Novos e Conhcidos Vzinhos

Novos e Conhcidos Vzinhos




- Capitulo 1 -
Novos e Conhecidos Vizinhos

“Obstáculos são coisas que a pessoa vê quando tira os olhos dos objetivos”
Anônimo

-Harry!!!!
Era tia Petúnia, berrando mais uma vez para que o garoto fosse a ajudar com o almoço, ele desceu devagar as escadas que levavam à cozinha e lá encontrou Petúnia Dursley com as mãos na cintura e batendo o pé o no chão impecavelmente limpo, o que produzia um ruído muito irritante.
-E então? O que estava fazendo que não podia vir aqui ajudar sua tia?A mulher que te criou na própria casa e não te largou por aí?
-Desculpe... – Resmungou ele desanimado.
-Finalmente está começando a ficar razoavelmente educado! – Ela quase sorriu, mas isso seria muito para se esperar de Petúnia.
Harry não estava com muita força de vontade para começar a discutir com sua tia, estava cansado e abatido, principalmente abatido, ele não tinha contado que Sirius talvez não estivesse mais vivo, assim ainda podia fazer algumas ameaças sem levar castigos horríveis, ria-se internamente toda vez que via o terror na cara dos três Dursley, apavorados pela menção do tão temido padrinho. Pegou a vassoura que sua tia empurrava-lhe e começou a varrer vagarosamente o chão.
-Hum...E então? – Balbuciou tia Petúnia.
-Então o que?
-Como...Está aquele...Aquele?
-Aquele o que?
-Seu padrinho.
-Ah... Bem.- Sentiu um leve aperto no coração.
-Ham... Ainda está foragido?
-Sim, disse que talvez um dia venha me ver. – E como desejava que aquilo fosse verdade.
-Disse?
-É, para ver como estou.
-E...e... Aqueles seus amigos “gentis”... Como aquele do olho...Ah...Nojento?
-Anh, vão bem, eu acho. – Harry sorriu internamente por um breve momento, a tia Petúnia estava morrendo de medo da Ordem da Fênix, é, pensando bem até que ela tinha razão, eles haviam ameaçado os Dursley na plataforma quando foram buscá-lo no final do ano letivo.
-Me...Dê-me esta vassoura. – Disse ela arrancando a vassoura das mãos do garoto e olhando desconfiada para os lados. – Vá para o seu quarto fazer alguma coisa que gente da sua laia faz, não deixe que os vizinho te vejam.
-Está me autorizando a praticar magia? – Perguntou ele incrédulo.
-Shhhh!! – ela colocou o dedo indicador sobre os lábios fazendo um sinal de silencio. – Não fale isso em voz alta!
- Ok, posso soltar Edwiges?
- É, é, pode...Por que não mandas algumas cartas para aqueles seus amigos estranhos e vai para casa e um deles?
- Na verdade eu já ia embora daqui um tempo.
- Certo, mas só diga para que seus amigos venham te buscar de um jeito normal, Ok? Sem destruir a lareira e não os deixe chegar muito perto do meu Duda!
- Sim, pode deixar. – Harry subiu às pressas a escada que levava ao seu quarto, ao entrar fechou a porta e se jogou na cama, sumiu da cozinha o mais rápido que pode, temia que a repentina simpatia de tia Petúnia acabasse do mesmo jeito que começou, sem aviso.
Ele foi até a janela do quarto e observou a rua deserta, não precisava mandar cartas a ninguém, sabia que viriam buscá-lo.
A porta se abriu com tamanho estrondo que fez Harry pular. Era tia Petúnia.
- O que foi? – Perguntou Harry surpreso, talvez ela tivesse percebido de que havia deixado o sobrinho feliz demais por poder soltar a coruja, e havia decidido que deveria cumprir o seu dever de infernizar a vida de Harry, o proibindo de ter qualquer ligação com o mundo mágico.
- Válter ligou! – Ela respondeu como se fosse a coisa mais rara e boa do mundo.
- E daí?
- Hoje de noite vamos receber a visita dos novos vizinhos! Imagine que me disseram que são pessoas de ótima índole, ricas! – Gritou ela se estufando de orgulho.
- Pra que está me dizendo isso? – Resmungou ele entediado, ela realmente devia estar comunicando isso ao Duda, para que pudessem arranjar um lençol a tempo, para fazer um terno.
- Por que naturalmente, você vai ficar bem trancado aqui em cima.
- Só isso? – Disse ele voltando a olhar para fora da janela. – Não é nenhuma surpresa.
