Aquele com o jantar

Aquele com o jantar



FRIENDS
6- Aquele com o jantar

- Virgínia Weasley! - gritou Mione ao entrar no café que sua amiga estava.
- Diga, Hermione Granger. - respondeu a amiga muito calma.
- Você não sabe o mico que eu paguei por sua causa! Olha isso!
Ela jogou uma pasta com várias folhas na mesa de Gina que, antes mesmo de pegá-las, arregalou os olhos.
- O que... O que eu tenho a ver com esse trabalho escolar?
- Como você sabe que é um trabalho escolar se nem mesmo o viu!?
- É que, bom, dá pra perceber...
- Gina! Você fez o trabalho em grupo do Matthew Andrews!
- Eu não fiz, eu apenas ajudei com alguns conhecimentos...
- Quando foi que você começou a freqüentar grupos de trabalho do sétimo ano?
- No dia seguinte que nós fomos à escola... Mas o Matt é tão legal, ele é divertido, engraçado, doce, uma graça!
- Gina! Você está saindo com um cara de 17 anos?
- Não exatamente, eu... É, estou.
- Eu não acredito nisso. E você ainda faz o trabalho escolar dele!
- O que custa ajudar! Nossas mães ajudavam!
- Mas você não é mãe dele, é a namorada! A namorada 6 anos mais velha!
- O que eu possa fazer que a gente se gosta? O amor não tem idade!
- Amor? Você acha mesmo que isso é amor?
- Claro! Pra você ver como ele gosta de mim, hoje à noite vou dar um jantar! Convide o seu professorziho que eu vou chamar o pessoal.
- Thomas não vai querer ir a um jantar com o pior aluno dele.
- Ele que cresça e que esteja na minha casa ás oito!
Gina levantou-se e saiu ás pressas do café, pronta para procurar todos os seus amigos.

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- Luna! Luna, abra a porta! - gritou Gina, esmurrando a porta da casa da amiga.
- O que é? - sussurrou Luna, abrindo apenas uma fresta.
- Por que você trancou a porta?
- Porque é isso que as pessoas normais fazem. E eu estou numa sessão onde a paz reina.
- Ahn?
- Entre, mas não faça barulho.
Gina entrou no apartamento de Luna cautelosamente. Não porque a amiga tinha dito para ela não fazer barulho, mas porque aquele apartamento era tão misterioso e cheio de mercadorias estranhas de Luna que Gina tinha medo de encostar nas paredes. Ao passar pelo corredor, as duas entraram numa sala sem nenhum móvel, cheia de pessoas sentadas com as pernas cruzadas e incensos por toda a parte.
- Oh meu Deus... Luna, o que você fez com o escritório?
- Shhh! Estamos no meio de uma sessão de meditação e yoga. Agora fique aí quietinha enquanto eu mudo a posição do grupo.
Ela entrou na sala, sentou-se com as pernas cruzadas e passou-as pela cabeça. Gina quase soltou um grito de tão espantada que estava ao ver aquela cena. Luna levantou-se, observou os alunos por alguns instantes e saiu da sala.
- Pronto, pode falar - disse ela, encostando a porta.
- Primeiro eu gostaria que você me explicasse de onde saiu essa comunidade hippie.
- Agora que o Neville trabalha para mim, deixo ele cuidando da loja de manhã e resolvi abrir um novo ramo no meu negócio. Já está fazendo o maior sucesso, eles ficam calminhos, calminhos...
- Você não está os enfeitiçando, está?
- Bom... Eu coloquei um encantamento bem leve nos incensos, mas foi só pra...
- Luna! Você sabe que isso é ilegal!
- O que você está falando? Você também usa magia nos pratos do restaurante!
- Ahn... Bom, mudando de assunto, eu quero saber se você gostaria de ir jantar lá em casa hoje.
- Alguma data especial?
- Quero que vocês conheçam meu novo namorado! Se você quiser levar algum acompanhante, fique á vontade.
- Legal, obrigada. Que horas?
- Oito.
- Oito horas eu estarei lá, muito bem acompanhada. Até mais tarde!
- Até!
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- É por aqui... Ou será por ali...? Não, é seguindo em frente!
Gina estava completamente perdida no centro de Londres tentando encontrar a escola Alvo Dumbledore.
- Fica numa discoteca abandonada, ao lado de um “pub”... Isso lá é lugar de instalar uma escola!? Bom, sempre em frente.
Ela continuou seguindo em frente, atravessou uma avenida, andou dois quarteirões e finalmente encontrou a tal discoteca. Entrou no lugar olhando para todos os lados, foi até a mesa do DJ, colocou seus fones e apertou um botão vermelho.
- Escola de Magia e Bruxaria Alvo Dumbledore, bom dia - disse a voz de Hermione.
- Oi, Mione. É a Gina.
- Gina? O que você está fazendo aqui?
- Preciso falar com o Harry.
- Ah, OK. Posicione-se no centro do quadrado amarelo e não se mexa.
Gina tirou os fones de ouvido e foi até o quadrado amarelo, que logo começou a descer. Logo ela já estava no hall de entrada da escola.
- O Harry está na sala dos professores. Siga o corredor até o fim, vire á esquerda, depois á direita, depois á esquerda de novo e então siga até o fim. É a sala 29.
- Ah, claro, super fácil. Talvez eu consiga encontrá-lo até meu jantar de bodas de ouro.
- Você vai convidá-lo para o jantar?
- Claro! Luna já disse que vai acompanhada. Talvez Harry também queira levar alguém.
- Acho meio difícil. Faz séculos que ele não sai com ninguém.
- De repente essa é a oportunidade.
- Pode ser. Caso você se perca, entre em alguma sala e peça ajuda.
- Certo, obrigada.
Gina tentou seguir a orientação de Hermione e conseguiu encontrar a sala mais cedo do que esperava. Harry estava tomando café e olhando distraidamente pela janela.
- Nossa, não sabia que o trabalho de diretor era difícil desse jeito.
- Muito engraçado. Bom dia pra você também, Gina.
- Bom dia. Eu gostaria de convidá-lo para um jantar na minha casa.
- Eu sempre janto na sua casa.
- Eu sei, mas esse jantar vai ser especial. Vou apresentar meu namorado a “sociedade”.
- Hum... Eu perdi a conta ou nós ainda estamos no começo do século?
- Eu só queria que vocês o conhecessem. Sinta-se livre para levar uma acompanhante e diga isso para o Nev, por favor.
- Acho que essa parte da acompanhante vai ser meio complicada, mas farei o possível. Quando o jantar estiver pronto, bata na minha porta. Quem vai?
- Acho que todos nós... Vou ligar para o Rony agora. Vejo você lá, até mais tarde.
- Até mais.

