As Cartas



_Levar a Emily para o St. Mungus? Mas Madame Pomfrey não havia dito que ela estava bem?
_Foi por isso que te chamei aqui Harry... ela piorou, não podemos salvá-la aqui.
_ Mas...como... eu poderei visitá-la?
_Com toda a certeza Harry. Vamos mandar uma coruja para os Hailey agora, avisando que...
A porta se abriu e Charlotte apareceu atrás dela.
_ Não precisa mais levá-la, Dumbledore.
_ Como? _ o diretor soou surpreso.
_Esse anel_ ela mostrou o anel com formato de cobra _ era de Voldemort. Ele o chamava de anel negativo, usado para jogar pragas e maldições. Não sei exatamente quem mandou, mas foi para isso que Snape foi enfeitiçado.
_ Tem como provar isso Srta. Malfoy?
_Não mas...
_Dumbledore! _ Madame Pomfrey entrou sorridente _ Boas notícias!
_ O que aconteceu? _ perguntou Harry adiantando-se.
_Emily acordou! Foi um milagre!
Harry ficou tão maravilhado com a noticia que nem esperou Madame Pomfrey terminar. Saiu correndo pelos corredores e escancarou a porta da enfermaria.
Emily foi abrindo os olhos devagar, quase que relutante... O que havia acontecido? Porque estava ali? Enquanto estava tentando raciocinar, ela olhou para o lado e viu, encostado em sua cama, Draco. Ele dormia profundamente, parecia que estava ali a tempo. Ela sorriu e bagunçou os cabelos dele, fazendo-o acordar.
_Deixa eu dormir mais um pouco Charlotte...
_Draco... ei.... não é a Charlotte... é a Emily! Você vai ficar com torcicolo se não levantar daí...
Draco levantou a cabeça e olhou para Emily. Ela percebeu que ele estava com olheiras e com o cabelo todo desarrumado, obra sua, e começou a rir.
_ Há quanto tempo você não dorme?
_Madame Pomfrey!_ gritou Draco não tirando os olhos de Emily _ Ei! Emily acordou!
Madame Pomfrey chegou perto da cama de Emily, pronta para repreender Draco, quando viu Emily sentada na cama.
_Sr. Malfoy, não deixe ela sair da cama... vou avisar Dumbledore!
Ela saiu da enfermaria e Emily olhou para Draco novamente. Ele estava realmente muito cansado.
_O que aconteceu comigo?
_Você não se lembra?
_Eu lembro de estar no Três Vassouras e... POR MERLIN! O Snape me beijou! _ ela gritou limpando a boca com as costas da mão _ O que deu nele?
_Não sei o que houve, mas acho que foi _ Draco apertou as mãos _ enfeitiçado.
_Ah... que dia é hoje? Perdi alguma prova?
_Para falar a verdade, acho que você só tem que se preocupar com os presentes de Natal agora...
_Como assim Draco, ainda estamos em novembro!
_Dezembro, dia doze.
_Está brincando comigo, né?
_Nunca falei tão sério em toda a minha vida...
_Minha nossa! Estou há um mês aqui! Por causa de um beijo? _ disse Emily fazendo uma careta \_ que coisa mais estranha...
A porta da enfermaria se escancarou e Harry entrou por ela sorrindo.
_Não acreditei quando Madame Pomfrey disse que... _ Harry olhou para Draco e seu sorriso desapareceu _ o que faz aqui Malfoy? Pode avisar aos monitores que Emily já acordou...
Draco olhou friamente para Harry e saiu da enfermaria sem dizer nada.
_ Harry...
_Emily! Como está se sentindo?
_Estou enjoada... Acabei de lembrar que Snape me beijou... Diga-me, Harry, porque estou aqui há um mês?
_Ninguém sabe. Na verdade Charlotte apareceu com um anel que estava com você e...
_Que anel?
_Um em forma de cobra. Ela disse que estava com você.
_Não me lembro de nenhum anel...
