Parte II



Aquela conversa perturbou muito Hermione, ela não podia acreditar que Harry sequer aceitou suas desculpas! Não, aquele não era o Harry Potter que ela conhecia, o que será que o fez mudar tanto? Tinha certeza que algo deveria ter acontecido para provocar aquela atitude dele, ou então esteve enganada todo esse tempo sobre Harry. Não conseguiu dormir naquela noite, pensando nele... Os dias que seguiram foram terríveis para Hermione, por mais que suspeitasse que algo mudara Harry, sentia-se muito magoada. Não conseguia olhar nos olhos dele, não conseguia falar com ele... Afastou-se totalmente de Harry.

Certa noite, Hermione mais uma vez encontrava dificuldade para dormir, e como sempre, a solução para ela seria uma boa leitura! Pegou um livro de Transfiguração e desceu para o salão comunal da Grinfinória, mas antes de chegar lá ouviu algumas vozes e parou no caminho. Conhecia aquelas vozes, então desceu silenciosamente... Ela não era de ouvir as conversas dos outros, mas não deu pra evitar, visto que seu nome estava na conversa. Viu Rony e Harry sentados perto da lareira.

_ Então é por isso que a Mione está triste, ou melhor, mais triste! - disse o ruivo.

_ Você não está ajudando - falou Harry ironicamente.

_ Ah, Harry, você quer que eu diga o quê? “Parabéns” por magoar quem você gosta! - Rony falou. O coração de Hermione disparou ao ouvir aquilo, era como se ouvisse a melhor coisa do mundo.

_ Não, Rony! Que você apenas dissesse que me entendia, que sabe que isso foi necessário para a segurança dela - Harry se defendeu.

_ Mais o preço que você está pagando, que ela está pagando, não acha que é alto demais? - ele perguntou, naquele momento as coisas começaram a fazer sentido.

_ Por mais alto que seja, Rony, eu estou disposto a pagar se isso assegurar que a Mione fique viva! - Harry disse - Você não sabe o que é quase ser o causador da morte de quem você ama, eu não quero correr o risco de perdê-la mais uma vez.

_ Ok! Harry, eu não acho certo o que você fez, mas já entendi o porquê - Rony deu-se por vencido, não convenceria Harry a mudar de opinião.

_ Um dia eu conto tudo pra ela - Harry falou.

_ E eu torcerei para que ela te perdoe - o ruivo disse sinceramente. Hermione estava nas nuvens naquele momento, Harry não apenas gostava dela, ele a amava! A-M-A-V-A! Ficou pensando naquilo por algum tempo que nem viu os amigos irem para seus dormitórios.

Mas então ela voltou a realidade, Harry a amava, mas não confessou aquilo por causa do ataque que ela sofreu. Mesmo sabendo o quanto ela sofria ele a repeliu quando tentou se desculpar, ficou com raiva de Harry... Aquilo não era certo. Mas então lembrou das palavras dele, ele estava fazendo aquilo por ela, para protegê-la! Tudo bem que ela não gostou daquilo, mas ela o entendeu. Sabia o quanto Harry se culpara pela morte de Sirius, então imaginou como ele ficaria se algo acontecesse a ela. Hermione então entendeu que tudo que ele estava fazendo era porque ele realmente a amava de verdade.

Achou melhor não falar com ele, fingiria que não sabia de nada, que ainda estava magoada, mas... Não o abandonaria! Faria de tudo para estar sempre ao lado dele, mesmo sem ele notar, para que pudesse ajudá-lo quando ele precisasse. Estava indo para o salão principal jantar, quando Dumbledore a chamou e pediu que avisasse a Harry que queria falar com ele. Notou a angustia no olhar do diretor, mas nada disse, apenas fez o que ele pediu. Chamou Harry, sem demonstrar sentimento e depois sentou para comer alguma coisa.

Voltou para o salão comunal da Grifinória em seguida e começou a estudar, depois de algum tempo viu que alguém entrava pelo retrato da mulher gorda. Seu coração disparou ao olhar Harry nos olhos pela primeira vez em dias! Como seu olhar estava triste, ela pensou. Rony, então adentrou no salão e Hermione aproveitou para deixar o local. Ela sabia que Harry deveria contar a Rony o que conversou com o diretor, então ficou para ouvir a conversa delas... Sim, mais uma vez ouvindo o que não devia, mas era necessário!

Ouviu o moreno falar sobre enfrentar Voldemort no dia seguinte e aquilo a deixou completamente desesperada! E se Harry não conseguisse, e se Harry... Não, ela definitivamente não queria pensar naquilo! Não poderia perdê-lo justamente agora que descobriu que ele a amava! Precisava fazer alguma coisa, mas o quê? Precisava falar com ele, mas como? Precisava estar ao lado dele, mas não via maneira para tal. Naquela noite, Hermione não dormiu, pensando em o que deveria fazer... Quando todos seguiram para o café da manhã do dia seguinte, ela rumou para o dormitório masculino... Depois de muito pensar durante a noite, sabia o que deveria fazer!


