Saindo do Caminho por Nada

Saindo do Caminho por Nada



Eu andei até a cozinha sentindo um estranho fervor. Eu estava com fome, e precisava ver a vida de um jeito diferente naquela casa enorme. Meu filho não estava na cama, e pensei que Hermione o levou para um passeio. Descobri que não tinha ninguém em casa, todos dormindo ou fora.
- Hum...Amo bolinho de queijo – Era Harry, depois do banho, maravilhoso, cheirando a mais surpreendente fragrância que eu poderia sentir.
- Como sabe que é bolinho de queijo? E onde ta todo mundo?
- Você realmente se interessa nisso?
Ele tirou o bolinho de minhas mãos e me abraçou, me deixando mais perto e me beijando.
- Harry...Por favor, estamos na cozinha!
- Você ta sempre se preocupando com coisas pequenas. Sim, estamos na cozinha, minha cozinha. O que importa Lizie? Não há ninguém em casa, tenho certeza que levaram Matt para um passeio no parque. E se tivesse alguém...Você ta com vergonha?
- Sobre?
- Sobre nós...
- Eu...Não tenho certeza. Harry me abraçou novamente. Quando estávamos no meio da “diversão”, Harry me deitou na mesa e Rony apareceu na porta da cozinha. Me levantei. Harry não sabia o que dizer ao amigo. Rony, visivelmente constrangido, correu da cozinha ao jardim.
- Droga, Harry! Te disse que alguém ia chegar. – Eu disse
- Mas...Isso é algum problema? Digo...Alguém vai saber?
- Se vão saber não é problema...Nos pegar desse jeito é.
Harry andou até a porta, mas eu abracei ele com meus braços e beijei seus ombros.
- Não...É melhor eu ir lá.
...
- Rony! – Eu disse cansada de correr – Rony, podemos conversar?
Rony virou a mim, talvez desapontado. Ele deveria estar esperando por Harry.
- O quê? Por favor, sente-se.
Sentei-me ao lado dele e tentei recuperar o fôlego.
- Cara...Você quase me matou! – Eu ri e ele também – Vim porque acho que precisamos conversar.
- Sobre?
- O que você viu na cozinha...Eu e Harry...Nós.
- Vocês dois não precisam me explicar nada.
- Rony, sei que vim aqui com uma grande pretensão, que eu quero outro filho de Draco para salvar Matt, que pareço estar brincando com sentimentos aqui, mas espero que entenda que não estou. Eu não amo Draco, o que quero dele é somente para salvar Matt. Eu não posso ver meu filho morrendo e não tentar nada. Mas quando encontrei Harry...
- Alguma coisa mudou?
- Nada. Eu continuo querendo salvar Matt. Mas Harry sabe disso, e entende. Ele é perfeito, Ron...
Rony sorriu para mim e me olhou nos olhos. Ele era tão doce, não entendia como eles poderiam ser incríveis e todos juntos. Aquela turma de bruxos era como o paraíso.
- Não se preocupe, Elizabeth. Vou sobreviver. Sei que Harry é legal, ele é meu melhor amigo na banda. Só, por favor, não machuque ele. Ele não merece ser desapontado novamente.
...
Por estar me sentindo sozinha, decidi levar meu bebê a um pequeno passeio. Eu poderia ir a farmácia e depois comprar algo numa padaria.
Quando voltei, o que meus olhos viram em frente a casa de Sirius, onde Harry morava, foi uma enorme confusão. Muitas pessoas olhando, um carro preto, um grande ônibus roxo de três andares parados em frente a casa, vozes e gritos fazendo muito barulho.
Quando chegamos na cozinha, Hermione me pegou bebendo um copo d’água.
- Deus! Droga, Lizie...Onde você estava? – Ela disse me abraçando
- Deus, digo eu – disse quando me soltei – O que está acontecendo?
- Você não imagina! Você não imagina! Você ta no Profeta Diário...Você, Harry e Matt. Alguém descobriu tudo.
