Última noite na Toca



Harry, Rony e Gina estavam jogando quadribol no novo presente de Harry enquanto Hemione tentava descobrir algo sobre Hogwarts. A escola poderia ser fechada a qualquer instante e Hermione não agüentaria não se formar em Hogwarts. Ela, agora que podia usar feitiços fora de Hogwarts treinava Estuporamento sem falar em umas almofadas.

O presente de Fleur era realmente incrível. O time de quadribol da Grifinória estava ali, ao lado de Harry jogando contra a Sonserina. Infelizmente esse ainda não era atualizado, talvez porque Harry não tivesse escolhido os novos jogadores do time. O outro time também não era atualizado e Malfoy estava ali em frente a ele rondando o campo. Demelza, Katie Bell e Gina faziam uma boa jogada e marcavam um gol, enquanto Rony nos aros festejava e Jimmy Peakes e Ritchie Coote batiam os bastões um contra o outro para festejar. O jogo estava dez a zero e Harry já tinha visto o pomo uma vez, mas o perdeu quando ele quase vai de encontro à Vaisey, um dos artilheiros da Sonserina. A voz sonhadora de Luna ecoou avisando o placar.

– DEZ A ZERO PARA GRIFINÓRIA! Vaisey rouba a bola de Gina e passa a goles para Urquhart. GOL DA SONSERINA!

Harry não prestava atenção nos comentários. Ele só não queria perder tempo no jogo para descer e tentar não lembrar da situação péssima em que se encontrava. Infelizmente ele tinha que encontrar os Horcruxes e tinha que enfrentar Voldemort. A perda de Dumbledore o incomodava e a vontade de sumir na face da terra era bastante tentadora, mas a vontade de acelerar a Firebolt e pegar o pomo que sobrevoava os aros da Grifinória era maior. Ele guinou a Firebolt para o alto e passou veloz por Rony. Malfoy começou a segui-lo. O pomo subia, subia, subia e subiu até o campo de quadribol virar uma bola de futebol de longe. O pomo ainda estava longe demais, pois ele, Harry nunca subira numa altitude tão alta. O pomo virou para a direita e começou a descer rapidamente. O pomo passou por Malfoy que começou a descer. O campo começou a aumentar a cada instante e a distancia diminuía entre a mão esticada de Harry e o pomo. Quinze metros, dez metros, cinco metros do chão e um barulho ensurdecedor de vivas. O pomo se debatia inutilmente em sua mão e Malfoy se espatifava no chão. Ele se esqueceu de subir a vassoura que se rachou ao meio junto à seu braço direito. A equipe de paramédicos entrou em campo.

– Desacordado.

Harry ficou muito feliz. Cento e sessenta a dez. O time vinha em sua direção, mas antes disso ele sentiu-se como se estivesse sendo sugado para fora de um avião e caiu em cima de sua cama e Rony logo caiu na cama oposta e Gina caiu no colo de Harry. Hermione pulou de susto e largou o livro na mesa.

– Vocês me assustaram!

– Ganhamos! Eu peguei o pomo. Ele subia muito alto e eu não conseguia ver o campo e o Malfoy caiu da vassoura quando eu peguei o pomo. A vassoura dele se quebrou ao meio.

Harry ainda segurava o pomo e Gina continuava em seu colo. Ela parecia gostar de ficar ali. A Firebolt flutuava ao lado da Cleansweep Seven no meio do quarto e a vassoura de Gina, uma Comet 260 estava largada na cama. Gina se levantou e sentou na cama de Rony. Ela olhou tristemente para Harry.

– Eu defendi vários gols enquanto você subia, Harry! Eu quase caio da vassoura tentando pegar a goles. A Gina fez o único gol da Grifinória.

– Eu vi. – disse Harry baixinho.

Harry ligou “falar baixinho” com tristeza. “Tristeza” com morte e morte e morte com...