_ O que foi? Por que a senhora parou? - Wanessa perguntou quando a mãe parou de narrar a história.

_ Querida, você está bem? - o homem a olhou preocupado, a filha poderia não ter notado, mas ele podia ver que seus olhos brilhavam naquele momento - Ei, amor? - chamou mais uma vez, ela finalmente parecia ter acordado de seus pensamentos.

_ Ah, desculpem - a mulher forçou um sorriso - Eu nem percebi que parei de contar a história - ela olhou para o marido e segurou forte sua mão, como numa tentativa de comprovar que ele estava realmente ali.

_ Mamãe? Tudo bem? - agora Wanessa pareceu preocupar-se.

_ Sim querida, desculpa-me, não queria te assustar - a mulher sorriu para a filha, que retribuiu. Podia ver seu sorriso na pequena garota, a mesma cor de cabelos, mas os olhos dela eram iguais aos do pai! E como ela adorava os olhos do marido...

_ Se a senhora quiser, a gente continua a história outro dia - a pequena sugeriu.

_ Que você acha? - o homem questionou.

_ Não, está tudo bem - ela os tranqüilizou - Não foi nada, apenas... Bom, vamos esquecer isso!

_ Eu vou continuar então - o homem falou.

_ Não! É a mamãe! - Wanessa protestou - Eu quero saber o que tinha no dormitório masculino!

_ Você vai saber querida - a mulher disse - Vá amor, continue.

_ Certo - o homem respirou fundo para voltar ao momento da batalha...

Depois que Harry tocou naquela chave portal, juntamente com os outros integrantes da Ordem da Fênix, foi levado para um local muito escuro. Podia ver algumas casas as quais pareciam abandonadas, havia um silêncio sinistro naquele local. Dumbledore olhou para todos que estavam com ele, como se questionasse se deveriam prosseguir, e foi o que todos fizeram. Caminharam pelas ruas desertas daquela cidade, que pelo que Harry ia notando fora atacada a pouco tempo.

Sentiu seu estômago embrulhar pela primeira vez, quando viu um pequeno corpo perto da praça da cidade, parecia um garotinho e ao seu lado, havia um cachorro que também jazia imóvel no chão. Mais corpos foram encontrados pelo caminho, provavelmente daqueles que impuseram resistência. Harry sentiu agora uma raiva enorme crescer em seu coração, maldito fosse Voldemort por tirar tantas vidas inocentes. Um barulho forte os fez parar, vultos pareciam rodeá-los naquele momento, uma gargalhada arrepiante foi ouvida, Voldemort apareceu.

_ Fico feliz que meus convidados sejam pontuais - disse a voz fria do Lord das Trevas.

_ Tom, pensei que tinha me proposto um acordo - Dumbledore disse calmamente, pelo visto aquelas vidas perdidas não causaram efeito apenas em Harry.

_ Sim, propus - Voldemort falou, o coração de Harry batia em disparado, enquanto sua cicatriz latejava.

_ E porque vejo tantos corpos no chão? - o diretor questionou.

_ Ah! São apenas alguns sangue-ruins que não aceitaram minhas ordens - ele respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo - Suas vidas não farão falta!

_ Cada pessoa é insubstituível - Harry se pronunciou, os olhos vermelhos de Voldemort voltaram-se para ele.

_ Oras, continua um insolente - Voldemort falou - Mas hoje não sairá daqui com vida! - mais vultos apareceram, eram comensais que estavam por toda a volta.

_ Há algum trouxa vivo? - Lupin perguntou.

_ Por enquanto - um dos comensais respondeu, naquele instante vários duelos começaram, os integrantes da Ordem contra os comensais, Voldemort contra Harry e Dumbledore. Algo parecia ter aumentado a força do Lord das Trevas, pois estava enfrentando facilmente os dois rivais.

Voldemort lançou um feitiço desconhecido que acabou atingindo Dumbledore, jogando-o alguns metros de onde estava. Harry desviou sua atenção para o diretor e Voldemort aproveitou esse momento para atacá-lo. Já estava com sua varinha apontada para o garoto quando uma voz vinda da escuridão o impediu, fazendo voar alguns metros por causa de um feitiço estuporante. Tanto Voldemort, quanto Harry procuram a origem daquela voz, mas para o garoto ouvir aquilo teve mais impacto, significava que... Não, não podia ser! Ela definitivamente não poderia estar ali! Mas era a voz dela, Harry tinha certeza! Onde estaria, como fora parar ali? Por mais que procurasse não encontrava Hermione! Será que... Não, ela não poderia estar com sua capa de invisibilidade! Uma rápida lembrança veio à mente dele, assim que entrou na sala do diretor, este olhou com atenção para seu lado! Harry nunca teve certeza, mas sempre suspeitou que Dumbledore fosse capaz de ver além da capa, mas o que ela estava fazendo ali? Desesperou-se, tantos dias tentando mantê-la longe da guerra e ela simplesmente estava no meio daquele “inferno”!

