Desastre



Harry Potter © J. K. Rowling
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Top Secret

Capítulo 1 - Desastre


11- Não faço idéia do que esse cara de terno cinza está falando.
12- Além disso já esqueci o nome dele.

Estou aqui sentada na sala de reuniões do American Journal, o maior e mais vendido jornal do continente americano. Estou representando o Diagonal Journal, onde eu trabalho.
Fui mandada para fechar um acordo para a criação de um novo jornal que serviria a ambos continentes. Cheguei de avião hoje cedo, sim, eu tive que vir naquele troço trouxa, não me deixaram aparatar por ser muito longe e acharam perigoso demais. Estou hospedada em um hotel cinco estrelas, trouxa, mas isso não importa, até porque só usei o hotel de manhã quando cheguei.
Tem onze meses que trabalho no Diagonal e até agora tudo que tenho feito foi marcar reuniões para outras pessoas, ir na cafeteria da esquina comprar capuccino pro pessoal do departamento e atender telefones. Essa é a primeira vez que me mandam para fechar um acordo, na verdade, essa é a primeira vez na vida que vou fechar um acordo. Essa é a minha grande oportunidade, e tenho uma esperançazinha secreta de que posso até ser promovida!

- Nó somos a favor de alianças logísticas... – continuou o cara de terno cinza – Mas nesse exato momento em que o American Journal se encontra, uma aliança logística não é bem vinda.

- Não é bem vinda? – repito espantada.

Como assim uma aliança não é bem vinda? Erik, meu chefe, disse que já estava tudo certo. Que eu só ia precisar concordar com um gesto de cabeça, apertar algumas mãos e assinar uma meia dúzia de papéis. Erik vai dizer que a culpa do acordo não ter sido feito é minha. Isso não pode acontecer. Eu não posso deixar isso acontecer.

- Com licença, Senhor. – interrompi o discurso dele que me parecia interminável – Eu acho que eu não ouvi direito. O Senhor disse que uma aliança não é bem vista?

- Isso mesmo, Sta. Weasley. O American Journal agradece muito a oferta, mas nesse momento, dispensamos.

- Mas, vocês não podem... – “Calma Gina, se controla!” – O Senhor já pensou nas vantagens que o American Journal pode ter com a criação deste novo jornal?

Comecei a enumerar as vantagens que me vieram a cabeça. Tá, metade delas eu inventei da minha cabeça, mas eles pareceram estar acreditando no que eu dizia, e por isso, comecei a ganhar mais confiança e andar pela sala.
E de repente, todas as chances, que já eram pequenas, de eu conseguir fazer com que eles fechassem o acordo, escaparam, como se fossem água escorrendo por entre os dedos.
Tropecei na cadeira onde estava sentada antes, e a jarra com suco de abóbora caiu no colo do cara de cinza.

- A reunião está encerrada! – gritou ele com raiva se levantando rapidamente da mesa.

- Vou buscar uma toalha. – disse um homem de terno azul que até agora estava calado.

- Puta que pariu. – entrei em pânico – Senhor desculpe, eu não queria...

- A Sta. Já pode se retirar. – disse ele enquanto pegava a toalha que o outro cara trouxe.

- Mas Senhor...

- Já chega! A Senhorita pode sair da sala. – disse ele virando de costas para mim.

- Por favor...por favor... Não conte pro meu chefe. Por favor! – pedi desesperadamente.

- Tudo bem.

***

Resumindo... fiz merda.

Ia praticamente me arrastando até o balcão do bar no aeroporto. No final o cara de cinza era melhor do que eu esperava. Disse que tinha certeza que a mancha ia sair e que não contaria nada a Erik.
Minha grande chance de subir na empresa, minha primeira reunião importante e olha o que acontece. Sinto vontade de desistir de tudo. Vontade de chegar no trabalho e gritar: “Chega! Eu nunca mais vou voltar aqui! E fui eu quem estragou a copiadora!”
Me sento duas cadeiras depois de onde uma aeromoça está sentada.

- O que deseja? – pergunta o garçom.

- Hum...vinho tinto. – peço – Não...uma vodka tônica.

Não me pergunte como descobri esses drinks trouxas, só sei que para depressão, eles são ótimos. Enquanto ele sai para pegar minha bebida, me permito esparramar no banco. Realmente não sei como as pessoas conseguem administrar suas carreiras. Eu não entendo. Por exemplo, Lissy. Ela sempre soube que queria ser medibruxa. E agora, adivinhem... ela é uma excelente medibruxa! E eu não. Sai de Hogwarts sem ter a mínima idéia do que queria fazer da minha vida. Meu primeiro emprego foi em uma livraria na parte trouxa de Londres, que nem preciso falar que não deu certo. Depois resolvi tentar uma carreira trouxa, loucura eu sei, meu pai ficou todo empolgado é claro, mas quando eu lhe pedi emprestado 250 galeões para comprar o equipamento, ele não ficou tão feliz assim. Todas as minhas colegas da época de escola se deram bem, menos eu.
O garçom coloca a vodka tônica na minha frente e me olha com clemência:

- Vamos, não fique assim, não pode ser tão ruim! – diz ele solidário.

- Obrigada. – digo tomando um grande gole.

E de repente sinto algo vibrando dentro da minha bolsa. Depois do susto, me lembro daquela coisa trouxa que Lissy me deu. Lissy é meia trouxa e por isso o pai dela faz questão que ela ande com isso o tempo todo, para poder falar com ela. E ela achou que eu também deveria usar um. Olho para a telinha e descubro que é o número dela. Afinal, quem mais tem meu número? E quem mais eu conheço que usaria uma coisa dessas?