- Então trate de não soltar esse bicho. – Ela olhou em direção da coruja com uma expressão de profundo nojo. – E de não fazer barulho!
- Sim, sim. – Resmungou ele em resposta sem tirar os olhos da rua.
- O que você tanto olha? – A curiosidade típica de tia Petúnia despertou novamente.
- Nada.
- Hum, bem... – Balbuciou ela espichando o pescoço em uma tentativa de enxergar alguma coisa por cima do ombro do garoto. – Está bem, lembre-se, sem barulho e nada de coisas estranhas.
- Sim. – Harry ouviu os passos da tia se afastarem rapidamente.
Válter Dursley chegou duas horas mais cedo do que habitualmente e acompanhado de uma euforia que parecia bastante estranha em seu rosto.Tia Petúnia corria de um lado para o outro pegando coisas na geladeira e lavando as mãos. Harry estava quieto, sentado em uma das cadeiras da cozinha, distraído observando Duda, que tentava contrabandear revistas bastante suspeitas para o seu quarto, quando levou um grande susto, pois tio Válter praticamente pulou na sua frente.
- Vai ficar no seu quarto, e é melhor que não use de nenhum tipo truque para fazer pudins voarem!
- Não vamos comer pudim, pai. – Disse Duda monotonamente, ele já havia voltado do quarto com a plena certeza de que ninguém tinha visto o contrabando.
- É, é, mas de qualquer jeito... – Resmungou o tio se afastando.
- Ele vai se comportar, não é priminho? – Harry não pode deixar de notar que se talvez Duda tivesse menos do que a metade do seu peso atual, sua expressão ameaçadora lembrasse muito vagamente a de Draco.
- Dudoca, você não está nas condições de me fazer ameaças.
- Mesmo? Por um acaso você vai tirar aquele galho do seu bolso e me rogar uma praga?
- Não, eu prefiro azarações.
- Harry, eu nunca tive a oportunidade de dizer como sempre odiei essa gente do seu mundo.
- Infelizmente, para alguns do meu mundo, o sentimento é recíproco.
- Se eles viessem sem aquelas criaturas, eu os enfrentaria, sem medo. – Falou ele se referindo aos dementadores.
- Você não teria a mínima chance contra um Comensal da Morte. – Murmurou Harry se levantando e indo para a sala sob o olhar confuso do primo.
A campainha tocou demoradamente anunciando a chegada das visitas, Válter lançou a Harry um olhar significativo, ele subiu as escadas e sentou no ultimo degrau, longe da vista de qualquer um que estivesse nos aposentos do andar inferior.
Pelas vozes, a família era constituída de pai, mãe e uma filha.
- Boa noite!
- Boa noite, que prazer em falar novamente com o senhor, Sr.Dursley.
- Pode me chamar de Válter, afinal, somos vizinhos! Hahaha, desculpem a minha indelicadeza, esta é minha mulher Petúnia, e este, meu filho Dudley que prefere ser chamado de Duda.
- Prazer, esta é Clarice e minha filha Estefh.
- E então, gostaram da vizinhança?
- Até aqui está tudo ótimo. – Harry poderia jurar que já tinha ouvido a voz daquela garota antes...
- Que tal sairmos da porta? Vamos para a sala. – Duda parecia bastante entusiasmado.
- Ótima idéia. – Falou Petúnia, a porta se fechou e todos se encaminharam sala.
Falaram tanto que Harry quase levantou e foi pro quarto ler algum livro de poções, com certeza seria melhor que aquilo.
- Vou ter que cometer a indelicadeza de pedir para que me indiquem onde fica o toalete, preciso ir lá com urgência. – pediu a garota sob as risadas de Duda.
- Claro, querida, é no segundo andar, fácil de achar, quer que eu lhe acompanhe?
- Não é preciso, posso achá-lo sozinha.
Harry ainda estava sentado no degrau quando se deu conta de que a garota subiria as escadas, levantou de imediato e andou o mais silenciosamente que pode na direção do seu quarto, para o seu desespero a porta não abria, parecia estar emperrada. Correu para o quarto dos tios, mas ali estava muito visível, ela teria que passar bem na frente para chegar ao banheiro, o único lugar apropriado seria debaixo da cama, mas era tão baixa que nem mesmo ele cabia ali. Os passos estavam cada vez mais fortes, decidiu que a única chance era a banheira, depois de um último olhar rancoroso para a porta do seu quarto, ele pulou para dentro da banheira, se abaixou e puxou a cortina.