Perdido em seus pensamentos, mais uma vez Harry não viu que Voldemort ia lançar-lhe outro feitiço, novamente foi salvo pela mesma voz, que estuporou Voldemort! “Concentre-se! Derrote-o, você pode!”, a voz agora parecia estar bem perto de si, aquilo foi quase um sussurro, e ele teve certeza que ela estava ali ao seu lado! Harry empunhou a varinha, de alguma maneira, agora se sentia mais confiante, talvez pelo simples fato dela estar ali, ao seu lado! É claro que a preocupação também não o abandonou, havia a possibilidade de Hermione ser ferida, mas enquanto estivesse sob sua capa de invisibilidade estaria protegida.

A batalha continuou, Harry duelava com Voldemort de maneira excepcional, enquanto os membros da Ordem duelavam com os comensais. Harry olhou preocupado para a direção onde Dumbledore fora lançado, mas para seu alivio, o viu levantando. Ele não foi o único que percebeu isso, pois naquele momento Voldemort apontou a varinha para aquela direção, mas Harry o impediu de atingir Dumbledore. Entretanto, enquanto lançava o feitiço em Voldemort, um comensal apareceu e lançou-lhe um feitiço estuporante, fazendo Harry cair e seus óculos escapulir do seu rosto.

O Lord das Trevas adorou aquilo, que nem deu mais atenção a Dumbledore que ainda parecia bastante fragilizado. Voltou sua atenção para Harry que ainda buscava naquela escuridão seus óculos. O bruxo lançou uma das maldições imperdoáveis, Cruciatus, mas quando Harry ouviu o feitiço não foi seu corpo que caiu no chão contorcendo-se de dor. Assim que encontrou os óculos, recolocou-os e implorou que suas suspeitas estivessem equivocadas.

_ Ora, ora, ora... O que temos aqui! - disse Voldemort, Harry viu Hermione caída ainda sob efeito da maldição, gritando. Sua capa de invisibilidade estava ao seu lado - A sangue-ruim veio participar da nossa festinha!

_ Estupefaça - Harry gritou, mas Voldemort se protegeu. Pelo menos a maldição parou - Mione, Mione!

_ Que patético! Veio ajudar o namoradinho! - Voldemort debochou, Hermione estava inconsciente, mas Harry a reanimou.

_ Você está bem? - perguntou ele preocupado, Voldemort não ia deixá-lo conversar com Hermione e já estava pronto para atacá-lo, mas Dumbledore já recuperado o impediu, e enquanto os dois bruxos duelavam, Harry certificava-se que a menina estava bem.

_ Sim! Desculpa, Harry, eu não consegui evitar que o feitiço fosse lançado, então eu... - ela explicava-se, mas foi interrompida.

_ Desculpa? Mione, você acabou de receber um feitiço por mim, e se desculpa? - ele a abraçou forte, como queria que tudo aquilo terminasse de uma vez - Mas o que está fazendo aqui?

_ Eu amo você Harry, mesmo que você não me amasse eu estaria aqui ao seu lado - ela disse, Harry arregalou os olhos - Sim, eu sei que você me ama!

_ Mas...

_ Eu acabei descobrindo uns dias atrás, numa conversa sua com o Rony - ela disse.

_ E por que não me contou?

_ Harry, não é hora de falarmos sobre isso, depois teremos tempo para nos acertamos! - Hermione falou.

_ Deixa apenas eu te dizer uma coisa, que há tanto tempo tenho vontade de dizer - ele pediu.

_ Diga.

_ Eu amo você, Mione - ela sorriu - Desculpa ter demorado tanto pra...

_ HARRYYYY!! - ela gritou, Harry fora atingido por trás e agora estava inconsciente em seus braços.


_ Ei, por que parou papai? - Wanessa perguntou.

_ Bom, eu não sei quanto a vocês, mas eu cheguei do trabalho a pouco e sequer comi alguma coisa - o homem reclamou, sua esposa sorriu.

_ Seu jantar está na cozinha - a mulher avisou.

_ Não me diga que está pensando em comer numa hora dessas? - a criança falou.

_ Ei, eu estou com fome! - o homem disse sorrindo.

_ Ah, papai, mas isso não é hora de comer! Vocês têm que terminar a história - Wanessa informou - Já sei, espera um pouco - ela pediu. Wanessa levantou da cama e foi até sua escrivaninha, olhou desconfiada para trás, depois abriu uma das gavetas, retirou de lá um pacote de biscoito de chocolate.

_ Mas o que é isso, senhorita Wanessa? - a mulher perguntou levantando a sobrancelha.

_ Isso? - perguntou inocentemente mostrando o biscoito, o homem apenas ria - É do papai!

_ Meu? - o homem perguntou confuso.

_ Sim papai, é seu - ela piscou para o pai, provavelmente imaginando que a mulher não tinha visto - Toma, pode comer seu biscoito agora e não antes do almoço!

