Capítulo 6



Na manhã de domingo o movimento na Toca demorou mais do que o costumeiro para começar. Animados pela festa e abalados pela visão da marca negra no dia anterior, ninguém conseguiu dormir cedo, e, como resultado, apenas a chegada de Lupin e Toks pela lareira da sala foi capaz de fazer a família Weasley e seus convidados acordarem.

Harry, Ron e Hermione mal tinham começado a interrogá-los sobre os acontecimentos da noite anterior quando Sr. Weasley desceu as escadas apressadamente, interrompendo a conversa:

- Ei, vocês dois, vamos pra cozinha! Melhor não falarmos isso perto das crianças...

- Pai! Criança não! Eu já tenho dezessete anos, esqueceu? – Defendeu-se Ron, e Harry novamente começou se aborrecer por ser o único menor de idade da turma.

- Calma, Arthur – Tonks o tranqüilizou – Não tem realmente nada de mais dessa vez...

- É... A marca estava sobre o “Três Vassouras”, mas nada demais estava acontecendo lá. Falamos com Madame Rosmerta e ela, na verdade, não havia nem percebido que a marca estava sobre a casa. Ela e todos os moradores da vila com quem nós conseguimos falar disseram que não viram nem ouviram nada de diferente... – completou Lupin.

- Mas a marca não significa que alguém morreu? – perguntou Ron.

- Não necessariamente, Ron – Hermione falava com ar de professora – a marca significa que algum comensal da morte, ou o próprio Voldemort, esteve por lá, mas não necessariamente alguém morreu. Na copa de Quadribol a marca apareceu sem que ninguém morresse, e em Hogwarts ela foi conjurada apenas como uma armadinha para atrair Harry e Dumbledore para o alto da torre, lembra?

- Mais ou menos, Hermione – interrompeu o Sr. Weasley – Teoricamente a marca deveria sim significar que alguém morreu. Foi assim durante toda a primeira guerra. Não sei por que agora os Comensais da Morte estariam usando a marca de maneira tão leviana e irresponsável. Tem alguma coisa estranha.

- É, mas foi só isso que nós conseguimos descobrir. – concluiu Tonks – De qualquer forma, deixamos Hestia Jones e Dedalus Diggle em Hogsmeade tentando achar mais alguma coisa. Se eles conseguirem alguma pista, nos mandam uma mensagem e vamos pra lá imediatamente. Enquanto isso, vamos fazer o que viemos fazer: o almoço de despedida do casal!

E, tomando como uma ordem o pedido de Tonks, todos começaram a trabalhar para colocar a casa em ordem para o almoço. Hermione e Ginny ajudaram a Sra. Weasley na cozinha, junto com Gabrielle e Valentine, enquanto os homens cuidaram de tirar do jardim todo o lixo do dia anterior, e deixar a mesa em condições de ser usada novamente.

O almoço foi calmo, dentro do possível para uma mesa com quinze pessoas, mas marcado por cochichos aos pares e especulações sobre a marca negra e as possíveis ligações dela com a explosão em Gringotes alguns dias antes. Harry, no entanto, estava mais preocupado com a viagem do dia seguinte, e contava os minutos para que aquele dia acabasse, para que ele pudesse estar a sós com Ron, Hermione, Lupin e Tonks , acertando os últimos detalhes.

Quando tarde foi se acabando, a Sra. Wealsey entregou a Fleu e Bill um caneca de metal, a chave de portal, que os levaria para a lua-de-mel na Grécia. Assim que os dois desapareceram, Tonks, Lupin, Hermione, Harry e Ron também se despediram da família Weasley e partiram para a sede da Ordem, recomendado a Ginny todo cuidado para manter o plano em segredo.

Já em casa, eles gastaram mais algum tempo repassando o roteiro, as informações sobre a rotina dos trouxas que eles deveriam saber para não estragar seu disfarce e a bagagem que teriam que levar, mas logo foram dormir. O dia seguinte prometia ser longo.

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