Ouviu a garota entrar, mas não a porta se fechando, em seguida uma grande sombra com formas femininas se projetou na cortina, Harry fechou os olhos com força, ela puxou a cortina.
- Que belo lugar você arrumou para se esconder, hein senhor Potter... Abra estes olhos Harry, sou eu, a Hermione!
- Eu sabia que conhecia esta voz! – Falou ele se sentando já de olhos abertos. – O que está fazendo aqui?
- Te resgatando seu bobo.
- Isso quer dizer que fizeram uma mudança inteira na casa ao lado só pra me buscar? – Falou Harry vagamente lembrando de como tia Petúnia o importunou para que subisse em cima da árvore do jardim e observasse os móveis das pobres criaturas ingênuas que iriam se hospedar logo do lado dos Dursley...
- Não, os vizinhos existem, vão chegar amanhã, mas a mudança chegou ontem, nos aproveitamos da situação pra tirá-lo daqui sem levantar maiores suspeitas.
- Quem está ocupando o lugar de seus pais?
- Tonks e o Sr.Odoy estão lá embaixo.
- Sr.Odoy? Eu não lembro deste nome.
- Você não o conhece, depois falamos disso. Agora tenho que sair discretamente com você daqui.
- E como pretendes fazer isso?
- Primeiro acho que seria bem apropriado que arrumasse o seu malão, rápido.
- A porta do meu quarto está emperrada.
Os dois saíram do banheiro silenciosamente e pararam em frente da porta do quarto de Harry.
- Que ótima hora para isso acontecer... Eu não posso usar magia. – Resmungou Hermione encarando a maçaneta.
- É, isso nunca aconteceu... Parece até planejado... – Disse ele olhando desconfiado para todas as direções.
- Pare com isso, está me deixando desconcentrada com esta sua paranóia!
- Desculpe, é que da última vez que eu estava andando por estas ruas no ano passado, apareceram alguns dementadores para “alegrar” o meu dia!
- Ok, ok, temos que arranjar um jeito de fazer alguém, subir aqui... Logo.
- Vai ser meio difícil abrir isso aí sem fazer barulho... Poderíamos tentar arrombar e... Sair correndo.
- Por Merlin! Não comece a fazer planos apressados, eles nunca dão certo. – Xingou Hermione.
- Tudo bem... Foi só uma idéia.
- Eu vou ter que voltar lá pra baixo. – Murmurou a garota arrumando o vestido cor de pêssego que vestia. – Ou vão achar que eu tive uma baita indigestão.
- E que eu faço?
- Não tenho a mínima idéia. – Ela se encaminhou para escada e desceu vagarosamente os degraus, sumindo de vista.
Harry ficou ali, plantado. Tinha a leve impressão que aquela fuga não ia dar certo. Depois de alguns segundos de silêncio, ele afundou na cama fofa dos Dursley pensativo. Petúnia ficaria desconfiada se todas as visitas subissem ao segundo andar para ir ao banheiro... Talvez ficasse achando que era uma péssima cozinheira... Harry deu um sorriso e olhou para o telefone que estava na cômoda ao lado da cama, quem sabe o quanto ela falaria com as vizinhas para lembrar quem havia lhe dado aquela última receita que arrasou os convidados... Ele encarou o telefone, a palavra “idiota” passou rapidamente pela sua cabeça, como não havia pensado naquilo? Apressou-se em procurar na gaveta da pequena cômoda uma agenda de telefones, logo que a achou, folheou rapidamente as paginas indo parar no F.
- Figg! - Sussurrou ele triunfante, ela ia fazer alguma coisa.
- Alô? – A voz do outro lado era fraca e conhecida.
- Sra.Figg, é o Harry.
- Harry? Por que está me ligando, pensei que não pudesse usar o telefone.
- Não posso, os Dursley estão recebendo visitas. Eu preciso de ajuda.
- Venha aqui então!
- Eu não posso.
- Está me deixando preocupada, o que foi?
- A senhora sabe das operações da Ordem?
- A maioria delas.
- Bem, a minha porta está emperrada.
- Peça para o seu tio fazer alguma coisa!
- Não dá, estou no meio de uma fuga!
- Agora?Não sabia que viriam hoje! Oh meu Deus, e agora?
- Eu esperava que a senhora pudesse fazer alguma coisa.
- Eu...Eu... Não tenho contato com ninguém que está vigiando você, não sei como falar com Mundungo sem chamar atenção e eu...
- Ok, ok. – Cortou Harry. – Venha pra cá. Distraia os Dursley, enquanto isso alguém sobe aqui e resolve o problema com a porta.