_ Ah, claro! Obrigado querida - o homem entrou no jogo da menina e sorriu para a esposa, sabia que ela já tinha entendido que Wanessa deveria ter guardado aquilo para comer quando não devia, como por exemplo, antes das refeições.

_ Pronto, agora podemos continuar a história não é? - ela voltou para a cama e deitou.

_ Claro - a mulher disse enquanto via o marido comer o biscoito, sorriu... Como o amava! - Mas é claro que depois vamos conversar sobre seu pai pedir que você guarde biscoitos para ele.

_ Amanhã a gente fala sobre isso - a menina sugeriu.

_ Bom... Paramos no ataque de Voldemort, não foi? - a mulher começou...


Harry e Hermione estavam tão felizes por estar mais uma vez juntos que sequer repararam a vitória de Voldemort sobre Dumbledore. O diretor da escola fora atingido por um feitiço forte e estava inconsciente. Aproveitando que ninguém mais o impediria, Voldemort atingiu Harry com um feitiço desconhecido por Hermione, e o garoto estava agora inconsciente em seus braços. Lágrimas já rolavam pelo rosto dela com a possibilidade de Harry estar morto, mas o alivio veio das palavras do próprio Voldemort.

_ Ah, não precisa chorar ainda - disse o bruxo num tom de deboche - Eu não pretendo acabar com minha diversão tão rapidamente. Aliais, eu quero prolongá-la!

_ Harry? - Hermione ignorou Voldemort, quando sentiu Harry mover-se em seus braços - Meu amor, você está bem? - mas ela não obteve resposta. Harry levantou-se, os olhos fixos em Hermione.

_ Vamos ver qual morrerá primeiro - Voldemort disse - Ataque-a! - ele ordenou, Harry empunhou sua varinha, mas não a atacou de imediato, Hermione olhava confusa de Harry para Voldemort - Oras, esse não é um feitiço tão fraco quanto o Imperius, garoto! Não pode resistir à Imperius Totales! Ataque-a!

_ Estupefaça - Harry gritou e o feitiço atingiu em cheio Hermione que não se defendeu. Ela ainda não podia acreditar, Harry estava atacando-a. Voldemort ria com prazer.

_ Harry... - ela o chamou depois que se levantou, seu corpo estava dolorido, mas naquele momento ela não se importava, não podia deixar Harry ser controlado por Voldemort.

_ Não se iluda garota, ele não atenderá seu chamado, não depois da maldição que lancei nele! Nada como um feitiço bom aperfeiçoado! Ataque-a! - mais uma vez Harry a atacou, mas Hermione ainda não se defendia, seu rosto estava repleto de lágrimas - Se não se defender a batalha será curta! Se não contra-atacar será morta por ele! - disse com ar superior. Aquelas palavras partiam o coração de Hermione! Ela sabia que não podia atacá-lo, sabia o quanto Harry deveria estar se esforçando para resistir a maldição, ela tinha que fazer algo para acabar com aquilo! Mas o quê? Enquanto pensava, seu corpo recebia os diversos feitiços que eram lançados por Harry sob o olhar atento de Voldemort.

Hermione notava que a cada ataque Harry demorava mais para lançar o feitiço, o que significava que ele estava tentando se libertar, mas até quando ela agüentaria? Até quando seu corpo seria capaz de resistir a tantos feitiços? Ela não tinha coragem de atacá-lo, depois de algum tempo não tinha nem mais forças para se defender. Tudo que fazia era andar lentamente, tentando se aproximar dele, o que a deixava mais vulnerável para novos ataques. Voldemort se divertia com a cena, enquanto assistia os duelos de seus comensais com integrantes da Ordem.

Harry se preparava para lançar mais um feitiço em Hermione, mas demorou tempo suficiente para que a garota o enlaçasse pelo pescoço e colasse seus lábios nos dele, Voldemort arregalou os olhos nesse momento, mas nada fez, talvez esperando a reação que aquele beijo pudesse provocar em Harry. Fora a primeira vez que Hermione e Harry se beijaram, ela sempre sonhou com o primeiro beijo deles, nunca pensou que seria num momento como aquele. Também jamais imaginou uma sensação como aquela, Harry correspondeu ao beijo, que apesar de curto, fora bastante intenso.

_ Estupefaça - Harry a empurrou e gritou, lançando o corpo de Hermione para longe. Voldemort sorriu de satisfação por confirmar que seu feitiço não fora abalado por aquele gesto de Hermione.

A garota levantou-se, mais lágrimas rolavam sobre seu rosto, sua confusão era enorme! Como Harry pôde corresponder ao beijo e atacá-la? Achou que aquilo fora um sinal de que ele estava quase se libertando da maldição, mas provavelmente estava enganada. Seu corpo estava tão cansado, suas pernas não conseguiam mais suportar seu peso e cederam, ela caiu de joelhos no chão, seus olhos estavam quase fechando também, mas ela teve tempo suficiente para ver...


_ O quê? Ver o que mamãe? - perguntou Wanessa impaciente.

_ Ei, calma! Você é muito apressada - a mulher disse sorrindo.

