cobertor e um sorriso brilhante nos lábios.


- Acho que estão a precisar duma coisa deste género. – Falou cobrindo Gina enquanto beijava Harry numa face.


- Obrigado por salvar o Mundo! – Segredou feliz e depois se afastou enquanto se preparava para proceder à libertação, de Rony, Mione, Luna e Nevile , para além dos restantes alunos, quebrando a maldição dos feiticeiros negros.


- Eu sabia que vocês iriam conseguir! – A voz rouca de Dumbledore se fez ouvir.


Harry e Gina olharam para a figura abatida, mas emocionada do Velho Mago, que parecia ter recuperado da praga convocada por Voldemort. Ele carregava um objecto bastante familiar para os dois. Uma Campânula de cristal, que parecia estar cheia dum vento encrespado e cintilante, quando se via à distância. Mas que de perto e parecendo flutuar ao sabor da corrente, se vislumbrava um ovo pequenino, que brilhava como uma jóia. Depois a sua casca estalava fazendo surgir um beija-flor, que era elevado até ao topo da Campânula. Porém e quando era de novo arrastado pela corrente, as suas pernas ficavam ensopadas e encolhidas. E a ave voltava a ser encerrada dentro do ovo. Até o processo cíclico se repetir.


- Mas isso é…- Gina escancarou os olhos.


- A Gema do Poder Sagrado. – Explicou Dumbledore.


- Nós a encontramos há dois anos no Ministério da Magia. – Harry declarou surpreso.


- É verdade. Eu me senti cativada por esse processo de Transformação do ovo em ave e depois o reverso. – Concordou Gina boquiaberta - Harry veio até ralhar comigo no momento. Porque eu dava mostras de querer ficar ali a observar o decurso do reaparecimento do beija-flor.


- E sabe porquê? – Perguntou o Director com um sorriso jubiloso. – Porque você e Harry estavam destinados a celebrarem o seu Ritual.


- Como assim? – Harry perguntou surpreso.


- Ainda não descobriu porquê?


- Não…


- O Ritual da Coligação deste poder consagrado, só poderia ser decifrado e celebrado por duas pessoas, que se salvassem um ao outro de forma Inocente depois de beberem a Poção Ancestral. - Dumbledore sorriu novamente.


- Mas nós…?


- O ano passado o Elixir que vos dei, para vocês ingerirem antes de Gina perder a inocência…


- Sim? – A jovem corou.


- Era nada mais, nada menos, que a Poção da Gema do Poder Sagrado, este liquido que corre na Campânula onde o ovo está mergulhado.


Harry e Gina olharam embasbacados.


- Mas como é que o senhor sabia que resultaria connosco? Como poderia prever que não perderíamos a vida se ingeríssemos esse Elixir? – Gina perguntou confusa.


- Porque você é a testemunha da passagem dos poderes ao escolhido… você é a sétima filha, da sétima geração da família do Mago mentor da Gema. Seus pais sempre souberam desde o seu nascimento. Você foi a única garota de sete géneses da família Weasley e a que nasceu em sétimo lugar, como pode ler aqui na inscrição gravada no cristal da base.


- Começo a entender… - Balbuciou a jovem.


- Só você poderia activar o poder da poção, quando amasse verdadeiramente e fosse retribuída, por alguém cujo coração falava mais alto que todos os outros sentimentos. Um herói que desse a vida dele pela sua e pela dos outros, sem se preocupar com ele próprio…um jovem que lutasse contra o Mal…em favor do Bem… alguém que merecesse ser o mais alto dos dignitários do Mundo Mágico e o Mais Poderoso.



- Harry. – Ela constatou cruzando um olhar carinhoso com o jovem que amava.


- Exacto. – Confirmou Dumbledore.


- Meu deus! Eu me sinto só o Harry. Um aluno normal de Hogwarts, aprendiz de feitiçaria. - Harry confessou chocado.


- Vai ser difícil ser considerado assim daqui para a frente. – Gina enfatizou com um sorriso doce.


- Ela tem razão! – Alguém concordou perto deles.


Harry olhou atarantado para Mione, Rony, Nevile e Luna. Cuja aparência nada tinha a ver, com o aspecto mortífero e petrificado, quando estavam aprisionados no ataúde de Magia Negra.


Todos sorriam impressionados, enquanto se aproximavam para abraçar Harry e Gina.


- Não demorem muito. – Aconselhou o velho Mago – Eles precisam se acomodar e descansar um pouco.


- Fique descansado. – Mione garantiu com afinco.


- Ficarei. – Dumbledore assentiu com uma piscadela de olho e se afastou com um olhar jubiloso.




Quando o ano escolar chegou ao fim. Harry , Ron e Hermione passaram com distinção. E Gina que apesar de andar um ano mais atrás, o seu resultado curricular também tinha sido brilhante.
Mas para quem pensava, que aquele ano em Hogwarts seria o último para eles, estava enganado.
No próximo ano lectivo,Harry iria ser professor de Defesa contra as artes das Trevas e treinador de Quadribol. Hermione iria substituir a professora McGonagall, que era agora adjunta, em parceria com Snape do novo Ministro da Magia Alvo Dumbledore.
Por sua vez Rony , iria substituir Snape , na disciplina que mais dores de cabeça lhe tinha dado, mas que agora desempenhava na perfeição.


Longe iam os tempos em que o medo pairava no ar…


Para os casais Harry e Gina, Rony e Hermione , o futuro mostrava-se bem risonho.


Voldemort tinha desaparecido e deixado de aterrorizar todos os feiticeiros. Mas Harry sabia nem todos eles eram bons e que estar atento a qualquer sinal, era algo com que todos tinham que viver...


FIM
*** ESPERO QUE TENHAM GOSTADO…esta fic foi acabada no meio dos meus exames e me deixou estressadíssima. Algumas vezes. BEIJOS… Elsa

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Comentários (4)

  • Deive Black

    no começo eu gostei mas... no final ficou tudo confuso não sabia qual ano era sla

    2017-01-13
  • potter e weasley

    Gostei mt so ñ entendi vc começou em q ano e ???? ñ entendi esse final... eles tavam meio q no sexto livro.. aguardo sua respota

    2012-01-23
  • Aurora Weasley Potter

    Eu achei incrivel!! parabens, cheia de romances, aventura, açao e comedia Bem formulada

    2011-08-07
  • Caroline de Freitas

    sINCERAMENTE NÃO CURTI MUITO :/ O COMEÇO TAVA LEGAL MAS... bom respeito o seu jeito de escrever fics e te desejo sucesso com elas D:

    2011-08-07
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