Início de ano



Enquanto andava pensava, pensava, mas não achava uma resposta. Pelo menos não a que ele queria. Sonhava com o dia em que voltaria a ter o porquê desdenhar das pessoas. Desde o primeiro dia do seu sétimo ano em Hogwarts estava assim. Não queria se divertir, seu pai havia morrido e sua mãe estava desaparecida, Voldemort fora derrotado, agora todos estavam sentindo peninha dele, “Coitadinho do pobre Malfoy”, ele pensava.
– Urgh! Pobre!? Eu? Até parece!
Resolveu que iria mudar seu comportamento. A culpa não tinha sido dele se seus pais resolveram atacar o Expresso de Hogwarts, no dia do embarque. Como também não tinha sido culpa dele se os aurores já estivessem preparados para o ataque.
Decidiu, a partir daquele momento, que iria “viver”. Achou um objetivo: zombar de todos os grifinórios, lufa-lufas, corvinais, e daqueles que recriminaram seus pais. Voltaria a ser o velho Draco Malfoy, aquele que todos odiavam.
Enquanto subia as escadas para voltar ao castelo, viu uma cena e percebeu que seu ano começaria bem. Caminhou até o Campo de Quadribol.
– Weasley, você está sozinha?! Sabia que não tem permissão para utilizar o campo na essa hora? Esta tentando achar algum diário por ai no céu? Sua família é tão pobre assim? – gritava, enquanto via uma garota pequena, de cabelos bem vermelhos, vir em sua direção, com um pedaço de pergaminho na mão.
– McGonagall me deu a autorização, Malfoy! Agora, se você não se importa, dá para cair fora? – a menina perguntou, arrancou o pergaminho da mão do loiro, colocou dentro de suas vestes e voou.
Draco não se mexeu, sabia que ela era bem esquentadinha, afinal “era ruiva, como todo Weasley tem que ser, e pobre” pensou.
– Não vou embora. Sou monitor-chefe e fico onde eu quiser. –falou em alto e bom som.
– Então ta. Fique aí. Não me importo. – e ela continuou voando, só queria ficar sozinha.
Estava feliz, finalmente estava livre de Tom Riddle. A guerra tinha acabado, o Bem vencera. E, poucos foram os mortos entre o Bom. Pelo Mal, muito dos comensais e partidários foram mortos, com exceção de Narcisa Malfoy e outros comensais sem muita importância, que estavam desaparecidos. Sabia que os aurores iriam conseguir capturar todos. Parou subitamente, olhando para o garoto loiro lá embaixo, lembrou do que acontecera. Desceu e parou ao lado do loiro.
– Malfoy, você tá legal? – perguntou cautelosa, medo de levar uma “patada”.
– Weasley, dá pra você voltar lá pra cima. Você me incomoda com essa sua pobreza. Aproveita, viu?! Porque você não tem que pagar pelo campo.
– Você não vai conseguir me irritar hoje!
– Será que não? – olhou a menina, que estava começando a ficar vermelha de raiva.
– Não. – ela ficou um tempo olhando o campo, depois olhou para o garoto, com cara de sonso. Não se assustou quando viu que ele a olhava. – Que jogar? Quadribol, quero dizer!
– Eu?! Jogando com uma Weasley imunda?! – desdenhou o loiro. “Nunca iria jogar com essa garota, nem se ela fosse a ultima garota do mundo ou a mais linda.” pensou ele. “ Se bem que, ela não é tão ... O QUE VOCÊ TÁ PENSANDO DRACO MALFOY?! Ela é uma Weasley!”
Ela desviou o olhar, subiu na vassoura e fitou o garoto.
– Se você acha que não vai conseguir me derrotar ...– ela sabia que havia pegado no ponto fraco do sonserino.
– Isso é um desafio? – falou sarcástico. Ele adora desafios, sempre as ganhava, mesmo quando não queria.
– Você é quem sabe! – ia levantar vôo, mas ela a segurou pelo braço.
– O que eu ganho com isso? – perguntou soltando o braço da garota imediatamente.
– Vamos jogar primeiro, depois EU penso no que EU vou pedir a você.
– Se achando superior, Weasley?! Está enganada!
Enquanto ela saís para pegar sua vassoura e as bolas, ela pensava “É agora ou nunca. Será que eu vou conseguir?! Meu Merlin, me ajuda! Eu preciso ganhar dele.”
Ele pegou a vassoura e caixa com as bolas. Parou e resolveu lançar um feitiço pra que um dos balaços perseguisse Gina. “Agora ela vai ver com quem se meteu”, pensava, “Acho que só serão necessário 7 minutos para aquela Weasley pobretona perceber que nunca irá ganhar de um Malfoy.”
Saiu e foi se encontrar com ela.
– Nós soltamos 2 balaços e o pomo, quem o capturar primeiro ganha. Tudo bem? – ela falou da forma mais direta e seca possível.
– OK. Vou enfeitiçar os balaços para nos perseguirem. Pode deixar eles só vão perseguir, ouviu, Weasley?! – ele falou no mesmo tom seco.
Fingiu soltar o feitiço. Ela levantou vôo, ele lançou os balaços e o pomo, que fugiu rapidamente. No primeiro minuto, os balaços perseguiram os dois. Mas, ninguém viu o pomo. Aos poucos, Gina percebeu que 1 dos balaços perseguia somente ela. Nos 4 minutos seguintes, Gina não fazia nada, alem de se esquivar do balaço enfeitiçado. “Só falta essa! O Malfoy ter enfeitiçado esse balaço pra me seguir. Mas se ele ta pensando que eu vou reclamar, ele pode tirando o cavalinho da chuva”, pesou com raiva. Draco ora ia para direita, ora para esquerda, mas o balaço não era um grande problema para ele.
– Malfoy, Virgínia! Desçam já! – gritou alguém, num tom de repreensão.

N/A: Comentem, ok?!
Kisses
Mila Malfoy

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