- O Quê? – Perguntei assustada.
- O jornal dos bruxos... – Hermione explicava
Harry apareceu da sala, com a expressão constrangida. Estava pálido.
- Mas não sei o que isso significa. Digo...Jornal, nós juntos, Matthew...Me ajude a resolver a resolver o quebra-cabeça.
- Bem...a 1ª página do Profeta hoje, mostra uma foto de nós, se beijando no jardim. Isso é foto de algum curioso, bruxo, óbvio. Aposto que foi aquela Skeeter.
- E isso é uma cena tão assustadora? – Eu disse olhando a foto. Era até engraçada. Se mexia e tudo mais.
- Não essa parte. Mas falam sobre Matt, que ele é filho de Draco.
- Não acredito! Todos sabem que estamos juntos e que estou aqui com um filho de Draco. Sabem sobre a leucemia?
- Sabem tudo, Lizie... É o porque isso aqui ta tão agitado. O treinador do time de quadribol, Harold, está aqui esperando explicação. Draco ta mal porque Cho viu o Profeta e terminou com ele, e os fãs do time estão aqui também.
- Quem ta aqui? – Perguntei...
- Harold, Oliver Wood, capitão do time, Draco… Ele ta tão mal. Deveria falar com ele.
- Não acredito que Cho terminou com ele. Isso é tão...Estúpido.
Segui Harry até a sala. As pessoas faziam muito barulho. Quando me viram, todos ficaram em silêncio.
- E então chegou a confusão em pessoa. – Harold me disse quando me viu. Eu sempre soube que ele não era meu maior fã.
- Fica com sua boca fechada, Harold. Ela não tem culpa. É vitima, tanto quanto Harry. – Oliver me defendeu.
- Draco? – me aproximei – Você está bem? Harry me disse sobre Cho.
- Ela não acredita em mim. Por quê ela deveria?
- Ela deveria acreditar por causa do amor entre vocês, Draco. Da mesma forma que Harry não se importa sobre Matt, sobre eu ter um filho com você.
- As vezes amor nos dá muita dor...
- Amor e dor andem juntos.
Virei – me para as pessoas na sala e saí.
- Onde você está indo, Lizie? – Hermione perguntou
- Você verá
- Aonde você vai?
- Já respondi a questão. Tempo acabado.
- Vamos, Elizabeth! Pare agora mesmo, se você está pensando em falar com Natasha. Você não conhece ela...
Harry me abraçou.
- Querido, não a conheço e ela não me conhece. Ela precisa saber a história.
- Meu Deus! Outro escândalo! Já posso ver o Profeta, com esse bebê na capa. – Harold isse
- To me lixando para o Profeta. – Respondi a ele.
...
Quando cheguei, toquei a campainha com a expressão mais amigável do mundo. Uma mulher japonesa atendeu.
- Posso te ajudar?
- Procuro Cho Chang.
- Não está.
- Pude ouvir uma voz gritando dentro da casa.
- Quem é você?
- Elizabeth! Talvez me conheça melhor como Lizie, sei lá...E esse, é Matthew, bebê do Draco.
- Como pode ser tão egoísta? Primeiro tira Draco de mim, e agora me vem com o filho DELE?
Eu ri. Contei a história a ela e retornei, talvez não dera muito certo, mas tentei.
...
- Você ta dormindo? – Harry perguntou entrando em meu quarto.
- To cansada...Você não?
- Cansada até pra mim?
- Talvez...O que está pensando?
- Tava pensando em talvez te encontrar aqui, num pijama rosa, e poderíamos nos divertir um pouco...
- Posso me trocar até, se quiser...
- Não, Não... É muito tarde.
- Tarde? – Não entendi.
- É...Pensei que teremos que nos divertir do jeito que você está.
- Você não fechou a porta...
- @%&*% a porta!
De manhã, Matthew estava agitado, chorando no quarto, o que me fez acordar e ver o que estava acontecendo.

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