A infelicidade de Harry cresceu instantaneamente. A felicidade que tivera há alguns minutos voou para longe e logo sua cabeça se encheu de idéias e missões. Ele largou os três conversando e começou a pensar no que faria: sairia de noite enquanto todos dormiam. Não queria chamar atenção e não queria que o seguisse. Ele lembrou de quando vira seu pai há dois anos atrás, embaixo de uma árvore olhando o lago. Ele, Lupin, Sirius e Peter estavam conversando. James estava brincando com um pomo de ouro e Harry pensou em fazer o mesmo. Abriu a mão e deixou o pomo voar por instantes e o capturou de novo. Sim. Ele realmente parecia muito com seu pai. Seus reflexos eram rápidos demais para o pomo que parecia cansar-se de voar o tempo todo. Exatamente como Harry vira na penseira há dois anos atrás, todos começaram a admirar Harry e o pomo. Ele se sentiu bem assim. Ele se sentiu filho de James realmente. Harry tentava não lembrar nos Horcruxes e Dumbledore. O tempo não passava com os pensamentos em sua cabeça. Ele sentia-se preso. Todos os olhares pareciam queimá-lo intensamente quando finalmente ele resolveu que não poderia mais ficar com eles. Assim como Gina não poderia continuar com ele, o resto também não. Ele pegou o pomo e o apertou fortemente. Saiu do quarto esquecendo que mais um aniversário se passou, talvez o mais festejado, mas também o mais infeliz. A primeira parada dele seria Godric’s Hollow. O local em que ele morara quando era pequeno não poderia ser muito importante, mas com as aulas que ele tivera com Dumbledore, ele aprendeu que qualquer coisa pode ser importante. Ele parou no meio da escada e se perguntou se dormia ou se descia e ficava vendo a Sra. Weasley arrumar os preparativos finais para o casamento. Seria daqui a duas horas e Gui começava a falar ainda deitado. Harry ouviu Fleur sair do quarto e se dirigir ao quarto em que Gui se achava. Harry preferiu descer. A Sra. Weasley sorriu ao ver Harry e pediu para que ele a ajudasse com a mesa. Os gnomos andavam ali por perto mexendo nas decorações. Havia alguns deles ajudando também, por exemplo estendendo um tapete branco no chão e colocando uns bancos ao lado. O altar estava pregado em frente ao tapete. O altar era de madeira grosseira e com certeza não deveria ficar assim tão feio.

– Sra. Weasley... o altar não... não vai ficar assim, não é?

– Ah, não, Harry querido. – ela balançou a varinha e logo a madeira escura começou a clarear e logo um toldo branco cobriu o altar. Ela chacoalhou mais ainda a varinha e um dois tetos de tecido apareceram em cima dos brancos – Parece que vai chover.

Era verdade. Parecia que o mundo ia cair em minutos. O Sr. Weasley apareceu segurando a varinha. Outro bolo flutuava em frente a ele. A Sra. Weasley apontou a varinha para a comprida mesa atrás dos bancos e uma toalha de mesa branca caiu sobre ela. O bolo pousou na mesa e em meia hora os talheres estavam postos, os copos estavam ao lado e o bolo no meio. Os gnomos andavam por ali olhando para os enfeites e logo Rony, Hermione e Gina apareceram observando a cena.

– Vão se trocar, rápido! Vão! Fred e Jorge vão aparatar daqui a pouco e os pais de Fleur também. Carlinhos conseguiu o dia de folga e eles com certeza virão bem vestidos!

– Mãe. Nós já estamos vestidos! – protestou Rony.

– Ronald Bilius Weasley! Hoje é o aniversário do seu irmão! Vá colocar uma roupa melhor.

Rony subiu bufando. Hermione e Gina o acompanharam e Harry fez o mesmo. Vestiu uma roupa mais bonita que o uniforme de quadribol e largou Rony se trocando. Harry teve vontade de sumir nesse instante, mas a vontade de ver como Gui estava conseguiu derruba-lo.

– Oi, Harry. Ele já está bem melhor. – disse Fleur.

– Oi – Harry tentou nao corar tão rápido.

– Oi, Harry. – disse uma terceira voz.

– Gui! Você está bem? – Harry sentou-se do lado oposto de Fleur na cama.

– Poderia sair dessa cama agora mesmo... mas ninguém entrou no quarto até agora! E eu tentei nao gritar para nao parecer louco.

Gui parecia muito melhor mesmo. Parecia normal.

– Quer que eu chame seus pais? Talvez te desamarrem.

– Certo. Obrigado Harry.

Harry desceu as escadas e encontrou Rony, Gina e Hermione subindo. Ele os ignorou, mas Rony não.

– Harry. Nós temos que conversar. Você não pode continuar fugindo da gente. E também nao pode continuar dando uma de herói.

Harry tentou parecer o máximo de espantado possível.

– O que? O que houve? Eu estou indo...

– Não tente fugir do assunto! Você está nos evitando só por causa do... V-Voldemort!