_Mas o importante é que você está acordada! _ Harry abraçou a irmã _ Estava com medo de você não acordar mais!
_ Acha que eu iria te abandonar assim? _ Emily segurou o rosto de Harry com as mãos _ Não vai se livrar assim tão fácil de mim.
_Emily? Como está se sentindo? _ disse Dumbledore entrando _ Harry poderia nos dar licença?
_ Sim... Depois nos vemos Emily... Vou dar a notícia... _ disse Harry enquanto saía aos sorrisos da enfermaria.
Enquanto Madame Pomfrey fazia um exame completo em Emily, Dumbledore sentou-se ao seu lado.
_Esse anel lhe pertence Emily? _ perguntou ele enquanto mostrava um anel em forma de cobra.
_Não... Harry me disse que acharam comigo mas eu nunca vi ele.
_A Srta. Malfoy disse que esse anel pertencia a Voldemort, e que servia para lançar pragas. Realmente ele está com muita magia negra. Não temos certeza, mas achamos que Snape foi enfeitiçado para colocar isso com você.
_Anh...
_Dumbledore... ela está perfeitamente normal. Mas prefiro deixá-la mais uma noite em observação.
_Nos vemos depois Emily. Descanse.
Emily estava mais que animada para esse Natal. Já comprara todos os presentes, apesar de ter feito isso em dois dias, e estava tentando enfiar todos embaixo da cama.
_Ainda tem tempo Emily! _ comentou Catherine olhando por cima de uma revista a garota, que estava tentando espremer uma caixa mais avantajada junto com as demais _ O que é isso?
_Uma boneca da Sakura para a Sara... Tomara que ela saia até amanhã da enfermaria... _ ela terminou o serviço e sentou-se em sua cama _ Já resolveu onde vai passar o Natal?
_Vou para a casa dos meus avós. E você?
_Vou passar esse Natal com o Harry. Prometi a Susi que ano que vem vamos comemorar todos juntos. Como esse é nosso último ano em Hogwarts, quero aproveitar, afinal fiquei um mês em coma.
Alguém bateu na porta.
_Pode entrar! _ Emily cobriu os presentes rapidamente com uma colcha.
_Emily, alguém deixou isso para você lá na entrada do Salão Comunal.
_Oi Gina! _ a garota tentava empurrar discretamente um pedaço de fita que aparecia por debaixo da colcha.
_Foi o Colin Creevey que encontrou _ acrescentou Gina entregando-lhe a carta.
_Obrigada Gina... Que estranho _ Emily revirava a carta nas mãos _ Não tem remetente, só meu nome aqui.
_Dever ser de Draco _ sugeriu Catherine.
_Não... não é a letra dele...
_Garrancho????
_Muito engraçado Cath.
_Então? Não vai abrir?
_Claro que vou Catherine. Que pressa! _ riu-se Emily abrindo curiosa.
Seus olhos percorriam rapidamente o papel e seu sorriso desapareceu junto com a sua cor.
_Emily? O que foi? _ perguntou Gina assustada.
_ O que está escrito? _ Catherine largou a revista e pulou para a cama da amiga.
_ E... e... eu... eu tenho que ir! _ Emily saiu correndo antes que as meninas pudessem impedi-la.
_Espera Emily!
_Quem morreu?
Mas ela já não podia ouvir nenhuma das duas.
_Ora vamos Charlotte! Não vai cair o mundo!
_Não vou ir!
_Mas você vai gostar! Toda a família vai estar lá!
_Então vá você Draco!
_Não fazem questão que eu vá! _ disse o garoto não podendo conter o sorriso _ Acho até que eles preferem que eu fique.
_Já disse que não vou para essa reunião Malfoy! É meu último ano em Hogwarts e vou passar esse Natal sendo apenas Charlotte Riddle! Uma aluna normal! _ Charlotte levantou-se bruscamente da poltrona e seguiu em direção do seu dormitório.