_ Antes de continuar... - a menina pausou, em seguida olhou da mãe para o pai - A maldição não o controlava mais, né?

_ Não - o homem respondeu, em seguida fechou os olhos, abriu-os quando sentiu a mão da esposa apertar a sua.

_ Certas coisas são necessárias, meu amor - ela disse carinhosamente - Eu amo você! - em seguida ela deu um beijo rápido nele. Wanessa sorria, sempre admirou o amor de seus pais - Vamos, continue... - ela pediu.

_ Aquele provavelmente foi o pior momento da vida de Harry Potter - o homem começou...

Num segundo estava finalmente declarando seu amor por Hermione, no outro sentia uma dor forte percorrer todo seu corpo, sua visão começa a ficar embaçada, até perder a consciência. Quando sentiu seus olhos abrirem ouviu Hermione o chamar, mas sua voz não saiu para respondê-la. Seu corpo se mexia contra sua vontade, estava de pé e olhava fixamente para a garota a sua frente. Ouviu a conversa de Voldemort, na qual ele falava sobre a maldição “Imperius Totales”, e seu coração desesperou-se com idéias sobre o que o bruxo poderia fazer tendo o controle do seu corpo.

“Ataque-a”, ele ouviu e sentia seu braço se erguer, mas ele não podia atacá-la! Tentou resistir, mas certamente não seria como resistir à maldição “Imperius”. O deboche de Voldemort aumentou sua ira e o fez tentar resistir mais, porém foi inútil, e então a atacou! Ver Hermione sendo atingida por um feitiço era torturante, agora ver Hermione sendo atingida por ele mesmo foi desesperador. Harry temia machucá-la, temia matá-la. Tinha que resistir, não poderia atacar Hermione, a qual sequer se defendia.

A cada ataque ele resistia mais, tentava controlar seu corpo, mas até quando ela agüentaria? Podia ver que ela sequer conseguia se defender, só caminhava lentamente em sua direção. “Mione, o que está fazendo! Afaste-se de mim!”, pensou Harry. Quando ela estava bem perto, ele conseguiu se controlar pela primeira vez e ela então o enlaçou. Sentiu os lábios quentes dela tocarem os seus pela primeira vez, e uma sensação indescritível tomou conta dele. Harry correspondeu ao melhor beijo de sua vida com vontade, com intensidade, podia sentir seu corpo mais leve, como se aquela força invisível que o controlava tivesse desaparecido. Finalmente estava livre, conseguiu resistir a “Imperius Totales”!

Apesar de livre, Harry não podia demonstrar isso, era preciso enganar Voldemort, pelo menos por tempo suficiente para que ele se aproximasse do bruxo para duelar. Seu coração doeu naquele momento, no qual tinha que atacar Hermione mais uma vez, tinha que fingir que o beijo dela não o afetou e depois disso atacar Voldemort de surpresa, assim ele não teria tempo para contra-atacar. Fez o possível para que o feitiço estuporante não fosse muito forte e a viu ser lançada para longe de si.

A preocupação era gigantesca, rezava para que ela agüentasse, para que ela sobrevivesse! A viu levantar mais uma vez, mas era visível o quão debilitada a garota estava, caindo de joelhos em seguida. Hermione estava fraca, ele sabia... Tinha que acabar com tudo de uma vez e a tirar dali! Ela estava perdendo a consciência e foi nesse momento que ele atacou Voldemort! Como previa o bruxo foi pego de surpresa e não se defendeu, Harry aproveitou e começou atacá-lo repetidas vezes com os diversos feitiços que aprendeu em seus treinamentos. Voldemort estava cada vez mais fraco, faltava pouco... Aqueles minutos foram como uma eternidade para ele, mas Harry não desistiria naquele momento, tinha que acabar com Voldemort, faria isso por Hermione, faria isso pelo amor deles.

Apesar de fraco, Voldemort ainda reagiu lançando alguns feitiços em Harry, mas ele conseguiu defender-se. A batalha contra o Lord das Trevas estava chegando ao fim, e a vitória estava a favor da Ordem. Não era só Harry que estava em vantagem no duelo, a maioria dos comensais estavam caídos graças aos membros da Ordem da Fênix. Lupin, naquele momento, já ajudava Dumbledore, o qual recobrara a consciência. Harry viu Tonks ir ao auxílio de Hermione, mas a garota ainda parecia desacordada. Rezou baixinho pela vida de Hermione, e juntou toda sua força para o golpe final. Voldemort fora finalmente destruído. A preocupação era gigantesca, mas seu corpo estava fraco naquele momento, e Harry também perdeu a consciência.


_ Ah, finalmente aquele bruxo foi derrotado - disse Wanessa.

_ Sim, chegara ao fim a ameaça das trevas - a mulher falou - Finalmente o mundo teve paz novamente, e as pessoas ganharam a oportunidade de viver sem medo.