Harry se assustou na primeira vez na vida ao ouvir esse nome, pois saiu da boca de Rony. Harry ficou feliz com isso e sorriu.

– Exatamente. E é por isso que vocês nao vão comigo! Olhem... meus pais... Sirius e Dumbledore. Eu nao quero perder vocês!

– Nós vamos. – disse Hermione calmamente.

Harry ficou desconcertado.

– Não nao vão!

– Vamos sim e ponto final! – dessa vez foi Rony que falou.

Harry se virou e desceu para chamar os pais de Gui.

– Sr. Weasley. Sra. Weasley. Gui está chamando.

– Ele está bem? Meu filho!

A Sra. Weasley saiu tropeçando e subiu as escadas. O Sr. Weasley foi atrás. Harry ficou cansado de tanto subir e descer as escadas e preferiu ficar ai embaixo. Foi para fora e olhou o altar. Estava branco e a mesa também. O longo tapete branco estava refletindo o sol que rachava a cabeça de Harry e os toldos em cima dos bancos o ofuscava. Ele atravessou o gramado e se sentou na segunda fileira de bancos.

CRAQUE!

Fred e Jorge aparataram logo em frente a Harry.

– Harry!

– Fred. Jorge. Conseguiram vir?

– Sim. O trabalho nao ta fácil. Muitas encomendas, muitas pessoas e... pouco tempo. – Fred disse.

CRAQUE!

Carlinhos aparatou a alguns centímetros de Harry.

– Olá , Harry.

– Oi...

CRAQUE!

Duas pessoas apareceram um pouco distantes. Atrás da mesa comprida. Se Harry achava Fleur bela, essa era mais, mas mais velha. Aparentava ter quarenta anos, mas aparentava ser irmã de Fleur. Ela era alta e clara. Seus cabelos loiros eram quase totalmente brancos, só nao eram por causa do movimento ondulante dos cabelos que faziam o sol refletir um dourado incrivelmente claro. O homem era mais alto que a mulher e tinha os mesmo cabelos loiros, mas muito menos. Com certeza eram os pais de Fleur. Eles estavam falando muito rapidamente em francês e apontavam para todos os lados. Provavelmente nao aprovavam a idéia de fazer um casamento ali, mas ficaram satisfeitos ao saberem que Gui estava bom e entraram na casa e se sentaram. Harry ficou sentado na mesa da cozinha “conversando” com os pais de Fleur. Eles só sabiam falar francês e Harry nao falava nenhuma outra língua. Eles acabaram se entendendo depois de muito tempo, quando Carlinhos que já ficou uns tempos na França para cuidar de uns dragões traduziu as conversas. Harry ficou pensando em Percy. Será que ele viria? Logo o casamento aconteceria e Fleur desceria com Gui e todos iriam para os bancos...



***



O Largo Grimmauld corria grave perigo. O traidor teria contado o local para seu amo e logo poderiam atacá-los. Os feitiços mais avançados nao seriam capazes de selar a passagem do traidor.

– Teremos de mudar o local da sede da Ordem. – disse Minerva depois de muito tempo de silencio na sala dos Black. Olho-Tonto Moody, Lupin, Tonks, Quim Shackebolt e todo o resto da ordem estavam lá para pensar sobre o assunto. A sala ficou imersa num silêncio arrebatador por minutos. A tensão aumentava e logo todos começariam a andar.

– Para onde? – rosnou Moody.

– Esse é um problema. Aqui era um local muito seguro. Nunca contaríamos com um traidor entre nós. Isso nos tira do trilho. – suspirou Lupin com o rosto entre as mãos.

– Hogwarts? –tentou Tonks.

– Eles já entraram lá antes. Podem entrar agora. Hogwarts nunca mais será a mesma. Os professores já sabem da novidade e já saíram de lá e nao voltam mais. – McGonnagal disse trêmula – Tenho que mandar as cartas para os alunos. Pobrezinhos. A perda de... bom... eles sentirão um vazio no coração nao podendo ir mais para lá.

Ela se levantou de uma poltrona em frente ao fogo crepitante e saiu arrastando a capa verde.

– McGonnagal está certa. Eles nao terão o complemento em Hogwarts. Isso deve ser triste, mas por outro lado... como poderiam? – Tonks perguntou.