_ Você se acha normal? _ ainda ouviu a voz chocada de seu irmão antes de subir as escadas.
_Se cruciates Draco! E me deixa em paz! _ Charlotte fechou com força a porta do seu quarto e se jogou na cama.
Não era bem por isso que ela não queria voltar para casa. Ela sabia que aquele anel não era bom sinal, e que na dúvida, a melhor escolha era Hogwarts. De repente uma coisa lhe chamou atenção.
_Obliviate? O que está fazendo em cima do armário? _ ela levantou para tirar o Alagatus lá de cima, mas outra coisa lhe chamou atenção. Pisara em cima de uma carta. Ela apanhou-a e viu seu nome escrito na frente. _ Charlotte Riddle Malfoy? Ninguém me chama de Riddle a não ser eu mesmo e...
O alagatus graniu baixinho e levantou as asas, sobressaltando a garota.
_Na-não pode ser! Aqui não! _ ela desdobrava a carta rapidamente e leu prendendo a respiração. _ Quem deixou essa carta aqui, Obliviate? _ ela perguntou em um fiapo de voz.
O alagatus se encolheu ainda mais como resposta.
_Dumbledore! Preciso avisar para ele e...
A porta se escancarou de repente e Draco surgiu ofegante segurando uma carta também.
_Charlotte! Olhe isso! Crable achou no meu quarto!
_Vamos _ a garota saiu puxando-o pelo braço _ temos que avisar os outros.
_Talvez Hogwarts não seja tão segura? É só isso? _ perguntou Minerva lendo a carta.
_Apenas um aviso, professora. E receio que esse não foi o único. Precisamos avisar os alunos envolvidos.
_Justo agora que pensávamos que tudo havia terminado... _ suspirou a professora.
_Professor Dumbledore! _ Charlotte abriu de repente a porta da sala dos professores onde o diretor estava , seguida por Draco _ Ele nos enviou... _ a garota viu que Dumbledore segurava uma carta do mesmo estilo que recebera - ... uma também.
_Duas, para ser mais exato. _ Draco mostrou sua carta.
_ O que ele diz para vocês?
_ Uma provocação _ respondeu Charlotte.
_Para mim uma ameaça _ Draco leu um trecho _ Estou mais perto do que imaginam.
Isso quer dizer que ele pode estar aqui na escola?
_Ainda não temos como provar isso Sr. Malfoy. Mas com certeza ele não passaria desapercebido pelos portões de Hogwarts.
_Mas ele já esteve aqui não foi? _ o garoto insistiu.
_Sim, esteve. _ respondeu Charlotte _ Mas através de mim.
_Então quer dizer que...
_Que ele está usando outra pessoa para nos ameaçar.
_E a senhorita tem alguma suspeita Charlotte? _ perguntou a professora tensa.
_Não... ainda não tenho...
_Professor! Professor! _ Emily apareceu também segurando uma carta _ Algo terrível aconteceu e ... anh... vocês também receberam?
_Se o Draco recebeu com certeza Weasley e a Granger receberâo _ continuou Charlotte _ Temos que agir e rápido!
_Eu já havia conversado com o ministro sobre as precauções que deveríamos tomar caso a ponte abrisse. Mas não pensamos que ele já poderia se infiltrar em Hogwarts.
_Temos que sermos rápidos Dumbledore. Se conheço bem Voldemort, ele só enviou essas cartas porque já tem um plano em andamento e achou mais divertido nos por em alerta.
_Tem razão Charlotte _ o diretor sentou-se em sua cadeira com uma expressão cansada no rosto _ temos que agir o quanto antes.
_PROFESSOR DUMBLEDORE!
_Madame Pomfrey? O que aconteceu? _ ele levantou rapidamente e assim que a enfermeira apareceu na porta, branca e tremendo.
_Na-na ala hospitalar!
_O que há lá? _ a professora Minerva amparou a colega para tentar acalmá-la.
_E-eu não sei o que aconteceu! Quando entrei eles estavam daquele jeito!
