COMO EU MATEI ADAM KINNER



QUINTO CAPÍTULO
COMO EU MATEI ADAM KINNER
O sol ia se por dentro de alguns
minutos. Ele sofria muito, vi ele chorando
e implorando por sua vida.


Senti a última lágrima descer meu rosto. Fechei os olhos. Racionei. Pensei no meu futuro e em Adam. Considerei a possibilidade de tê-lo ao meu lado. Mas a maneira que ele usou para chegar a mim... Senti-me traído. E isso fez-me tomar uma decisão...

Conjurei cordas e prendi ele no chão.

- Adeus, Adam!

O sol estava se pondo, estava com fome por não ter comido nada, mas não me importava, estava coberto pela fúria e pelo ódio que senti subitamente por Adam. Maldito seja!

Lancei o feitiço Crucious nele e o vi contorcer-se de dor. Jogado ao chão, amarrado e sentindo dores muito fortes. Cuspi nele. Não com raiva, mas com ódio e nojo, ao mesmo tempo que minhas lágrimas rebeldes voltarão... Chutei ele várias vezes.

- Por favor, Tom! Por favor!

O sol ia se por dentro de alguns minutos. Ele sofria muito, vi ele chorando e implorando por sua vida. Idiota! Como foi que eu cheguei a me apaixonar por um ser tão desprezível.

- Tom, por favor!, ele chorava de dor. - Poderemos ser grandes juntos!

Rí dele!

- Tom - disse ele - você não seria capaz de amar a única pessoa que amou!

- Idiota, eu sou o herdeiro de Salazar Slytherin, fundador da Sonserina. Eu nunca amei ninguém, já deveria ter aprendido isso...

Cuspi nele novamente.

Finalmente o sol se foi e Adam começara a virar um pássaro.

Nesse último instante aproveitei para dar-lhe um último beijo. A sua transformação durou apenas alguns segundos, sua pele começou a ficar amarela, coberta de penas que nasciam doloridamente nele. Ele gritava, mas sua boca adquiria um formato de bico enquanto ele diminuia o tamanho. E o seu grito ia tornando-se arrepiante e triste.

- Suas últimas palavras?

Adam, ainda se transformando e na dor olhou pela última vez com seus lindos olhos azuis para mim e disse:

- NÃO TOM, POR FAVOR, TOM...

Virara um pássaro.

Coloquei meu pé sobre ele para não deixá-lo escapar.

- Pode gritar á vontade seu pássaro ridículo!

Por fim, pisei fundo olhando pela última vez a lembrança de Adam Kinner. Vi ele sendo esmagado pelo meu peso e seu corpo de pássaro de ceder sobre os meus pés. Cruelmente assassinei Adam. Peguei os pedaços do corpo do pássaro e joguei próximo á Floresta Proibida.

Conjurei uma cobra e assisti ela devorar o corpo morto dele, morto.

Voltei para o canto onde constumávamos sentar e fiz, com a varinha uma seta atravessando o coração desenhado no rodapé da parede.

Por fim, Tirei da veste negra, um desenho duas vezes dobrado e cuidadosamente colocado. Coloquei-o no chão e queimei-o.

Voltei a olhar para o horizonte. Ao longe, numa colina e a árvore verde permanecia imóvel, o mesmo cenário em que nos conhecemos foi o mesmo em que nos despedimos...

E foi assim que eu matei Adam Kinner. Um garoto loiro de lindos olhos azul que de dia era humano e de noite pássaro. O único a quem eu desabafei meus maiores segredos e o único que eu amei.


FIM

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