_ E eu garanto que uma certa pessoa finalmente ganhou a oportunidade de viver [i]sua[/i] vida, de ser feliz de verdade - o homem ao dizer sorriu para a esposa e em seguida para a filha - Nada disso seria possível se aquela que amava não estivesse ao lado.

_ Hermione jamais abandonaria Harry, jamais - a mulher afirmou, Wanessa sorria feliz.

_ Ei, a história ainda não acabou! - a menina informou - Eu quero saber como foi a reconciliação, afinal tinha algo não resolvido!

_ Certamente - a mulher começou - Eles tinham muito que conversar...

Hermione ainda tinha dores no corpo quando acordou. Pelo que notara, estava num lugar desconhecido, as paredes brancas e outras camas ao lado da sua sugeriam estar num hospital, talvez no St. Mungus, ela supôs. Levantou com certa dificuldade, mas não seria vencida pela dor, precisava saber o que tinha acontecido, precisava saber se Harry estava bem. Caminhou devagar até a porta, deixou o quarto e imediatamente encontrou McGonagall que vinha naquela direção. Pôde ver o alivio no rosto da professora, um largo sorriso nos lábios, teria Harry derrotado Voldemort?

_ Srta. Granger, está melhor? - a professora perguntou.

_ Sim, meu corpo ainda dói um pouco, mas estou bem melhor - Hermione respondeu.

_ Ótimo!

_ E o Harry? - ela perguntou, a professora provavelmente notou a expressão de angustia no rosto da menina e tratou logo de acalmá-la.

_ Sr. Potter está bem - McGonagall não tirava o sorriso dos lábios - Ainda está dormindo, o duelo foi muito exaustivo, mas não tardará a acordar!

_ Então... Nós vencemos? - Hermione começou a sorrir também.

_ Sim, Você-sabe-quem não está mais entre nós, Sr. Potter conseguiu derrotá-lo! - Hermione não continha-se de felicidade, além de Harry estar vivo, Voldemort finalmente não existia mais, significava que finalmente poderia ser feliz...

_ Será... Será que eu poderia vê-lo? - Hermiona pediu.

_ Claro, venha comigo - ela chamou, Hermione a seguiu. O quarto não era muito longe, ao entrar viu várias camas vazias, e perto de Harry, Rony e Gina.

_ Mione! - os irmãos gritaram ao mesmo tempo e correram para abraçar a amiga, pelo visto estavam muito preocupados com a garota.

_ Estamos livres - foi tudo que Hermione conseguiu dizer.

_ Sim, finalmente! - Rony também transbordava felicidades - Chegamos a pouco, íamos agora ao seu quarto, que bom que já acordou!

_ Acabei de acordar - Hermione falou.

_ Mione, o que você estava fazendo na batalha? Rony me contou que Harry iria, mas não disse sobre você - perguntou Gina.

_ Eu ouvi a conversa de Rony e Harry, simplesmente não poderia deixá-lo ir sozinho - Hermione explicava - Então decidi ir também, na manhã da batalha eu fui até o dormitório masculino e peguei a capa de invisibilidade de Harry, quando estava perto do horário marcado o segui com a capa.

_ Então você deixou o quarto daquele jeito! - concluiu Rony.

_ Desculpa, não deu para arrumar - Hermione falou - Eu pensei que não conseguiria, houve um momento que achei que Dumbledore me denunciaria, ele olhou para minha direção quando entrei na sala dele, se me descobrissem não permitiriam que eu fosse, mas ele nada disse, e desta maneira consegui tocar na chave portal junto com os outros.

_ Dumbledore disse que se você queria ir, não poderia lhe impedir - Rony falou - Falou que sabia que sem você Harry não conseguiria, porque vocês têm uma ligação muito forte.

_ Ele está bem? - Hermione perguntou preocupada.

_ Está sim, todos da Ordem estão bem, os feridos não correm perigo - Gina disse, nesse momento, Harry mexeu-se na cama - Acho que ele já vai acordar.

_ Que bom - Hermione respirou aliviada.

_ Vamos deixar vocês sozinhos, depois nos falamos - sugeriu Rony. O ruivo e Gina deixaram, então, o quarto. Hermione puxou uma cadeira que havia ali e colocou ao lado da cama de Harry. O garoto dormia tranquilamente, alguns arranhões no rosto. Tocou com cuidado a face dele, ele estava bem... Como rezou para que aquilo acontecesse.

_ Oi - disse baixinho quando Harry abriu os olhos, ele sorriu ao reconhecer a dona daquela voz.

_ Mione, você está bem? - Harry perguntou, com alguma dificuldade ele se ajeitou na cama.

_ Sim, todos estamos, Harry - a garota continuava a alisar o rosto dele - E você, como está?

_ Um pouco dolorido - ele sorriu - Mas vou sobreviver!

_ Ainda bem - ela disse.

_ Hum... Por quê? - perguntou Harry sorrindo.

_ Porque eu ainda quero muitos beijos - ela falou.

_ Quantos você quiser - em seguida Hermione colou por uns instantes seus lábios nos dele, para um rápido beijo. Como estava feliz naquele momento... - Eu te amo, Mione! Te amo mais que tudo!