_ Eles quem, Papoula?
_A aluna Sara Granger que ainda estava desacordada e um colega dela que sempre a visitava, David Morat.
_Morat?_ Charlotte surpreendeu-se.
_Vamos até lá! _ ordenou o diretor _ Pode ter alguma relação com as cartas.
_Quem poderia ter feito isso? _ a professora Minerva olhava horrorizada para a cena.
Sara e David estavam suspensos no teto, desmaiados com a cabeça pendendo para o lado como se tivessem sido enforcados por uma corda invisível. Suas mãos e pés estavam amarrados por cobras, que sibilavam em ameaça para qualquer um que se aproxima-se.
_Com certeza não foi um aluno, minha cara _ disse o diretor tentando lançar feitiços para fazer as cobras desaparecerem.
_Não adianta, professor. Somente o próprio Voldemort pode ordená-las alguma coisa.
_Espera Charlotte! O Potter também é um ofidioglota!
_Boa Draco! Vou chamá-lo! _ Emily saiu correndo da enfermaria. _ Um estrondo foi ouvido no corredor e a voz de uma aluna gritando com Emily.
_Não olha por onde anda não?
_Desculpe _ a voz de Emily já estava longe.
_Hoje não é meu dia mesmo... AHHH! O que aconteceu aqui?
Kira Pettigrew entrou na enfermaria e quase deu um pulo com o susto que levou.
_O que houve com seu rosto querida? _ Madame Pomfrey correu até ela _ Ele está... está...
_Roxo com bolinhas amarelas! Já me olhei no espelho. Foi mais uma das brincadeiras dos irmãos Weasley que o Potter mandou para mim! Não agüento mais essas brincadeiras de mau gosto dele, só por causa do meu sobrenome! PARA DE RIR MALFOY!
Draco não se conteve e explodiu em risadas, o que lhe rendeu um beliscão dado pela irmã.
_Não é hora para isso, palhaço!
_Tome isso. ~_ a enfermeira deu uma colher de um liquido verde para a garota _ Vai demorar para a poção dar efeito. Enquanto isso podem ocorrer alguns efeitos colaterais.
_Como o que HIC? _ a cara dela mudou de roxo com bolinhas amarelas, para um xadrez verde e preto.
_Como soluços por exemplo.
_Mas HIC! _ laranja com listras brancas _ o que eu faço HIC! _ azul com estrelinhas vermelhas- agora? CALA A BOCA MALFOY! HIC!
Nem mesmo Charlotte pode agüentar agora. Sorte dela que Emily chegou com Harry, Rony e Hermione.
_Nossa! _ Rony espantou-se também com as vítimas _ Que tipo de terapia é essa?
_Sara! O que aconteceu com ela? _Hermione correu até a cama onde deveria estar sua prima.
_Calma Srta. Granger, não...
A professora Minerva não pode acabar sua frase. Quando Harry se aproximou das camas e olhou fixamente para os dois, as cobras que os prendiam desapareceram, e eles caíram no chão. Antes que qualquer um naquele local pudesse reagir, David Morat pôs-se de pé com dificuldade. Seus olhos estavam totalmente brancos e o sangue que escorria de um ferimento na testa parecia não lhe incomodar.
_Harry Potter... _ ele começou a dizer com uma voz rouca e forçada _ Deveria estar feliz! Afinal, agora seus amigos também estão na minha lista! _ Ele olhou para Rony e Hermione _ Não importa se são sangue-ruins ou puros. _ ele riu e voltou-se para Emily _ Sua querida irmã que cresceu trouxa... E esse Malfoy inútil! E... _ os olhos brancos de David pareciam cintilar quando pousaram sobre Charlotte _ a minha querida aprendiz que não aprendeu direito a lição... _ Morat sacou a varinha e um jorro de luz verde acertou Sara que se mantinha imóvel ao seu lado, fazendo-a atravessar toda a extensão da enfermaria e se chocar contra a parede. Depois disso desmaiou novamente.