Ninguém respondeu. Todos observavam o fogo balançar levemente sobre a lenha. Todos sentiam-se cansados. Não tinham vontade nem de descansar. A vontade era de sumir e voltar quando tudo acabasse. Harry sentia a mesma coisa que eles, mas ele nao podia sumir e aparecer quando tudo acabasse, pois só ele poderia fazer isso acabar. Moody que estava balançando numa cadeira de balanço -- Toc, toc, toc -- abriu o rasgo que seria sua boca e tentou falar, mas parou no meio. Abriu de novo e falou.

– A casa dos tios de Potter...

– Ótima idéia! – exclamou Tonks – Bom dia! “Nós vamos nos esconder aqui para fugir de um assassino que quer matar o seu sobrinho!” – Tonks bufou – Ótima visita...

– Esperem... o único que pode entrar aqui é o traidor nao é? – Quim perguntou com sua voz grave.

– Antes sim... mas agora ele mostrou como entrar para Voldemort. Teremos que lançar feitiços anti-aparatação nessa casa e teremos de fechar a rede de Flú. Mas eles podem entrar pelo lugar mais óbvio... a porta! – Moody se levantou e ficou rondando próximo ao fogo.

– Até os feitiços mais poderosos...

–... não poderão impedir a entrada de Voldemort – completou Lupin.

– Talvez o ministério? Um grupo de guarda na porta? Pelo lado de dentro, lógico! – Tonks tentou – Aurores?

O grupo pensou por mais longos minutos. Os únicos sons eram os passos de Minerva no andar de cima e o crepitar do fogo.

– Mesmo assim não será fácil... Voldemort conseguiu matar...

– Não foi ele! Foi o traidor! – bradou Tonks.

– Tá certo... tá certo... mas ele conseguiria passar pelo grupo facilmente! – ponderou Lupin.

– O que? A melhor alternativa é com certeza um grupo de Aurores. Essa é a minha opinião. – rebateu Tonks.

Moody concordou e girou o olho loucamente para todas as direções. Quim balançou a cabeça e o resto da ordem que ficou em silêncio o tempo todo também concordou.

– Vejo que estamos desesperados – disse Lupin.

– Se nao estivéssemos seriamos loucos! – rosnou Moody violentamente. – É arriscado? Sim, é! É a última chance? – ele pensou um pouco e disse assustadoramente – É! Se nao fizermos isso? E se nao colocarmos o Ministério da Magia em perigo? Morreremos! E se nao colocarmos o Ministério em risco agora...quando colocaremos? Quando ele começar a nos torturar? Nós temos que começar agora... aproveitando que agora nós estamos percebendo alguns sinais.

– Não estamos percebendo nenhum sinal, Alastor! – rebateu novamente Tonks.

– Não? E quanto a isso?



***



– Harry!Harry!O casamento está para começar. Todos já estão lá. Fleur e Gui estão vindo.

Harry levantou e cabeça e viu que cochilou na mesa da cozinha. Ninguém estava lá. Com certeza deveriam estar nos bancos esperando o casal. A Sra. Weasley já deixara a cozinha e ele encontrou Edwiges ainda presa na gaiola. Ele abriu a porta da gaiola e ela voou para longe.

– Volte ainda hoje!

O dia já estava escurecendo. Eram seis da tarde (pelo que calculara) e algumas velas já iluminavam a casa. Harry saiu para o ar morno do quintal dos Weasley e encontrou uma bela cena de um verdadeiro casamento. Várias velas pairavam sobre o corredor branco com o tapete e os toldos que protegiam os bancos sumiram. Os enfeites estavam caprichados e os Delacour e os Weasley conversavam animadamente em uma das fileiras dos bancos. O lado direito, na segunda fileira estavam os filhos Weasleys e na esquerda os Outros Delacour. Com certeza chegaram enquanto ele dormia. Os adultos jaziam de pé em frente ao altar e o único que teve a capacidade de ficar de pé próximo à mesa foi Harry. Hemione acenou para ele ao lado de Gina e ele foi até lá. Harry nao queria falar muito. Não queria falar nada na verdade.

– Harry. Não pense em fazer nenhuma besteira. Não fuja sem nós – disse Hermione.