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- Oh... Parece que vai ser um senhor jantar - disse Hermione, observando a preparação do jantar por cima do ombro de Gina.
- É, tem que ser mesmo. Cadê o professor?
- Será que você poderia chamá-lo de Thomas? Esse é o nome dele.
- Vou tentar, mas vai ser um pouco difícil.
- Ele vai chegar daqui a pouco. Melhor você ir se arrumar.
- Certo. Se alguém chegar, sirva uma bebida.
Gina entrou em seu quarto e Hermione folheava uma revista sentada no sofá. De repente, a campainha tocou.
- Entra - gritou Mione.
- Oi - disse Neville, colocando a cabeça na fresta da porta. - Podemos entrar?
- Claro.
Ele abriu completamente a porta e entrou na casa, seguido por uma bela moça loira de olhos verdes. Mione ficou espantada quando a viu.
- Mione, essa aqui é a Kelly. Kelly, essa é minha amiga Hermione.
As duas apertaram as mãos e sorriram.
- Aceitam uma bebida?
- Sim, por favor.
- Então sirva a moça, Neville.
A campainha tocou novamente e Mione abriu a porta.
- Oi - disse Thomas, beijando sua namorada. - Posso entrar?
- Venha! O jantar está quase pronto!
Os dois sentaram-se no sofá enquanto Neville e Kelly apreciavam a vista do apartamento. Alguns minutos depois, Gina saiu do quarto com um vestido preto cheio de brilhantes.
- Nossa! Parece que alguém está preparada pra atacar! - disse Neville, recebendo um tapa no ombro da dona do vestido.
- Eu vou chamar o Harry. Se alguém chegar, vocês já sabem.
- Sim, a gente manda ele se virar com as bebidas.
Gina fingiu não ouvir esse último comentário de Hermione e atravessou o corredor para entrar no apartamento de Harry e Neville. Ela ficou surpresa ao ver que o amigo assistia TV de pijama.
- Harry! Você não vem jantar?
- Ah... Não, obrigado, estou sem fome.
- Hoje é o dia do meu jantar para o Matthew!
- Era hoje? - Harry fingiu estar surpreso, mas não conseguiu enganar Gina. - Nossa, esqueci completamente! Me desculpe!
Gina sentou-se na poltrona ao lado da que o amigo estava sentado e o encarou.
- Harry, o que está acontecendo?
- Eu não tenho ninguém para ir comigo ao seu jantar. Simplesmente não acho ninguém que me queira do jeito que eu sou.
- Mas você sempre esteve rodeado de fãs...
- Fãs, Gina, fãs... Eu nunca consegui manter um relacionamento sério com ninguém porque nunca achei alguém que me visse como eu sou... Procuro alguém que consiga olhar para Harry Potter, o menino que sobreviveu, e veja o Harry, apenas Harry. E goste da versão simples.
- Eu compreendo completamente o que você diz, Harry. Mas isso não é motivo para você deixar de sair e se divertir. Nós somos seus amigos e sempre estaremos ao seu lado.
- Mas vocês estarão todos acompanhados...
- Rony também está sozinho. E nós podemos conversar na festa, os nossos acompanhantes são bem simpáticos.
- Rony... Rony tem uma coisa que eu não tenho e nunca vou ter...
- O que?
- Nada... Bom, Gina, acho que fica pra próxima.
- Ah, Harry, vamos lá! Todo mundo vai sentir sua falta, você é a alma das festas!
- Você acha?
- Claro! Sempre faz todo mundo rir... Sabe de uma coisa? Se eu não estivesse acompanhada para esse jantar e se ele não fosse justamente para apresentar meu acompanhante, eu iria com você.
- Jura!?
- Solenemente! Agora vamos, ponha uma roupa e junte-se a nós.
- Ta bom, ta bom... Daqui a pouco eu apareço por lá.