_...Ele morreu? _ perguntou Kira com a cara amarela cheia de pontinhos pretos.
Mas todos os presentes ainda estavam espantados demais para responder uma pergunta como essa.
O primeiro a se mover foi Dumbledore, que correu até David, pressionando seu pescoço. Madame Pomfrey seguiu seu exemplo e correu até Sara, do outro lado da enfermaria, fazendo-a levitar até sua cama.
_Respondendo à sua pergunta, Srta. Pettigrew, ele não morreu. Alunos, o que temos aqui é uma situação de emergência. Não comentem com ninguém o que aconteceu aqui. Quanto mais pessoas souberem, mais Voldemort vai querer matar. Srta. Potter, avise a todos os alunos envolvidos, Srta. Malfoy, você avise a Srta. Lupin e... Srta. Pettigrew, fique aqui. Estão dispensados.
_A Lune?
_Sim, Srta. Malfoy, agora vá!
Todos saíram da enfermaria em silencio, andando devagar. Harry, Rony e Hermione foram na frente, andando em passos rápidos. Charlotte foi avisar Lune e quando Emily olhou para o lado, viu que só tinha ela e Draco no corredor. Ela ia dizer que ia para sua casa quando Draco segurou em seu braço.
_Espere Emily. Precisamos conversar.
_Sobre?
_Sei que não é um momento bom, mas desde que você acordou eu preciso falar com você e não consigo. _ ele mostrou o braço para ela _ me acompanha?
Emily sabia exatamente o que eles iam conversar. Sobre eles. Ela também precisar falar com ele. O término do namoro foi difícil e eles quase não se falaram depois daquilo. Draco foi conduzindo-a até um lugar mais afastado e parou, segurando as duas mãos dela.
_Não sei quanto a você mas eu estou sentindo sua falta.
_Eu também estou.
_Quando... quando você estava em coma... eu ia todo dia te ver, esperando que acordasse... no dia que você acordou eu fui até lá sem esperança nenhuma, imaginando que seria mais um dia de visita a você dormindo.
_Nunca imaginei que ouviria você falando isso Draco.
_Emily! Deixa eu terminar!
_Tudo bem _ falou Emily segurando-se para não rir do Draco-Romântico.
_Eu descobri que não conseguiria viver sem você.
_Isso é um pedido para voltarmos?
_É...
_Pedido aceito Sr. Malfoy _ disse Emily sorrindo e dando um beijo em Draco.
Há quanto tempo ela estava louca para dizer tudo o que ele dissera, mas seu orgulho pôs-final-de-namoro não deixava ela falar. Na verdade, era Harry que dizia que ele não prestava e tudo mais. "Tá certo, ele não presta mesmo"_ pensou Emily enquanto continuava o beijando _ "Mas eu amo ele...".
_Então nós voltamos?
_Só entre nós Draco...
_Como assim?
_É melhor ninguém saber que voltamos... não por enquanto.
_Porque? _ Draco parecia contrariado.
_Porque Voldemort está por ai, e ameaçando todos nós. Além do mais Harry não vai gostar de saber que voltei com você, então é melhor...
_É melhor não contarmos porque ele vai dizer que lancei um feitiço em você.
_Draco!
_Você conhece o Potter melhor que eu e sabe que a culpa é sempre minha!
_ É mesmo?
_Claro que não! Eu estou falando do ponto de vista do Potter e não da realidade...
_Ah... Acho melhor irmos agora... tenho que avisar os gêmeos e ir para a sala dos monitores... acho que eles devem estar se reunindo nesse exato momento...
_Droga! Eu tinha me esquecido...
_Eu cubro você, aviso que estava comigo na enfermaria.... vamos?
_Claro! _ disse ele pegando na mão dela.
_Draco.... _ ela olhou para a mão dele _ não voltamos lembra?
Ele soltou a mão dela revirando os olhos.
_Posso dizer uma coisa? Eu vou odiar isso... Potter....