- Eu estou indo, o mais rápido que posso!
Ele ouviu o telefone bater no gancho rapidamente. Não fazia a mínima idéia do que a Sra. Figg ia dizer, mas o salvaria.
A conversa no andar de baixo voltara, dois minutos, que pareceram uma verdadeira eternidade para Harry, passaram e a campainha tocou.
- Mas quem será a esta hora? – Perguntou tio Válter.
- Eu atendo. – A voz de tia Petúnia parecia desgostosa.
Os passos rápidos, o breve momento de silêncio em que a mulher olhou através do olho mágico da porta, a tranca sendo aberta...
- Boa Noite Petúnia!
- Sra. Figg?! O que diabos está fazendo aqui?
- Desculpem a hora, mas é um assunto muito sério...
- Eu estou com visitas aqui...Que tal falarmos disso amanhã?
- NÃO! – Harry pôde ouvir a tia dar um pulo de susto. – Não, não, de maneira alguma, é muito sério, digo, sério mesmo!
- Ah, tudo bem, o que é?
- Poderia chamar o Válter? – Perguntou a velha dengosamente.
- Mas e as visitas...
- Tem o Duda, ele é um garoto disciplinado, muito bem educado, é o que se pode esperar de um filho seu. – Comentou ela com um leve tom de sarcasmo.
- Haha, obrigada... Ok, Válter! Venha até aqui!
Pelo grande ruído, tio Válter viera correndo.
- O que houve? Eu estava falando com... Sra. Figg?!
- Olá Válter.
- Parece que a Sra. Figg tem uma coisa muito importante para nos dizer, querido.
- E o que é?
- É... Sabe que eu comecei a cultivar uma horta há pouco tempo...E... – Balbuciou a velha. – Eu faço questão que os primeiros tomates sejam dos meus mais queridos vizinhos.
- O que? – Tio Válter estava indignado. – Você veio trazer tomates?
- É que eu não pude me conter! Estavam tão bonitos e vermelhos!
- Tudo bem. – Interrompeu Petúnia entediada. – Nos dê os tais tomates e amanhã eu recebo a senhora para o chá.
- Erm... Eu os esqueci em casa...
- Volte amanhã! – Gritaram os dois juntos fechando a porta no nariz da mulher.
A campainha tocou novamente.
- Sim? – Perguntou tia Petúnia, o mais calmamente que conseguiu, abrindo a porta.
- Eu...Eu...Foi tudo uma mentira! – Gritou a Sra. Figg. – É tudo uma alarmante mentira!
Por um breve momento Harry achou que a Sra. Figg ia estragar tudo, mas seus pensamentos desesperados foram interrompidos pelo choro escandaloso da velha.
- Uaaaahhh! Eu estou desesperada!Uaaaaaaahhhh!
- Espere!Acalme-se! – Gritou tio Válter em meio aos altos brados de Figg.
- A verdade é terrível! Uaaaaaaaaaaahhhh! Eu não posso mais sustentar meus gatos e vim vendê-los para almas nobres, como vocês! Uaaaaaaaaaaahhh!
- Nós não queremos seus gatos! – Berrou tia Petúnia, mas ela não foi ouvida por ninguém.
- Olhem como são bonitos! Uaaaaahhhhhhhh! Pobres inocentes! – Clamou ela tirando um gato da cesta que carregava.
- Socorro! Tira esse bicho de perto de mim! – Decididamente tia Petúnia não gostava de gatos. – O que ele vai fazer! Por que está se mexendo assim? Aaaaaahhh! Ele vomitou no meu chão imaculadamente limpo! Faça-o parar com essa porqueira!
- Calma Petúnia! – Gritou tio Válter assustado.
-Aaaaaaaaaaaahhhh! Ele sujou meu vestido!
-Aaaaaaaaahhhh! – Outra mulher vinha gritando pela casa, Harry reconheceu a voz de Tonks. – Temos que limpar isso logo, onde está a pia?
Uma torneira se abriu fazendo água espirrar por todo o lado, a Sra. Fig continuava chorando, e as duas mulheres gritavam algo continuadamente que soava muito com “Seu gato asqueroso, seu mostro!!!”. Logo Duda havia corrido para a cozinha, puxando Hermione pelo braço.
- Ainda bem que te encontrei. – Harry encarou o homem que subia a escada, apressado, ele não era muito alto, tinha a barba muito bem aparada e cabelos castanhos saindo como molas de sua cabeça. – Sou Ed Odoy, responsável pelo seu resgate. – Continuou ele apertando a mão de Harry, logo depois o encarou com seus profundos olhos cor de mel. – Que, convenhamos, está sendo um motim.