Na verdade era exatamente isso que ele planejava. Ele nao teve sorte de dizer isso. Os Delacour e os Weasley correram até a cozinha e sumiram na escuridão. Uma música começou a tocar de algum local em que Harry nao via. Era a música de casamento. Só isso que Harry sabia. Dois vultos pequenos começaram a andar no tapete branco. A música aumentou. A tensão aumentou. Harry viu que os vultos eram dois pequenos gnomos que pareciam estar odiando ter que ficar ali. Eles traziam uma almofadinha cada. Cada uma continha uma aliança. Logo chegou outro par jogando flores brancas e vermelhas no tapete e por fim a música aumentou mais ainda e mudou o tom. O pai de Fleur entrou acompanhando-a. Um longo minutos se passou e logo eles subiram no altar. Gui, ninguém percebeu, subiu antes e se achava radiante ao lado direito do altar. Seu pai ao seu lado e sua mãe também. Eles se sentaram ao lado de Carlinhos nos primeiros banquinhos, deixando os Delacour e Gui sozinhos lá. Os Delacour abandonaram Fleur ao lado de Gui e se sentaram

CRAQUE!

Percy aparatou literalmente em cima da hora. Ele apareceu e sentou-se em cima do relógio de Carlinhos.

– Ai... – sussurrou ele.

A música abaixou. Harry nao conseguiu ver quem estava atrás de Gui e Fleur. Parecia ser outro gnomo. Ele parecia sussurrar de raiva. Ele leu por um bom tempo. Gui falou... Fleur falou... e o tempo passava. As pálpebras de Harry fechavam e abriam repentinamente. Elas pesavam... ele tinha sono... mas nao podia! Ele fugiria essa noite e ninguém...

Todos começaram a aplaudir algo que Harry nao via. Finalmente ele olhou para o altar e viu que finalmente Gui e Fleur estavam se beijando. Estavam, enfim, casados. Seu plano entraria em ação em instantes. Os noivos passaram pelo corredor e entraram na cozinha. Todos os seguiram. Harry ficou para trás pensando no que fazer. Ainda teriam mais comemorações.

“Não é possível!”, pensou Harry.

As festas nao acabavam de verdade. A cozinha dos Weasley estava num vozeirão só. Para se ouvir alguém tinha que usar o feitiço Sonorus. As comemorações seguiram noite adentro. A pequena cozinha ficou apertada, mesmo tendo um Clube de Duelos no quintal. Harry pensou em entrar. De repente, se ganhasse, poderia colocar alguém para dormir e assim diminuiriam até sobrar somente ele e então...

– Vem, Harry! – Rony o chamou. Gui ganhou de Carlinhos e era a vez de Harry. Ele se postou em frente à Gui que sorriu – Harry retribuiu – e começaram:

– RICTUSEMPRA! – berrou Gui.

– IMPEDIMENTA! EXPELLIARMUS!

– PROTEGO!

– CONJUNCTIVITUS! FURNUNCULUS!

– PROTEGO! EXPELLIARMUS!

– PETRIFICUS TOTALUS!

– DENSAUGEO!

– PROTEGO! EXPELLIARMUS!

A varinha de Gui voou e caiu sobre a mesa em que sobravam alguns pedaços de bolos e bebida.

– É isso aí! Harry venceu! – anunciou Carlinhos.

– Muito bom, Harry. – disse Gui sorrindo.

Várias exclamações vindas da cozinha chamaram atenção de todos.

– Lisse e Francis vão embora. – anunciou Gui.

Eram os pais de Fleur cumprimentaram todos e desaparataram. O mesmo com os filhos e após disse, finalmente, para alívio de Harry, todos foram dormir. Ele ficou elétrico. Sua excitação aumentou rapidamente...

– ‘noite.

– ‘noite.

Passaram-se dez, quinze minutos, quando finalmente Harry despiu-se no escuro e desceu as escadas. Ele nao tinha a mínima idéia de como chegar lá. Talvez com o Noitebus Andante... era uma boa idéia. Ele pegava a Firebolt e ia até uma cidade próxima. Erguia a varinha e falava a destinação e sua jornada começaria. A Firebolt estava no quarto e mais uma vez ele subiu as escadas e a pegou. Chegou na cozinha e quando ia abrir a porta sua mão da varinha tremeu e a varinha voou e nao caiu no chão.

– Não tão rápido, Harry.

– Rony! O que você tá fazendo aqui?

– Indo com você.

Ele pensou por uns instantes de disse:

– OK. Pega a sua vassoura e acorde Hermione também...e Rony... por favor...Gina não.

Rony subiu e voltou com Hermione em instantes. Sua vassoura no ombro e Hermione sonolenta.

– Vamos pegar uma vassoura para você lá fora.

Os três saíram e pegaram as vassouras. Harry tinha certeza absoluta do que fazer. Deu impulso e deixou a Toca para trás e o vento passando pelo seu rosto.

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