_Eu também, Malfoy...
_ Você só pode estar louco, Dumbledore! Mandar nossos alunos para o mundo trouxa?! Você realmente acha que estará protegendo-os de Você -Sabe-Quem mandado-os para um lugar totalmente desprovido de magia..._ Fudge estava escarlate tamanha era sua surpresa com as palavras de Dumbledore_ e você faz muito bem a idéia de como é trabalhoso, complicado e cercado de protocolos enviarmos alunos para esse tipo de experiência Professor...
_ Ora essa Fudge! Nós não estamos infringindo nenhuma regra, e o mundo trouxa sendo este como é, ficará mais fácil proteger nossos alunos. Você-Sabe-Quem demorará muito para localiza-los naquele "mundo", o que nos dará tempo de localizá-lo aqui..._ Dumbledore mostrava-se muito mais calmo e informado que o próprio ministro_ E, não estaríamos pedindo a famílias totalmente trouxas para participarem mas sim, pais de alguns de nossos alunos bruxos que são nascidos trouxas, e nós sabemos muito bem que nessas condições os intercâmbios podem ter menos protocolos a seguir e podem ser providenciados muito mais rápido que os "normais"....
_ Sim Dumbledore, mas...
_ O que há de "mas" Fudge... nós bem sabemos que eles podem acabar prejudicando outros alunos se continuarem em Hogwarts, e, seria falta de escrúpulos privar certos alunos de assistirem as aulas, ou pior, expulsá-los...usando a desculpa de perigo...
_ ... Sendo assim, o que você pretender fazer para selecionar os alunos Professor!?
_ Convidaríamos eles para essa "experiência". Então, passariam por testes "gerais" e depois por testes mais específicos...
_ Quem sabe, possamos limitar o numero de alunos por ano: cinco alunos de cada ano, independente da Casa..._ completou a prof. Minerva, como se aquilo já tivesse sido pensado e repassado várias vezes.
_ Hunf...Sinceramente Dumbledore, não concordo com sua idéia absurda, porém, se você acha que assim as coisas correram mais naturalmente na escola, então assim seja. Providenciarei a papelada, mas, lembre-se que dessa vez estará sozinho e o Ministério da Magia não terá nada, absolutamente nada haver com essas suas idéias insanas...
_ Para o retorno do Natal gostaria de ter tudo pronto para enviá-los, começando os testes poucos antes intervalo e no retorno, já teríamos os resultados...
_ Até a vista Professor Dumbledore _ Fudge, não menos escarlate do que no começo da conversa, saiu da sala do Diretor batendo a porta atrás de si.
Dumbledore caminhou um pouco dentro de sua sala enquanto Minerva, que havia assistido a tudo aquilo quieta, o acompanhava passo a passo....
_ O que você me diz, Minerva!? Estamos agindo da melhor maneira...!? Não seria melhor mantê-los aqui para serem devidamente vigiados!?
_ Eles escolheram sair daqui Professor, não foi o Senhor, ou eu, ou outra pessoa quem impôs essa condição para eles. Sem contar, que como lembrado, outros alunos podem acabar prejudicadas mais uma vez por isso...
_ Confesso que estou com muito receio...
_ Tudo correrá bem, assim espero...
_ E você!? _ Dumbledore virou-se para um canto mais escuro na sua sala.
Minerva, que não havia notado uma quarta presença na sala, olhou para o lado num sobressalto ao perceber que olhos seguiam cada movimento seu.
_ Sim...?
_ Você, irá com eles ou..._ Dumbledore foi interrompido pelo vulto.
_ Não! Alguém precisa continuar aqui,... e depois, eles não estarão sozinhos,...
_ Como!? _ Minerva estava cada vez mais confusa com tudo aquilo...
_ Simples Professora, eles não estarão sozinhos em momento algum se agirmos como no programado..._então, a porta se fechou novamente, ficando apenas os professores Dumbledore e Minerva na sala circular...

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