Amolecendo



Capítulo 5º: Amolecendo

Quando eu cheguei, ele estava sentado numa poltrona conjurada, adormecido...Cheguei perto, sem pensar, e encarei-o, ele parecia muito cansado, tinha olheiras que contrastavam fortemente contra sua pele branca...
Era um cena bucólica...Não tinha como pensar nada de ruim de um anjo adormecido, tinha?
Ele estava tão lindo...E eu estava tão fora de mim...Havia algo sobre aquela cena que me enfeitiçava...Minhas mão se moveram em direção a uma mecha de cabelo dele que estava caída sobre os olhos.
Só então as coisas que a Parkinson havia dito realmente fizeram sentido pra mim...
Por que faria diferença trair um mestre morto?
E, isso tinha alguma ligação com o que Harry, Rony e Mione estavam conversando? O que era Horcrux?
Retirei-a, algo segurou minha mão. Ele, claro.
Estava tão ofegante que parecia ter acordado de um pesadelo. Apertou tão forte que doía. Reclamei.
Ele soltou de súbito, dando conta de que estava acordado.
“Desculpe, Malfoy...Eu só ia tirar o seu cabelo...Não ia te acordar..”
“Tudo bem, Weasley...Não esquenta”
E essa frase soou muito amigável...Estranhamente amigável.
“Malfoy? O que está acontecendo? Digo, Voldemort está morto, ou não?”
Ele se levantou e saiu andando pela sala muito impaciente.
“Você não faz idéia do que está acontecendo” ele soou tão sombrio que me deixou com medo “E ele sabe que vou te dizer isso agora, então está em perigo também...”
“O que vai me dizer? Malfoy, fala logo...”
Ele estava estranhamente pálido, parecia papel.
Ele parou, olhou para os lados e começou, meu coração estava aos saltos:
“Tem que dar o vira-tempo pro Potter, a única razão pra que eu te dei isso foi por que achei que mostraria pra ele”.
“Por que eu deveria fazer o que você está dizendo? Você não é exatamente confiável”.
Ele afastou o olhar, impaciente, socou a parede.
Ok, a situação não estava engraçada.
“Eu não posso entregar pessoalmente, ele vai saber...Você não entende?”
“Não! Na verdade, não estou entendendo nada!”.
“Certo, me devolve o vira-tempo”.
“Me diz o que está acontecendo!”.
“Acho que seu namorado não te contou sobre os horcruxes, não é?”
“Continue...”.
Ele me explicou todo o lance dos sete horcruxes, que dois haviam sido destruídos e que o terceiro que tinha em posse de alguém com as iniciais R.A.B...
“Esse era o horcrux mais importante, e ele está sendo destruído aos poucos por esse tal de R.A.B, esse...” e ele pegou o vira-tempo do meu pescoço “Esse é o mais fraco, mas mesmo assim, é algo, tem que dar ele pro Potter destruir...Não estou brincando”.
“Não estou dizendo que está brincando, mas está escrito Pacey Witter nele, não é o nosso professor..”
“Achei que estivesse lendo aquele livro que ele te disse pra ler...”
“O que isso tem a ver?’.
“Tem muito a ver...Continue lendo”
“Não dá pra me adiantar?”
“Não” e ele se divertiu em dizer isso.
“Por que você não quebrou o horcrux?”
E ele ficou sério de novo. Tirou a varinha de dentro das vestes, apontou-a pro Horcrux e disse baixinho:
“Bombarda”.
O vira tempo girou sozinho três vezes, olhei pela janela, ok, não esperava aquilo.
Vi um lugar muito amplo se materializar, malfoy pequeno estava sentado num canto , encolhido, com uma espada na mão, do outro lado havia um trasgo, não muito amigável indo em sua direção, uma voz soou dentro da sala.
“Draco, quando Zeus tinha filhos com as mortais, ele os testava pra saber se eles mereciam viver...Você merece viver?”
O Draquinho se levantou, trêmulo e caminhou com a espada levantada para o trasgo.
Malfoy me segurou pelo braço e voltamos a realidade.
“O que essa coisa faz?”.
“Faz você rever os momentos de maior medo da sua vida...Até voltar ao presente”
“Mas..”
“Tentei milhares de feitiços, a mesma coisa voltava a acontecer”.
“Você acha que Harry pode quebrá-lo?”.
“Eu espero que ele possa”.
“Por que está traindo seu mestre?”.
Ele ficou calado por um instante e então disse com uma voz muito fria.
“Ele não é meu mestre, quem ameaça minha família e a mim mesmo, não é meu mestre”.
Ok, aquilo era realmente muito relevante e revelador...Ele parecia mais humano diante de tais confissões.
O que estava acontecendo comigo?
Fui até ele em poucos passos, segurei sua mão e sussurrei em seu ouvido.
Espero que dê tudo certo.
E saí.
Será que Malfoy estava finalmente tomando jeito?

Saí como louca da torre, corri para meu quarto e...Comecei a ler.
Ok, estou impressionada.
Sr Witter, era um anjo, que matou outro anjo, e então foi banido, pra terra, e na terra, teve uma filha, chamada Rowena Witter, que mais tarde se casou com Dave Ravenclaw e virou...tcharããã. Rowena Ravenclaw.
Claro que meu professor não é o mesmo Witter. É um herdeiro distante.
Mas o fato é que aquele vira-tempo pertenceu ao avô de uma das fundadoras de Hogwarts, e pelo que estava escrito, aquele objeto foi passado de geração em geração e chegou até mim.
Isso é tão legal, tirando de lado, é claro, que possui uma parte da alma de Voldemort dentro.
Espero que Malfoy entregue-o ao Harry.

3º de outubro

Sabia que algo assim aconteceria.
Harry chegou todo derretido até mim, e me beijou.
Eu empurrei ele, não me pergunte por que.
Não queria beijá-lo, não o queria de volta.
E então ele soltou:
“Tem alguém no meu lugar?”.
“Não é realmente seu lugar, não é?”.
“Você disse que, me perdoava”.
“Mas isso não significa que eu queria voltar a te namorar!”.
“Tem alguém no meu lugar?”.
E então, minha cabeça deu giros, Malfoy chegou, pomposo, me abraçou por trás e disse muito calmo.
“Sabe Potter, você realmente não sabe quando parar, não é?”.
Logo a coisa tinha ficado feia e se tornou física, socos.
Foi muito feio, e eu estava paralisada, mas pelo abraço do que pelos socos.
Não fiz absolutamente nada.
Eles cansaram e se separaram, Harry deu de costas e saiu andando, mas logo vi ele tirar algo do bolso...Era o vira tempo.
Malfoy suspirou e colocou a mão no corte em cima da sobrancelha.
Fiquei lá...parada.
Foi realmente surreal.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.