_ Também amo você, Harry.

_ Desculpa, eu demorei tanto pra perceber isso, e quando o fiz coloquei você em perigo - ele explicava - Eu achei melhor esconder o que sentia até Voldemort ser derrotado, não queria correr o risco de te perder novamente.

_ Eu sei, não foi muito fácil aceitar, você me fez sofrer muito, Harry, mas eu entendi que você só fez isso porque me amava muito.

_ Você não sabe o quanto - ele disse.

_ Mas agora que tudo acabou, promete pra mim que nunca mais vai esconder nada de mim - Hermione pediu.

_ Eu prometo - Harry pegou a mão dela - Nunca mais quero ficar longe de você.

_ Eu também não quero.


_ Ah, que bom que tudo finalmente se acertou - Wanessa disse com um largo sorriso nos lábios.

_ Então, hora da Srta. dormir agora, não acha? - a mulher ia levantar, mas a menina impediu.

_ Não! Espera um pouco! - a mulher então sentou novamente - Eu quero saber mais!

_ Mais? Querida, contamos-lhe tudo! - o homem disse sorrindo.

_ Não! - ela olhou para a mãe, depois para o pai - Mãe, pai, eu quero saber tudo! E depois daquela dia? Que aconteceu? Quando foi o casamento?

_ Ei, calminha! - o homem sorriu - Não era hora de casamento ainda!

_ E por que não? - a menina perguntou, provavelmente achando que se eles se amavam, por que não casar imediatamente?

_ Porque ainda faltava quase dois anos para acabar Hogwarts - a mulher explicou.

_ Entendi - a pequena fez cara de pensativa, fazendo os pais sorrirem - Vai, continua!

_ Se formos contar tudo passaremos a noite aqui! - a mulher protestou.

_ Não precisa contar tudo, apenas os acontecimentos mais importantes - Wanessa disse.

_ Ok,ok! - o homem falou sorrindo para a esposa - Deixa eu contar o resto da história então...

Depois daquele dia, Harry e Hermione começaram a namorar, muitas vezes Harry disse que foi a partir dali que passou a ser feliz de verdade, porque além de livrar-se de Voldemort, pôde namorar Hermione, finalmente. Quando retornaram a Hogwarts, uma festa foi dada, para comemorar a vitória sobre o bruxo das trevas. A impressa fez questão de estar presente, portanto nos dias que se seguiram, as manchetes dos jornais não eram apenas sobre a vitória de Harry Potter, mas também sobre o namoro do menino que pela segunda vez sobreviveu.

Era desconfortável para ambos estarem sempre nas capas das revistas, mas com o tempo Harry e Hermione acostumaram-se com isso. Não podiam sair a uma visita a Hogsmead sossegados, sabiam que no dia seguinte haveria uma foto do “casal mais apaixonado do ano”, como foram apelidados. É claro que o namoro não foi só de alegrias, brigas vieram, como em todos os relacionamentos, mas eles se amavam muito e sempre acabavam se acertando. O tempo que faltava para concluir Hogwarts passou, Harry conseguiu um trabalho no Ministério de Magia e Hermione começou a cursar a escola para se tornar uma medi-bruxa.

Depois de três anos de namoro, Harry decidiu pedir Hermione em casamento. Mais uma vez, os jornais e revistas “fizeram a festa”, aquele provavelmente foi o noivado mais comentado e noticiado do mundo bruxo. O casamento não demorou, em um ano foi marcada a data e a cerimônia seria num sábado, numa igreja trouxa, a pedido de Hermione que desejou manter esse costume trouxa. Se Harry Potter achou que já havia ficado nervoso alguma fez na vida, agoniado, desesperado, praticamente arrancando os cabelos, estava enganado, pois foi no dia do seu casamento que esse misto de agonia tomou conta dele... Tudo porque Hermione demorou quase uma hora para chegar à Igreja, o coitado já estava pensando que ela havia desistido...

_ Ela não vai vir! - Harry disse já no altar, um burburinho entre os convidados.

_ Acalme-se Harry - pediu Rony, o qual seria o padrinho dos amigos, juntamente com Luna - Ela já está vindo!

_ Uma hora, Rony! Uma hora! - o moreno consultava o relógio - Não é possível, ela não me ama mais, tenho certeza! - Harry estava a beira de uma crise de nervos.

_ Claro que ela te ama, mais voce sabe... As noivas sempre se atrasam - Rony falou - Lembra do meu casamento?

_ Ah, eu só atrasei vinte minutos! - disse Luna, Harry arregalou os olhos.

_ Você não está ajudando - Rony cochichou no ouvido da mulher, as expressões de Harry era quase de choro.

_ Me abandonou, o que eu fiz de errado? - o moreno sentou no altar, no chão da igreja, fazendo o padre arregalar os olhos.

_ Controle-se senhor Potter - pediu o padre. Harry nada disse, pensou que se ela não chegasse em cinco minutos era porque suas suspeitas estavam corretas, ela não o amava mais... Porém, um silêncio chamou a atenção de Harry, a música escolhida pelo casal começou a tocar, era ela...