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Todos já tinham chegado ao jantar de Gina, que naquela hora já estava quase pronto, exceto Luna. Harry e Rony conversavam num canto, observando tristemente os casais, quando Gina resolveu juntar-se á eles.
- Então... O que estão achando da “festinha”?
- Ótima, ótima - disse Rony.
- Muito boa mesmo - concordou Harry.
- O que vocês acharam do Matt?
- Matt?
- Sim, o Matthew, meu namorado.
- Ah, você quis dizer o garoto que você adotou - disse Harry, rindo.
- Há-há, muito engraçado, senhor engraçadinho! É sério, o que acharam?
- Ele parece ser... Legal - Rony não parecia concordar com o que acabara de dizer.
- Pô, mano, fala sério - Harry imitava a voz do rapaz exageradamente. - Ta por fora... Eu sou maneiro, to aí pra todas as minas.
- Vocês realmente acham ele tão jovem assim?
- Gina, caso você ainda não tenha percebido, a maior preocupação que ele já teve na vida foi encontrar os ingredientes da poção que ele usa no cabelo.
- Ele é um pouco vaidoso, mas...
- Ele ainda está na escola! - protestou Rony.
- As aulas terminam em breve e...
- Ele tem perspectivas de vida completamente diferentes de você!
- E além do mais - falou Harry. - Você pode ser presa!
- Eu sei, eu sei... Talvez ele não seja a pessoa mais adequada pra mim, mas nesse momento ele está me fazendo feliz! Não é isso que importa?
- Sim, claro... É melhor você voltar lá - Harry inclinou a cabeça para olhara para Matt. - Antes que ele comece a chorar.
Quando Gina dava meia-volta para se encontrar com seu namorado, a porta se abriu e pelo menos 20 pessoas vestidas com roupas indianas entraram na sala cantando.
- Oh-meu-Deus!
Luna vinha logo atrás deles, ajudando no coro que gritava “Hare Crishna”.
- Luna! O que é isso?
- Oi, Gina! Obrigada pelo convite, mais uma vez!
- Eu convidei você e um acompanhante, não o público do festival de Woodstock!
- Ah... - Luna parecia confusa. - Desculpe, mas é que você não mencionou que era apenas um acompanhante... Você disse que eu poderia levar algum!
- Algum era um namorado!
- Oh, desculpe por eu não entender sua linguagem de códigos!
- De onde você tirou esses aí?
- São amigos de uma aluna minha de yoga. Alguns deles são realmente da Índia!
- Que interessante, não!? Agora faça eles saírem da minha casa!
- Acho que se eles forem, alguns convidados irão também!
Gina virou-se para ver o que estava acontecendo. Todos os convidados cantavam e dançavam junto com o grupo que tinha trazido alguns instrumentos também.
- É, acho que essa noite vai ser mais agitada do que eu esperava...
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- Obrigado pelo jantar, Gi, estava tudo muito bom! - disse Matt, despedindo-se de sua namorada. - Principalmente esses indianos que você contratou! A gente se vê amanhã?
- Claro! Até amanhã!
Eles se beijaram e assim também fizeram Mione e Thomas. Harry e Rony apenas observavam tudo de longe.
- Você acha que ela gosta dele? - perguntou Rony.
- Ainda acho que, se eles casarem, ela que vai ter que carregá-lo no colo!
- Não, estou falando da Mione e esse professor metido a intelectual.
- Rony, ele é intelectual.
- Que me importa! Eu só quero saber se ela gosta dele.
- Acho que sim... Mas você ainda tem chance, se é isso que quer saber.
- Que chances eu teria com ela? Ele é bonito, inteligente, tem uma conversa ótima, é simpático e tem várias coisas em comum com ela... Ele é perfeito pra ela!
- Ás vezes a perfeição cansa, sabia? Algumas pessoas querem coisas imperfeitas para ter a emoção da descompatibilidade.
- Do que você está falando?
- Ah, eu temia que você perguntasse isso!
- A questão é que está difícil de suportar essa situação... Ela só me vê como amigo desde que tínhamos 11 anos e eu sou apaixonado por ela desde nossa primeira briga.
- O que você vai fazer?
- Não sei... Ainda não sei.

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