Harry fez uma cara descrente perante a aparente calma do homem.
- Bem, o que houve de errado afinal, Sr. Potter? Não consegui falar com a Senhorita Granger.
- A minha porta emperrou.
- Todo esse alarido por causa da porta?
- Lá estão todos os meus pertences, mágicos ou não! Minha varinha está lá!
- Ok, ok... – Resmungou ele abrindo a porta com um feitiço. – Não seria uma boa idéia infringir uma lei na sua própria fuga.
Os dois podiam ouvir os gritos da Sra. Figg que agora tentava fazer tio Válter pegar um gato no colo. Harry começou a arrumar a mala, com ajuda dos feitiços de Odoy consegui terminar bem mais rápido do que se o tivesse feito sozinho. Depois de ter pulado em cima da mala, ele conseguiu fechá-la.
- O senhor tem uma capa de invisibilidade Sr. Potter?
- Sim. – Respondeu o garoto. – Está dentro da mala.
Ed Odoy lançou um olhar descrente a mala, onde ainda havia a marca dos sapatos de Harry, e falou em seguida.
- Bem, nós não vamos abri-la de novo, não é?
- Não. – Respondeu Harry com um leve sorriso.
- Então vamos ter que apelar para um feitiço de Desilusão – Dito isso ele tocou com a varinha a cabeça de Harry, e uma sensação já conhecida de uma coisa escorrendo pelo seu corpo fez o garoto sentir um leve arrepio.
- Estou muito feliz, minha cara está da cor da colcha da cama! – Disse ele irônico.
O Sr. Odoy deu um pequeno sorriso em resposta e, com um feitiço, fez com que a mala e a vassoura ficassem do tamanho de tampinhas de garrafa.
- Assim vai ser bem mais fácil escondê-las. Siga-me e procure ficar perto das paredes.
No andar de baixo parecia que tudo finalmente voltara a monotonia de sempre, a Sra. Figg foi catalogada como louca pelos Dursley e jogada para fora da casa com todos os seus nauseados gatos e tomates inexistentes. Tia Petúnia tinha metade da barra do vestido encharcada, mas havia parado de gritar e Válter estava bufando pra lá e pra cá, resmungando desculpas até para as paredes. Quando voltaram, mais calmos, para a sala, o novo vizinho continuava sentado no sofá, olhando distraidamente para a parede mais próxima.
- Desculpem, era uma “conhecida”, a coitada tem um problema com horas, pobre mulher velha, sentimos pena dela... – Falou tio Válter sentando-se no outro sofá.
- Não foi nada, essas coisas acontecem e não podemos impedir. – Tonks entrava na sala vagarosamente para sentar ao lado do suposto marido. Harry tinha certeza que não a reconheceria, se não fosse pela voz. Estava mais morena e seus cabelos eram lisos, convenientemente, pois se aqueles dois tivessem uma filha, o cabelo dela seria decididamente, como o de Hermione.
- Acho que temos que ir. – Disse Ed. – Está ficando tarde e temos ainda que arrumar a casa da mudança, amanhã.
- Ah, claro... – Balbuciou Petúnia olhando para o relógio acima da lareira. – Bem, foi um prazer conhecê-los!
Enquanto se despediam, Harry andou, sempre perto das paredes, para a porta de entrada. Os convidados demoraram a cruzar a porta, e quando Hermione o fez, tia Petúnia bateu a porta.
- Eu não acredito, que vergonha!Nem tive coragem de dar um último aceno a eles, como sempre faço com visitas, que vergonha! – Disse ela trancando a porta com a chave e logo depois a dando para o marido, que a colocou no bolso da camisa.
Harry estava simplesmente petrificado, havia ficado do lado de dentro.

N/A: Querem mesmo que eu fale com vocês? Oh meu Deus...Ok, ok. Olá, eu sou a autora! (não me diga...) Estou feliz por alguém ter lido meu primeiro capitulo...E hã... Bem, eu não tenho muito a falar, esta é minha primeira fic, realmente não sei se está boa, o que realmente conta é a opinião de vocês. (viram como são importantes?!) Agora vamos a frase mais clichê do universo (que, porém, não deixa de ser essencialmente importante) : Mandem comentários!!!
E só mais uma coisa: eu dedico esse capitulo para uma certa pessoa, que sabe muito bem quem é, e deve ter lido isso só por que é minha amiga, é para você aí, Nina! Obrigada por ter me encorajado.


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