- Oi... – digo desanimada.

- Oi...Sou eu! E ai, como foi? – pergunta Lissy do outro lado.

Lissy é simplesmente perfeita. Divido um apartamento com ela. Ela é extremamente linda e teve ter um QI, como diz o pai dela, de uns 600.

- Uma merda...arruinei tudo! – respondo arrasada.

- Porque? Não conseguiu o contrato?

- Não só não consegui, como também dei um banho de suco de abóbora no diretor do American Journal.

Duas cadeiras para frente vejo a aeromoça escondendo um sorriso. Ótimo! Agora todo o mundo sabe.

- Caramba... – posso sentir Lissy pensando em algo positivo para dizer.

- Algum recado para mim?

- Ah...hum...não... – começa ela incerta – Quer dizer, seu pai mandou uma coruja...

- Lissy, o que foi?

- Parece que a sua prima Karry, ganhou um tipo de prêmio profissional... – disse ela como se pedisse desculpas – Eles vão comemorar no sábado, junto com o aniversário da sua mãe.

- Que maravilha!

Era só isso que faltava na minha vida. Minha prima Karry segurando um prêmio de melhor loja de roupas do Beco Diagonal. Não, da comunidade bruxa.

- E o Nick também mandou uma coruja. Queria saber como você estava. – acrescentou ela rápido para melhorar a situação – Disse que não ia mandar para você porque não queria te atrapalhar no meio da reunião. Foi um amor.

- Sério?

Pela primeira fez no dia, sinto um pouco de ânimo.

- Pediu pra quando eu falasse com você lhe perguntar se queria sair para jantar essa noite. Ele é um doce!

- Vai ser legal! Obrigada Lissy! – digo animada.

Desligo e dou outro gole na vodka me sentindo muito melhor.
Meu namorado.
É como eu sempre digo, quando o mundo está prestes a desabar, quando não vejo mas saída, quando perco a vontade de seguir em frente, eu lembro que tenho um namorado. E de repente as coisas não parecem mais uma merda.
Guardo o telefone na bolsa e olho para o relógio atrás do balcão. Quarenta minutos para o vôo, agora não é muito. E ai o nervosismo começa a tomar conta de mim.
Não estou apavorada...Só estou...
Tudo bem...estou apavorada!
Acho que vou pedir outra vodka tônica.

13- Morro de medo de avião.

Quando o vôo é anunciado, já estou na minha terceira vodka tônica e me sinto muito mais positiva. Quero dizer, pelo menos eu causei uma impressão. Eles vão se lembrar de mim por um bom tempo. Arrumo o cabelo, seguro minha pasta e quase me sinto uma daquelas executivas bem sucedidas. Levanto a cabeça e sigo para o portão de embarque, seja lá onde seja. Pego meu cartão de embarque e entrego a aeromoça que os está recolhendo. Que por acaso é a mesma que estava sentada no bar.

- Oi... Que coincidência! – digo sorrindo.

- Oi...hum... – porque ela parece sem graça?

- O que foi?

- Desculpe, mas é que... você viu... – sinaliza sem jeito para a minha frente.

Merda! Minha blusa está aberta. Meu sutiã está aparecendo. O cor de rosa que ficou frouxo depois da lavagem. Por isso todo mundo estava olhando para mim, porque eu sou a mulher do sutiã cor de rosa deformado.

- Obrigada. – digo num fio de voz e abotôo a blusa.

- Não é o seu dia de sorte, não é? – ela tenta me consolar – Não pude deixar de ouvi-la no telefone. Desculpe.

- Tudo bem. – e há uma pausa enquanto ela examina o cartão de embarque.

- Vou tentar melhorar as coisas para você. – e ela diminui a voz – Você gostaria de ficar numa classe melhor?

- Como?

- Vamos lá... você merece uma folga! – diz a aeromoça sorridente.

- Verdade. Mas... vocês podem trocar as pessoas de classe quando querem?

- Não. Mas não se preocupe com isso. Isso é problema meu. – conclui ela sorridente.

Ela me leva para a parte da frente do avião e indica uma poltrona grande, macia e confortável. Nunca haviam feito nada assim por mim.

- Aqui é a primeira classe? – sussurro observando como tudo é calmo e luxuoso. Só tem apenas eu e um homem loiro vestindo um terno que deve ter custado uma fortuna.

- Não...essa é a classe executiva. Não há primeira classe nesse vôo. Tudo bem para você? – pergunta ela sorridente.

- Perfeito!

Nossa! Isso é demais! As poltronas tem ate descanso para os pés!

- Champanhe? – pergunta outra aeromoça.

- Aceito sim, obrigada.

E ela se volta para o homem de terno.

- Champanhe, Sr.? – pergunta novamente.

- Não. – diz ele friamente.

E de repente aquela voz me faz lembrar alguma coisa. Cabelos loiros platinados, voz fria e distante, roupas caras e elegantes e desprezo. Ele se parece com alguém que conheço, só não consigo me lembrar...
Malfoy!

***
N/A:
Miaka: não sou muito boa para escrever essas coisas!! Hauihauihaiua!!!! Desculpe!!
violet snicket: sempre me ajudando!! Brigadaaa!!!
Lua Malfoy: pode deixar q eu vou escrever sim!!
Holy Hunter: brigada!!!!
Mione G. Potter RJ: sério?? Eu também assim q começei a ler! Por isso resolvi escrever!!!!

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