_ Mione! - Harry disse, agora sim, começou a chorar, não descontroladamente, mas não deu para evitar algumas lágrimas. Ela estava linda, perfeita naquele momento, um sorriso enorme no rosto, parecia a mulher mais feliz do mundo... Quando seu pai a trouxe para perto de Harry e a entregou, ela disse:

_ Desculpe, estava um trânsito horrível, e a chuva não colaborou - Harry sorriu, estava tão nervoso que sequer notara o temporal que caia lá fora, o que provavelmente dificultara a chegada de Hermione.

Depois da cerimônia religiosa, veio a festa, maravilhosa para todos, por mais que tivesse tentado evitar, vários fotógrafos estiveram presentes. A lua-de-mel foi em Paris, foi lá também, a primeira noite de amor entre Harry e Hermione... Dois anos passaram, anos felizes, Hermione estava quase terminando o curso de medi-bruxa e Harry já ocupava um cargo de confiança no Ministério, viviam bem, numa casa em Londres. Para ele a vida não podia ficar melhor, mas estava enganado, pois numa tarde Hermione lhe deu a notícia de que estava grávida, uma menina...

O período de gravidez foi maravilhoso, em partes... Harry queria que Hermione ficasse em casa o tempo todo, Hermione dizia que gravidez não era doença, e teimosa como ela era, trabalhou até praticamente o fim da gravidez... Mas a criança uniu ainda mais o casal, Harry passava horas acariciando a barriga de Hermione e conversando com o bebê, arrumaram juntos cada detalhe da vida daquela nova integrante da família... Até que ela nasceu, uma menina linda, muito parecida com a mãe, mas com os olhos de Harry.

Inteligente e meiga, porém com certa facilidade em arrumar confusão, a menina tornou-se a paixão dos Potters, Wanessa era a herdeira de Harry e Hermione, a menina mais conhecida do mundo bruxo...


_ A história de vocês é realmente a mais linda história de amor que já vi - a menina disse - Vocês passaram por tantas coisas e mesmo assim continuaram juntos!

_ Nos amamos demais para desistir nas primeiras dificuldades - Hermione falou segurando a mão do marido.

_ Hermione me amou, me deu uma família, me deu um motivo para continuar vivendo - o homem disse olhando para a esposa - Vou te amar para sempre, Mione! - em seguida a beijou rápido, depois olhou para a filha e a chamou, a menina correu para os braços do pai - Assim como eu amo essa menina linda! - e beijou carinhosamente a testa da filha.

_ Eu também amo vocês - Wanessa disse - Finalmente me contaram a história de Harry Potter e Hermione Granger!

_ Desta maneira, você poderá nos ajudar a contar essa história daqui a alguns anos - Hermione falou.

_ Hum? - Harry fez cara de quem não entendeu.

_ Que foi? Não vai querer contar nossa história de amor a seu outro filho? - perguntou Hermione com um sorriso imenso nos lábios, o que fez Harry e Wanessa se olharem confusos e depois sorrirem como ela.

_ Vo-vo-você está grávida? - Harry gaguejou, fazendo Wanessa rir ainda mais, Hermione confirmou com a cabeça - Eu te amo! - ele beijou a esposa, a qual retribuiu. Depois daquela confissão, tanto Harry quanto Wanessa ficaram um bom tempo acariciando e conversando com a barriga de Hermione, até que a mulher mandou todo mundo ir dormir, afinal já era muito tarde.

_ Boa noite querida - disseram juntos em pé na porta, apagaram a luz e saíram de mãos dadas. Seguiram para o quarto deles.

_ Você nunca pára de me fazer feliz, sabia? - Harry sussurrou no ouvido dela.

_ Te farei feliz para sempre - ela falou, os dois pararam, e se beijaram de verdade, um beijo intenso, cheio de paixão e desejo - Eu amo você, Harry Potter!

_ Também te amo, minha Hermione Potter! - ele sorriu mais uma vez, antes de beijá-la novamente.

N/A: Postei ai a parte que faltava, hehehehehe, eu juro que minha inteçao não foi deixar a curiosidade em vcs, eu apenas dividi pq a fic estava muito grande, e sei la, achei que ficaria cansativo, hehehehehhe!! Acho que parei mais ou menos no meio da fic, hehehhehe, não foi proposital!! : ) Espero que curtam, obrigada por lerem, comentarem e votarem!! Agradecimentos especiais à Thai, Lilá_Granger e Lili Black, que comentaram, : )) fico feliz que vcs tenham curtido a fic!! : ) E Lili Black... Bem se vc quer escrever HH escreva, tenho certeza que terá leitores para suas fics, eu simplesmente naum consigo escrever nada HG, a n ser q seja p depois colocar HH, pense nisso... E se vc eh HH, escreva fics HH!! : )) Beiju a vc e todos!! Obrigada!! Pink_Potter : )

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